quarta-feira, 30 de julho de 2025

BC encerra ciclo de alta e mantém Selic em 15% ao ano


Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central. Foto: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central confirmou nesta quarta-feira (30) o fim do ciclo de aperto monetário e decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) em 15% ao ano. A decisão, que já era amplamente esperada pelo mercado, representa a primeira pausa após sete elevações consecutivas e coloca a taxa no maior patamar desde maio de 2006.

A manutenção dos juros confirma a sinalização dada pelo Copom na ata da última reunião, em 18 de junho, quando a Selic foi elevada em 0,25 ponto percentual.

À época, a autoridade monetária havia indicado que pretendia “examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado” e avaliar se manter a política monetária restritiva por um período “bastante prolongado” seria suficiente para garantir a convergência da inflação à meta.

Desde setembro do ano passado, a Selic subiu 4,5 pontos percentuais, em trajetória iniciada na gestão de Roberto Campos Neto, sucedida por Gabriel Galípolo.

A inflação, no entanto, segue sendo um fator de preocupação. A meta definida pelo Conselho Monetário Nacional é de 3% ao ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Entrada do prédio do Banco Central do Brasil. Foto: Adriano Machado/Reuters

Atualmente, o IPCA acumulado em 12 meses está em 5,35%, acima do teto da meta contínua de 4,5%. Embora analistas enxerguem uma tendência de desaceleração, os dados mais recentes do IPCA-15, referente à primeira quinzena de julho, indicaram variação positiva de 0,33%, influenciada pela bandeira vermelha nas tarifas de energia elétrica.

Com o novo regime de metas contínuas, sempre que a inflação ultrapassa o teto por seis meses consecutivos, o presidente do Banco Central precisa apresentar uma justificativa formal ao ministro da Fazenda.

Desde que assumiu o cargo, Galípolo já teve de enviar duas cartas a Fernando Haddad explicando o descumprimento dos objetivos inflacionários. Esse instrumento de prestação de contas reforça o compromisso da autoridade monetária com a responsabilidade fiscal e com a transparência nas decisões de política econômica.

Fonte: DCM

Era do Brasil vira-lata acabou, diz a revista mais prestigiada dos EUA


        Homenagem a Trump em protesto em São Paulo

Em artigo publicado na presente edição da revista New Yorker, a mais prestigiada dos EUA, a jornalista Shannon Sims analisa os impactos políticos e simbólicos da ofensiva de Donald Trump contra o Brasil.

A colunista afirma que a tarifa de 50% imposta por Trump sobre produtos brasileiros representa mais do que uma medida econômica: é uma retaliação direta ao julgamento de Jair Bolsonaro e um teste à autoestima nacional. “Foi como um chute inesperado no estômago do país”, escreveu.

Sims relembra o episódio em que a primeira-dama Janja interrompeu uma jornalista durante coletiva no Itamaraty e ironizou: “Cadê meus vira-latas?”. A frase, segundo ela, expôs uma ferida antiga nas relações Brasil-EUA: o chamado complexo de vira-lata, termo cunhado por Nelson Rodrigues para descrever a sensação de inferioridade e a busca obsessiva por validação estrangeira.

O artigo destaca ainda o julgamento de Bolsonaro, acusado de planejar golpe, envenenar Lula e matar o ministro Alexandre de Moraes. Trump, por sua vez, tem pressionado publicamente pela suspensão do processo, dizendo em carta que se trata de uma “caça às bruxas”.

Enquanto isso, o ex-presidente brasileiro usa tornozeleira eletrônica e participa de atos públicos, como uma motociata. Seus aliados no Congresso chegaram a hastear uma bandeira MAGA, o que a autora descreve como a imagem mais pura do vira-latismo político.

Apesar do ataque comercial, Sims aponta que o Brasil parece estar superando o complexo. Lula tem usado a crise para reforçar o discurso de soberania — chegou a usar um boné azul com os dizeres “O Brasil é dos brasileiros”, em paródia ao slogan de Trump.

Diz ela:

Carl Jung, o psiquiatra suíço e fundador da psicologia analítica, é creditado pela teoria de que, assim como as pessoas podem ter complexos, os complexos também podem ter as pessoas. Segundo o pensamento junguiano, a maneira de superar um complexo inconsciente é tomar consciência dele. É isso que está começando a acontecer no Brasil. “O comportamento de Trump está unindo os brasileiros, algo que normalmente só acontece durante a Copa do Mundo”, disse Waldemar Magaldi Filho, fundador do Instituto Junguiano de Ensino e Pesquisa do Brasil. “Ele está, na verdade, nos colando uns aos outros por uma causa maior. Agora somos uma grande matilha de vira-latas.”

