sábado, 5 de julho de 2025

Moraes associa falta de regulamentação das redes ao 8 de janeiro; entenda

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes com expressão pensativa, sem olhar para a câmera
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes – Reprodução

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes atribuiu às grandes empresas de tecnologia — controladoras das principais redes sociais — parte da responsabilidade pelos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, ao não atuarem na moderação de conteúdos extremistas. Com informações do jornal O Globo.

A declaração foi feita nesta sexta-feira (4), durante o Fórum de Lisboa, onde o magistrado também criticou a falta de regulamentação das plataformas e citou episódios de racismo, homofobia, antissemitismo e automutilação de jovens como consequências da “falência da autorregulação”.

“O Supremo Tribunal Federal mostrou ao mundo que, pelo menos no Brasil, internet não é terra sem lei”, afirmou Moraes, em referência à recente decisão do STF que responsabiliza as plataformas pelo conteúdo que hospedam. Antes da fala, ele exibiu publicações de usuários com ataques racistas e homofóbicos que seguem no ar, além de vídeos dos atos de 8 de janeiro, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.

O ministro acusou as Big Techs de terem sido dolosamente instrumentalizadas: “O impulsionamento é pago. Permitiram que se organizasse a tentativa de golpe de Estado com a ‘Festa da Selma’. E no dia 8 de janeiro, deixaram que as pessoas filmassem e chamassem mais gente para invadir”. Segundo ele, mais de 400 pessoas foram condenadas no STF por se filmarem participando das invasões.

Moraes questionou a ausência de mecanismos eficazes de controle: “Onde estava a auto regulamentação das Big Techs? A Inteligência Artificial não percebeu que isso era uma convocação para aumentar a tentativa de golpe de estado? Os algoritmos continuaram direcionando para as bolhas que pediam intervenção militar? (…) O que pretendiam essas mensagens eram um efeito dominó em vários estados que ainda tinham pessoas na frente dos quartéis do Exército. Onde estava a auto regulamentação?”.

Congresso Nacional
Congresso Nacional – Divulgação

Além da tentativa de golpe, o ministro apontou os chamados “desafios” nas redes sociais — que resultaram na morte de crianças, como no caso de Sarah Raissa Pereira de Castro, de 8 anos, vítima do “desafio do desodorante” — como mais uma evidência da falência dos mecanismos de segurança das plataformas. Ele também lembrou ataques a escolas organizados em grupos digitais.

“Alguma coisa está errada nessa liberdade total de praticar atividades ilícitas, utilizando a liberdade de expressão como escudo protetivo”, declarou Moraes, defendendo uma regulação urgente para o setor. “Desde que o mundo é mundo, nenhuma atividade econômica que repercute em bilhões de pessoas deixou de ser regulamentada. É uma falácia dizer que é impossível a regulamentação”.

O ministro destacou ainda o poder desproporcional concentrado nas mãos de poucas empresas e cobrou mais transparência no funcionamento dos algoritmos. “Determinados segmentos econômicos perceberam que isso era poder. E, a partir de estudos competentes e eficientes, eles perceberam que o controle das redes sociais se daria via direcionamento de algoritmos”, exemplificou.

Por fim, Moraes acusou as plataformas de intimidarem o Congresso durante a tramitação do PL das Fake News, em 2024: “O que as Big Techs fizeram: um texto jogando a população contra os deputados e mandando via algoritmos para cada local onde era a base eleitoral desse deputado. E, logo, teria eleições. Obviamente, a Câmara dos Deputados recolheu e não votou. Intimidaram o Congresso Nacional”.

Fonte: DCM

Kleber Mendonça acusa Jornal Nacional de repetir manipulação de 1989 para proteger elite econômica

Cineasta criticou edição da TV Globo por criminalizar protestos contra desigualdade e comparou cobertura à que tentou favorecer Collor contra Lula em 1989

       William Bonner, Renata Vasconcellos e a Câmara (Foto: Reprodução (Redes Sociais) I Reuters)

O cineasta Kleber Mendonça Filho usou as redes sociais para comparar a edição do Jornal Nacional, da TV Globo que defendeu os mais ricos e o Congresso Nacional, alvos de críticas da reação popular após o Senado e a Câmara dos Deputados derrubarem decretos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que aumentavam o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), com a edição durante a eleição de 1989, quando tentou beneficiar a reeleição do então candidato Fernando Collor de Mello, contra Lula.

“A edição já histórica do Jornal Nacional que tentou transformar a reação popular contra a desigualdade no país em “ataque” antidemocrático “do PT” lembra a manipulação de 1989 contra Lula (Presidente 3 vezes) e Collor (humilhado pela História)”, escreveu Mendonça no X (antigo Twitter).

