quarta-feira, 9 de julho de 2025

Líder do governo no Senado, Jaques Wagner manda recado a Trump: 'o Brasil é dos brasileiros, não de capachos’

“O Brasil não será quintal do país de ninguém”, escreveu o senador do PT em rede social

Jaques Wagner
Jaques Wagner (Foto: Andressa Anholete / Agência Senado)

O senador Jaques Wagner (PT-BA) afirmou nesta quarta-feira (9) que a decisão anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas de 50% ao Brasil é “autoritária” e “unilateral”.

De acordo com o parlamentar, “o presidente norte-americano está confundindo a quem está se dirigindo”. “O Brasil não será quintal do país de ninguém. Quem decide a nossa vida somos nós. Que fique claro: o Brasil é dos brasileiros e não de capachos!”, escreveu o petista na rede social X.

“Respeita o Brasil. A pedido da família Bolsonaro, Donald Trump anuncia a taxação de 50% em todos os produtos brasileiros, de forma autoritária e unilateral”, complementou o senador.

Fonte: Brasil 247

Brasil responderá ao tarifaço de Trump com base na Lei de Reciprocidade, diz Lula


Montagem de fotos de Donald Trump gritando e Lula sereno
Donald Trump, presidente dos EUA, e Lula, presidente do Brasil – Reprodução

Na noite desta quarta-feira (9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou sua página no X para se pronunciar a respeito tarifa de importação de 50% sobre todos os produtos brasileiros anunciada mais cedo por Donald Trump. O chefe do governo norte-americano impôs a medida como uma represália aos processos dos quais Jair Bolsonaro (PL) é alvo.

Em seu texto, o petista destacou o fato de o Brasil ser um país soberano e reforçou que ele não aceitará tutela de ninguém. Lula ainda lembrou que a ação judicial contra os acusados de planejar um golpe de Estado é uma competência da Justiça Brasileira:

“Tendo em vista a manifestação pública do presidente norte-americano Donald Trump apresentada em uma rede social, na tarde desta-quarta (9), é importante ressaltar:

O Brasil é um país soberano com instituições independentes que não aceitará ser tutelado por ninguém.

O processo judicial contra aqueles que planejaram o golpe de estado é de competência apenas da Justiça Brasileira e, portanto, não está sujeito a nenhum tipo de ingerência ou ameaça que fira a independência das instituições nacionais.

No contexto das plataformas digitais, a sociedade brasileira rejeita conteúdos de ódio, racismo, pornografia infantil, golpes, fraudes, discursos contra os direitos humanos e a liberdade democrática.

No Brasil, liberdade de expressão não se confunde com agressão ou práticas violentas. Para operar em nosso país, todas as empresas nacionais e estrangeiras estão submetidas à legislação brasileira.

É falsa a informação, no caso da relação comercial entre Brasil e Estados Unidos, sobre o alegado déficit norte-americano. As estatísticas do próprio governo dos Estados Unidos comprovam um superávit desse país no comércio de bens e serviços com o Brasil da ordem de 410 bilhões de dólares ao longo dos últimos 15 anos.

Neste sentido, qualquer medida de elevação de tarifas de forma unilateral será respondida à luz da Lei brasileira de Reciprocidade Econômica.

A soberania, o respeito e a defesa intransigente dos interesses do povo brasileiro são os valores que orientam a nossa relação com o mundo”.

Fonte: DCM

RESPEITA O BRASIL: web reage ao tarifaço de Trump

 

Donald Trump gritando
Donald Trump, presidente dos EUA – Reprodução
Nesta quarta-feira (9), a tag ‘RESPEITA O BRASIL’ ficou entre os assuntos mais comentados do X depois que Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, anunciou a aplicação de uma tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil. A medida é uma represália à situação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe.

“Não podemos continuar tratando como parceiro um país que persegue adversários políticos”, escreveu o republicano, em alusão direta ao Judiciário brasileiro e ao que classifica como uma “injustiça” contra Bolsonaro. A fala reforça o tom de interferência nas instituições brasileiras, que já havia sido criticado oficialmente pelo Itamaraty horas antes.

Nas redes sociais, internautas elogiaram o posicionamento do governo brasileiro frente às ameaças norte-americanas. “Parabéns @LulaOficial por não aceitar interferência dos EUA. O BRASIL É SOBERANO, O BRASIL NÃO É QUINTAL AMERICANO. RESPEITA O BRASIL”, pediu uma usuária do X identificada como Malu.

