quarta-feira, 20 de agosto de 2025

“Nenhum império tocará a Venezuela”, diz Maduro após envio de navios de guerra dos EUA

 

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro. Foto: Reprodução

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reagiu nesta segunda-feira (18) ao envio de tropas norte-americanas rumo ao sul do Mar do Caribe, afirmando que “nenhum império” deve pisar no território venezuelano ou em qualquer outro país da América do Sul.

“Nossos mares, nossos céus e nossas terras são defendidos por nós, libertados por nós, vigiados e patrulhados por nós. Nenhum império virá tocar o solo sagrado da Venezuela nem deve tocar o solo sagrado da América do Sul”, disse em transmissão pelas redes sociais.

Maduro reforçou que “nunca mais” qualquer potência estrangeira deveria colocar “seus pés insolentes” na “terra sagrada de Bolívar”. Segundo ele, “já é humilhante o suficiente ter bases militares americanas em solo colombiano, humilhante o suficiente para a terra que Bolívar conquistou com todo o seu sacrifício”.




A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, declarou que o governo de Donald Trump está disposto a usar “toda a força” contra Maduro, a quem classificou como “fugitivo” e “chefe de um cartel narcoterrorista”.

“Maduro não é um presidente legítimo. Ele é um fugitivo e chefe de um cartel narcoterrorista acusado nos EUA de tráfico de drogas. Trump está preparado para usar toda a força americana para deter o tráfico de drogas”, afirmou a jornalistas.

Como parte da escalada, Washington elevou a recompensa por informações que levem à captura de Nicolás Maduro para US$ 50 milhões — cifra superior à oferecida pelos Estados Unidos por Osama Bin Laden após os atentados de 11 de setembro.

Fonte: DCM

Quaest: Tarifaço de Trump desgasta o clã Bolsonaro e fortalece Lula e o PT; entenda

 

Lula e Donald Trump. Foto: Reprodução
Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (20) mostra que 48% dos brasileiros acreditam que o presidente Lula e o PT “estão fazendo o que é mais certo” no embate com os Estados Unidos após o tarifaço de 50% anunciado por Donald Trump contra produtos brasileiros.

Por outro lado, 28% acreditam que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados são os que mais acertam no enfrentamento da crise. Outros 15% dizem que nenhum dos dois lados age de forma correta, e 9% não souberam responder.

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Pesquisa Genial/Quaest. Foto: Reprodução

Na comparação com o levantamento anterior, Lula cresceu quatro pontos — de 44% para 48% —, enquanto o campo bolsonarista oscilou de 29% para 28%.

O petista também lidera a avaliação sobre quem está fazendo o melhor trabalho individual frente à crise, com 44%, contra 24% registrados tanto por Jair Bolsonaro quanto por Eduardo Bolsonaro, que está nos EUA trabalhando por “mais sanções” ao Brasil devido ao julgamento do pai no Supremo Tribunal Federal (STF).

Entre os entrevistados, 69% afirmam que Eduardo Bolsonaro “defende os interesses dele e da família”, enquanto 23% consideram que o parlamentar atua em nome do Brasil. A percepção geral é que o tarifaço vai prejudicar os brasileiros (77%), sobretudo por provocar alta no preço dos alimentos (64%).

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Pesquisa Genial/Quaest. Foto: Reprodução

Além disso, 71% dizem que Trump está errado ao impor a cobrança por acreditar em perseguição a Bolsonaro; para 21%, o americano está certo. Questionados sobre as razões da medida, 51% apontam “interesses políticos pessoais” de Trump, enquanto 23% dizem proteger “a economia americana”.

A Genial/Quaest realizou 12.150 entrevistas presenciais com brasileiros de 16 anos ou mais, entre os dias 13 e 17 de agosto. Os levantamentos ocorreram na Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo — estados que juntos representam 66% do eleitorado nacional. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.

Fonte: DCM

Banqueiros recomendaram abertura de contas em cooperativas de crédito aos ministros do STF

Magistrados consideraram sugestão uma capitulação do Brasil diante dos Estados Unidos e reafirmaram posição de soberania

     Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso (Foto: Nelson Jr./STF)

Dirigentes de bancos públicos e privados sugeriram a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que transferissem seus salários e recursos para cooperativas de crédito como forma de se protegerem dos efeitos da Lei Magnitsky. A informação foi revelada pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo (leia aqui).