Na sexta-feira (4), o jornal O Globo publicou um editorial tentando desqualificar a campanha por justiça tributária liderada por setores progressistas com uma série de argumentos alinhados com a defesa dos interesses do centrão e das elites econômicas.

 

Fonte: Brasil 247

Lula, Alcolumbre e Hugo Motta se reúnem na próxima semana para negociar saída para impasse do IOF

Presidente está no Rio de Janeiro para participar da cúpula dos Brics e o encontro está sendo articulado para ocorrer logo após seu retorno a Brasília

     Hugo Motta, Davi Alcolumbre e Lula (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve se reunir com o senador Davi Alcolumbre (União-AP) e com o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) entre terça (9) e quarta-feira (10) da próxima semana, para discutir uma possível solução para a crise envolvendo o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Segundo a coluna do jornalista Lauro Jardim, de O Globo, o encontro está sendo articulado para ocorrer logo após o retorno de Lula a Brasília. Desde a última quinta-feira (4), o presidente está no Rio de Janeiro, onde cumpre agenda oficial até segunda-feira (8), quando participa da reunião de cúpula dos Brics.

A mobilização do Planalto ocorre após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspender os efeitos dos decretos editados pela Presidência da República e pelo Congresso Nacional sobre o IOF. A decisão foi proferida na sexta-feira (4) e, além da suspensão, Moraes determinou a realização de uma audiência de conciliação entre os Poderes.

Essa audiência está marcada para o dia 15 de julho e será realizada na sala de audiências do STF, em Brasília. A medida busca abrir caminho para um entendimento entre Executivo e Legislativo sobre a competência para legislar e regulamentar o imposto.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Petistas acionam PGR contra Jorginho Mello por discurso separatista: “O Sul é o nosso país”

Governador de SC defendeu em ato público a criação de um país independente no Sul; deputados do PT pedem investigação por incitação ao crime e improbidade

      Jorginho Mello (Foto: Roberto Zacarias/SECOM)

Parlamentares do Partido dos Trabalhadores solicitaram à Procuradoria-Geral da República (PGR) a abertura de investigações civil e penal contra o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), por declarações que, segundo os petistas, atentam contra a unidade da Federação. A informação é do site oficial da Câmara dos Deputados.

A representação é assinada pelo líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), e pelos deputados Pedro Uczai (PT-SC) e Ana Paula Lima (PT-SC). O pedido foi motivado por falas de Jorginho Mello durante um evento da indústria da construção civil realizado em Curitiba (PR), no mês passado, ao lado dos governadores Ratinho Jr (PSD-PR) e Eduardo Leite (PSD-RS).

Diante do público presente, Mello afirmou: “Vamos fazer o país do Sul aqui. Daqui a pouco nós chegamos lá, né? Tem dois candidatos à Presidência da República aqui, né? Pode ser que daqui a pouco, daqui a pouco vire… Daqui a pouco, se o negócio não funcionar muito bem lá pra cima, nós passamos uma trena por lá de cá, né? E fazemos o Sul é o nosso país, né?”, declarou aos risos.

A fala, segundo os deputados, remete diretamente ao slogan “O Sul é o meu País”, utilizado por um movimento separatista fundado em 1992, que defende a independência dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A justificativa do grupo se apoia em argumentos como desenvolvimento econômico superior, identidade cultural distinta e uma suposta distribuição desigual de recursos pela União.

Na ação, os parlamentares sustentam que o governador cometeu ato de improbidade administrativa ao se manifestar dessa forma. De acordo com o artigo 11 da Lei 8.429/1992, configura-se improbidade “qualquer ação ou omissão dolosa que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições”.

“A violação ao princípio da lealdade às instituições é evidente. A Constituição da República consagra, no art. 1º, a forma federativa de Estado como cláusula pétrea, e impõe a todos os agentes públicos o dever de respeito aos fundamentos da República e do Estado Democrático de Direito. A fala em análise subverte essa obrigação, ao flertar com a desintegração da ordem federativa”, argumentam.

Além disso, os deputados apontam possível enquadramento no artigo 286 do Código Penal, que prevê pena de reclusão de 2 a 6 anos para quem incitar, com violência ou grave ameaça, o desmembramento do território nacional com objetivo de criar um novo país. Embora Jorginho não tenha incentivado a prática diretamente, os autores do pedido entendem que a fala “tem evidente efeito legitimador de movimentos que buscam esse mesmo resultado por vias eventualmente ilícitas”.

