segunda-feira, 10 de novembro de 2025

Lula avalia ligar para Trump para destravar reunião sobre tarifaço

Governo quer reduzir tarifa americana de 40% para 10% sobre produtos do Brasil

     Trump e Lula (Foto: Reuters/AG.BRASIL/Evelyn Hockstein)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) considera telefonar a Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos, caso o governo estadunidense não confirme uma nova data para o encontro entre ambos ainda este ano. O objetivo é discutir as tarifas e sanções impostas impostas pelos EUA contra autoridades brasileiras e às exportações nacionais.

Segundo a coluna do jornalista Gustavo Uribe, da CNN Brasil, o chanceler Mauro Vieira deve se reunir nesta semana, no Canadá, com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio. A expectativa do Itamaraty é que dessa conversa surja uma definição sobre o encontro entre Lula e Trump. Caso as tratativas não avancem, Lula sinalizou disposição em fazer o contato pessoalmente para marcar uma reunião, possivelmente em dezembro, nos Estados Unidos.

 Meta é reduzir tarifas de 40% para 10%

O governo brasileiro busca convencer Washington a suspender temporariamente as tarifas de 40% aplicadas sobre produtos nacionais. O objetivo é abrir espaço para que, em 2026, a alíquota caia para 10%, melhorando a competitividade das exportações brasileiras. As negociações também envolvem possíveis contrapartidas, como ajustes nos impostos sobre o etanol e maior acesso de empresas estadunidenses às reservas brasileiras de metais raros — insumos considerados estratégicos para setores de tecnologia e energia limpa.

⊛ Tentativa frustrada no G20

Lula pretendia discutir o tema pessoalmente com Trump durante a reunião do G20, marcada para o fim deste mês na África do Sul. O republicano, no entanto, anunciou que não participará do evento, frustrando os planos de Brasília.

Em outro gesto diplomático, o presidente brasileiro chegou a convidar Trump para a COP30, que será realizada no Brasil em 2025. “Ele poderia discordar das políticas climáticas, se quisesse”, disse Lula ao fazer o convite. O líder estadunidense, porém, recusou a proposta.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

‘Banquetaço’ na COP 30 servirá marmitas com comida da agricultura familiar

Ação do MTST e de movimentos sociais vai distribuir refeições agroecológicas na Cúpula dos Povos em Belém

‘Banquetaço’ na COP 30 servirá marmitas com comida da agricultura familiar (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

Mais de 300 indígenas e ativistas do movimento social estão a caminho de Belém, no Pará, levando toneladas de alimentos da agricultura familiar para o “banquetaço” da COP 30. A iniciativa integra o projeto Cozinhas Solidárias, criado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). O evento ocorrerá no dia 16 de novembro, durante a Cúpula dos Povos, e deve reunir milhares de representantes de comunidades tradicionais, quilombolas, povos indígenas e movimentos sociais de todo o país.

De acordo com informações do jornal O Globo, a ação faz parte da mobilização da “Caravana da Resposta”, embarcação que partiu de Santarém no dia 8 de novembro levando alimentos agroecológicos e manifestantes do Mato Grosso. O barco transporta centenas de quilos de comida produzida por agricultores familiares e integrantes da Aliança Chega de Soja, idealizadora da caravana.

Segundo Pedro Charbel, coordenador da Aliança, o objetivo é garantir a alimentação de milhares de pessoas que participarão do evento. “O MTST está liderando este processo dentro da Cúpula dos Povos para garantir a alimentação de sete a dez mil pessoas dia e noite. Grande parte desta comida está vindo da agroecologia e da agricultura familiar, sendo a outra parte resultado do esforço da Comissão de Sistemas Alimentares da Cúpula, através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) do governo federal”, afirmou.

O cardápio das marmitas será composto por produtos orgânicos e locais, refletindo o compromisso com a soberania alimentar — conceito que defende o direito das comunidades de produzirem e consumirem alimentos saudáveis, de forma sustentável e justa.

As Cozinhas Solidárias, criadas pelo MTST durante a pandemia, surgiram para enfrentar a fome em momentos de crise e emergência. Presentes atualmente em 14 estados com 58 unidades, já distribuíram oito milhões de marmitas e cinco milhões de quilos de alimentos. “São espaços não só para matar a fome, mas para criar vínculos comunitários, importantes para a esperança de mudança”, disse Charbel.

