segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

Preços de alimentos e bebidas caem em todas as regiões do Paraná em novembro

O Índice Ipardes de Preços Regional Alimentos e Bebidas (IPR - Alimentos e Bebidas) registrou, em novembro, uma queda de 1,33%, resultando na menor variação para o mês desde 2020. Cerca de metade dessa queda está relacionada ao subgrupo leites e derivados, seguidos por tubérculos, raízes e legumes.

    Foto: Ari Dias/AEN

O Índice Ipardes de Preços Regional Alimentos e Bebidas (IPR - Alimentos e Bebidas) registrou, em novembro, uma queda de 1,33%, resultando na menor variação para o mês desde 2020. Com isso, o IPR acumulado entre janeiro a novembro de 2025 foi de 0,46% e o índice acumulado em 12 meses foi de 1,64%, o menor resultado para essa métrica desde maio de 2024. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (5) pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).

Apenas em novembro, cerca de metade dessa queda está relacionada ao subgrupo leites e derivados, que influenciou o resultado mensal com -0,74 pontos percentuais (p.p.), seguidos por tubérculos, raízes e legumes com influência de -0,60 p.p. e cereais -0,09 p.p. Em termos de variação percentual, os preços médios de tubérculos, raízes e legumes apresentaram queda de 14,52% em novembro; enquanto leite e derivados caiu 5,29%.

Dentre os produtos pesquisados, a queda mais expressiva ocorreu em tomate (-31,38%), seguido por abobrinha (-24,14%), pepino (-19,50%), leite integral (-8,96%) e melão (-6,61%). A produtividade de tomate, abobrinha e pepino foi impactada pela elevação da temperatura, fator que contribuiu para o amadurecimento desses frutos, resultando em ampliação da disponibilidade ao consumidor e retração dos preços. No mesmo sentido, o preço do leite foi reflexo da expansão da oferta, acarretando em maior captação de leite.

Em novembro, a queda do IPR espalhou-se por todos os municípios pesquisados. A retração mais expressiva foi registrada em Cascavel (-1,64%), acompanhada por Maringá (-1,62%), Foz do Iguaçu (-1,47%), Curitiba (-1,38%), Guarapuava e Ponta Grossa (-1,28%), Londrina (-1,25%), Umuarama (-1,05%) e Pato Branco (-0,99%).

O subgrupo tubérculos, raízes e legumes registrou quedas de 17,18% em Cascavel, de 16,56% em Curitiba, de 16,19% em Maringá, de 15,43% em Foz do Iguaçu, de 14,72% em Pato Branco, de 13,73% em Ponta Grossa, de 13,54% em Guarapuava, de 13,25% em Londrina e de 9,89% em Umuarama. O preço do tomate caiu 37,07% em Cascavel, 35,72% em Maringá, 35,11% em Curitiba, 34,35% em Foz do Iguaçu, 33,17% em Pato Branco, 28,37% em Guarapuava, 28,09% em Londrina, 27,79% em Ponta Grossa e 21,30% em Umuarama.

Na contramão da tendência, houve aumento de 5,05% no preço da banana-caturra, de 4,67% em cebola, 4,09% em maçã e de 3,62% em óleo de soja. Esses reajustes se devem a menores volumes ofertados por conta de transição de safras das frutas e do bulbo e pela demanda aquecida por óleo de soja. Regionalmente, a carne suína registrou alta de 2,04% em Maringá e de 1,61% em Cascavel, enquanto óleo e gorduras sofreram reajustes de 2,49% em Foz do Iguaçu, de 1,86% em Guarapuava e de 1,81% em Umuarama.

ÚLTIMOS DOZE MESES A variação acumulada nos últimos 12 meses foi de 1,64%. Em termos regionais, ficou em 2,56% em Guarapuava, 2,18% em Pato Branco, 1,96% em Cascavel, 1,94% em Foz do Iguaçu, 1,64% em Umuarama, 1,38% em Maringá, 1,17% em Curitiba, 1,05% em Ponta Grossa e 0,93% em Londrina.

