Lideranças destacam importância da democracia, valorização do povo e resistência a ameaças externas e ataques golpistas no país
Centrais sindicais (Foto: Divulgação) Em um comunicado conjunto divulgado nesta quinta-feira (7), as principais centrais sindicais do país reforçaram a importância da soberania nacional, da democracia e dos direitos trabalhistas no marco do 7 de Setembro. A informação é da própria CUT, que liderou a articulação com outras entidades.
“Há 203 anos, o 7 de Setembro une o Brasil em torno da ideia de nação. O Dia da Independência simboliza a construção de uma identidade nacional e o direito do nosso povo de decidir os próprios rumos”, afirmaram os presidentes das centrais em nota oficial.
O documento ressalta a necessidade de reconhecer e valorizar todos os trabalhadores e trabalhadoras, independentemente de gênero, origem, etnia ou crença. “A diversidade compõe nossa unidade e é a base da luta por uma independência com soberania e democracia”, destacaram os sindicalistas.
O comunicado também critica ações externas e internas que ameaçam a estabilidade nacional. Segundo as centrais, “a luta se tornou ainda mais necessária nos últimos anos, diante das ameaças golpistas de extremistas de direita e dos ataques do governo de Donald Trump. De forma autoritária, o presidente dos EUA, em conluio com o bolsonarismo – cujos adeptos traem os interesses nacionais – tenta intervir nos rumos do nosso país”.
Em referência a políticas econômicas internacionais, a nota menciona o chamado “tarifaço” como uma medida imperialista que desorganiza cadeias produtivas, ameaça empregos, pressiona a inflação e gera instabilidade no comércio global.
As centrais destacaram o apoio à postura soberana do governo federal, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e também aos posicionamentos do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal. “Reafirmamos a importância de um desenvolvimento com justiça social e ambientalmente sustentável que proteja e valorize os empregos, combata a precarização, fortaleça a capacidade de consumo das famílias, invista em ciência e tecnologia e promova o fortalecimento das entidades sindicais e das negociações coletivas”, acrescentaram.
A nota conclui defendendo a manutenção e ampliação das relações internacionais do Brasil, seguindo princípios de paz e multilateralismo. “Há mais de duzentos anos, demos o grito de independência contra o imperialismo. Seguiremos firmes nesse caminho, guiados pela soberania, pela democracia e pela valorização permanente dos trabalhadores e trabalhadoras”, escreveram os líderes sindicais.
Entre os signatários do documento estão Sérgio Nobre (CUT), Miguel Torres (Força Sindical), Ricardo Patah (UGT), Adilson Araújo (CTB), Antonio Neto (CSB), Moacyr Tesch Auersvald (NCST), Nilza Pereira (Intersindical) e José Gozze (Pública).
Leia na íntegra a nota:
Independência com soberania, democracia e direitos trabalhistas e sociais
Há 203 anos, o 7 de Setembro une o Brasil em torno da ideia de nação.
O Dia da Independência simboliza a construção de uma identidade nacional e o direito do nosso povo de decidir os próprios rumos.
As Centrais Sindicais lutam pelo reconhecimento e valorização do povo brasileiro: todos os gêneros, origens, etnias e crenças e, sobretudo, trabalhadores e trabalhadoras de todas as categorias. A diversidade compõe nossa unidade e é a base da luta por uma independência com soberania e democracia.
Luta que se tornou ainda mais necessária nos últimos anos, diante das ameaças golpistas de extremistas de direita e dos ataques do governo de Donald Trump. De forma autoritária, o presidente dos EUA, em conluio com o bolsonarismo – cujos adeptos traem os interesses nacionais – tenta intervir nos rumos do nosso país.
O “tarifaço” é uma ação imperialista que desorganiza cadeias produtivas, ameaça postos de trabalho, pressiona a inflação e gera instabilidade no comércio global.
Apoiamos a postura soberana do Governo Federal, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, bem como os posicionamentos firmes do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal.
Reafirmamos a importância de um desenvolvimento com justiça social e ambientalmente sustentável que proteja e valorize os empregos, combata a precarização, fortaleça a capacidade de consumo das famílias, invista em ciência e tecnologia e promova o fortalecimento das entidades sindicais e das negociações coletivas.
E defendemos que o Brasil preserve e amplie suas relações internacionais, trilhando o caminho da paz e do multilateralismo.
Há mais de duzentos anos, demos o grito de independência contra o imperialismo. Seguiremos firmes nesse caminho, guiados pela soberania, pela democracia e pela valorização permanente dos trabalhadores e trabalhadoras.
São Paulo, 7 de setembro de 2025
Sérgio Nobre, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)
Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Antonio Neto, presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros)
Moacyr Tesch Auersvald, presidente da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores)
Nilza Pereira, secretária-geral da Intersindical
José Gozze, presidente da Pública
Fonte: Brasil 247