Durante a Cúpula dos Povos, também será realizada uma assembleia com foco em territórios livres e soberania alimentar, reforçando a ligação entre justiça social, ambiental e climática. “Uma vitória importante para conectar essa luta da cidade, do campo, da floresta e das periferias. Hoje no Brasil, quem põe comida na mesa é a agricultura familiar”, concluiu Pedro Charbel.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Lula oficializa programa Governo na Rua, comandado por Boulos

Iniciativa da Secretaria-Geral da Presidência busca aproximar o governo federal da população e fortalecer a participação social

Brasília (DF) - 29/10/2025 - Presidente Luiz Inácio Lula da Silva partcipa de cerimônia de posse do Secretário-Geral da Presidência da República, Guilherme Boulos, realizada no Palácio do Planalto (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)


O novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos (PSOL), oficializou nesta segunda-feira (10) o lançamento do programa “Governo na Rua”, uma iniciativa voltada a ampliar o diálogo direto entre o Palácio do Planalto e a população. O objetivo é promover maior participação social na formulação e execução de políticas públicas.

A portaria que institui o programa foi divulgada no Diário Oficial da União (DOU). O texto estabelece diretrizes para que o governo possa “estudar, diagnosticar e propor projetos de atuação” voltados à efetividade das políticas de participação social, por meio de ações diretas nos territórios brasileiros.

☉ Quatro eixos de atuação

O “Governo na Rua” será implementado em quatro dimensões principais: diagnóstico da aplicação de políticas federais de participação social; elaboração de modelos alternativos de gestão que reduzam entraves burocráticos; definição de estratégias de participação adequadas a diferentes níveis da federação (União, estados, Distrito Federal e municípios); e articulação das políticas públicas federais com iniciativas locais.

Para a primeira etapa, foi criado um Grupo de Trabalho (GT) responsável por realizar estudos, diagnósticos e o desenho do programa. Caberá a esse grupo identificar problemas na implementação de políticas públicas, propor orientações para o funcionamento dos mecanismos de participação social e definir indicadores, metas e recursos necessários para o desenvolvimento dos projetos.

Ao término da fase inicial, o GT deverá apresentar um ato normativo que oficialize o “Governo na Rua” como política permanente da Secretaria-Geral da Presidência.

☉ Missão dada por Lula

Desde que assumiu o cargo, Guilherme Boulos tem afirmado que sua principal missão, dada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é “colocar o governo na rua”. Em seu discurso de posse, o ministro destacou: “Rodar todos os cantos desse país, ouvir as pessoas, conversar olho no olho, ter a humildade de ouvir críticas e, ao mesmo tempo, apresentar o que o nosso governo tem feito pelo povo brasileiro, pela maioria do nosso povo.”

Boulos também informou que pretende realizar uma série de viagens pelo país para apresentar as realizações do governo federal e fortalecer os canais de escuta social.

☉ Estratégia política e mobilização

A nomeação de Boulos à frente da Secretaria-Geral tem um papel estratégico na articulação política do governo. A medida é interpretada como um passo para consolidar a base de apoio popular de Lula e preparar terreno para as eleições de 2026.

A iniciativa “Governo na Rua” surge, portanto, como instrumento de aproximação entre governo e sociedade civil, com foco em fortalecer a presença do Executivo nos territórios e garantir que as políticas públicas reflitam as demandas reais da população.

Fonte: Brasil 247

“Xerecada da alegria”: clínica usa fachada de massoterapia para oferecer serviços sexuais


      Neon usados em casas de prostituição. Foto: ilustração

Uma suposta clínica de massoterapia na Asa Norte de Brasília esconde na verdade um elaborado esquema de prostituição. Localizada no subsolo de um prédio comercial movimentado, a estabelecimento usa termos como “ambiente reservado” e “atendimento profissional” como fachada para serviços sexuais tarifados. O público-alvo são funcionários da Esplanada dos Ministérios que buscam “rapidinhas” no horário de almoço ou após o expediente.

A discrição é parte fundamental da operação. Pelo WhatsApp, o local garante entrada recatada e salas privativas. O acesso muda conforme o horário: durante o expediente usa-se a escada lateral, enquanto após as 18h e nos finais de semana a entrada é estritamente pela portaria dos fundos mediante interfone. Todo o fluxo é planejado para evitar suspeitas no movimentado comércio da região.

Ao adentrar o espaço, a fachada terapêutica se desfaz completamente. Na recepção, uma mulher de meia-idade explica sem rodeios o funcionamento. “Olha, são R$ 250 pela massagem e o relax final”, anuncia a gerente, apontando para um QR Code na parede. O valor é dividido em R$ 170 pela “terapia” e R$ 80 pelo “aditivo especial” explicitamente chamado de “xerecada da alegria”.

Os clientes aguardam em uma saleta com divã de couro preto antes de conhecer o “elenco” de “terapeutas”. As profissionais se apresentam individualmente, cada uma com seu nome de guerra e estilo específico, completando a estrutura do esquema que usa a aparência de serviço terapêutico para ocultar atividades ilegais.

Fonte: DCM

Ex-genro figurante nos vídeos de Manga é demitido após afastamento do prefeito

        Guilherme Juliano Salinas, ex-genro de Rodrigo Manga. Foto: reprodução


Um dia após o afastamento do prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), o principal coadjuvante de seus vídeos virais nas redes sociais, Guilherme Juliano Salinas, foi exonerado do cargo que ocupava na administração municipal. Conhecido por participar de gravações humorísticas ao lado do chefe do Executivo, Salinas era chefe de gabinete da Secretaria de Governo e recebia salário de aproximadamente R$ 16 mil.