Dois dos principais fatores que ajudaram a segurar os preços foram o subgrupo cereais, que apresentou queda de 30,68% em Ponta Grossa, de 29,17% em Cascavel, de 29,15% em Foz do Iguaçu, de 28,70% em Pato Branco, de 27,23% em Guarapuava, de 26,59% em Curitiba, de 26,56% em Umuarama, de 24,65% em Londrina e de 24,61% em Maringá, e a batata-inglesa, que apresentou retração de 49,41% em Curitiba, de 49,25% em Londrina, de 48,06% em Ponta Grossa, de 45,60% em Maringá, de 45,25% em Umuarama, de 44,77% em Cascavel, de 43,99% em Foz do Iguaçu e Guarapuava e de 40,57% em Pato Branco.

O café ainda tem a maior alta acumulada em 12 meses em seis municípios (Guarapuava, Pato Branco, Cascavel, Foz do Iguaçu, Umuarama e Ponta Grossa). Em outros dois (Londrina e Maringá) a abobrinha ocupa esse lugar. Em Curitiba o maior registro de alta foi a da cenoura.

Fonte: Agência Estadual de Notícias (AEN)

A projeção conquistada por Mauro Vieira após negociação com EUA

Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos reposicionou o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, no centro da política externa do governo Lula (PT). Discreto desde o início do mandato, ele ganhou protagonismo ao conduzir negociações após Washington impor sobretaxa de 40% a produtos brasileiros e sanções a autoridades nacionais, justificando as medidas pelo tratamento dado pelo Judiciário ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O movimento tirou Vieira da sombra de Celso Amorim, assessor especial do Planalto e histórico formulador da diplomacia petista, que havia assumido papel de destaque em temas como a guerra na Ucrânia e a eleição venezuelana.

Segundo Guga Chacra, do jornal O Globo, interlocutores negam qualquer disputa entre os dois e afirmam que Vieira e Amorim exercem funções complementares. Mas reconhecem que o chanceler vive seu momento de maior visibilidade desde janeiro de 2023.

A virada ocorreu quando ele assumiu a linha de frente do diálogo com o secretário de Estado estadunidense, Marco Rubio, com quem já se reuniu duas vezes. Ao defender que as relações bilaterais não são “incondicionais”, Vieira passou a reafirmar publicamente a soberania do Brasil frente às pressões comerciais e políticas vindas de Washington.

Diplomatas avaliam que o ministro ganhou peso ao desempenhar a tarefa considerada mais complexa nesta crise: manter interlocução direta com Rubio, figura influente na gestão do presidente Donald Trump. A capacidade de transitar entre pressões externas e a agenda doméstica é vista como ativo raro.

Mauro Vieira e Marco Rúbio. Foto: Itamaraty
Desde que assumiu o Itamaraty, Vieira participou de mais de 530 reuniões de alto nível, mantendo conversas com mais de 140 chanceleres enquanto conduzia temas do Brics, do G20 e negociações delicadas com Argentina, Venezuela, México, Colômbia e União Europeia. Na escalada da crise no Oriente Médio, liderou as articulações brasileiras no Conselho de Segurança da ONU.

Ex-embaixador em Washington, o chanceler mobilizou uma operação sigilosa para monitorar reações nos EUA, acionando contatos na embaixada brasileira e enviando assessores ao país.

Segundo auxiliares, ele combina atuação de “pé no acelerador” com capacidade de falar apenas quando necessário — perfil visto como essencial em um dos períodos mais turbulentos da diplomacia recente.

Ainda assim, Amorim segue influente como conselheiro direto de Lula. Diplomatas destacam que, se Vieira é um executor habilidoso, Amorim permanece como formulador estratégico. Rubens Ricupero resume a divisão de papéis: “o ministro Mauro Vieira ocupa um lugar que um assessor jamais poderia ter”.

Para a professora Flavia Loss, do FESPSP, a estrutura lembra o primeiro mandato de Lula, mas com diferenças claras: “em crises como a atual com os EUA, porém, ele [Amorim] não é o melhor ator, por ser identificado demais com o PT”. Ela afirma que Vieira ascendeu por circunstância: “foi o nome necessário”.