Por fim, os petistas alertam para a gravidade do discurso ao vir de uma autoridade pública. “O discurso de uma autoridade pública nesse contexto é especialmente perigoso, pois reduz a percepção de ilicitude da conduta separatista e confere validade simbólica e incentivo político a ações que atentam contra a unidade nacional”, destacam na representação entregue à PGR.

Fonte: Brasil 247

Planalto pode entregar comando dos Correios a aliado de Alcolumbre

Negociação para a entrega do posto à ala ligada a Alcolumbre ocorre em um contexto em que o Planalto tem buscado fortalecer sua base no Congresso

     Davi Alcolumbre (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

O Palácio do Planalto já admite a possibilidade de transferir o comando dos Correios para o grupo político vinculado ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP),destaca o jornalista Igor Gadelha em sua coluna no Metrópoles. A possibilidade ganhou força após o presidente da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), Fabiano Silva dos Santos, entregar uma carta com sua renúncia ao cargo.

Caso a negociação seja concretizada, a presidência da estatal passará a ser controlada por aliados de Alcolumbre num momento de alívio financeiro inesperado. Isso porque os Correios estão prestes a receber um empréstimo de R$ 3,8 bilhões do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como Banco dos BRICS, atualmente presidido pela ex-presidente Dilma Rousseff.

De acordo com fontes próximas ao governo ouvidas pela reportagem, o financiamento encontra-se em estágio avançado de tramitação. Os recursos servirão para aliviar a situação financeira da empresa, que encerrou o ano de 2024 com um prejuízo de R$ 2,6 bilhões.

O avanço das negociações para entrega do posto à ala ligada a Alcolumbre ocorre num contexto em que o Planalto tem buscado fortalecer sua base no Congresso e atender demandas do Centrão em troca de estabilidade política.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Presidente dos Correios, Fabiano Silva deixará o cargo

Silva estaria enfrentando pressão política para deixar o cargo, além de problemas de saúde

                           Fabiano Silva dos Santos (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

O presidente da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), Fabiano Silva dos Santos, entregou ao Palácio do Planalto uma carta com sua renúncia ao cargo, informou a CNN Brasil na noite desta sexta-feira (4).

Segundo as reportagens da mídia, Silva estaria enfrentando pressão política para deixar o cargo, além de problemas de saúde.

Além disso, os Correios vem acumulando prejuízos. Os Correios registraram um prejuízo de R$ 1,7 bilhão no primeiro trimestre deste ano.

Fonte: Brasil 247

Motta recua e admite corte em emendas para ajuste fiscal, mas alerta contra ‘criminalização’

Parlamentar defendeu que qualquer decisão sobre cortes deve ser fruto de consenso e diálogo entre os poderes Executivo e Legislativo

      Hugo Motta (Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados)

Por InfoMoney - O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta sexta-feira (4), em entrevista à GloboNews, que o corte em emendas parlamentares pode ser considerado como parte das negociações para o ajuste fiscal do governo. Segundo ele, essa medida é legítima dentro do esforço conjunto para garantir responsabilidade fiscal, mas ressaltou que o tema não deve ser tratado com viés moralista ou punitivo.

Motta destacou que as emendas parlamentares, que somam cerca de R$ 50 bilhões no orçamento deste ano, são importantes para atender demandas locais e regionais, mas que sua liberação tem ocorrido em ritmo lento, gerando insatisfação entre deputados e senadores. Ele defendeu que qualquer decisão sobre cortes deve ser fruto de consenso e diálogo entre os poderes Executivo e Legislativo.

O presidente da Câmara criticou ainda a criminalização das emendas, alertando para o risco de se associar esses recursos a pagamentos pessoais de parlamentares. Ele também condenou a prática de condicionar a liberação das emendas à votação de projetos específicos, afirmando que isso compromete a independência do Parlamento.

O debate ocorre em meio a um embate entre governo e Congresso sobre como ajustar as contas públicas para evitar um rombo em 2025. Recentemente, o governo tentou aumentar a arrecadação por meio da elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), medida que foi barrada pelo Congresso e agora está sendo judicializada.

Fonte: Brasil 247 com Infomoney

Correios realizam 1,3 milhão de atendimentos presenciais para aposentados com descontos indevidos no INSS

Serviço começou em 30 de maio em quase cinco mil agências da estatal vinculada ao Ministério das Comunicações

      Correios (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)


As cerca de cinco mil agências dos Correios disponibilizadas para atender, presencialmente, aposentados e pensionistas do INSS com dúvidas sobre descontos não autorizados feitos por entidades associativas realizaram 1,3 milhão de atendimentos durante o primeiro mês da parceria com a Previdência.

O serviço teve início em 30 de maio, como alternativa para quem enfrenta dificuldades para utilizar o aplicativo Meu INSS ou ligar para a Central 135. Aproximadamente 20 mil funcionários dos Correios foram capacitados para atuar na parceria.