A demissão foi uma das primeiras medidas do novo prefeito interino, Fernando Martins (PSD), que assumiu o comando da prefeitura na última sexta-feira (7), um dia depois de a Justiça Federal determinar o afastamento de Manga por suspeitas de corrupção.

Salinas, ex-namorado da filha do prefeito, se tornou presença constante nos vídeos produzidos pela equipe de comunicação de Manga, especialmente no TikTok e no Instagram. Os conteúdos, que somavam milhões de visualizações, seguiam um formato característico: encenações exageradas e frases de impacto, seguidas de anúncios de ações da prefeitura.

Em um dos vídeos mais recentes, que viralizou na semana anterior ao afastamento, Salinas aparece simulando uma briga com o prefeito, que reage a críticas pela falta de medicamentos nos postos de saúde.


Na cena, Manga aparece irritado com os comentários e anuncia que a prefeitura vai pagar farmácias particulares para fornecer remédios à população quando houver desabastecimento na rede pública. A gravação, porém, foi recebida com críticas nas redes e rendeu acusações de populismo e desinformação.

A polêmica cresceu porque o Ministério Público já investigava o governo municipal por suspeita de superfaturamento na compra de medicamentos. Segundo a denúncia, a prefeitura teria adquirido remédios com preços até 950% acima dos valores de mercado, de uma empresa cujo proprietário foi condenado anteriormente por falsificação de produtos usados no tratamento de câncer.

O afastamento de Manga foi determinado na quinta-feira (6) pela Justiça Federal, no âmbito da segunda fase da Operação Copia e Cola, conduzida pela Polícia Federal.

A investigação aponta que a prefeitura utilizava nomes de pacientes inexistentes em relatórios para justificar repasses de recursos públicos a uma entidade contratada pelo município. O Ministério Público Federal (MPF) e a PF afirmam que o prefeito era o líder de uma organização criminosa instalada dentro da administração.

Na mesma operação, foram presos um amigo de infância do prefeito e seu cocunhado, o bispo Josivaldo Batista, apontado pela PF como responsável por movimentar dinheiro desviado em nome de uma igreja e de empresas de fachada.

Mesmo afastado, Manga manteve presença nas redes sociais e viu seus números crescerem. Em 36 horas, o prefeito ganhou cerca de 25 mil novos seguidores no Instagram, onde já acumula mais de 3,8 milhões de fãs. No TikTok, sua conta soma 3,3 milhões de seguidores.

Fonte: DCM

VÍDEO: Eduardo surta e xinga governador do MT de “frouxo”, “covarde” e “bosta”


      Eduardo Bolsonaro em evento nos EUA. Foto: Saul Loeb/AFP

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), protagonizaram neste fim de semana um dos confrontos mais duros dentro do campo bolsonarista. O embate, travado publicamente nas redes sociais, escancarou a divisão entre lideranças da direita sobre a forma de reagir ao que chamam de “perseguição política” do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A crise começou após Mendes criticar as declarações de Eduardo sobre a situação política brasileira. O governador afirmou que o parlamentar, que está nos Estados Unidos, estaria “falando merda” sobre o país.

A resposta veio poucas horas depois, com uma série de postagens de Eduardo no X, em que ele devolveu as ofensas com ainda mais intensidade.

“Frouxo”, “covarde” e “bosta” foram alguns dos termos usados pelo deputado para se referir ao governador mato-grossense. Eduardo também justificou seu tom agressivo como uma forma de não deixar as críticas sem resposta. “Do jeito que veio, voltou”, escreveu.

“Depois falam que eu sou brigão. Porém, se eu nada fizer diante desta mentira, haverá duas consequências para mim: vai parecer que ele tem razão, quando a verdade está ao meu lado; e outros ficarão estimulados a imitá-lo”, emendou.


O parlamentar aproveitou a oportunidade para reforçar a narrativa de que a direita brasileira sofre perseguição judicial. Ele citou a carta do ex-presidente estadunidense Donald Trump, divulgada recentemente, na qual o republicano defende tarifas contra produtos brasileiros e critica o Supremo Tribunal Federal (STF).

“Caso o governador de Mato Grosso não tenha lido, a carta do Trump fala que o tarifaço é por conta da perseguição que Moraes tem liderado contra Jair Bolsonaro”, disse Eduardo.

Segundo o deputado, o documento menciona três pontos principais: a suposta perseguição do ministro a Bolsonaro, sua família e apoiadores; a proibição da rede social X no Brasil; e a falta de transparência nas eleições presididas por Moraes em 2022.

