Deputado petista pede ao STF apuração sobre apoio de empresários investigados por cartel e fraude fiscal à campanha de Nikolas Ferreira
O deputado federal Rogério Correia (PT/MG) apresentou nesta terça-feira, 28 de outubro, uma notícia de fato à Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitando a abertura de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar possíveis conexões do deputado Nikolas Ferreira (PL/MG) com empresários condenados por cartelização e fraude fiscal no setor de combustíveis de Minas Gerais.
A medida foi fundamentada em uma reportagem da jornalista Sara Vivacqua, publicada no Diário do Centro do Mundo (DCM), que detalha indícios de apoio logístico e financeiro à campanha de Nikolas por parte de integrantes da chamada “máfia dos combustíveis”.
● Empresas investigadas por cartel e sonegação
De acordo com o documento enviado à PGR, empresas e empresários ligados a Ciro Augusto Bergomi Picarro e Augusto Joaquim Picarro — ambos já citados em decisões do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) por manipulação de bombas e sonegação de ICMS — teriam cedido imóveis e recursos à estrutura de campanha de Nikolas Ferreira.A notícia de fato também aponta doações do empresário Ronosalto Pereira Neves, do grupo Mart Minas, que figura em colaborações premiadas da Operação Greenfield e em investigações da JBS. As informações, segundo Correia, indicam a necessidade de apuração rigorosa para esclarecer possíveis fluxos de dinheiro ilícito no financiamento da campanha.
● Relação com desinformação sobre o Pix
O texto faz ainda referência a uma notícia de fato anterior, que pedia a apuração da conduta de Nikolas Ferreira ao propagar desinformações sobre o sistema Pix. À época, Rogério Correia alegou que o deputado poderia estar atuando em sintonia com grupos econômicos interessados em manter zonas de opacidade financeira, facilitando lavagem de dinheiro e evasão fiscal.
● Pedido de ampla investigação institucional
No pedido à PGR, o parlamentar solicita que o órgão requisite informações ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), à Receita Federal, ao CADE, ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), à Polícia Federal e à Justiça Eleitoral de Minas Gerais, para rastrear eventuais vínculos entre agentes econômicos e políticos.
Rogério Correia afirmou que a investigação é indispensável para proteger as instituições democráticas contra a influência de interesses criminosos. “A apuração é essencial para defender a moralidade pública, a probidade eleitoral e a soberania das instituições democráticas diante da infiltração de interesses criminosos na política”, declarou o deputado.
Fonte: Brasil 247