O erro de cálculo de Trump, ao agitar sua ameaça tarifária, é não perceber que os brasileiros estão hoje menos dispostos do que nunca a se curvar ao poder americano. Nos últimos anos, os brasileiros têm redescoberto sua autoconfiança. O país passou a explorar de forma extraordinária seu poder de influência por meio das redes sociais. Com uma população de 212 milhões de pessoas, os brasileiros usam redes sociais de forma intensa, passando, segundo relatos, muito mais tempo online por dia do que os usuários dos Estados Unidos. No ano passado, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, ordenou que a plataforma X removesse contas que espalhavam desinformação sobre as eleições presidenciais de 2022. Quando Elon Musk se recusou, o STF baniu o X no Brasil. Um mês depois, Musk recuou e aceitou pagar uma multa: perder mais de 20 milhões de usuários brasileiros de uma só vez talvez tenha sido um preço alto demais.

E, segundo pesquisa citada pela colunista, a resposta nacional tem sido de união e apoio às instituições. Como conclui um entrevistado brasileiro: “O vira-lata pode não morder, mas não será mais maltratado.”

Fonte: DCM

Trump cogita proibir vistos a brasileiros durante Copa do Mundo de 2026


O presidente dos EUA, Donald Trump – Reprodução

A crise diplomática entre Estados Unidos e Brasil pode atingir em cheio os torcedores brasileiros que pretendem assistir à Copa do Mundo de 2026, sediada por EUA, México e Canadá. Segundo apuração de Lourival Sant’Anna, analista de Internacional da CNN Brasil, o presidente Donald Trump avalia a possibilidade de suspender a concessão de vistos a cidadãos brasileiros, inclusive durante o período do torneio.

A medida seria parte de uma estratégia para aumentar o impacto de ações contra o atual governo brasileiro, segundo a análise divulgada pela CNN. O republicano também está por trás do recente tarifaço imposto ao Brasil.

Ainda conforme Lourival Sant’Anna, senadores brasileiros que viajaram a Washington nesta semana já perceberam sinais da nova política: os vistos emitidos foram significativamente mais restritivos, com prazos curtos de permanência nos Estados Unidos.

A Copa do Mundo de 2026 será realizada entre os dias 11 de junho e 19 de julho, com 48 seleções participantes — um novo formato inédito no torneio. A Seleção Brasileira já garantiu sua vaga. Entre os países classificados também está o Irã, cujos cidadãos estão proibidos de entrar nos Estados Unidos desde que Donald Trump assinou, em junho, uma proclamação que veta viagens de cidadãos de determinados países por motivos de segurança.

Imagem ilustrativa de visto dos EUA
Imagem ilustrativa do visto americano – Reprodução

Até o momento, nem a Fifa nem a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) se pronunciaram oficialmente sobre o risco de proibição de entrada de brasileiros durante a Copa.

A CNN apurou que a CBF já foi informada da possibilidade, mas aguarda os próximos passos para definir uma resposta. Internamente, a promessa da entidade é defender os interesses dos torcedores brasileiros, que sempre estiveram presentes em todas as edições do torneio.

A CBF também considera buscar diálogo com o Governo Federal para discutir os possíveis efeitos das sanções sobre os torcedores. Em discurso recente, o presidente da Fifa, Gianni Infantino — considerado aliado político de Trump — afirmou que os torcedores internacionais serão bem-vindos na Copa. Porém, o vice-presidente dos EUA, JD Vance, disse que os visitantes devem “voltar para casa” após os jogos.

Além da Copa do Mundo, os Estados Unidos também sediarão os Jogos Olímpicos de 2028, em Los Angeles, ainda durante o mandato do republicano. A expectativa é de que a situação diplomática entre os dois países influencie diretamente na participação de brasileiros em grandes eventos esportivos nos próximos anos.