Já o diplomata Paulo Roberto de Almeida pondera que o chanceler ainda opera “na sombra de Amorim”, lembrando que decisões chave da política externa seguem concentradas no Planalto. Ele aponta a existência de “uma diplomacia presidencialista, personalista, com improvisações que comprometem a credibilidade do país”.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

VÍDEO: Flávio nega divisão na direita e diz que Tarcísio é “principal nome do time”


      Flávio Bolsonaro em culto, na cidade de Brasília. Foto: Reprodução/

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) negou, neste domingo (7), que exista qualquer divisão na direita após sua confirmação como pré-candidato à Presidência da República. Ele afirmou que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) foi a primeira pessoa com quem conversou depois de receber o apoio público do pai, Jair Bolsonaro. Segundo o senador, a reação do governador foi “muito boa”, e Tarcísio segue sendo, na avaliação dele, “o principal cara do nosso time”. Flávio reforçou ainda que o paulista deverá disputar a reeleição com o apoio do grupo bolsonarista.

“A primeira pessoa que eu quis conversar foi o Tarcísio (…) foi muito boa a reação, um cara excepcional que se mostrou de peito aberto em uma conversa muito franca e sincera, como eu tive todas as vezes com ele. E, para mim, o Tarcísio é o principal cara do nosso time hoje, porque eu tenho a convicção de que a gente vai resgatar o Brasil”, disse à jornalistas.

A fala ocorre em meio à frustração de parte da direita, que via em Tarcísio um nome mais competitivo para herdar o espólio político de Jair Bolsonaro, preso desde o fim de novembro na Superintendência da Polícia Federal em Brasília após condenação por tentativa de golpe de Estado pelo STF. Mesmo assim, Flávio disse confiar que a direita sairá unida e que a vitória em 2026 começará por São Paulo, “com uma diferença maior de votos do que em 2022”.

Apesar de reafirmar sua pré-candidatura, Flávio admitiu que pode desistir da disputa caso seja atendido um “preço político”: a aprovação da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro, medida que pode beneficiar o ex-presidente. O senador afirmou que se reunirá nesta segunda-feira (8) com líderes de PL, União Brasil, PP e Republicanos – entre eles Valdemar Costa Neto, Antonio Rueda, Ciro Nogueira e Marcos Pereira – para discutir os próximos passos após o impacto interno do anúncio.

“Tem uma possibilidade de eu não ir até o fim e eu tenho um preço para isso, que eu vou negociar. Eu tenho um preço, só que eu só vou falar para vocês amanhã”, afirmou. “Espero que a gente paute essa semana a anistia. Espero que os presidentes da Câmara e do Senado cumpram o que eles prometeram, que pautariam a anistia, e deixem o pau cantar no voto no plenário – que é o que a gente sempre quis”.



Em resposta às reações negativas do mercado financeiro ao seu nome, Flávio classificou as avaliações iniciais como “precipitadas”. Ele disse que terá tempo durante a campanha para mostrar um “Bolsonaro diferente”, “mais centrado”, que conhece Brasília e pretende trabalhar pela “pacificação do país”. Segundo ele, a exposição eleitoral ajudará a consolidar essa nova imagem.

O senador também destacou que vê na candidatura a chance de resgatar o projeto político iniciado pelo pai. Garantiu, porém, que não há fragmentação na direita e que seu diálogo com Tarcísio reforça essa unidade. “A gente vai ganhar a eleição começando por São Paulo”, afirmou.

Fonte: DCM

VÍDEO: Irmão de Chitãozinho e Xororó morre em acidente com van da equipe em SP


      Mauri Prudêncio de Lima. Imagem: reprodução

O cantor Mauri Prudêncio de Lima, 55, irmão da dupla Chitãozinho e Xororó, morreu neste domingo (7) em um acidente automobilístico após sair de um show em Curitiba (PR). Ele retornava com a equipe quando a van em que viajava se envolveu em uma colisão no km 373 da BR-116, em Miracatu (SP). Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o motorista sofreu um mal súbito, perdeu o controle do veículo e bateu contra uma carreta; uma caminhonete também foi atingida.

Mauri estava no banco dianteiro e ficou preso às ferragens, morrendo no local. Outra pessoa da equipe também morreu, e cinco pessoas ficaram feridas. O estado de saúde do motorista não foi divulgado até o momento.

Em nota, a assessoria de Chitãozinho e Xororó informou que o irmão e parceiro musical de Mauri, Maurício, “está bem fisicamente e sendo assistido”. A família pediu privacidade neste momento de luto. Mauri, que vivia em Indaiatuba (SP), formava dupla com Maurício há 35 anos e era casado com a apresentadora Andrea Fabyanna.