A Lei Magnitsky é um instrumento legal dos Estados Unidos que permite a imposição de sanções econômicas e restrições financeiras a pessoas físicas e jurídicas acusadas de corrupção ou violações de direitos humanos. Na prática, quem entra na lista Magnitsky tem bens bloqueados em território norte-americano, perde o direito de movimentar contas bancárias e fica impedido de realizar transações no sistema financeiro dos EUA. Além disso, instituições financeiras internacionais que mantenham negócios nos Estados Unidos podem ser multadas em valores bilionários caso mantenham relações com os sancionados.

⊛ Alexandre de Moraes é alvo direto

Até o momento, o único brasileiro incluído na lista foi o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, o governo norte-americano, sob a presidência de Donald Trump, tem ameaçado estender as punições a outros magistrados que manifestem apoio ao ministro.

Essa possibilidade levantou preocupações em setores do governo Lula ligados à área econômica, especialmente quanto ao risco de o Banco do Brasil — responsável pelo pagamento dos salários dos ministros — sofrer retaliações por manter contas em nome de magistrados sancionados.

⊛ Reação negativa dos ministros

Apesar da pressão, os ministros consultados rejeitaram a proposta. Embora o uso de cooperativas de crédito efetivamente eliminasse o risco individual, eles consideraram que tal medida representaria uma capitulação do STF e do próprio Brasil diante de pressões externas.

Um dos magistrados ouvidos por Bergamo foi categórico: “os bancos precisam ser tirados da zona de conforto e entender que o país não pode se curvar aos EUA”. Para eles, é inaceitável que juízes de um país democrático não possam ter conta em um banco estatal nacional.

A decisão recente do ministro Flávio Dino, afirmando que leis estrangeiras não têm validade no Brasil, foi interpretada como um recado claro ao setor financeiro: o STF não aceitará soluções alternativas que comprometam a soberania nacional. Na visão dos ministros, a Lei Magnitsky não pode servir como justificativa para o bloqueio de contas bancárias de cidadãos brasileiros que não tenham restrições determinadas pela Justiça do próprio país.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Quaest mostra que Eduardo Bolsonaro é o maior cabo eleitoral de Lula


      O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Foto: Reprodução

A nova pesquisa da Quaest, encomendada pela Genial Investimentos, indica que o clã Bolsonaro sai desgastado do embate internacional provocado pelo tarifaço imposto por Donald Trump ao Brasil. Os dados revelam que a atuação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tem gerado rejeição ampla, fortalecendo a imagem de Lula no episódio.

Segundo o levantamento, 69% dos brasileiros acreditam que Eduardo Bolsonaro defende apenas os interesses da própria família nos Estados Unidos, e não os do Brasil. Apenas 23% enxergam nele um defensor dos interesses nacionais. O resultado coloca o deputado em rota de desgaste político e faz dele um dos principais aliados involuntários de Lula na disputa de narrativas.

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Pesquisa Genial/Quaest. Foto: Reprodução

Em julho, 66% dos entrevistados diziam saber da carta enviada por Donald Trump a Lula, informando sobre a tarifa de 50% aos produtos brasileiros. Em agosto, o percentual saltou para 84%.

Mesmo com a ampliação do conhecimento público, o sentimento de rejeição à medida de Trump continuou elevado: 71% avaliam que o presidente dos EUA está errado em impor taxas ao Brasil por acreditar em uma suposta perseguição a Bolsonaro. Apenas 21% consideram a decisão correta.

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Pesquisa Genial/Quaest. Foto: Reprodução

O embate com Trump, longe de unir forças em torno do bolsonarismo, tem reforçado a percepção de que a família age mais em função de interesses próprios do que em defesa do país.

Ao mesmo tempo, Lula aparece fortalecido pela forma como reagiu ao tarifaço. A Quaest aponta que sua aprovação subiu para 46%, contra 51% de desaprovação — a menor diferença desde janeiro de 2025. Para analistas, a melhora decorre da combinação entre fatores econômicos, como a queda nos preços de alimentos, e a postura firme do presidente na defesa dos interesses nacionais contra Trump.