Fonte: DCM com informações da CNN Brasil

VÍDEO: “Preocupado” com as sanções de Trump, Moraes vai a jogo do Corinthians

 

Moraes assistindo ao jogo do Corinthians. Foto: Divulgação
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, foi filmado na Neo Química Arena, na Zona Leste de São Paulo, indo assistir ao clássico entre Corinthians e Palmeiras. O vídeo circula nas redes sociais, após a aplicação de sanções por parte do presidente dos EUA, Donald Trump, com base na chamada Lei Magnitsky.

A publicação foi feita por um perfil humorístico voltado ao futebol, que ironizou a presença do ministro. A legenda do vídeo diz: “Preocupadíssimo após ser sancionado pelo governo Trump”, sugerindo sarcasmo em relação à ida de Moraes ao estádio em meio à repercussão política das sanções impostas por Washington.

A sanção, aplicada por meio de decreto, acusa Moraes de supostas violações contra direitos fundamentais no Brasil, em linha com pressões de setores ligados ao bolsonarismo nos EUA. Apesar da medida, o ministro manteve sua rotina pública e foi visto circulando normalmente no estádio do Corinthians.

Fonte: DCM

STF se pronuncia sobre sanções dos EUA a Alexandre de Moraes


       O ministro Alexandre de Moraes, do STF – Reprodução

Nesta quarta-feira (30), o Supremo Tribunal Federal se pronunciou por meio de uma nota oficial sobre as sanções aplicadas ao ministro Alexandre de Moraes. O magistrado se tornou alvo da Lei Magnitsky, imposta pelo governo dos Estados Unidos, comandado por Donald Trump:

“Em razão das sanções aplicadas ao Ministro Alexandre de Moraes, um dos seus integrantes, o Supremo Tribunal Federal vem se pronunciar na forma abaixo:

1 . O julgamento de crimes que implicam atentado grave à democracia brasileira é de exclusiva competência da Justiça do país, no exercício independente do seu papel constitucional.

2. Encontra-se em curso, perante o Tribunal, ação penal em que o Procurador-Geral da República imputou a um conjunto de pessoas, inclusive a um ex-Presidente da República, uma série de crimes, entre eles, o de golpe de Estado.

Supremo Tribunal Federal (STF)
Supremo Tribunal Federal (STF) – Divulgação/Agência Brasil


3. No âmbito da investigação, foram encontrados indícios graves da prática dos referidos crimes, inclusive de um plano que previa o assassinato de autoridades públicas.

4. Todas as decisões tomadas pelo relator do processo foram confirmadas pelo Colegiado competente.

5. O Supremo Tribunal Federal não se desviará do seu papel de cumprir a Constituição e as leis do país, que asseguram a todos os envolvidos o devido processo legal e um julgamento justo.

6. O Tribunal manifesta solidariedade ao Ministro Alexandre de Moraes.

Brasília, 30 de julho de 2025.”

Fonte: DCM

Mauro Vieira se encontra com Marco Rubio nos EUA e diz que soberania brasileira é inegociável

Chanceler brasileiro afirmou que o governo não aceita que os processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro façam parte da pauta bilateral

       Mauro Vieira (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

Em meio à escalada de tensões comerciais e diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, se reuniu nesta quarta-feira (30) com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, em Washington. Durante o encontro, o chanceler brasileiro foi enfático: “soberania não se negocia”, conforme informado pelo jornalista Ricardo Abreu, da Globonews. A declaração reforça a posição do governo brasileiro de que qualquer diálogo com os EUA deve se limitar a temas comerciais e tarifários, sem aceitar interferências em questões internas.

A reunião aconteceu antes do anúncio oficial do tarifaço imposto pelo presidente Donald Trump, que assinou uma ordem executiva estabelecendo uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros como carne e café. Ainda antes da assinatura do decreto, o Brasil já buscava canais diplomáticos para reverter o endurecimento comercial. Mauro Vieira, que estava em Nova York para um evento sobre a Palestina na ONU, decidiu prolongar sua estadia nos Estados Unidos e foi a Washington.

Vieira reafirmou que o Brasil está disposto a negociar apenas em torno de questões comerciais. Segundo reportagem de Mariana Sanches, no UOL, o chanceler também destacou ao norte-americano que o Judiciário brasileiro é independente e que o governo não aceita que os processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro façam parte da pauta bilateral.

Essa foi a primeira reunião entre Mauro Vieira e Marco Rubio desde que Donald Trump reassumiu a presidência dos Estados Unidos. A agenda já havia sido solicitada pelo Itamaraty há duas semanas, e um emissário brasileiro chegou a sondar a viabilidade do encontro durante a permanência de Vieira em Nova York.