Para o filho do ex-presidente, o posicionamento de Trump serve como uma validação internacional das denúncias que ele e aliados vêm fazendo contra o Judiciário brasileiro. “O tarifaço é uma resposta direta à perseguição política. O mundo inteiro está vendo o que acontece no Brasil”, afirmou.

Fonte: DCM 

A pressão de aliados sobre Bolsonaro para romper o silêncio e dar um jeito nos filhos

Aliados de Jair Bolsonaro (PL) pressionam o ex-presidente, preso há três meses, a romper o silêncio e conter os próprios filhos, acusados de agravar a crise dentro do bolsonarismo, conforme informações da revista Veja.

        O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em prisão domiciliar. Foto: Reprodução

O apelo é para que o ex-capitão se manifeste, mesmo que por carta, diante do desgaste político causado por Eduardo e Carlos Bolsonaro, que passaram a atacar aliados e acirrar disputas internas.

Eduardo Bolsonaro tem feito críticas a Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), visto como o nome mais competitivo da direita para 2026. Segundo aliados, ao atacar o governador paulista, o deputado enfraquece o campo conservador e reduz as chances de o pai obter um eventual indulto em 2027.

Carluxo isola o PL em Santa Catarina

Enquanto isso, Carluxo enfrenta resistência no PL catarinense após tentar impor sua candidatura ao Senado em 2026. O movimento foi visto como uma tentativa de transformar o estado em base pessoal da família, provocando um racha entre aliados locais.

“Vão sacrificar o pai para alcançar objetivos pessoais. Estão só pensando neles”, diz um ex-auxiliar de Bolsonaro.

A tensão cresceu após o Supremo Tribunal Federal formar maioria, na última sexta-feira (7), para rejeitar o recurso da defesa e manter a pena de 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado.

O julgamento, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, reforçou a expectativa de que Bolsonaro possa iniciar o cumprimento da pena após o trânsito em julgado.

PF intima Carlos e Eduardo Bolsonaro para depor sobre atos antidemocráticos - Jornal O Globo

Fonte: DCM

PL antifacção de Derrite "banaliza o terrorismo", diz Sarrubbo

Secretário nacional de Segurança Pública diz que substitutivo de Derrite banaliza o terrorismo e ameaça o sistema penal

       Mário Sarrubbo (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

O secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, criticou com veemência o parecer apresentado pelo deputado Guilherme Derrite (PP-SP) sobre o projeto de lei antifacção. Em entrevista ao programa Em Ponto, da GloboNews, de acordo com o g1, Sarrubbo afirmou que o texto “banaliza o terrorismo” e pode “desestabilizar todo o sistema penal e processual brasileiro”.

O parecer de Derrite altera o projeto original do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que criava uma nova figura penal para enquadrar as facções criminosas. No substitutivo, parte dessas condutas passa a ser incluída na Lei Antiterrorismo, o que amplia penas e muda a essência da proposta.

◈ Críticas à ampliação da Lei Antiterrorismo

Sarrubbo argumentou que o texto do deputado distorce o conceito internacional de terrorism. “Eles recuaram na ideia de transformar as facções em terroristas, mas equipararam as ações, quase banalizando o terrorismo. Terrorismo, em qualquer país do mundo, é exceção para circunstâncias específicas, não para qualquer atividade criminosa.”

O secretário afirmou que o substitutivo foi produzido “às pressas”, menos de três horas após Derrite ser designado relator, e que o documento “quebra toda a sistematização da legislação penal brasileira”. Segundo ele, o texto se limita a grandes facções e ignora outros grupos que também ameaçam a segurança. “Teremos dificuldade para investigar facções que aplicam golpes cibernéticos e de Pix. O relatório olha apenas para as grandes organizações e ignora as demais”, destacou.

◈ Retrocesso no combate financeiro ao crime

Entre as críticas, Sarrubbo destacou a retirada do dispositivo que previa o perdimento civil de bens — ferramenta usada em países da Europa e da América Latina. “Esse instrumento é essencial para evitar que helicópteros, barcos e propriedades retornem aos criminosos mesmo após a anulação de processos. Sua exclusão representa um retrocesso”, afirmou.

O secretário também observou que o substitutivo não diferencia líderes e membros de base das facções, o que, segundo ele, “enfraquece o foco no comando financeiro dessas organizações”. “É um projeto que olha para o andar de baixo e não para o andar de cima. Precisamos atacar o comando, o dinheiro, a estrutura que sustenta essas organizações”, acrescentou Sarrubbo, de acordo com a reportagem.

◈ Texto original foi construído com especialistas

O projeto do governo, enviado ao Congresso no fim de outubro, previa a criação da figura da “facção criminosa”, com penas de oito a quinze anos de prisão. A proposta também autorizava infiltração de agentes, bloqueio de bens, rastreamento financeiro e afastamento de servidores públicos ligados a facções.