Fonte: DCM

Importações de soja do Brasil pela China aumentam 13,9% em julho, mostram dados alfandegários


O maior comprador de soja do mundo importou 10,39 milhões de toneladas da oleaginosa do Brasil no mês passado

     Colheita de soja (Foto: REUTERS/Matias Baglietto)

Reuters - As importações de soja do Brasil pela China aumentaram 13,9% em julho em relação ao ano anterior, mostraram dados alfandegários nesta quarta-feira, enquanto os suprimentos dos Estados Unidos caíram 11,5%.

O maior comprador de soja do mundo importou 10,39 milhões de toneladas da oleaginosa do Brasil no mês passado, ou 89% do total das importações, em comparação com 9,12 milhões de toneladas no ano anterior, segundo dados da Administração Geral de Alfândega.

As chegadas dos EUA ficaram em 420.874 toneladas em julho, abaixo das 475.392 toneladas do ano anterior.

No geral, as importações de julho atingiram recorde histórico para aquele mês, com 11,67 milhões de toneladas.

"As importações elevadas foram impulsionadas pela forte oferta brasileira e pelas preocupações persistentes com o comércio entre os EUA e a China, que estimularam a formação de estoques", disse Liu Jinlu, pesquisador agrícola da Guoyuan Futures.

"Os riscos para o cenário estão nas negociações comerciais entre os EUA e a China e o impacto das políticas domésticas de controle da capacidade de suínos sobre a demanda."

De janeiro a julho, a China importou 42,26 milhões de toneladas do Brasil, uma queda de 3% em relação ao ano anterior, enquanto os embarques dos EUA totalizaram 16,57 milhões de toneladas, um aumento de 31,2%, segundo os dados.

A China não fez pré-compra de soja da próxima safra dos EUA devido às tarifas altas, um atraso incomum que os comerciantes alertam que pode fazer com que os exportadores dos EUA percam bilhões em vendas, conforme compradores garantem cargas brasileiras para embarque durante a principal temporada de comercialização dos EUA.

Em uma carta na terça-feira, os produtores de soja dos EUA pediram ao presidente Donald Trump que chegue a um acordo comercial com a China que garanta acordos significativos de compra de soja.

A China importou 561.027 toneladas de soja da Argentina em julho. As importações de soja do país de janeiro a julho atingiram 672.630 toneladas, um aumento de 104,7% em relação ao mesmo período do ano passado.

Fonte: Brasil 247

Decisão de Dino pressiona bancos a buscarem soluções para sanções de Trump, avalia o STF


Magistrados avaliam que instituições financeiras precisam agir diante da imposição da Lei Magnitsky pelos Estados Unidos

       Flávio Dino (Foto: Gustavo Moreno/SCO/STF)

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam que a decisão recente do ministro Flávio Dino, que trata do alcance de leis estrangeiras no Brasil, pode funcionar como um alerta para que os bancos nacionais assumam maior protagonismo no enfrentamento das sanções impostas pelos Estados Unidos, informa Bela Megale, do jornal O Globo.

Segundo três magistrados ouvidos pela colunista, as instituições financeiras brasileiras vinham mantendo uma postura considerada “confortável”, restringindo-se a cumprir as determinações do governo do presidente norte-americano Donald Trump, como no caso da aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes. Para esses integrantes do STF, os bancos precisam compreender que a questão não se limita a ataques individuais, mas representa uma ameaça ao país, exigindo esforço conjunto na busca por soluções, inclusive em diálogo direto com autoridades norte-americanas.

◎ Impacto sobre os bancos e a soberania nacional

Na leitura dos magistrados, os bancos não podem enxergar a Lei Magnitsky como um movimento isolado contra o Supremo, mas como um ataque que atinge o Brasil em sua soberania.

Dois magistrados relataram que não ficaram surpresos com a decisão de Dino, proferida na segunda-feira (18), e já esperavam algum tipo de ação. Dino, que é próximo de Alexandre de Moraes dentro do STF, determinou que decisões de bloqueio de ativos no Brasil oriundas de tribunais ou governos estrangeiros não podem ser automaticamente acatadas e dependem de homologação do STF.

◎ Reação e efeitos imediatos

A decisão provocou inquietação no setor financeiro. Desde então, bancos estão em estado de alerta e avaliam que a medida cria insegurança jurídica, aumentando a responsabilidade das instituições diante de operações internacionais. A avaliação interna é de que a decisão do STF pode acelerar a mobilização das entidades bancárias para participar de negociações que reduzam os impactos das sanções norte-americanas.