Fonte: DCM

Congresso intensifica votações e prioriza segurança pública antes do recesso

Propostas do Executivo para área de segurança dominam a agenda enquanto Senado e STF enfrentam novos atritos

      Câmara dos Deputados, congresso Nacional (Foto: agência Brasil)

Segundo reportagem do UOL, duas matérias consideradas prioritárias pelo Executivo entram no centro das discussões desta semana.

Na Câmara dos Deputados, o relator Mendonça Filho deve apresentar na terça-feira (9) o parecer sobre a PEC da Segurança Pública. No Senado, cresce a expectativa para que o chamado PL Antifacção seja votado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na quarta-feira (10), com chances de seguir rapidamente ao plenário.

Ambos os textos foram enviados pelo governo federal, mas sofreram mudanças durante a tramitação. No caso do PL Antifacção, a principal crítica do Executivo recai sobre a retirada de recursos e atribuições da Polícia Federal. O debate ganhou força após a chacina da Polícia Militar do Rio de Janeiro, que resultou em 121 mortes e reacendeu preocupações nacionais sobre o avanço do crime organizado.

Tensões entre Senado e Judiciário

Além das pautas de segurança, o Senado pode enfrentar novos atritos com o Poder Judiciário. Os parlamentares discutem alterações na lei do impeachment depois de o ministro do STF Gilmar Mendes ter decidido, na semana passada, que apenas a Procuradoria-Geral da República pode solicitar o afastamento de ministros da Corte.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, também pautou para votação a PEC do Marco Temporal um dia antes de o STF retomar o julgamento do tema, movimento que promete ampliar o desconforto entre as instituições.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Brasil articula diplomacia para conter risco de ataque dos EUA à Venezuela

Planalto tenta evitar bombardeios, busca diálogo direto com Trump e avalia impactos regionais da escalada militar

  Donald Trump e Nicolás Maduro (Foto: Manaure Quintero/Reuters I Piroschka Van De Wouw/Reuters)

O governo do presidente Lula transformou a crise envolvendo Venezuela e Estados Unidos em sua prioridade número um na frente internacional. Segundo reportagem do jornal Valor Econômico, Brasília enxerga como iminente a possibilidade de bombardeios norte-americanos ao território venezuelano, o que acendeu um alerta diplomático, militar e humanitário no Palácio do Planalto.

Nas conversas internas, assessores informam que Lula trabalha em duas frentes: tentar evitar o ataque e, caso ele ocorra, atuar para impedir uma escalada que desestabilize toda a região. O presidente considera que o Brasil ainda pode ajudar a construir um entendimento entre Caracas e Washington, apesar do endurecimento das ações dos EUA.

Missão inicial: evitar o primeiro bombardeio

A avaliação do Planalto é que os Estados Unidos intensificaram os movimentos militares na direção de uma ofensiva. Navios norte-americanos já circulam no Caribe, entre eles o porta-aviões USS Gerald Ford, a maior embarcação da Marinha dos EUA. A frota opera em águas internacionais, mas muito próxima da Venezuela.

A escalada inclui ataques a embarcações que Washington afirma serem usadas por traficantes venezuelanos, deixando dezenas de mortos. Além disso, Donald Trump — atual presidente dos Estados Unidos — fez dois alertas públicos: determinou que todos considerem o espaço aéreo venezuelano “fechado” e orientou cidadãos dos EUA a deixarem o país.

Fonte: Brasil 247

Ciro Nogueira articula no Paraná retirada de Moro e aliança com Ratinho Júnior

Presidente do PP tenta conter debandada na federação União–PP e reorganizar palanque governista para 2026

       Ciro Nogueira (Foto: Andressa Anholete/Agência Senado)

O presidente nacional do Progressistas (PP), senador Ciro Nogueira (PI), desembarca no Paraná nesta segunda-feira com uma missão política delicada: costurar a retirada de Sergio Moro da disputa pelo governo estadual e consolidar uma aliança da federação União Brasil–PP com o grupo do governador Ratinho Júnior (PSD). As informações são do jornal O Globo.

A articulação ocorre em meio a uma grave crise interna na federação, intensificada após o lançamento da pré-candidatura de Moro ao Palácio Iguaçu. Segundo dirigentes partidários, a movimentação do ex-juiz provocou uma divisão profunda no campo da centro-direita paranaense e acelerou a saída de quadros estratégicos da aliança.