Fonte: Brasil 247 com informações da GloboNews e UOL

Lula responde a tarifaço com crítica e afirma: “Hoje é um dia sagrado da soberania”

Declaração ocorreu após cerimônia no Planalto, no mesmo dia em que os EUA anunciaram tarifa de 50% sobre produtos brasileiros

      Lula (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manifestou nesta quarta-feira (30) contra a decisão dos Estados Unidos de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A declaração foi feita no Palácio do Planalto, logo após a cerimônia de sanção da lei que proíbe o uso de animais em ensino, pesquisa e testes com cosméticos. A informação foi publicada pela CNN Brasil.

“Hoje é um dia sagrado da soberania”, disse Lula ao final do evento. Em seguida, acrescentou: “Eu estou saindo daqui completo, porque eu vou me reunir ali para defender outra soberania, a soberania do povo brasileiro, em função das medidas anunciadas pelo Presidente dos Estados Unidos”.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Por que Moraes está tranquilo após ser sancionado por Trump


       Alexandre de Moraes, ministro do STF. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes está demonstrando tranquilidade diante das sanções impostas pelo governo estadunidense por meio da Lei Magnitsky, segundo relatos de pessoas próximas ao magistrado.

Segundo Miriam Leitão, fontes próximas ao ministro revelam que Moraes não possui contas bancárias, bens ou investimentos nos Estados Unidos, o que minimizaria o impacto prático das medidas anunciadas nesta quarta-feira (30) pelo governo Donald Trump.

O problema não seria pessoal para o ministro, que estaria demonstrando aos seus interlocutores não estar preocupado com as sanções e não pensar em reagir. O desinteresse de Moraes pela situação ficaria evidente pelo fato de seu visto estadunidense estar vencido há dois anos, sem que o magistrado tenha se preocupado em renová-lo.

As sanções, anunciadas pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Departamento do Tesouro dos EUA, incluem três medidas principais: bloqueio de quaisquer bens do ministro em território estadunidense, proibição de transações com empresas e cidadãos dos EUA, e impedimento de entrada no país.

Donald Trump, presidente dos EUA. Foto: reprodução

O secretário do Tesouro estadunidense, Scott Bessent, justificou a decisão afirmando que Alexandre de Moraes assumiu para si o papel de juiz e júri em uma caça às bruxas ilegal contra cidadãos e empresas dos Estados Unidos e do Brasil.

O governo estadunidense acusa o ministro de liderar uma campanha opressiva de censura e de conduzir processos judicializados com motivação política, incluindo o caso contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Esta não é a primeira medida do governo Trump contra autoridades brasileiras. No dia 18 de julho, o secretário de Estado Marco Rubio já havia anunciado a revogação de vistos para ministros do STF e seus familiares, mencionando especificamente Moraes. Na ocasião, Rubio vinculou a decisão ao processo contra Bolsonaro no Supremo, que investiga suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Fonte: DCM

Trump lista quase 700 exceções e tarifaço vira piada nas redes: “Arregou”


       Donald Trump, presidente dos EUA. Foto: reprodução

O decreto que eleva para 50% as tarifas sobre importações brasileiras, assinado pelo presidente dos Estados Unidos nesta quarta-feira (30), tem quase 700 itens isentos da taxa e virou piada nas redes sociais. A medida, que entra em vigor em sete dias, vem acompanhada de uma lista de exceções que beneficia setores como aviação civil, mineração e alimentos, amenizando o impacto econômico inicialmente projetado.

O comunicado oficial da Casa Branca justifica a decisão como resposta a políticas brasileiras que constituiriam “uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos”.

O texto faz menção direta ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acusando o governo brasileiro de adotar medidas que “infringem os direitos de liberdade de expressão dos cidadãos norte-americanos e violam os direitos humanos”.

Os mercados reagiram com volatilidade ao anúncio. As ações da Embraer, que teria sido uma das mais afetadas sem as isenções, dispararam 10% após a divulgação da lista de produtos excluídos das tarifas. O dólar, que chegou a atingir R$ 5,617, recuou para R$ 5,536 com a notícia das exceções. O ferro-gusa, matéria-prima essencial para a indústria siderúrgica estadunidense, também ficou de fora do pacote de tarifas, atendendo a demandas de empresas como a Steel Dynamics, quarta maior produtora de aço dos EUA.