Sarrubbo destacou que o texto foi elaborado ao longo de mais de um ano pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, com a colaboração do Sistema Único de Segurança Pública (Susp), do Ministério Público, de especialistas e de representantes da sociedade civil. “Foi um texto amplamente debatido e trabalhado com técnicos e forças de segurança de todo o país. O que apareceu agora é um substitutivo que não dialoga com essa construção”, afirmou.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Pablo Marçal perde processo contra sobrinho de Dilma e leva bronca de juíza

Empresário processou Pedro Rousseff após ser acusado de espalhar fake news sobre as enchentes no RS

      Pablo Marçal (Foto: Reprodução )

A Justiça de São Paulo decidiu contra Pablo Marçal em uma ação movida por ele contra Pedro Rousseff, sobrinho da ex-presidente Dilma Rousseff. O coach alegava ter sido difamado após Rousseff afirmar que ele disseminou fake news sobre as enchentes no Rio Grande do Sul, em 2024. Segundo a coluna de Fábia Oliveira, do Metrópoles, a juíza responsável pelo caso rejeitou os argumentos de Marçal e ainda fez duras observações sobre sua conduta durante o processo.

⊛ O motivo do processo

Pablo Marçal decidiu acionar judicialmente Pedro Rousseff após ter sido acusado publicamente de espalhar informações falsas. Na época, Marçal declarou que as autoridades estavam bloqueando caminhões com doações destinadas às vítimas da tragédia climática no Rio Grande do Sul, o que foi desmentido por órgãos oficiais e pela imprensa.

Rousseff reagiu nas redes sociais, chamando o coach de “malandro que usava uma tragédia para enganar as pessoas” e mencionando que ele já havia sido “condenado por roubar banco”.

⊛ Juíza defende direito de crítica

Na sentença, a magistrada afirmou que Pedro Rousseff apenas exerceu seu direito constitucional de manifestação e crítica. Segundo ela, as declarações foram baseadas em fatos amplamente divulgados e não configuraram difamação.

A juíza observou ainda que Marçal não negou expressamente as afirmações de Rousseff sobre uma condenação anterior. “Uma simples busca no Google é suficiente para indicar diversas reportagens que abordam uma condenação de Marçal por furto qualificado e organização criminosa. Isso é um fato verídico”, destacou.

⊛ Comparação e reprimenda

Em tom severo, a magistrada comparou a postura de Marçal à que ele próprio adotou ao acusar o apresentador José Luiz Datena de responder a um processo de assédio sexual durante a corrida eleitoral em São Paulo.

De acordo com a juíza da 1ª Vara Cível do III Foro Regional de Jabaquara, os fatos devem ser interpretados dentro do contexto político polarizado, marcado por pré-candidaturas e disputas públicas acirradas. Ela ressaltou que figuras públicas estão mais expostas a críticas e que o direito à liberdade de expressão é essencial nesse tipo de debate.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Boulos acusa governadores bolsonaristas de fazer “demagogia com sangue” em debate sobre segurança pública

Ministro da Secretaria-Geral diz que estados criminalizam comunidades e defende PEC da Segurança e PL Antifacção como resposta estruturada do governo

Brasília (DF), 29/10/2025 - O novo o Secretário-Geral da Presidência da República, Guilherme Boulos, fala durante cerimônia de posse, realizada no Palácio do Planalto. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência e deputado federal licenciado, Guilherme Boulos (PSOL-SP), afirmou neste sábado (8), em São Paulo, que governadores alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro estão adotando uma política de segurança baseada na criminalização indiscriminada das populações mais vulneráveis. A declaração foi feita durante o lançamento do projeto Governo na Rua, e as informações foram publicadas originalmente pelo Estadão Conteúdo, com repercussão da CNN Brasil.

Segundo Boulos, a postura dos governadores do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é marcada por excessos e por uma retórica voltada para ganhos políticos. Ele acusou essas lideranças de utilizarem a violência urbana como instrumento de agenda pública. “Governadores bolsonaristas preferem fazer demagogia com sangue, ao tratar todo mundo da comunidade como se fosse bandido”, afirmou.

O ministro fez as declarações no Morro da Lua, na região do Campo Limpo, zona sul de São Paulo, onde apresentou o Governo na Rua — iniciativa que busca aproximar o Executivo federal de comunidades periféricas, ouvir demandas locais e levá-las ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Boulos também rebateu críticas dos governos estaduais sobre a condução das políticas de segurança, afirmando que o tema é histórico, mas que a atual gestão federal deu início a mudanças estruturantes. Ele destacou que Lula propôs a PEC da Segurança Pública e o projeto de lei Antifacção, ambos voltados a ampliar a coordenação nacional no combate ao crime organizado. Para o ministro, essas medidas permitirão uma atuação mais robusta da União no enfrentamento às organizações criminosas.