Embora a agenda oficial de Ciro Nogueira preveja apenas reuniões com pré-candidatos locais, aliados próximos afirmam que a visita tem como objetivo principal formalizar o alinhamento com Ratinho Júnior. O plano em discussão inclui ainda a indicação do nome para vice-governador na chapa que deve ser encabeçada por Guto Silva (PSD), atual secretário de Cidades e escolhido pelo grupo governista como principal herdeiro político do governador.

Nos bastidores, a avaliação é que a permanência de Moro na disputa se tornou um fator de instabilidade. Levantamentos internos apontam que cerca de 60 prefeitos deixaram a federação União–PP nos últimos meses, movimento atribuído, em grande parte, à resistência regional ao nome do senador. Também se desfiliaram dois deputados federais: Filipe Francischini, que saiu do União Brasil, e Pedro Lupion, que deixou o PP e migrou para o Republicanos.Apesar de liderar pesquisas de intenção de voto para o governo estadual, Moro enfrenta oposição direta de Ratinho Júnior, que não pretende dividir o protagonismo da sucessão com um adversário político de longa data. O histórico de tensão entre os dois tornou o projeto do ex-juiz cada vez mais difícil dentro do atual arranjo partidário.

Na tentativa de contornar o isolamento, Moro buscou negociar sua filiação ao Republicanos, mas a aproximação não prosperou. O partido mantém alinhamento com o Palácio Iguaçu, o que inviabilizou o avanço das tratativas e reduziu as opções do senador para viabilizar sua candidatura.Diante do cenário, dirigentes da federação passaram a defender uma estratégia de “estancar a sangria” e reconstruir pontes com o grupo do governador. A leitura interna é que insistir na candidatura de Moro poderia aprofundar o isolamento político do bloco e comprometer o desempenho das chapas proporcionais em 2026, especialmente para a Câmara e a Assembleia Legislativa.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

No entorno de Sergio Moro, porém, o clima é de cautela. Aliados afirmam que não há informação oficial sobre eventual retirada de sua pré-candidatura e dizem que o senador não foi comunicado formalmente sobre qualquer mudança de rota. Para esse grupo, o movimento ainda é tratado como especulação política.

Fonte: Brasil 247

Inquérito das fake news deve permanecer aberto por tempo indeterminado no STF

Ministros veem investigação como instrumento permanente de defesa das instituições e da democracia

18/11/2025 - O ministro Alexandre de Moraes, do STF, durante o julgamento da Ação Penal 2696 referente ao Núcleo 3 da trama golpista (Foto: Rosinei Coutinho/STF)

O inquérito das fake news, instaurado em março de 2019 para apurar ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e a seus ministros, deve permanecer aberto por tempo indeterminado, às vésperas de completar sete anos de existência. A decisão vem sendo avaliada internamente por ministros da Corte, que consideram a apuração uma ferramenta estratégica de proteção institucional. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em caráter reservado, ao menos três ministros confirmaram que a tendência é manter o inquérito em funcionamento contínuo, sem previsão de encerramento. Segundo interlocutores próximos do relator Alexandre de Moraes, a ideia é manter um instrumento formal ativo para agir rapidamente diante de novos ataques ao STF, às instituições republicanas ou à ordem democrática. Procurado por meio da assessoria, Moraes não se pronunciou.

Aberto por determinação do então presidente da Corte, Dias Toffoli, o inquérito se tornou o ponto de partida de uma série de outras investigações de grande impacto político. A partir dele foram desmembradas apurações sobre redes de desinformação, estruturas digitais organizadas e supostas tentativas de desestabilização da democracia. Entre os alvos das investigações estiveram blogueiros, empresários, parlamentares e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A manutenção do inquérito consolidou o protagonismo de Alexandre de Moraes em casos sensíveis. Por ser o relator do procedimento original, ele passou a conduzir também investigações derivadas, incluindo os processos relacionados aos atos de 8 de janeiro de 2023 e às apurações sobre tentativa de golpe de Estado. Hoje, Moraes concentra a relatoria de algumas das principais investigações que envolvem o Judiciário e o sistema político.