O mecanismo de aplicação estabelece que as novas tarifas representam um acréscimo de 50% sobre os valores já cobrados. No caso do etanol, por exemplo, a alíquota total saltará de 12,5% para 52,5% a partir de agosto.

O decreto prevê que as medidas entrem em vigor em sete dias, aplicando-se a mercadorias registradas para consumo após 12h01 do horário do leste dos EUA, com possibilidade de revisão caso o Brasil “se alinhe” aos interesses estadunidenses ou de aumento em caso de retaliação.

No X, usuários já colocaram termos como “laranjão arregou” e “arregão” entre os assuntos mais comentados. “O tarifaço virou tarifinho”, ironizou uma usuária sobre a taxa que não será aplicada aos produtos que o Brasil mais exporta aos EUA. O adiamento da medida em uma semana também foi ironizada.

“Pelo visto o Lula sabe de fato jogar truco, não arregou em nenhum momento”, escreveu um tuiteiro relembrando a fala do presidente Lula (PT) afirmando que iria “pedir 6” se Trump seguisse com a “cartada”.

Veja as reações: 

Fonte: DCM

STF fará defesa de Moraes em sessão de retorno do recesso

Apenas Flávio Dino se manifestou oficialmente sobre sanções financeiras dos EUA ao ministro relator das ações penais sobre a tentativa de golpe de Estado

    Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso (Foto: Nelson Jr./STF)

André Richter, repórter da Agência Brasil - Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) devem fazer uma defesa conjunta de Alexandre de Moraes na sessão da próxima sexta-feira (1°), quando a Corte abrirá os trabalhos do segundo semestre após o recesso de julho.

Até o momento, somente o ministro Flávio Dino se manifestou oficialmente sobre a decisão do governo dos Estados Unidos de aplicar sanções financeiras contra Moraes, com base na Lei Magnitisky.

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e os demais ministros da Corte ainda não se manifestaram sobre a nova sanção contra o ministro, que é relator das ações penais sobre a trama golpista e de outras investigações envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado do presidente norte-americano, Donald Trump.

A aplicação da Lei Magnitsky é a segunda sanção aplicada contra Alexandre de Moares. No dia 18 de julho, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou a revogação dos vistos do ministro, seus familiares e “aliados na Corte”.

O anúncio foi feito após Moares abrir um inquérito para investigar o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, pela atuação junto ao governo dos Estados Unidos para promover medidas de retaliação contra o governo brasileiro e ministros do Supremo e tentar barrar o andamento da ação penal sobre a trama golpista.

Em março deste ano, Eduardo pediu licença do mandato parlamentar e foi morar nos Estados Unidos, sob a alegação de perseguição política. A licença terminou no último dia 20.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

APUCARANA: Estudantes aprendem sobre adoção responsável em visita ao CEMSA



O Centro Municipal de Saúde Animal (CEMSA) recebeu, na tarde desta quarta-feira (30/7), a visita de estudantes das escolas municipais Vereador José Ramos de Oliveira, do Distrito de Pirapó, e Professor Wilson de Azevedo, do Distrito de Caixa de São Pedro. A atividade proporcionou momentos de aprendizado e interação com os animais acolhidos na unidade.

A ação faz parte de um projeto desenvolvido em parceria com a Autarquia Municipal de Educação e a Autarquia Municipal de Saúde, por meio do Programa Saúde na Escola (PSE). O principal objetivo é promover a educação ambiental desde os primeiros anos da formação escolar.

“Infelizmente, algumas pessoas adotam um pet por impulso, sem considerar que os animais exigem tempo, dedicação e recursos. O projeto teve início no fim do primeiro semestre letivo, e todos os alunos do 2º ano das 36 escolas municipais participarão das visitas, que ocorrem às quartas-feiras. A educação ambiental desde a infância é fundamental para prevenirmos casos de maus-tratos e abandono no futuro”, afirmou o diretor do CEMSA, Fernando Felippe.

A aluna Evellyn Caroline Gonçalves Garcia, da Escola Municipal Vereador José Ramos de Oliveira, compartilhou o que aprendeu durante a atividade. “Aprendi que devemos cuidar com muito carinho dos animais. Se alguém abandonar um cachorro, eu chamo a polícia”, disse, convicta.