“Esse trabalho realizado pelos Correios em todo o país tem sido muito importante. O atendimento é humanizado, os empregados das agências explicam e oferecem as orientações necessárias”, frisa a diretora de Governança e Estratégia dos Correios, Juliana Picole Agatte. Ela destaca que o atendimento continuará por tempo indeterminado.

Para ser atendido em uma agência dos Correios, o aposentado ou pensionista precisa apresentar apenas um documento de identificação. Em casos de pessoas acamadas ou com dificuldade de locomoção, uma terceira pessoa pode comparecer ao local, desde que esteja munida de procuração válida.

O papel dos Correios – estatal vinculada ao Ministério das Comunicações – é identificar se houve descontos mensais indevidos, qual foi a entidade responsável, protocolar o pedido de informações adicionais, informar o INSS sobre o caso e orientar o beneficiário sobre como contestar a cobrança e solicitar o ressarcimento.

Após a realização da consulta presencial, e cumprido o prazo de até 15 dias úteis para que a entidade apresente sua resposta, o aposentado ou pensionista pode retornar à agência para validar ou contestar a resposta fornecida.

O beneficiário tem até 30 dias corridos, a partir do recebimento da resposta da entidade, para manifestar concordância ou discordância. Essa manifestação pode ser feita pelo aplicativo Meu INSS ou presencialmente em uma agência dos Correios.

Nem o INSS nem os Correios entram em contato por WhatsApp, telefone, e-mail ou SMS com links para consulta ou confirmação de dados. As informações oficiais são divulgadas exclusivamente pelos canais oficiais. Em caso de dúvida, o beneficiário não deve compartilhar seus dados pessoais com desconhecidos.

Além deste serviço específico de apoio a aposentados e pensionistas, os Correios também mantêm parceria com a Previdência por meio do Balcão do Cidadão, oferecendo suporte para o requerimento de benefícios por incapacidade temporária (até 180 dias), por meio do sistema Atestmed.

Com presença em todos os municípios brasileiros, os Correios oferecem uma infraestrutura pública já instalada, preparada para oferecer atendimento presencial especialmente a idosos e pessoas com dificuldades de acesso digital.

No final de junho, os Correios lançaram um selo comemorativo em homenagem aos 35 anos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A peça filatélica retrata rostos de pessoas que dependem do órgão, em celebração ao papel social da Previdência.

À entidade vinculada ao Ministério da Previdência Social cabe reconhecer direitos e viabilizar o acesso da população a benefícios e serviços previdenciários, como aposentadoria, pensão, salário-maternidade, entre outros.

Fonte: Brasil 247

Governo libera R$ 2,5 bilhões em emendas em meio à tensão com o Congresso

Centrão concentra maior parte dos recursos; PL já recebeu R$ 930 milhões em 2025

Plenário da Câmara dos Deputados durante sessão conjunta do Congresso Nacional destinada à deliberação de vetos. Mesa: deputado Reinhold Stephanes (PSD-PR); presidente do Senado Federal, senador Davi Alcolumbre (União-AP); secretário-geral da Mesa do Senado Federal, Danilo Augusto Barboza de Aguiar; e senador Eduardo Girão (Novo-CE) (Foto: Jonas Pereira/Agência Senado)

Em meio a mais uma semana de tensões com o Congresso Nacional, o governo federal empenhou R$ 2,5 bilhões em emendas parlamentares impositivas, elevando para R$ 5,6 bilhões o total liberado em 2025. Os dados, segundo o g1, foram extraídos da base do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (Siop), do Ministério do Planejamento e Orçamento, com data de apuração de quinta-feira (3) e coleta realizada nesta sexta-feira (4).

As emendas parlamentares, que são recursos previstos no Orçamento da União e destinados a iniciativas indicadas por deputados e senadores, têm na modalidade impositiva uma obrigação legal de pagamento por parte do governo. Apesar da liberação parcial, o valor total disponível para o ano é de R$ 50 bilhões. Desse montante, apenas 11,1% foram empenhados até agora, e somente 3% foram efetivamente pagos, o que deixa um saldo de R$ 41,6 bilhões ainda pendentes de execução.

Como na semana anterior, partidos do Centrão concentraram a maior fatia dos valores empenhados nesta rodada: R$ 1,4 bilhão, o equivalente a 56% do total da semana. O destaque, porém, foi o PL, partido de Jair Bolsonaro, que recebeu sozinho R$ 410 milhões no período. Com isso, já soma R$ 930 milhões ao longo do ano — um volume quase 33% superior ao direcionado ao PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A maior parte dos valores empenhados diz respeito a emendas individuais de caráter impositivo, apresentadas por parlamentares. Não houve repasses relativos a emendas de comissão, que seguem sob questionamento no Supremo Tribunal Federal (STF) desde 2023, por conta da falta de critérios de transparência.