Confira a repercussão:

Fonte: DCM

Comissão da Câmara dominada por bolsonaristas aprova “moção de louvor” a Trump

 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Foto: Reprodução

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (9) uma moção de louvor ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O requerimento, apresentado pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), destaca o republicano como um “exemplo a ser seguido” na condução de uma democracia.

O texto, de caráter simbólico, afirma que Trump “deve ser enaltecido e lembrado como um dos melhores presidentes do mundo e exemplo a ser seguido para a implementação e manutenção de uma democracia moderna e justa”. A proposta ressalta supostos feitos dos primeiros cem dias do governo do republicano.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente dos Estados Unidos Donald Trump. Foto: Reprodução

Entre os pontos destacados está o “perdão dos envolvidos no incidente de 6 de janeiro de 2021, no Capitólio dos EUA”. Na data, apoiadores de Trump invadiram o Congresso americano tentando impedir a certificação da vitória de Joe Biden. Cinco pessoas morreram no ataque, que é frequentemente comparado aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 no Brasil.

A mesma comissão, presidida pelo deputado federal Filipe Barros (PL-PR), já havia aprovado, neste ano, uma moção de louvor a Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que alegou estar sendo perseguido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao pedir licença do mandato.

O requerimento foi apreciado na semana em que Brasil e Estados Unidos vivem uma tensão diplomática, depois que Trump saiu em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas redes sociais. Trump se manifestou, pelo segundo dia consecutivo, em defesa de Bolsonaro.

Após o republicano defender o ex-capitão e a Embaixada dos EUA reforçar a posição do líder norte-americano, o Itamaraty convocou o representante da missão diplomática, Gabriel Escobar, para prestar esclarecimentos.

Fonte: DCM

Taxa de 50%: Veja os produtos que o Brasil mais exporta para os Estados Unidos

 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante visita à U.S. Steel Corporation – Irvin Works, em West Mifflin. Foto: REUTERS/Leah Millis

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (9) a aplicação de uma tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil. A medida, que entra em vigor em 1º de agosto, representa a alíquota mais alta entre as novas sanções comerciais anunciadas pelo republicano nesta semana.

A decisão foi comunicada por meio de uma carta endereçada ao presidente Lula (PT), divulgada na plataforma Truth Social, rede social de Trump.

No texto, o republicano afirma que a medida se justifica por uma relação que considera “desbalanceada” com o Brasil, mas também faz referência explícita à situação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe.

Relação comercial em números

Os Estados Unidos são o segundo principal parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China. As exportações brasileiras para os EUA somaram US$ 3,36 bilhões em junho de 2025, uma alta de 2,4% em comparação com o mesmo mês de 2024. No acumulado do primeiro semestre deste ano, o país exportou US$ 20,02 bilhões, com crescimento de 4,4%.

Principais produtos exportados pelo Brasil aos EUA em junho de 2025:

  • Ferro ou aço semi-acabado: US$ 423,93 milhões (+63,29%)
  • Petróleo bruto: US$ 268,95 milhões (–47,87%)
  • Aeronaves e partes: US$ 241,90 milhões (–19,24%)
  • Ferro-gusa e ligas: US$ 174,39 milhões (+66,52%)
  • Celulose: US$ 158,07 milhões (–13,88%)

Mais exportados no 1º semestre de 2025:

  • Petróleo bruto: US$ 2,378 bilhões (–24,47%)
  • Ferro ou aço semi-acabado: US$ 1,951 bilhão (+15,87%)
  • Café não torrado: US$ 1,168 bilhão (+38,84%)
  • Aeronaves e partes: US$ 1,043 bilhão (+12,14%)
  • Ferro-gusa e ligas: US$ 865,77 milhões (+1,79%)

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Contêineres em porto. Foto: Manu Dias/GovBA

Importações do Brasil vindas dos EUA também crescem


Apesar do crescimento das exportações, o Brasil importou mais do que vendeu aos EUA no mesmo período. As importações em junho foram de US$ 3,96 bilhões, alta de 18,5% em relação a junho de 2024. No acumulado do semestre, chegaram a US$ 21,70 bilhões, crescimento de 11,5%.

Com isso, a balança comercial com os EUA ficou negativa para o Brasil, com déficit de US$ 590 milhões em junho e de US$ 1,67 bilhão no semestre.