A determinação de Flávio Dino também reforça o entendimento de que o Judiciário brasileiro não aceitará passivamente a imposição de medidas externas que interfiram em autoridades e instituições nacionais. O movimento é visto por integrantes do Supremo como uma tentativa de resguardar a soberania do país diante das pressões internacionais.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Bancos avaliam encerrar contas de ministros para escapar da Lei Magnitsky e driblar o STF

“Encerrar ou segregar conta por política interna é lícito; fazê-lo porque mandaram de fora não é”, diz parecer interno do BTG Pactual

     Alexandre de Moraes e Flávio Dino (Foto: Rosinei Coutinho/STF)

Grandes bancos que operam no Brasil estudam encerrar, de forma unilateral, contas de clientes atingidos pela Lei Magnitsky como estratégia para escapar de possíveis punições internacionais. É o que revela um parecer interno do BTG Pactual circulado na Faria Lima nesta semana, segundo Malu Gaspar, do jornal O Globo.

A medida passou a ser considerada após a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino, que determinou que todo bloqueio de ativos ou contas de brasileiros no país em decorrência de decisão estrangeira só pode ocorrer com autorização prévia da Corte. A decisão criou um impasse jurídico que preocupa os bancos: de um lado, o risco de sanções bilionárias impostas pelos Estados Unidos em caso de descumprimento da legislação americana; de outro, a possibilidade de questionamentos no Brasil caso sigam automaticamente as sanções estrangeiras.

◉ Pressão da lei americana e incerteza no setor

As sanções da chamada Lei Magnitsky, implementadas pelo Office of Foreign Assets Control (Ofac), têm alcance global e afetam desde contas bancárias até contratos e linhas de crédito. No mês passado, o ministro Alexandre de Moraes foi incluído na lista do governo do presidente Donald Trump, intensificando a pressão sobre o sistema financeiro brasileiro.

A determinação de Dino abriu caminho para liminares que podem impedir bancos de aplicarem automaticamente essas restrições. Isso gerou receio de que instituições financeiras fiquem presas entre o cumprimento da decisão do STF e o risco de sofrer represálias nos Estados Unidos, incluindo multas de valor incalculável.

◉ Parecer do BTG Pactual aponta saída preventiva

O documento interno do BTG defende que o encerramento de contas por razões de política interna seria uma alternativa legal e preventiva diante da insegurança atual:

“Encerrar ou segregar conta por política interna é lícito; fazê-lo porque mandaram de fora não é. De outro lado, é preciso mitigar o risco de sanções secundárias nos EUA, o que justifica encerrar ou segregar contas quando, pelas políticas internas, houver risco concreto de enquadramento como ‘facilitador’”, destaca o informe.

Segundo o parecer, essa estratégia reduziria a exposição dos bancos tanto a processos no Brasil quanto a punições em território americano, ainda que não eliminasse totalmente os riscos para figuras como Alexandre de Moraes.

◉ Relação tensa entre Supremo e bancos

A situação intensificou a deterioração da relação entre ministros do STF e instituições financeiras. Moraes, Gilmar Mendes e Cristiano Zanin se reuniram recentemente com banqueiros para discutir o alcance das sanções americanas. Ouviram dos executivos que o sistema financeiro global não permitiria brechas para contornar os bloqueios.

A reação foi negativa. Dino já tomou a primeira medida para tentar limitar a aplicação automática das sanções no Brasil. Enquanto isso, o mercado segue instável: ações de grandes bancos que atuam no país registraram queda expressiva nos últimos dias, reflexo direto do impasse jurídico e da ofensiva norte-americana.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Bia Lula diz que comunicação do governo passou por melhorias recentes, mas precisa avançar




“Sempre dá para melhorar. Acho que, inclusive, o Sidônio conseguiu fazer renascer a comunicação do Planalto, né?", defende

      (Foto: Reprodução)

Formada em Comunicação Social, a neta mais velha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Bia Lula, avalia que a comunicação do governo federal passou por melhorias recentes, mas ainda precisa avançar. Em entrevista exclusiva à coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles, ela defendeu que a informação chegue de forma mais direta e menos burocrática à população, especialmente diante do cenário eleitoral de 2026.