Entre as 8.555 emendas apresentadas em 2025 até o momento, 1.945 foram empenhadas, 648 liquidadas e 573 efetivamente pagas. Na última semana, 435 emendas foram empenhadas e 81 pagas. Em média, cada emenda liberada teve valor de R$ 5,7 milhões, enquanto aquelas já pagas atingiram R$ 7,9 milhões.

A liberação ocorre em um contexto de deterioração das relações entre o Executivo e o Congresso, agravadas desde o fim de junho. A crise foi detonada pela derrubada, pelo Legislativo, do decreto presidencial que elevava a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para determinadas transações. A medida, imposta de forma unilateral pelo Planalto, irritou parlamentares, que reclamaram da ausência de diálogo.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), criticou duramente a postura do governo: “Poderiam ter buscado o diálogo. Fizeram uma decisão unilateral”, afirmou. A tensão se acentuou após o recurso do governo ao STF para tentar reverter a decisão do Congresso, o que foi recebido como um novo gesto de confronto. Alcolumbre respondeu em tom duro no plenário. “Hoje todo mundo pode acessar e questionar qualquer coisa no Supremo. Isso é um problema seríssimo.”

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Debates sobre IOF e tributação dos mais ricos dominaram buscas dos brasileiros na semana

Levantamento é feito com base em dados da plataforma Google Trends

       Moedas de reais - 15/10/2010 (Foto: REUTERS/Bruno Domingos)

Na última semana, o cenário político brasileiro foi marcado por intensos debates em torno da revogação do decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que previa o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e os protestos em defesa da taxação dos mais ricos.

A medida enfrentou forte resistência do Congresso Nacional e resultou em uma tentativa de conciliação entre os Poderes no Supremo Tribunal Federal (STF).

Nos últimos sete dias, de acordo com o Google Trends, termos como “IOF”, “Hugo Motta” (presidente da Câmara dos Deputados), “austeridade”, “influenciadores com Lula” e “Itaú Faria Lima” estiveram entre os mais buscados na categoria política. Para corroborar que o público está atento ao tema, o termo “austeridade” permaneceu em alta por mais de três horas, enquanto “Itaú Faria Lima” figurou nos trending topics por longas horas, sinalizando a disposição dos leitores em acompanhar de perto os rumos fiscais do país.

As discussões nas redes sociais se intensificaram, refletindo a tensão entre Executivo e Legislativo, enquanto o governo Lula e o Congresso tentam encontrar uma saída de compromisso para a crise institucional que ganhou força nos últimos dias.
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Buscas por 'austeridade' flutuaram antes de dispararem nesta sexta-feira (4)

 

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Buscas por 'Hugo Motta' permaneceram em tendência de alta ao longo da semana
Fonte: Brasil 247

STF condenou 643 denunciados por participação no 8 de janeiro

 Balanço foi divulgado pela Procuradoria-Geral da República (PGR)

Atos golpistas de 8 de Janeiro de 2023 (Foto: Joedson Alves/Agencia Brasil)

Agência Brasil - O Supremo Tribunal Federal (STF) já condenou 643 acusados pela participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

O balanço das condenações foi divulgado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), órgão responsável pelas denúncias enviadas ao Supremo para responsabilizar as pessoas que invadiram e depredaram as instalações do Congresso, Palácio do Planalto e do Supremo.

As condenações envolvem os executores do atos, que foram apenados pelos crimes de associação criminosa armada, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado.

O tempo de prisão varia entre três e 17 anos, além do pagamento solidário de R$ 30 milhões pelos danos causados pela depredação de obras de arte, móveis históricos, estofados, aparelhos eletrônicos, entre outros.
Acordo

Conforme o levantamento divulgado pela PGR, 555 acusados assinaram acordo de não persecução penal (ANPP) e terão seus processos encerrados.

O acordo permite que os acusados que não participaram diretamente dos atos de depredação possam confessar os crimes em troca de medidas diversas da prisão.

No dia 8 de janeiro, esses acusados estavam em frente ao quartel do Exército, em Brasília, e foram acusados de associação criminosa e incitação aos atos.

Por terem cometido crimes de menor gravidade, eles foram condenados a de um ano de prisão, mas as penas foram substituídas pela prestação de serviços comunitários e a presença em um curso sobre democracia.