Produtos mais importados dos EUA em junho de 2025:

  • Máquinas e motores não elétricos: US$ 631,74 milhões (+26,50%)
  • Óleos combustíveis (exceto brutos): US$ 467,21 milhões (+85,85%)
  • Aeronaves e partes: US$ 296,57 milhões (+73,34%)
  • Petróleo bruto: US$ 157,45 milhões (+14,26%)
  • Medicamentos (incluindo veterinários): US$ 127,69 milhões (+53,10%)

Mais importados no 1º semestre de 2025:

  • Máquinas e motores não elétricos: US$ 3,577 bilhões (+26,20%)
  • Óleos combustíveis: US$ 2,233 bilhões (+37,13%)
  • Aeronaves e partes: US$ 1,120 bilhão (+35,69%)
  • Petróleo bruto: US$ 1,098 bilhão (+35,61%)
  • Polímeros de etileno (formas primárias): US$ 720,63 milhões (–16,53%)
Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Fonte: DCM

Dino defende STF após Trump anunciar tarifa contra o Brasil e criticar julgamento de Bolsonaro

Presidente dos EUA chamou julgamento de Bolsonaro de “vergonha internacional” e impôs tarifa de 50% sobre produtos brasileiros

Flávio Dino - 26/03/2025
Flávio Dino - 26/03/2025 (Foto: Rosinei Coutinho/STF)

Em postagem nas redes sociais nesta quarta-feira (9), o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), saiu em defesa da Corte após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil.

Segundo Trump, uma das justificativas para a medida seria o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo STF. “Uma honra integrar o Supremo Tribunal Federal, que exerce com seriedade a função de proteger a soberania nacional, a democracia, os direitos e as liberdades, tudo nos termos da Constituição do BRASIL e das nossas leis”, escreveu Dino em sua conta oficial.

Atualmente, o Brasil já paga 10% de tarifas sobre produtos exportados aos Estados Unidos, taxa que havia sido fixada pelo governo Trump em 2 de abril deste ano. Com a nova decisão, as tarifas quintuplicam e passarão a valer a partir de 1º de agosto.

Fonte: Brasil 247

Alckmin critica Trump por sobretaxa ao Brasil: “Medida injusta e ruim para os EUA”

Vice-presidente responde a ameaças de tarifas do presidente Donald Trump e diz que Brasil não representa risco comercial aos Estados Unidos

Vice-presidente Geraldo Alckmin discursa durante Cúpula dos Brics, no Rio de Janeiro - 07/07/2025
Vice-presidente Geraldo Alckmin discursa durante Cúpula dos Brics, no Rio de Janeiro - 07/07/2025 (Foto: Agência Brasil/Fernando Frazão)

Em declaração à imprensa nesta quarta-feira (9), o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, reagiu ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que impôs tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.

Antes do anúncio sobre a taxação, que é parte da guerra comercial trumpista, Alckmin disse que o aumento seria “injusto” e traria mais prejuízos à própria economia americana do que ao Brasil. “Eu não vejo nenhuma razão para aumento de tarifa em relação ao Brasil. O Brasil não é problema para os Estados Unidos. Então, é uma medida que em relação ao Brasil é injusta e prejudica a própria economia americana”, declarou Alckmin, criticando diretamente a postura adotada por Trump.

Em evento na Casa Branca com líderes da África Ocidental, Trump deixou claro que medidas contra o Brasil estão em análise. “O Brasil, por exemplo, não tem sido bom para nós, nada bom. Vamos divulgar um dado sobre o Brasil, acredito, no final desta tarde ou amanhã de manhã”, afirmou o presidente norte-americano.

Nos últimos dias, Trump tem adotado uma escalada protecionista, anunciando tarifas contra diferentes parceiros comerciais, sob a justificativa de buscar "reciprocidade" nos acordos. Até o momento, os Estados Unidos firmaram apenas dois novos acordos comerciais significativos, com o Vietnã e com o Reino Unido, além de avanços em tratativas com a China. O Brasil, por sua vez, tem preferido uma abordagem cautelosa, evitando reações duras.

Menor tarifa, tom cauteloso

Entre os países afetados pelas chamadas tarifas recíprocas anunciadas por Trump, o Brasil foi um dos menos atingidos, com uma sobretaxa de 10% sobre seus produtos. Ainda assim, o governo brasileiro se mantém atento e busca sustentar suas negociações com base em dados sólidos: o comércio entre os dois países é superavitário para os EUA, argumento reforçado nas rodadas diplomáticas.