Antes da invasão das sedes dos Três Poderes, havia no Supremo a expectativa de encerrar o caso. Naquele momento, a avaliação predominante era de que o ambiente institucional havia se estabilizado após a saída de Jair Bolsonaro da Presidência. Com a escalada de ataques em Brasília, porém, a leitura interna mudou de forma significativa.Dentro do tribunal, há divergências. Uma ala de ministros entende que o inquérito não deveria permanecer aberto indefinidamente. Em conversas reservadas, integrantes da Corte afirmaram que o encerramento poderia ocorrer após o término dos julgamentos relacionados à trama golpista.

O ex-presidente do STF Luís Roberto Barroso, que comandou a Corte até setembro deste ano, defendia o encerramento como forma de reduzir a tensão política no país. Apesar disso, reconheceu publicamente a importância do procedimento para a preservação institucional.“O inquérito foi atípico, mas, olhando em perspectiva, foi necessário e indispensável para enfrentar o extremismo no Brasil”, afirmou Barroso em entrevista no ano passado.

Na mesma ocasião, Barroso chegou a projetar o fechamento do caso até o fim de 2025. A avaliação atual dos ministros mais próximos de Moraes, entretanto, é de que o cenário político ainda não oferece condições de concluir a investigação sem riscos adicionais para a estabilidade institucional.Desde a sua origem, o inquérito é alvo de críticas e controvérsias. Ele foi aberto sem provocação da Procuradoria-Geral da República (PGR), o que foge ao rito tradicional, e teve o relator definido sem sorteio. As apurações também foram instauradas sob sigilo, condição que permanece até hoje.

Mesmo entre os ministros que defendem o encerramento em algum momento, há um consenso: sem o inquérito das fake news, o STF teria enfrentado muito mais dificuldade para reagir às ameaças, campanhas de desinformação e ataques direcionados à Corte e ao regime democrático nos últimos anos.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

Metade dos brasileiros não votaria em nome indicado por Bolsonaro, diz Datafolha

Rejeição ao ex-presidente atinge recorde e fragiliza nomes da direita para 2026

O ex-presidente Jair Bolsonaro em sua casa em Brasília-DF, onde cumpre prisão domiciliar, enquanto aguarda a execução penal pela condenação por golpe de Estado - 29/09/2025 (Foto: REUTERS/Diego Herculano)

A mais recente pesquisa Datafolha, divulgada neste sábado (6), mostra um cenário desfavorável para o grupo político alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente preso e considerado inelegível por decisão do Supremo Tribunal Federal. O levantamento revela que 50% dos brasileiros não votariam em um candidato apoiado por ele.

Apenas 26% dos entrevistados afirmaram que votariam com certeza em um nome indicado pelo ex-presidente, enquanto 21% disseram que talvez o fizessem. Outros 3% não souberam responder. Os dados reforçam a queda significativa da capacidade de transferência de votos de Bolsonaro, elemento que durante anos sustentou a força eleitoral da direita.

O estudo também avaliou os nomes mais cotados dentro do campo bolsonarista para disputar a Presidência em 2026. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), lançado pelo pai como pré-candidato, é o menos desejado pelos eleitores: apenas 8% consideram que ele deveria liderar a chapa. A preferência interna é ocupada por Michelle Bolsonaro, com 22%, seguida por Tarcísio de Freitas (20%), Ratinho Jr. (12%) e Eduardo Bolsonaro (9%). Mesmo os nomes mais competitivos, porém, não conseguem ultrapassar a rejeição de metade da população a qualquer candidatura apadrinhada pelo ex-presidente.

Neste domingo (7), Flávio Bolsonaro declarou acreditar na união da direita para 2026 e apostou que a vitória começaria por São Paulo, “com uma diferença maior de votos do que em 2022”. Ele também afirmou que poderia abrir mão de disputar a Presidência caso avançasse a proposta de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro, medida que beneficiaria o pai.

O levantamento expõe ainda a vantagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre todos os adversários testados. Em um confronto direto com Flávio Bolsonaro, Lula aparece com 51% contra 36%. Contra Tarcísio, o petista tem 47% frente a 42%, e diante de Michelle Bolsonaro, lidera por 47% a 39%. Já Eduardo Bolsonaro registra apenas 35%, enquanto Lula alcança 52%.