Os acusados também estão com o passaporte retido, porte de arma revogado e deverão pagar solidariamente o valor de R$ 5 milhões por danos morais coletivos.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil





sexta-feira, 4 de julho de 2025

Assistência Social de Apucarana movimenta idosos com “arraiá julino”



O tradicional baile da terceira idade, realizado às sextas-feiras no Clube 28 de Janeiro, ganhou um clima especial nesta semana. Organizado pela Secretaria da Assistência Social da Prefeitura de Apucarana, o evento teve como tema o “Arraiá Julino” e contagiou os cerca de 200 participantes com muita música, danças típicas e comida.

“Com este momento, visamos proporcionar diversão e convivência aos idosos atendidos pelos programas sociais do município”, explica Fabíola Carrero, secretária municipal da Assistência Social. Ela destaca que a coordenação dos bailes está sob responsabilidade da Diretoria de Políticas Públicas para a Pessoa Idosa, conduzida por Jéssica Mantovani e sua equipe.

O prefeito Rodolfo Mota ressalta que os bailes são momentos valiosos de vivência social. “Mais do que uma atividade de descontração, essa iniciativa coordenada pela nossa equipe da Assistência Social visa promover o bem-estar físico e mental dos idosos, fortalecendo vínculos e amizades”, afirma.

Com entrada gratuita, os bailes acontecem sempre às sextas-feiras, a partir das 13h30, e reúnem, em geral, idosos que participam dos Grupos Conviver. “Além de ser um espaço de confraternização, os bailes trazem uma série de benefícios físicos, mentais, emocionais e sociais. A dança é uma atividade completa que promove bem-estar e qualidade de vida na terceira idade”, finaliza Fabíola Carrero, secretária municipal.

O registro em vídeo da festança pode ser conferido na rede social https://www.instagram.com/assistenciasocialapucarana.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Prefeitura de Apucarana promove capacitação para motoristas e operadores de máquinas, obrigatório para garantir pagamento de abono salarial


A Prefeitura de Apucarana está investindo na qualificação dos servidores que atuam na condução de veículos e na operação de máquinas. Entre os dias 5 e 20 de julho, 42 motoristas e 10 operadores de máquinas participarão de cursos de capacitação profissional voltados às áreas de transporte, operação de equipamentos e segurança do trabalho.

O prefeito Rodolfo Mota destacou que a administração municipal destinou R$ 21.900,00 para a aquisição dos cursos. “Em abril, implantamos um abono salarial de R$ 1.300,00 para motoristas e operadores de máquinas. Essa iniciativa corrigiu uma injustiça histórica. Em gestões anteriores, foi criado um abono apenas para motoristas concursados da Saúde e da Educação, deixando de fora os que atuam em outras secretarias. Agora, todos estão em condições de igualdade”, afirmou.

Segundo o prefeito, além de valorizar esses profissionais, a medida visa equiparar a remuneração dos motoristas da administração municipal aos valores praticados na iniciativa privada. “A participação regular nos cursos de capacitação é um dos requisitos para que motoristas e operadores tenham direito ao abono”, completou.

A empresa Bianchi Engenharia e Segurança será responsável pela formação dos servidores. Serão oferecidos os seguintes cursos:

 

▸ NR-11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais

 

▸ NR-12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos

 

▸ MOPP – Movimentação e Operação de Produtos Perigosos

 

▸ Transporte de Cargas Indivisíveis

 

Participarão da capacitação servidores vinculados à Autarquia Municipal de Saúde, à Autarquia Municipal de Serviços Funerários e às secretarias de Serviços Públicos, Obras, Assistência Social, Promoção Artística, Cultural e Turística, Esportes, Agricultura, além da Secretaria da Mulher e Assuntos da Família.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Agência do Trabalhador de Apucarana fecha semestre com mais de 5 mil atendimentos


Confirmando seu status como uma das unidades mais ativas do Paraná, a Agência do Trabalhador de Apucarana realizou 5.381 atendimentos de janeiro a junho deste ano. O resultado é fruto da nova política de promoção da empregabilidade, implementada pelo prefeito Rodolfo Mota.

“Quem efetivamente gera emprego é a iniciativa privada, por isso temos focado no fortalecimento de laços com todos os segmentos econômicos da cidade, bem como no estreitamento das relações entre a agência e as secretarias municipais. Na prática, isso tem se revertido em um novo e ainda mais positivo ritmo de trabalho, gerando desenvolvimento econômico e ampliando as oportunidades para trabalhadores e empresas”, afirma o prefeito.

Segundo o gerente da unidade, Neno Leiroz, do total de atendimentos, 3.488 foram direcionados a vagas de emprego e 1.122 envolveram entrada e recurso de seguro-desemprego. “Realizamos ainda 208 atendimentos para inscrições em cursos de qualificação profissional e 563 atendimentos e visitas técnicas a empresas do município”, informa Leiroz, destacando a nova dinâmica da agência.