“Sempre dá para melhorar. Acho que, inclusive, o Sidônio conseguiu fazer renascer a comunicação do Planalto, né? Porque, de fato, antes, na minha visão profissional, não estava chegando como tinha que chegar. Hoje já vejo uma melhora, mas acho que sempre dá para melhorar”, afirmou, em referência ao novo ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira.

Apesar do reconhecimento ao trabalho da Secom, Bia considera que os canais ainda precisam se adaptar melhor às linguagens digitais. Para ela, há espaço para ampliar a presença do governo nas redes sociais de forma mais próxima do público:

“Não chega a informação da forma que ela tem que chegar para as pessoas entenderem ainda. Chega uma informação muito burocrática... Acho que dá para pensar outras possibilidades. Assim, de falar um pouco mais olho no olho com a pessoa, uma coisa mais corpo a corpo, que, hoje, o corpo a corpo é o celular.”

☆ O papel de Lula e as redes sociais

Segundo Bia, o próprio presidente tem feito esforços para se adaptar à comunicação digital, mas a idade traz desafios. “Para o meu avô, a gente tenta fazer ele entender muita coisa dessa era digital. Mas é uma pessoa de 80 anos, que vai tentando entender, vai tentando pegar a linguagem... Inclusive, nos últimos vídeos, eu até achei que ele está mais solto. Mas é mais difícil”, disse.

Ela acrescentou que a esquerda ainda não encontrou uma forma eficiente de usar a internet a seu favor, ao contrário da extrema direita. “Isso é um grande problema que a gente tem, que a extrema direita veio chutando a porta e mostrando que a internet realmente é uma potência”, avaliou.

☆ O papel de Janja

Na entrevista, Bia destacou a importância da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, na humanização da imagem de Lula. “A Janja é completamente antenada. Ela sabe, ela vai pesquisando, vai sabendo tudo que acontece. Ela grava, sim, meu avô nos momentos mais íntimos deles... Acho que ela ajuda a voltar a trazer o olhar do povo mais humano ainda pro meu avô”, declarou.

Para Bia, a postura ativa de Janja também a torna alvo de críticas dentro e fora do governo, muitas delas motivadas por preconceito. “Tenho certeza de que o machismo é o grande X da questão. E o fogo amigo é o pior de todos. Isso existe, sim, nos bastidores. É um machismo estrutural enraizado”, afirmou.

☆ Lula e 2026

Sobre a possibilidade de Lula disputar a reeleição, Bia destacou a disposição do presidente. “Se juntar eu, você e todo mundo aqui, não dá a disposição dele. Ele tem muita vontade de viver e trabalhar. Se depender da saúde, esquece, não tem para ninguém. Ele vai estar superdisposto”, afirmou, citando o exemplo do ex-presidente norte-americano Joe Biden, que exerceu o mandato até os 82 anos.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Trama golpista: defesas buscam ministros do STF antes de julgamento

Advogados de réus entregam memoriais e tentam influenciar ministros às vésperas do processo que pode resultar em até 43 anos de prisão

     Augusto Heleno (Foto: Gustavo Moreno/STF)

A duas semanas do início do julgamento do chamado “núcleo crucial” da trama golpista, os advogados dos oito réus intensificaram a movimentação no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo Malu Gaspar, do jornal O Globo, defensores têm procurado ministros da Corte para entregar memoriais – resumos das principais teses jurídicas – e insistir na absolvição de seus clientes.

◈ Reuniões na Corte

Nesta quarta-feira (20), o presidente da Primeira Turma do STF, ministro Cristiano Zanin, recebe às 16h o advogado Matheus Milanez, responsável pela defesa do general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). O encontro aparece na agenda pública de Zanin, um dos poucos magistrados a divulgar diariamente seus compromissos.

Heleno responde, ao lado de Jair Bolsonaro (PL), de Walter Braga Netto e de outros cinco acusados, por tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Caso sejam condenados pelos cinco crimes, as penas podem alcançar até 43 anos de prisão.

Embora a maioria dos ministros não torne públicas suas audiências, advogados confirmam que têm buscado contatos com outros integrantes da Primeira Turma, que será responsável por julgar o caso.

◈ Alexandre de Moraes

Segundo um dos defensores, o foco das conversas é o ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal. “O mais importante é o relator, que é quem vai balizar o julgamento”, afirmou o advogado. Até o momento, porém, não houve confirmação de audiência com Moraes.