A pesquisa avaliou também índices de rejeição pessoal. Jair Bolsonaro lidera com 45%, seguido por Flávio (38%), Eduardo (37%) e Michelle (35%). Nomes fora do núcleo familiar, como Tarcísio de Freitas, Ratinho Jr., Romeu Zema e Ronaldo Caiado, têm taxas menores, mas ainda insuficientes para ameaçar a dianteira de Lula nas simulações.

Nos cenários de primeiro turno, Lula mantém 41% das intenções de voto em todas as combinações apresentadas. Entre os candidatos da direita, Flávio e Eduardo Bolsonaro alcançam 18% cada, Michelle chega a 24% e Tarcísio marca 23%. Nenhum deles conseguiu romper a fragmentação do campo conservador ou demonstrar capacidade de consolidação.

Realizada entre 2 e 4 de dezembro com 2.002 entrevistados em 113 municípios, a pesquisa Datafolha tem margem de erro de dois pontos percentuais.

Fonte: Brasil 247

Datafolha: 54% acham que Bolsonaro quis fugir; 33% acreditam em surto

Na decisão que determinou a prisão preventiva de Bolsonaro, o Supremo Tribunal Federal sustentou que o ex-presidente tentou romper a tornozeleira

      Bolsonaro com sua tornozeleira (Foto: Divulgação)

A maioria dos brasileiros acredita que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou fugir ao danificar a tornozeleira eletrônica que utilizava por ordem judicial, segundo pesquisa Datafolha. O episódio ocorreu antes da decretação da sua prisão preventiva e gerou forte repercussão política e jurídica no país.

De acordo com o levantamento, 54% dos entrevistados avaliam que Bolsonaro se preparava para uma fuga, enquanto 33% concordam com a versão apresentada por sua defesa, de que ele sofreu um surto paranoico. Outros 13% afirmaram não saber ou preferiram não opinar.

A pesquisa ouviu 2.002 eleitores em 113 municípios, entre os dias 2 e 4 de dezembro, com margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

O recorte regional mostra diferenças importantes na percepção da população. No Nordeste, 61% dos entrevistados apostam na hipótese de tentativa de fuga. Já nas regiões Sul, Norte e Centro-Oeste, 40% acreditam que o ex-presidente estaria em um surto no momento em que danificou o equipamento de monitoramento.

Entre eleitores, o tema também revela forte polarização. Entre os que votaram em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno de 2022, 66% defendem que Bolsonaro tentava fugir. Já 66% dos eleitores do ex-presidente concordam com a tese de que ele sofreu um surto paranoico.

O levantamento também mostrou variações por faixa etária e perfil religioso e econômico. Entre jovens de 16 a 24 anos, 60% afirmam que o ato teve como objetivo facilitar uma possível fuga. Entre os mais ricos, 40% consideram verdadeira a versão do surto, enquanto 46% dos evangélicos também se inclinam para essa explicação.

Entendimento do STF

Na decisão que determinou a prisão preventiva de Bolsonaro em 22 de novembro, o Supremo Tribunal Federal sustentou que o ex-presidente tentou romper a tornozeleira eletrônica para "garantir êxito em sua fuga".

A medida foi solicitada pela Polícia Federal e autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. De acordo com a Corte, a tentativa de danificação do equipamento ocorreu por volta da meia-noite.

Versão da defesa

Durante a audiência de custódia realizada no dia seguinte à prisão, Bolsonaro apresentou sua versão dos fatos. Questionado pela juíza auxiliar do gabinete de Alexandre de Moraes, Luciana Yuki Fugishita Sorrentino, o ex-presidente afirmou ter vivido um período de instabilidade mental.

Ele declarou que teve uma “certa paranoia” e associou o episódio ao uso de medicamentos prescritos por médicos diferentes, que teriam interagido de forma inadequada. Bolsonaro também relatou que vinha apresentando sono irregular.

Segundo seu relato, ele mexeu na tornozeleira utilizando um ferro de solda por ter curso de operação desse tipo de equipamento, mas afirmou que interrompeu a ação após “cair na razão” e comunicou o fato aos agentes responsáveis por sua custódia, versão que segue sendo analisada pelas autoridades.

Até o momento, a defesa reafirma que não houve intenção de fuga e sustenta que o episódio foi resultado de um quadro episódico de desorientação.