Apesar da posição diplomática adotada nos bastidores, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem usado um tom mais incisivo em discursos públicos ao se referir à postura de Trump. Em ocasiões recentes, o presidente brasileiro comparou o norte-americano a um “imperador” e defendeu a diminuição da dependência do dólar no comércio internacional, inclusive durante reuniões do Brics, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN

Lula convoca Haddad e Alckmin após Trump anunciar tarifas de 50% ao Brasil

A reunião de emergência ocorre no Palácio do Planalto, em Brasília

Ministro Fernando Haddad, presidente Lula e vice-presidente Geraldo Alckmin - 05.06.2023
Ministro Fernando Haddad, presidente Lula e vice-presidente Geraldo Alckmin - 05.06.2023 (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou uma reunião de emergência nesta quarta-feira (9) após o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciar novas tarifas de 50% ao Brasil.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já estava com Lula quando o governo dos EUA anunciou a medida. Vice-presidente da República, o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e o chanceler Mauro Vieira também foram convocados, relatou a CNN Brasil.

Ao anunciar as tarifas, o presidente Donald Trump também defendeu Jair Bolsonaro (PL), réu no inquérito sobre a trama golpista no Supremo Tribunal Federal.

Sob uma perspectiva econômica global, Trump fez o anúncio em um contexto de críticas ao BRICS, grupo formado por 11 países e que representa uma das principais frentes político-econômicas de resistência ao unilateralismo norte-americano.

O BRICS debate a desdolarização e a possibilidade de criar meios de pagamento próprios, reduzindo a dependência do sistema financeiro liderado pelos EUA.

Fonte: Brasil 247 com CNN Brasil

Tarifa de 50% dos EUA ao Brasil é péssima para exportadores de suco de laranja, diz CitrusBR

Diretor da CitrusBR alerta para prejuízos ao setor e critica medida adotada pelo presidente dos EUA, que surpreendeu o mercado

Laranja em feira no Rio de Janeiro
Laranja em feira no Rio de Janeiro (Foto: Pilar Olivares/Reuters)

SÃO PAULO (Reuters) - A tarifa de 50% anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para produtos importados do Brasil é péssima para o setor exportador de suco de laranja, disse nesta quarta-feira o diretor-executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto.

Segundo ele, o segmento foi pego de surpresa e vai analisar os impactos da medida.

"Entendemos que essa medida afeta não apenas o Brasil, mas toda a indústria de suco dos EUA que emprega milhares de pessoas e tem o Brasil como principal fornecedor externo há décadas", disse.

O Brasil é o maior produtor e exportador de suco de laranja do mundo.

(Por Roberto Samora)

Chantagem de Trump deve ter como resposta a prisão imediata de Bolsonaro

 

Jair Bolsonaro e Donald Trump. Foto: reprodução

O anúncio feito por Donald Trump de que irá taxar todos os produtos brasileiros em 50% não é apenas um ataque comercial. É uma declaração política explícita de apoio a Jair Bolsonaro, réu por tentativa de golpe de Estado e outros crimes graves contra a democracia.

O motivo da sanção, segundo o próprio Trump, é a atuação do STF contra Bolsonaro. Em outras palavras: um presidente estrangeiro está usando o poder econômico dos EUA para interferir diretamente no processo judicial de um criminoso confesso no Brasil.

Diante disso, a permanência de Jair Bolsonaro em liberdade se torna insustentável. Quando um ex-presidente, já inelegível e investigado, vira centro de articulações internacionais que envolvem pressões econômicas contra o próprio país para livrá-lo da Justiça, não há mais dúvidas: Bolsonaro age como um conspirador ativo contra o Estado brasileiro. E conspiradores com acesso a redes internacionais e apoio de chefes de Estado não devem ter liberdade para seguir atuando.

Como se não bastasse, Eduardo Bolsonaro — deputado federal e igualmente investigado na trama golpista — está nos Estados Unidos no momento em que Trump eleva o tom contra o STF e impõe a tarifa punitiva ao Brasil. O roteiro é claro: pai e filho estão mobilizando aliados externos contra instituições nacionais. Isso é cooperação internacional para obstrução de justiça, um dos fundamentos que justificam prisão preventiva imediata, tanto para Jair quanto para Eduardo Bolsonaro.