Além de conhecer os cães e gatos abrigados no local, os estudantes também interagiram com a jiboia arco-íris — um animal não peçonhento, legalizado pelo IBAMA, e mantido como animal de estimação pelo diretor do CEMSA. “Vi muitos cachorros e gatos, pequenos e grandes, todos muito fofinhos. Também perdi o medo de cobra. Toquei na jiboia e coloquei ela no meu pescoço”, relatou, com entusiasmo, a estudante Yasmin Gabrielly Mendonça da Silva.


Atualmente, o CEMSA abriga cerca de 170 animais, entre cães e gatos. Interessados em adotar podem entrar em contato pelos telefones (43) 3308-1414 e (43) 99626-3680 (WhatsApp), ou comparecer pessoalmente à Rua Cristiano Kussmaul, nº 2578.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Trump isenta minério, petróleo, suco de laranja e até aeronaves civis do tarifaço

Alguns setores estratégicos foram poupados da sobretaxa imposta por Donald Trump

Donald Trump em Turnberry - 28/7/2025 (Foto: Christopher Furlong/Pool via REUTERS)

O governo de Donald Trump impôs uma tarifa adicional de 40% sobre a maior parte dos produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos — elevando o imposto total a 50% — mas poupou itens estratégicos para a economia norte-americana, como suco de laranja, celulose e aeronaves civis.

A medida foi oficializada nesta quarta-feira (30) por ordem executiva da Casa Branca, que também declarou uma emergência nacional contra o Brasil e acusou o Supremo Tribunal Federal (STF) de "reprimir a liberdade de expressão" e "perseguir opositores políticos".

A lista de exceções, publicada no Anexo I da ordem, preserva produtos de grande peso na balança comercial brasileira. Juntos, sucos de laranja (em diferentes formas), tipos variados de celulose e aeronaves civis — incluindo jatos, motores, simuladores e peças — somaram US$ 12,3 bilhões em exportações brasileiras aos EUA em 2024.

A decisão beneficia diretamente empresas como a Embraer, que mantém parte significativa de suas vendas no mercado americano. Em contrapartida, ficaram de fora da isenção produtos como carne bovina, café, frango e frutas tropicais, que passarão a enfrentar o novo custo alfandegário.

★ O que ficou de fora da sobretaxa

A tarifa de 50% não incidirá sobre produtos listados no Anexo I da ordem, considerados essenciais à cadeia produtiva norte-americana. Entre eles estão:

  •  Agronegócio: suco de laranja congelado ou não (com diferentes níveis de Brix), polpa e castanhas-do-pará com casca.
  •  Indústria de base: diversos tipos de celulose (de coníferas e não-coníferas, branqueada ou não), mica, óxidos e cloretos de estanho.
  •  Minérios e energia: minério de ferro (aglomerado e não aglomerado), carvão, coque, petróleo bruto, compostos aromáticos e energia elétrica.
  •  Químicos e fertilizantes: potassa cáustica, óxido de alumínio, fertilizantes NPK.
  •  Aviação civil: aviões, motores, peças, pneus, componentes de plástico, borracha e metal — todos classificados como “artigos de aeronaves civis”.

Os produtos isentos foram escolhidos por sua relevância na indústria norte-americana ou por terem baixa agregação de valor. Em muitos casos, tratam-se de matérias-primas sem alternativa fácil de substituição no curto prazo, o que levou o governo dos EUA a preservá-los para evitar impacto inflacionário interno.
Vigência e exceções logísticas

Apesar da assinatura nesta quarta-feira, a tarifa só passa a vigorar na próxima quarta-feira, 6 de agosto. Além disso, há uma janela de exceção: cargas brasileiras que tiverem sido embarcadas antes dessa data poderão entrar nos EUA até 5 de outubro sem serem submetidas à nova alíquota. A medida atende parcialmente à preocupação de exportadores que temiam início imediato da sobretaxa.

A Casa Branca também ressaltou que a ordem não se aplica a remédios, alimentos e produtos de uso humanitário, nem pode ser interpretada como limitação à liberdade de imprensa. A vigência é indefinida, mas o texto prevê sua revisão caso o Brasil “adote ações significativas que restabeleçam a convergência com os Estados Unidos em matéria de segurança, economia e política externa”.

Fonte: Brasil 247