Em sua fala, Boulos enfatizou que políticas policiais devem priorizar o enfrentamento a grandes estruturas criminosas, e não operações que recaem principalmente sobre moradores de periferias. Ele citou como exemplo ações recentes da Polícia Federal. “A gente acredita que o combate ao crime tem que fazer da maneira correta, como a Operação Carbono Oculto, da Polícia Federal, para pegar o peixe grande, não o bagrinho. O peixe grande está na Avenida Faria Lima, não na favela”, declarou.

O ministro ainda criticou o que chamou de uso político de tragédias e operações policiais de alto impacto midiático, defendendo que políticas de segurança pública devem ser guiadas por inteligência, integração de forças e investimentos contínuos — e não por disputas ideológicas entre governos estaduais e o Planalto.

As propostas mencionadas por Boulos seguem em tramitação no Congresso Nacional e fazem parte do esforço do governo federal em consolidar uma estratégia nacional contra o crime organizado.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

STF julga nesta semana se Moro foi parcial contra Sérgio Cabral na Lava Jato

Relator, Fachin votou por negar o pedido de Cabral. Julgamento foi interrompido por pedido de vista de Toffoli e volta à pauta

    Sergio Moro (Foto: Geraldo Magela / Agência Senado)

Por Sérgio Rodas, Conjur - A 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal julgará, na sessão virtual que vai até o dia 14, se o ex-juiz Sergio Moro foi parcial ao condenar o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral em ação da finada “lava jato”.

O relator do caso, ministro Edson Fachin, votou por negar o pedido de Cabral e o julgamento foi interrompido por pedido de vista do ministro Dias Toffoli em junho. O magistrado devolveu a vista e, assim, o caso foi incluído na pauta virtual.

A defesa do ex-governador sustenta que as gravações que vieram a público por meio da “vaza jato”, em material que foi compartilhado com diversos réus da “lava jato”, demonstraram a parcialidade de Moro na condução dos processos. Com base nesse entendimento, o juiz Eduardo Appio, enquanto chefiou a 13ª Vara Federal de Curitiba, anulou todos os atos praticados por Moro contra Cabral.

A decisão de Appio foi derrubada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região nos autos de correição contra o ex-titular da 13ª Vara Federal. Com base nisso, Eduardo Appio revogou o provimento anterior. No entanto, Toffoli declarou nula a exceção de suspeição que levou ao afastamento de Appio. Assim, a defesa pediu o restabelecimento da decisão que reconhecia a parcialidade de Moro.

O desembargador Loraci Flores de Lima, do TRF-4, negou a suspeição do ex-juiz. O magistrado apontou que a anulação da decisão de Appio não teve a ver com a exceção de suspeição do ex-titular da 13ª Vara.

“Diferente do que alega a defesa, o fundamento da decisão deste Tribunal que determinou a suspensão dos efeitos do decisum de primeiro grau foi o julgamento das anteriores correições parciais, não atingidas pela posterior anulação do acórdão da exceção de suspeição pelo Supremo Tribunal Federal.”

O desembargador também afirmou que a jurisdição de primeira e de segunda instâncias já se encontra exaurida para questões de mérito, pois o tema foi analisado, inclusive, pela 8ª Turma do TRF-4 em 2018.

Outras suspeições de Moro

O Judiciário reconheceu a falta de imparcialidade de Sergio Moro em diversas ocasiões. Na mais importante delas, a 2ª Turma do STF declarou, em 2021, a suspeição do ex-juiz para julgar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no caso do tríplex do Guarujá (SP) (HC 164.493). A decisão foi posteriormente confirmada pelo Plenário da corte.

Depois, o ministro Gilmar Mendes, do STF, estendeu a suspeição de Moro às ações contra o petista nos casos do sítio de Atibaia e do Instituto Lula, anulando todos os atos praticados pelo ex-juiz nos processos, inclusive a condenação que acabou por tirar Lula das eleições de 2018.

O Supremo também declarou a incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba para processar e julgar quatro processos contra Lula. Os ministros entenderam que os crimes atribuídos ao atual presidente pelo Ministério Público Federal do Paraná não tinham conexão com a Petrobras e, por isso, não deveriam ficar no Paraná.

Com as decisões, as condenações de Lula nos casos do tríplex e do sítio foram anuladas. O petista recuperou todos os seus direitos políticos, tornando-se novamente elegível. Com isso, ele foi eleito presidente no pleito de 2022.

Fonte: Brasil 247 com informações do Conjur

‘Guerra da Papuda’ expõe disputa entre Moraes, Ibaneis e Damares sobre destino de Bolsonaro

O estopim da crise foi a visita de uma chefe de gabinete de Moraes à Papuda

Jair Bolsonaro, escurecido na foto - 30/07/2021 (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A possibilidade de Jair Bolsonaro iniciar o cumprimento da pena de 27 anos e três meses no Complexo Penitenciário da Papuda desencadeou uma série de embates institucionais e políticos no Distrito Federal. A movimentação envolve o gabinete do ministro Alexandre de Moraes, o governo de Ibaneis Rocha (MDB), a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e o deputado distrital Fábio Felix (PSOL). As informações foram publicadas originalmente por O Globo, que detalhou a escalada de tensões nas últimas semanas.