Fonte: Brasil 247

Traumann vê maior probabilidade de vitória de Lula no primeiro turno após entrada de Flávio Bolsonaro

Ex-ministro da Secom e colunista de Veja afirma que candidatura do senador bolsonarista fortalece cenário de reeleição do presidente Lula

04.12.2025 - Palácio Itamaraty - Brasília (DF) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

A análise do ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social e colunista da Revista Veja, Thomas Traumann, indica que a entrada do senador Flávio Bolsonaro na disputa presidencial de 2026 aumenta significativamente a probabilidade de vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no primeiro turno. Os dados citados por Traumann têm como base a nova pesquisa Datafolha.

Segundo o levantamento, em votos válidos — desconsiderando brancos, nulos e indecisos — Lula aparece com 49%, dentro da margem de erro que o colocaria muito perto de definir a eleição já na primeira etapa caso Flávio Bolsonaro seja confirmado como candidato da oposição. Flávio registra 22%, seguido por Ratinho Junior (14%), Ronaldo Caiado (8%) e Romeu Zema (7%).

Segundo turno seria o mais desequilibrado desde 2006, aponta levantamento

Ainda de acordo com o Datafolha, caso Flávio Bolsonaro chegasse ao segundo turno, perderia por uma das maiores margens de votos desde a reeleição de Lula em 2006. Em votos válidos, o presidente teria 59%, contra 41% do senador.

Traumann ressalta que os números evidenciam a fragilidade eleitoral do sobrenome Bolsonaro. Segundo ele, simulações com Michelle Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro apresentam desempenho igualmente fraco contra Lula.

Desempenho muda quando bolsonarista é substituído por Tarcísio de Freitas

O cenário se altera quando o nome de Flávio é substituído pelo do governador Tarcísio de Freitas. Nesse caso, a disputa se torna mais apertada.

Primeiro turno:

  •  Lula — 49%
  •  Tarcísio — 27%
  •  Ratinho Junior — 13%
  •  Caiado — 7%
  •  Zema — 4%

Segundo turno:

  •  Lula — 53%
  •  Tarcísio — 47%

O governador do Paraná, Ratinho Junior, apresenta desempenho semelhante ao de Tarcísio em um eventual segundo turno contra Lula (54% x 46%), reforçando a avaliação de que o problema central para a oposição é o impacto negativo do nome Bolsonaro.

Crise no bolsonarismo e agenda de governo fortalecem Lula, avalia Traumann

Traumann sustenta que o “efeito tóxico” da família Bolsonaro se consolidou nos últimos meses, em meio a episódios que fragilizaram ainda mais o grupo político:

  •  Eduardo Bolsonaro atuou para que o governo Trump aplicasse ao Brasil o maior tarifaço do mundo.
  •  Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos por tentativa de golpe de Estado.
  •  As manifestações bolsonaristas perderam força.
  •  A proposta de anistia não avançou no Congresso.
  •  Flávio Bolsonaro contribuiu para antecipar a prisão do pai.
  •  Os irmãos Bolsonaro protagonizaram disputas públicas internas.
  •  A candidatura de Flávio foi lançada por meio de uma nota no portal Metrópoles.
Enquanto isso, destaca Traumann, o governo Lula avança em políticas públicas com forte impacto social:

  •  Programa de gratuidade de luz e gás para 18 milhões de famílias.
  •  Isenção de imposto de renda para 20 milhões de contribuintes.
  •  Lançamento do maior programa habitacional para a classe média neste século.
  •  Ampliação do crédito Pé de Meia para todos os estudantes do ensino médio.
  •  Reajuste de 7,4% no salário mínimo em janeiro.
  •  Estudo para reajuste do Bolsa Família.
  •  Projeto piloto de gratuidade no transporte público aos finais de semana.
  •  Inclusão do fim da escala 6x1 como um dos eixos centrais do futuro programa de governo Lula 4.

Brasileiros priorizam vida cotidiana, e anistia a Bolsonaro vira “não assunto”

Traumann escreve que a pauta da anistia a Jair Bolsonaro “não mobiliza mais o país”, enquanto a população demonstra preocupação com temas como pagar contas, enfrentar longos deslocamentos diários e o medo constante da violência urbana.

Segundo o colunista, a candidatura de Flávio Bolsonaro funciona como um “presente de Natal” para Lula, ao cristalizar a rejeição acumulada pelo clã e enfraquecer a formação de uma frente de oposição competitiva.

Fonte: Brasil 247