O Supremo Tribunal Federal e a Procuradoria-Geral da República já dispõem de todos os elementos: tentativa de golpe, uso de fake news, milícias digitais, articulação com o exterior e, agora, sabotagem econômica de um aliado estrangeiro. Esperar mais é abrir margem para que o ex-presidente continue utilizando sua rede para ameaçar a soberania e desestabilizar o país. A prisão de Bolsonaro deixou de ser uma questão de justiça: tornou-se uma necessidade institucional urgente.

O Brasil não pode aceitar ser chantageado por Trump a serviço de um golpista.

Fonte: DCM

Alckmin diz que tarifaço de Trump contra o Brasil “prejudica até os americanos”

 

O vice-presidente Geraldo Alckmin. Foto: Divulgação


O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, classificou como “injusta” a tarifa anunciada por Donald Trump aos produtos brasileiros, em declaração feita antes da oficialização da alíquota de 50%.

“Dos dez produtos que eles mais exportam para nós, [em] oito a alíquota é zero, não paga imposto, a alíquota é zero, é o chamado X-tarifário, então, é uma medida que, em relação ao Brasil, é injusta e prejudica para a própria economia americana, porque você tem uma integração na área comercial”, afirmou Alckmin, ao comentar o tema antes de a medida ser oficializada por Trump.

Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos. Foto: Divulgação

Dados do governo brasileiro mostram que as exportações para os Estados Unidos cresceram 9,4% em 2024, totalizando US$ 40,3 bilhões, com destaque para produtos como ferro, aço e aeronaves. As importações de produtos americanos também subiram, em 7,1%, somando US$ 40,6 bilhões, o que gerou déficit para o Brasil no comércio bilateral.

Apesar da tensão diplomática gerada pela decisão, Alckmin afirmou que o governo brasileiro não pretende alterar o tom da relação com Washington. “Temos 200 anos de amizade com os Estados Unidos. Este ano completamos 201 anos. Temos um enorme potencial de parcerias em modelo ganha-ganha”, disse ele.

A medida anunciada por Trump foi divulgada em comunicado oficial e estabelece que todas as exportações brasileiras, inclusive aquelas redirecionadas por outros países, serão tributadas com a nova alíquota de 50%. O republicano ainda condicionou a decisão ao julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal, onde o ex-presidente é réu por suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022.

Fonte: DCM

Taxa de 50%: os golpistas Bolsonaro e Eduardo conseguiram sabotar o Brasil com Trump

 

Donald Trump, Eduardo e Jair Bolsonaro. Foto: reprodução

A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto já tem repercussões imediatas no setor produtivo e no mercado externo.

A medida, anunciada pelo republicano em sua rede Truth Social e formalizada em carta ao presidente Lula, foi acompanhada de uma justificativa política: a alegada “perseguição” do Supremo Tribunal Federal (STF) contra Jair Bolsonaro, réu por tentativa de golpe de Estado.

Na prática, a retaliação econômica é resultado direto da aliança internacional entre extremistas de direita. O império americano está desesperado com o BRICS e usa o inelegível.

Em meio a seu desgaste político e jurídico no Brasil, Bolsonaro passou a ser instrumentalizado por Trump como símbolo de vitimização e peça retórica de campanha. A sabotagem, no entanto, atingiu em cheio o Brasil. A tarifa é a mais severa entre as novas sanções comerciais impostas pelos Estados Unidos nesta semana e afeta produtos-chave da pauta exportadora brasileira, como aço, alumínio, carne e papel.

O impacto tende a ser expressivo. Só o setor de siderurgia movimentou mais de R$ 30 bilhões em exportações para os EUA em 2024. A nova tarifa deve inviabilizar parte desses contratos, provocar fechamento de postos de trabalho e redirecionar exportações para mercados com menor margem de lucro. No agronegócio, a medida representa um risco adicional num cenário já instável de competitividade global.

A atuação do deputado Eduardo Bolsonaro, pau mandado de seu pai, é vergonhosa. O filho do ex-presidente tem sido ativo articulador de pautas da extrema-direita internacional e mantém interlocução com figuras ligadas a Trump. Sua presença frequente nos EUA durante a tramitação de medidas contra o STF alimenta a percepção de que há uma campanha coordenada para atacar instituições brasileiras — agora com consequências econômicas diretas.

Ao transformar Bolsonaro em bandeira de sua política externa, Trump não apenas interfere nos assuntos internos do Brasil, mas impõe custos reais ao país. A aliança fascista, marcada por ataques à democracia e desprezo pelas regras internacionais, saiu da retórica e entrou no campo da sabotagem econômica. O prejuízo recai sobre os brasileiros.

Fonte: DCM