O estopim da crise foi a visita de uma chefe de gabinete de Moraes à Papuda, no mês passado, revelada pelo portal Metrópoles. A inspeção alimentou especulações de que o ministro estaria preparando o envio de Bolsonaro ao presídio antes de autorizar eventual pedido de prisão domiciliar por questões de saúde. Aliados do ex-presidente interpretaram o cenário como um gesto de “humilhação pública” e começaram a atuar em diversas frentes para tentar evitar a transferência.

Do lado do governo do Distrito Federal, o secretário de Administração Penitenciária, Wenderson Souza e Teles, enviou um ofício ao gabinete de Moraes solicitando que Bolsonaro fosse submetido a avaliação médica especializada. O objetivo seria verificar se o “quadro clínico complexo” do ex-presidente seria compatível com a assistência disponível no sistema prisional do DF. Segundo interlocutores do bolsonarismo, um eventual agravamento de saúde dentro da Papuda poderia gerar forte desgaste político para Ibaneis Rocha, que pretende disputar o Senado com apoio da direita.

A resposta de Moraes veio de forma breve e direta: o ministro negou o pedido, classificando-o como “inoportuno”.

Após a negativa, a senadora Damares Alves intensificou sua ação política. Ela enviou à Secretaria de Administração Penitenciária um pedido para visitar as instalações da Papuda — sem o objetivo de encontrar réus do 8 de Janeiro, o que afastaria a necessidade de aval de Moraes. No documento, ressaltou que Bolsonaro “apresenta quadro clínico complexo, decorrente das sequelas do atentado sofrido em 2018”, e citou múltiplas cirurgias, episódios de obstrução intestinal e crises recorrentes de refluxo, gastrite e vômitos.

Damares também mencionou relatório do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, que apontou superlotação superior a 230%, perda acentuada de peso entre internos e falhas estruturais no atendimento de saúde e jurídico na Papuda.

A disputa ganhou novos contornos quando o deputado distrital Fábio Felix, uma das principais vozes da esquerda no DF, decidiu reagir ao que classificou como tratamento privilegiado ao ex-presidente. Ele enviou ofício ao governo Ibaneis solicitando que todos os 27 mil presos do sistema penitenciário da capital passem por avaliação médica semelhante à defendida para Bolsonaro. “Essa seletividade do governador entra em choque com princípios que regem o Estado democrático de direito, como o da impessoalidade e o tratamento isonômico”, afirmou Felix ao blog. “O próprio governo Ibaneis tenta beneficiar Bolsonaro para que ele não seja transferido para a Papuda.”

Enquanto isso, aliados do ex-presidente reforçam o argumento de que sua presença na Papuda poderia desencadear instabilidade no presídio. Segundo um interlocutor, “Ele também gera enorme instabilidade no sistema prisional. Toda a segurança deve ser reforçada para evitar rebelião, que seria provável”.

O governo do DF informou que está “adotando as tratativas necessárias” para viabilizar a visita solicitada por Damares. Sobre o pedido de Felix, a secretaria afirmou que ainda analisa a viabilidade das medidas.

A disputa ocorre em meio ao julgamento virtual dos embargos de declaração apresentados pela defesa de Bolsonaro contra a condenação por tentativa de golpe de Estado, imposta pela Primeira Turma do STF. A decisão sobre onde o ex-presidente cumprirá o início da pena — e por quanto tempo — tornou-se um novo campo de batalha entre seus aliados, adversários e autoridades responsáveis pela execução penal.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo


COP30 começa hoje em Belém com Lula e líderes mundiais discutindo o futuro do planeta

   Lula com líderes globais na COP30. Foto: Bruno Peres/Agência Brasil


A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) começa oficialmente nesta segunda-feira (10), em Belém, no Pará, consolidando o Brasil como o centro do debate climático global. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa da abertura do evento, que reúne mais de 50 mil participantes entre líderes mundiais, diplomatas, cientistas, ambientalistas, empresários e povos indígenas.

Esta é a primeira vez que uma conferência do clima acontece na Amazônia — e o país anfitrião chega à mesa de negociações com a missão de transformar promessas em ações concretas.

A COP30 ocorre em um momento crítico para o planeta. Segundo o observatório europeu Copernicus, outubro de 2025 foi o terceiro mais quente já registrado, com média global de 15,14 °C — 1,55 °C acima do nível pré-industrial. Com eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes, como tornados no Brasil e secas severas na África, o encontro em Belém busca soluções reais para reduzir emissões e financiar a adaptação de países vulneráveis.

A conferência será guiada por três grandes eixos: transição energética, adaptação climática e financiamento sustentável. O Brasil quer liderar o chamado “mapa do caminho” da transição energética, um plano que estabeleça metas e prazos concretos para substituir o uso de combustíveis fósseis por fontes limpas.