“Desde janeiro, o trabalho da agência tem sido realizado em parceria com o prefeito Rodolfo Mota e com diversas secretarias do município, o que amplia o alcance das ações e garante maior eficiência. Tenho sempre frisado que, mais do que números, são vidas impactadas, sonhos reacendidos e portas que se abriram”, pontua o gerente.

Parcerias e resultados — Entre as iniciativas de destaque, ele cita o Programa Empregabilidade Mulher, desenvolvido em parceria com a Secretaria da Mulher e Assuntos da Família, comandada pela primeira-dama Karine Mota; o Empregabilidade 50+, voltado à inserção de pessoas com mais de 50 anos no mercado de trabalho e realizado em parceria com a Secretaria de Assistência Social; e a participação na Feira de Profissões do Colégio Estadual Professor Izidoro Luiz Cerávolo. “Temos ainda parceria com o 30º BIMec/Exército Brasileiro, com encaminhamento de ex-militares ao mercado de trabalho, e uma forte atuação junto ao setor empresarial, onde realizamos neste primeiro semestre mais de 500 atendimentos diretos às empresas, compreendendo suas demandas e facilitando as contratações”, resume Neno Leiroz, gerente da Agência do Trabalhador de Apucarana.

Serviço: Informações sobre vaga de trabalho podem ser obtidas diretamente na agência, que fica localizada na Rua Renê Camargo de Azambuja, nº 705. O telefone de contato é 3422-4000 - ramal 575. Atendimento é de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas.

Também é possível consultar as vagas em aberto pela internet, no site da Prefeitura de Apucarana, no endereço: http://www.apucarana.pr.gov.br/.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Decisão de Moraes sobre IOF delimita competências de cada Poder, diz Haddad

Ministro da Fazenda afirmou que o governo mostrará ao STF que não houve aumento linear do IOF, mas correções de distorções

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em Brasília 03/06/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Reuters - A decisão tomada nesta sexta-feira pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes em relação ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) busca delimitar competências de cada Poder, o que é ótimo para o país, disse nesta sexta-feira o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Em conversa com jornalistas, no Rio de Janeiro, Haddad afirmou que o governo mostrará ao STF que não houve aumento linear do IOF, mas correções de distorções.

"Nós corrigimos o que nos parecia equivocado do ponto de vista de sonegação. As pessoas que estavam usando as operações financeiras de maneira indevida foram bloqueadas pelo decreto. Isso tem finalidade regulatória, com repercussão arrecadatória", disse o ministro.

Mais cedo nesta sexta, Moraes suspendeu liminarmente os decretos presidenciais que elevaram as alíquotas do IOF, bem como a decisão do Congresso Nacional na semana passada que derrubou a iniciativa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A liminar ainda convocou uma audiência de conciliação para o dia 15 de julho com representantes do governo, da Câmara, do Senado e da Procuradoria-Geral da República.

"A decisão é no sentido de delimitar as competências com mais clareza. Quanto mais clareza nós tivermos sobre as competências constitucionais de cada Poder, mais tranquilamente um presidente vai poder governar, obviamente que subordinado às leis do país", acrescentou.

O governo estimou que a derrubada da medida que aumentou o IOF deve gerar uma perda de arrecadação de R$12 bilhões neste ano, o que pode aumentar a necessidade de contenção de verbas de ministérios para que regras fiscais sejam respeitadas.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Lula aciona agências reguladoras e PF contra abuso de preços em postos de gasolina: 'consumidor está pagando o pato'

Presidente cobra atuação da Senacon, ANP, Cade e Polícia Federal para garantir que reduções anunciadas pela Petrobras cheguem ao bolso da população

          Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um duro pronunciamento nesta sexta-feira (4) contra abusos cometidos por postos de combustíveis que não repassam aos consumidores os descontos anunciados pela Petrobras nos preços da gasolina e do óleo diesel. Durante cerimônia na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro, Lula convocou a atuação coordenada de órgãos reguladores e de fiscalização para garantir que os brasileiros não continuem sendo prejudicados.

"Queria deixar um aviso aos companheiros que dirigem a Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor, ligada ao Ministério da Justiça, em Brasília, ao presidente da Agência Nacional de Petróleo, dos Procons estaduais, do Cade, da Polícia Federal: é preciso que esses órgãos, que têm a função de fiscalizar, não permitam que nenhum posto de gasolina neste país venda gasolina mais cara do que aquilo que é o preço que ela tem que vender, e muito menos óleo diesel", declarou Lula.