Já o ministro Luiz Fux, visto como contraponto a Moraes por adotar posições mais brandas em processos relacionados aos atos de 8 de janeiro, informou a advogados que não tem disponibilidade de agenda antes do julgamento. Interlocutores próximos, no entanto, asseguraram que ele deve tentar encaixar reuniões de última hora.

◈ Estratégias da defesa

As audiências têm caráter protocolar, mas são vistas como oportunidade final para expor argumentos sem intermediários. Os advogados pretendem questionar a delação premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid e pedir a rejeição da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Em documentos que somam 1,1 mil páginas, os réus solicitam ainda a anulação do acordo de colaboração e das provas colhidas durante as investigações.

Na hipótese de condenação, as defesas pedem penas menores, sustentando que não devem ser aplicados todos os cinco crimes. A estratégia busca respaldo em entendimento já expresso pelo ministro André Mendonça, segundo o qual o crime de golpe de Estado absorveria o de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

◈ Divergências jurídicas

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e o ministro Luiz Fux também consideram a possibilidade de absorção de um crime pelo outro, mas em sentido inverso: para eles, a tentativa de golpe seria englobada pela abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Até agora, apenas Fux defendeu abertamente essa linha de interpretação no colegiado.

O julgamento está marcado para começar no dia 2 de setembro e deve se estender por até duas semanas, sob intensa expectativa política e jurídica.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Moraes articula “seguro anti-vista” para acelerar julgamento de Bolsonaro

Nos bastidores, chegou a circular a possibilidade de o ministro Luiz Fux pedir vista

      Bolsonaro e Moraes (Foto: Antonio Augusto/STF)

O ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal sobre a tentativa de golpe de Estado, adotou uma série de medidas para reduzir o risco de atrasos no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo informações publicadas pela CNN, os bastidores do Supremo Tribunal Federal (STF) passaram a apelidar a estratégia de “seguro anti-vista”, em referência à prerrogativa dos ministros de pedir mais tempo para analisar o processo — recurso que poderia suspender a análise por até 90 dias.

De acordo com fontes do tribunal, Moraes articulou com o presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin, para que o julgamento não fosse agendado imediatamente após a entrega das alegações finais. Em vez disso, foi concedido um prazo de cerca de dez dias para que os demais ministros pudessem se debruçar sobre os detalhes do processo antes da abertura da votação, prevista para começar em 2 de setembro. Um auxiliar próximo ao relator descreveu a iniciativa como uma espécie de “lição de casa” dada aos colegas da Turma.

Entre as medidas de Moraes está o envio de um link a todos os integrantes do colegiado com acesso ao acervo completo das provas reunidas pela investigação. O material inclui documentos, vídeos de depoimentos de testemunhas e os interrogatórios dos réus, organizados em nuvem para facilitar a consulta. A iniciativa, segundo ministros que acompanham o caso, reforça a intenção de evitar qualquer alegação de falta de tempo para examinar os autos.

Nos bastidores, chegou a circular a possibilidade de o ministro Luiz Fux pedir vista, o que poderia adiar o julgamento. No entanto, ele já teria sinalizado a interlocutores que não pretende fazê-lo. “São remotas as chances de algum magistrado pedir vista”, resumiu uma fonte da Corte.

O calendário definido por Zanin também foi ajustado. Embora inicialmente houvesse a ideia de reservar todas as terças-feiras de setembro para as sessões, a Turma optou por concentrar o julgamento entre os dias 2 e 12 do mês, em cinco encontros. Assim, caso ocorra um pedido de vista “surpresa”, o prazo de 90 dias se encerraria ainda em 2025, antes do recesso, permitindo a retomada do processo dentro do mesmo ano.

A Primeira Turma do STF é formada, além de Moraes, por Zanin, Fux, Flávio Dino e Cármen Lúcia. A expectativa é que as duas primeiras sessões sejam destinadas apenas às sustentações orais das partes envolvidas, com a votação dos ministros prevista para começar a partir de 9 de setembro.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN

STJ começa a analisar recurso da defesa de Robinho sobre pena de nove anos

Condenado em todas as instâncias da Justiça italiana, Robinho recorre agora ao sistema jurídico brasileiro

Atacante Robinho. 15/12/2015 (Foto: REUTERS/Toru Hanai)

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) deve iniciar nesta quarta-feira (20) a análise de um recurso da defesa do ex-jogador Robson de Souza, o Robinho, que busca o recálculo da pena imposta pela Justiça italiana. A informação foi publicada pela CNN Brasil.

Robinho foi condenado na Itália a nove anos de prisão pela participação em um estupro coletivo ocorrido em 2013, em uma boate de Milão, quando atuava pelo Milan. Preso desde março de 2024 no Brasil, ele cumpre pena na Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo, conhecida como o “presídio dos famosos”.

No recurso ao STJ, os advogados alegam que, de acordo com a legislação brasileira, a pena deveria ser menor. Por isso, pedem que a condenação seja recalculada com base nas normas nacionais, e não nas leis italianas.

Paralelamente, o caso também tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). Na próxima sexta-feira (22), os ministros devem retomar o julgamento de outro recurso da defesa, que tenta anular a decisão que manteve Robinho preso no Brasil. O processo ocorre no plenário virtual da Corte.

O relator do caso no STF, ministro Luiz Fux, já votou contra o pedido da defesa, sendo acompanhado por Alexandre de Moraes. O ministro Gilmar Mendes, entretanto, pediu vista, o que suspendeu temporariamente a análise.

Condenado em todas as instâncias da Justiça italiana, Robinho recorre agora ao sistema jurídico brasileiro em busca de uma revisão. A definição do STJ sobre o recálculo da pena e o posicionamento final do STF sobre a legalidade da prisão devem indicar os próximos passos do cumprimento da condenação.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Queda no preço dos alimentos impulsiona aprovação do governo Lula, indica pesquisa Quaest

Alívio no supermercado puxa avaliação positiva do governo no Nordeste e entre famílias de baixa renda, aponta Genial/Quaest

      (Foto: REUTERS/Adriano Machado | Tânia Rêgo/Agência Brasil | Freepik)

A aprovação ao governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subiu para 46% em agosto, enquanto a desaprovação recuou para 51%, o melhor resultado do ano. A distância entre avaliações negativas e positivas encolheu de 10 pontos, em julho, para 5 pontos agora. Os dados são da pesquisa Genial/Quaest, que identifica avanço especialmente no Nordeste e entre famílias de menor renda.

Segundo análise de Felipe Nunes, diretor da Quaest, o fator determinante é a percepção de queda dos preços dos alimentos — um efeito que se disseminou ao longo de 2025 e agora aparece com mais força nos índices de popularidade. Como sintetizou Nunes: “É o supermercado, estúpido!”.

O levantamento mostra melhora consistente nos recortes regionais e socioeconômicos. No Nordeste, a aprovação chega a 60%, contra 37% de desaprovação. Entre quem ganha até dois salários mínimos, a aprovação é de 55%, superando a desaprovação. No agregado nacional, a série histórica indica o encurtamento da distância entre aprovação e desaprovação, hoje em 46% a 51%.

A leitura do bolso ajuda a explicar o movimento. A parcela de brasileiros que percebeu alta no preço dos alimentos caiu para 60% em agosto — nível bem inferior ao pico observado no primeiro semestre. Já os que notaram queda nos preços subiram para 18%. Paralelamente, pela primeira vez desde outubro de 2023, diminuiu o contingente que afirma ter hoje menor poder de compra do que um ano atrás: caiu para 70%, enquanto 16% dizem comprar mais e 12% relatam estabilidade. Para Nunes, sem os ruídos recentes — como as crises do PIX e do INSS — esse alívio no supermercado passou a se refletir de forma mais nítida na avaliação do governo.

A melhora de humor econômico também aparece nas expectativas: a fatia que acredita que a economia vai melhorar nos próximos 12 meses voltou a 40%, superando a dos que preveem piora (35%), segundo a série de expectativas. Em paralelo, a percepção de que o Brasil está na direção errada recuou para 57%, com 36% dizendo que o país está no rumo certo.

Em suma, o retrato de agosto aponta que a descompressão dos preços de alimentos e a sensação de alívio no custo de vida foram decisivas para reduzir a distância entre avaliações negativas e positivas do governo. O efeito é mais visível nos segmentos mais sensíveis à inflação da cesta básica — notadamente, no Nordeste e entre as famílias de baixa renda — e ajuda a explicar por que o governo Lula registra seu melhor desempenho em 2025 na série da Genial/Quaest.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Brasil 247