“Estamos à beira de pontos de inflexão climáticos e da potencial perda da Amazônia, então esta COP precisa promover a mudança urgente necessária. Não há segunda chance”, afirmou Carolina Pasquali, diretora executiva do Greenpeace Brasil.

Funcionários da COP30. Foto: AP Photo/Fernando Llano
Outro ponto central é o Objetivo Global de Adaptação (GGA), instrumento que pretende medir a capacidade dos países de se preparar para os impactos do clima. Já no campo das finanças, os países em desenvolvimento cobram recursos compatíveis com a escala da crise.

O plano “Roteiro de Baku a Belém” prevê mobilizar US$ 1,3 trilhão por ano até 2035, combinando doações, empréstimos a juros baixos e mecanismos de crédito verde. “É fundamental que a ambição não se limite às ações de mitigação, ela também deve envolver a entrega efetiva de recursos”, destacou o pesquisador Vaibhav Chaturvedi, do Council on Energy, Environment and Water (CEEW).

Um dos principais anúncios desta edição é o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), criado pelo Brasil para financiar a preservação de mais de 1 bilhão de hectares de florestas tropicais em 70 países. O fundo já nasce com US$ 5,5 bilhões em aportes de países como Noruega, Indonésia e França, além de US$ 1 bilhão do governo brasileiro.

“A diferença entre o que é pago ao investidor e o que é cobrado do tomador vai financiar o pagamento dos serviços ambientais”, explicou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista ao G1. O Banco Mundial administrará o fundo até a criação de uma estrutura permanente.

O TFFF proíbe investimentos em atividades com impacto ambiental negativo e destina 20% dos recursos a povos indígenas e comunidades tradicionais. O modelo é considerado um marco da política climática brasileira e deve inspirar novos mecanismos de cooperação internacional.

“Estamos trocando a lógica da doação pela do investimento”, disse a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ao destacar que o Brasil quer ser o exemplo de que é possível crescer preservando.

Na visão do governo Lula, a COP30 é também uma oportunidade para reafirmar o protagonismo brasileiro. O Planalto aposta no Compromisso de Belém pelos Combustíveis Sustentáveis (Belém 4X), que pretende quadruplicar o uso global de combustíveis limpos até 2035, com acompanhamento da Agência Internacional de Energia (AIE). A proposta busca incluir hidrogênio verde, biocombustíveis e biogás como alternativas reais à dependência do petróleo.
Flotilha indígena em manifestação na chegada à Belém. Foto: Adriano Machado/Reuters
O evento ainda será um teste diplomático para o Brasil, que tenta se firmar como mediador entre o Norte e o Sul Global. O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, será o responsável por conduzir as negociações entre mais de 190 países e buscar consenso sobre metas e prazos. Ao seu lado, a diretora Ana Toni coordena a organização e o cronograma da conferência.

Os resultados esperados vão além de discursos. Belém deve marcar o início de uma nova fase, com compromissos mensuráveis e revisões periódicas das metas climáticas (NDCs). “Os discursos são bem-vindos, mas precisamos que isso vire compromisso formal”, afirmou Márcio Astrini, secretário executivo do Observatório do Clima.

A cidade-sede, transformada por obras de infraestrutura e pela mobilização social, simboliza a esperança de que o coração da Amazônia possa inspirar o mundo. “O sucesso da COP30 será medido por sua capacidade de transformar promessas em planos concretos e financiar uma transição justa e inclusiva”, resumiu Marina Silva.

Seminário Pós-COP:  O Brasil diante das transformações globais 

24 de novembro de 2025  (segunda-feira); sessões às 10:00-12:30 e 19:00-21:30 

FESPSP – Rua General Jardim, Vila Buarque, São Paulo/SP 

Garanta sua vaga: https://poscop.org/ 


Sessão da Manhã (10:00-12:30) 

Aldo Fornazieri (Professor da FESPSP, Cientista Político) – abertura da sessão 

Ricardo Abramovay (Professor Sênior, Instituto de Energia e Ambiente, USP) 

Gabriel Ferraz Aidar (Superintendente de Planejamento e Pesquisa Econômica, BNDES) 

Alexandre Ramos Coelho (Coordenador do MBA em Geopolítica da Transição Energética, FESPSP)


Sessão da Noite 19:00-21:30

Painelistas confirmados:

Aldo Fornazieri (Professor da FESPSP, Cientista Político) – abertura da sessão

Paulo Teixeira (Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar)  

Luciana Aparecida da Costa (Diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática, BNDES)

Juliano Medeiros (Historiador e Professor Convidado da FESPSP) 

Uma parceria DCM + FESPSP para debater o futuro climático do Brasil com rigor acadêmico e compromisso social. https://poscop.org/ 


Fonte: DCM