☆ Alerta contra distorções nos preços - O presidente manifestou indignação com o descaso de parte do setor varejista em seguir as reduções implementadas pela Petrobras. Segundo ele, os reajustes da estatal têm sido ignorados por donos de postos, que mantêm ou até aumentam os preços nas bombas.

"Não é possível que a Petrobras anuncie um desconto de um centavo e esse desconto não chegue ao consumidor. Não é possível que a Petrobras anuncie tanto desconto no óleo diesel e esse desconto não chegue para o consumidor", criticou.

Lula lembrou que, mesmo diante de inflação acumulada, os preços atuais dos combustíveis no Brasil estão abaixo dos níveis encontrados no início de seu mandato, há dois anos e meio. Para ele, o que falta é fiscalização eficaz: "Estavam me dizendo que em Brasília tem um posto que aumentou R$ 0,50. Não é possível", afirmou.

☆ Defesa do consumidor como prioridade - Ao lado da presidente da Petrobras, Magda Chambriard, e do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, Lula defendeu rigor das autoridades para impedir que a população continue sendo lesada.

"Quem está pagando o pato é o consumidor. Fiz um apelo a esses órgãos, Senacon, ANP, Procon, Cade e Polícia Federal: é preciso fiscalizar para saber se os preços que estão sendo vendidos estão justos ou se tem alguém tentando, mais uma vez, enganar o consumidor brasileiro", enfatizou.

Lula ainda cobrou articulação entre os ministérios para assegurar o cumprimento das medidas anunciadas: "Alexandre Silveira, é importante mais uma vez se reunir com o ministro da Justiça e exigir que essas coisas aconteçam, senão seremos tratados como se fôssemos um bando de imbecis, porque decidimos as coisas e elas não acontecem na ponta".

☆ Contexto de investimentos e geração de empregos - A declaração do presidente ocorreu durante o anúncio de mais de R$ 33 bilhões em investimentos da Petrobras no estado do Rio de Janeiro, especialmente em refino e petroquímica. Um dos principais empreendimentos é o Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí, integrado à Reduc, que deverá gerar cerca de 30 mil empregos diretos e indiretos e ampliar significativamente a produção de combustíveis e produtos renováveis como HVO e SAF.

O projeto faz parte do Novo PAC e reforça a estratégia do governo de consolidar a Petrobras como motor do desenvolvimento nacional. A estatal planeja investir R$ 366 bilhões no quinquênio, sendo R$ 298 bilhões apenas no Rio de Janeiro.

Além disso, a Petrobras tem avançado na descarbonização, com destaque para a produção de SAF a partir de óleo de milho e o início dos testes com o novo Diesel R7, com 7% de conteúdo renovável. A empresa também ampliará sua frota naval e promoverá ações de formação profissional em comunidades fluminenses.

Fonte: Brasil 247

Governo avalia decisão de Moraes sobre IOF como "empate" entre Lula e Hugo Motta

Ministro do STF suspendeu tanto o decreto do governo quanto a decisão do Congresso e surpreendeu o Planalto ao convocar audiência de conciliação

       Hugo Motta e Lula (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre o impasse envolvendo o aumento da alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) foi interpretada dentro do governo federal como um “empate técnico” entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente da Câmara dos Deputados Hugo Motta (Republicanos-PB). As informações são da coluna do jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles.

No despacho assinado nesta sexta-feira (4), Moraes determinou a suspensão simultânea do decreto presidencial que previa o aumento do imposto e da resolução do Congresso que derrubava a medida. A suspensão vale até a realização de uma audiência de conciliação entre os Poderes Executivo e Legislativo.

Nos bastidores, assessores próximos a Lula afirmam que a decisão surpreendeu o Palácio do Planalto, que esperava um aval do Supremo para manter os efeitos do decreto. A expectativa era de que Moraes barrasse apenas a atuação do Congresso, restabelecendo a medida editada pelo governo.

Apesar disso, de acordo com a reportagem, integrantes do núcleo político do governo avaliam que o resultado pode ser considerado positivo para ambos os lados. De um lado, Hugo Motta conseguiu sustentar a ideia de que o Congresso pode frear iniciativas que aumentem impostos com viés meramente arrecadatório. De outro, Lula obteve um reconhecimento importante: Moraes apontou que o Congresso invadiu as competências do Executivo ao suspender um decreto presidencial autônomo.

No entendimento de interlocutores do governo, ao convocar uma audiência entre as partes, o ministro do STF recoloca o tema na esfera da política, abrindo espaço para uma negociação com maior “equilíbrio institucional”. A avaliação é de que, ao buscar o diálogo, Moraes evitou um novo atrito direto com o Congresso Nacional, com quem já mantém uma relação frequentemente tensionada.

fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles