domingo, 8 de junho de 2025

Gleisi Hoffmann denuncia perseguição contra jornalista Leonardo Sakamoto após decisão da Justiça do Paraná

Ministra classifica como "estranho" o suposto erro judicial envolvendo o CPF do jornalista em ordem de prisão de terceira pessoa

       Jornalista Leonardo Sakamoto (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247)

Por meio das redes sociais, a ministra de Relações Institucionais da Presidência, Gleisi Hoffmann, denunciou neste domingo (9), o que classificou como um episódio de perseguição contra o jornalista Leonardo Sakamoto, após uma decisão judicial emitida no Paraná.

Segundo Gleisi, uma sentença inexplicável da Justiça paranaense incluiu o CPF de Sakamoto na ordem de prisão de uma mulher condenada, gerando preocupação sobre os impactos e intenções por trás da medida.

“O jornalista Leonardo Sakamoto está sofrendo perseguição policial por uma inexplicável sentença da Justiça do Paraná. É estranho, para dizer o mínimo, que tenham usado o CPF dele na ordem de prisão de uma condenada no Paraná. Isso precisa ser reparado imediatamente. Nossa solidariedade ao Sakamoto”, escreveu a ministra.

Leonardo Sakamoto, conhecido por sua atuação crítica e pela defesa dos direitos humanos, ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso.

Fonte: Brasil 247

VÍDEO: Miguel Uribe defendia liberar armas na Colômbia pouco antes de ser baleado


O senador e candidato presidencial colombiano Miguel Uribe Turbay durante evento de campanha em Bogotá, poucos segundos antes de ser baleado na cabeça. Foto: Reprodução

O senador e candidato presidencial colombiano Miguel Uribe Turbay fazia um discurso para liberar o porte de armas aos colombianos momentos antes de ser baleado na cabeça em um evento em Bogotá, no último sábado (7).

“A posse de armas não está proibida na Colômbia. Você pode ter uma arma em casa, mas não pode portar, certo? Há uns anos, quando era secretário de governo, pensava que proibir o porte de armas ajudava em uma situação muito diferente. Mas agora, quem é que tem as armas? Os bandidos”, disse Uribe.

“Conclusão: o que vamos fazer é tornar muito estrita a realização do teste psicológico e da possibilidade, mas eu acredito que o colombiano de bem, que considere a necessidade de ter sua arma, poderá ter. Quer dizer, o porte de armas tem que voltar.”


Minutos depois, o político foi atingido por um homem que estava entre seus apoiadores. Uribe participava de um evento de campanha no Parque El Golfito, na capital da Colômbia. Vídeos que circulam nas redes mostram o momento do ataque.

Na gravação, feita por um apoiador que acompanhava o evento, é possível ver com clareza o momento em que Uribe é atingido por um projétil na lateral da cabeça.


O político passou por uma cirurgia na cabeça e na coxa esquerda e está na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da Fundação Santa Fé, na capital colombiana. De acordo com o boletim médico divulgado neste domingo (8), seu estado de saúde “é de máxima gravidade” e a evolução é considerada incerta, com o “prognóstico reservado”.

Uribe, representante da extrema-direita colombiana, é figura carimbada da oposição ao governo de Gustavo Petro. Ele é membro do partido Centro Democrático, fundado pelo ex-presidente Álvaro Uribe, e neto do ex-presidente Julio César Turbay Ayala.

Fonte: DCM


Chefe político de Miguel Uribe é ligado ao narcotráfico, segundo os EUA, e julgado por suborno


      Miguel Uribe e o padrinho, o ex-presidente da Colômbia Álvaro Uribe

Nos últimos cem anos, os atentados políticos demonstraram ter uma pontaria desconcertantemente seletiva. Tiros e bombas, essas ferramentas brutas de interrupção da história, raramente erram o alvo quando miram aqueles que ousam sonhar. Pacifistas, reformistas, radicais do bem, todos tombam.

Mahatma Gandhi, Martin Luther King Jr., Malcolm X, os irmãos Kennedy, o arcebispo Óscar Romero: homens que acreditaram ser possível curvar o mundo em direção à justiça foram eles próprios dobrados, com muita violência e muito sangue.

Os fascistas, por sua vez, parecem habitados por uma obstinação biológica. Sobrevivem a tudo. Passam incólumes por atentados, envenenamentos, tiros à queima-roupa e ameaças mirabolantes. Hitler sobreviveu a uma explosão. Mussolini desviou-se de projéteis com a desenvoltura de um acrobata.

Pinochet, Fujimori, Netanyahu, Trump, Bolsonaro. Nenhum deles saiu de cena pela violência. Ao contrário, retornaram das tentativas de eliminação com mais capital simbólico, como se a proximidade com a morte os tivesse ungido com uma espécie de autoridade transcendental. O que não os mata, os elege.

O que isso nos revela?

Talvez que a História tenha um gosto peculiar por ironias cruéis. Ou, mais cinicamente, que o fascismo, ao contrário da esperança, é protegido por forças que preferem fabricar heróis a enterrar cadáveres. Cada bala que erra um fascista não interrompe uma trajetória: inaugura uma campanha. O erro de mira transforma-se em milagre. E o milagre, por sua vez, em narrativa eleitoral. Nasce ali o messias da vez, o santo padroeiro da desinformação.

O caso mais recente ocorreu ontem à noite, em Bogotá. Miguel Uribe, pré-candidato à presidência da Colômbia, foi alvejado a tiros. Sobreviveu. Claro.

Passemos ao seu prontuário político, à capivara do elemento.

Miguel Uribe é neto de Julio César Turbay, ex-presidente da Colômbia (1978–1982), e filho de Diana Turbay, jornalista sequestrada e assassinada por Pablo Escobar durante a crise dos extraditáveis. Naquele período, narcotraficantes colombianos desencadearam uma campanha violenta contra o Estado para impedir a extradição de criminosos para os Estados Unidos.

Está no partido de oposição Centro Democrático, fundado pelo ex-presidente Álvaro Uribe Vélez, seu chefe político. Não são parentes, apesar do sobrenome. Álvaro é narcofascista em tempo integral, profeta do autoritarismo tropical, padrinho e referência confessa para fascistas como Nayib Bukele. Não apenas governou com punho de ferro e unhas sujas de sangue, como também orquestrou, num lavajatismo avant la lettre, uma engenharia de lawfare sofisticada.

Instrumentalizou o sistema judicial, alimentado por delações fraudulentas de milicianos das Autodefesas Unidas da Colômbia, para dizimar adversários políticos. Era um projeto de poder com duas pernas: uma legalidade armada de mentiras fabricadas e cuidadosamente plantadas na imprensa amiga, e uma ilegalidade institucionalizada, personificada por milícias que atuavam como extensão informal do Estado. Isso é o uribismo.



A CIA, que raramente diz a verdade em público, mas tudo registra nos seus arquivos, declarou que Álvaro Uribe foi um colaborador próximo do Cartel de Medellín em níveis elevados da administração pública. Essa informação só veio à tona com a recente desclassificação parcial de documentos. Imagine, então, o que permanece trancado nos arquivos “altamente confidenciais”.

Miguel é um fascista de boutique, embalado na estética neoliberal do século XXI, com verniz de meritocracia e alma de algoritmo. Não se contenta em repetir ad nauseam as mentiras de Álvaro. Ele as amplifica, as estiliza com filtros e as promove via hashtags patrocinadas. Nas redes sociais, é uma usina de desinformação, um influenciador do ódio, envolto em gravata e crucifixo. Agora, contudo, é também “vítima”. Também foi baleado.

Segundo o Globo, “o hospital disse que o estado de Uribe, senador de oposição ao atual governo e um dos favoritos na corrida eleitoral colombiana, é de máxima gravidade. O prognóstico é reservado.” Eis aí, em uma frase, toda a poesia trágica dos boletins médicos de ocasião, esse dialeto sagrado da imprensa que transforma “gravidade” em sinônimo de ressurreição política. É o gênero literário dos que nunca morrem. Pois o fascismo, ao contrário do amor e da democracia, tem sete vidas. E todas são bem alimentadas.

O momento exige extrema cautela, não com a saúde de Miguel Uribe, que vai muito bem, obrigado, mas com o uso político que se fará disso. Nós, brasileiros, conhecemos o roteiro. Ele ressurgirá em pé, brandindo a dor como bandeira, dizendo-se perseguido, injustiçado, tocado por Deus e abençoado pelas balas que não o matam. E, sim, muitos acreditarão.

O fascismo contemporâneo compreendeu o jogo. Precisa da violência, não para morrer, mas para renascer. E assim se reinventa, atentado após atentado. Quem morre são sempre os que ousam amar a humanidade, os que desejam repartir o pão e a terra, os que defendem a paz, mas não têm aparato de segurança.

A esquerda morre porque acredita. A direita sobrevive, ou ressuscita, porque calcula.

Diante do que leio nos jornalões, só tenho uma certeza: o candidato oficial do fascismo colombiano passa bem, e sairá ainda melhor deste atentado. No teatro do horror político latino-americano, a bala é apenas o ensaio. O espetáculo verdadeiro é a eleição.

Fonte: DCM




Interrogatório de Bolsonaro e réus da trama golpista terá transmissão pela TV 247: saiba dias e horários

Interrogatórios dos réus começam nesta segunda (9) na Primeira Turma do STF, com transmissão ao vivo pela TV 247

      (Foto: Reprodução)

A TV 247 vai transmitir, ao vivo, os interrogatórios dos oito réus do núcleo central da tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022 — entre eles, Jair Bolsonaro (PL), que será ouvido pessoalmente pelo ministro Alexandre de Moraes.

As audiências ocorrem entre os dias 9 e 13 de junho, na sala de sessões da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), com início previsto para as 14h nesta segunda-feira e, nos dias seguintes, sempre a partir das 9h (com exceção do dia 11, que começa às 8h).

Entre os nomes que passarão por interrogatório estão Mauro Cid, Ramagem, Augusto Heleno, Anderson Torres, Braga Netto, entre outros integrantes do alto escalão do antigo governo. Este será o primeiro reencontro entre Bolsonaro e Mauro Cid desde a delação premiada que revelou os bastidores da tentativa de golpe.

Acompanhe tudo na TV 247, com comentários ao vivo, análises e cobertura completa dos desdobramentos.
Fonte: Brasil 247

Carlos Alcaraz protagoniza virada épica e conquista título de Roland Garros em batalha histórica com Jannik Sinner

Espanhol de 21 anos salva três match points, vira de dois sets atrás e vence decisão eletrizante contra o número 1 do mundo em mais de cinco horas de jogo

      Jannik Sinner e Carlos Alcaraz se abraçam após a final mais longa de Roland Garros (Foto: Getty Images)

O tenista espanhol Carlos Alcaraz escreveu mais um capítulo histórico em sua curta e brilhante carreira ao conquistar neste domingo (8) o título de Roland Garros de 2025 com uma virada espetacular sobre o italiano Jannik Sinner. A partida, que durou mais de cinco horas na quadra Philippe-Chatrier, foi narrada em tempo real pelo The Athletic, braço esportivo do The New York Times, e já é considerada por muitos especialistas como uma das maiores finais da história do tênis.

O espanhol de 21 anos, atual campeão do torneio, viu-se diante de uma situação quase irreversível ao perder os dois primeiros sets por 6-4 e 7-6 (7-4), diante de um Sinner em altíssimo nível técnico. Mesmo pressionado, Alcaraz não se abalou e iniciou uma recuperação notável: venceu o terceiro set por 6-4, salvou três match points no quarto set e venceu o tiebreak por 7-6 (7-3), levando a decisão ao quinto e derradeiro set.

No set final, após uma troca intensa de quebras, os dois tenistas chegaram ao tiebreak decisivo. E foi ali que Alcaraz mostrou por que é considerado um dos talentos mais impressionantes da nova geração. Ele abriu vantagem de 7-0, dominando completamente o italiano, e fechou o desempate em 10-2, garantindo seu segundo troféu consecutivo em Paris.

“Alcaraz tornou o impossível possível”, destacou a cobertura do The Athletic, que descreveu os momentos finais como "tênis celestial". A atmosfera no estádio era de total comoção: a torcida repetia o nome do espanhol em uníssono, enquanto Sinner, apesar da derrota, recebia aplausos calorosos pelo desempenho corajoso e competitivo.

Em diversas passagens da transmissão, o jogo foi exaltado como um marco no esporte. “O melhor jogo de tênis que já vi”, disse um dos repórteres do veículo norte-americano durante o último set, ao presenciar lances inacreditáveis, como o forehand na paralela de Alcaraz que definiu o campeonato.

Sinner, atual número 1 do mundo, fez uma partida brilhante, sustentando trocas de bolas intensas e demonstrando força mental, mesmo diante da pressão e da torcida. Chegou a sacar para o título no quarto set, mas viu seu adversário resistir com coragem e frieza. A mãe do italiano foi flagrada pelas câmeras com o rosto entre as mãos, em momentos de grande tensão.

Com a vitória, Carlos Alcaraz reafirma seu lugar no topo do circuito e consolida sua reputação como um dos grandes nomes do tênis mundial. Sua capacidade de se reinventar durante os jogos, de manter a compostura sob pressão extrema e de entregar performances espetaculares o coloca no centro das atenções do esporte global.

O título de 2025 em Roland Garros se soma à sua impressionante coleção de conquistas e deve alimentar ainda mais os debates sobre uma nova era no tênis, com Alcaraz como figura central de uma geração que promete redefinir o jogo nas próximas décadas.

Fonte: Brasil 247

AGU obtém novos bloqueios em bens de investigados por fraude no INSS

Justiça já deferiu cinco das 15 ações apresentadas pela Advocacia-Geral da União para garantir o ressarcimento de aposentados e pensionistas

        Jorge Messias (Foto: Emanuelle Sena/Ascom da AGU)

AGU - A Justiça Federal determinou o bloqueio de R$ 119 milhões em bens de empresas, e seus sócios, investigados por suspeitas de fraudes contra aposentados. As decisões foram emitidas no âmbito de cinco ações movidas pela Advocacia-Geral da União (AGU), representando judicialmente o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), com o objetivo de usar os valores bloqueados para ressarcir aposentados e pensionistas vítimas de descontos ilegais em seus benefícios.

Cada um dos processos envolve o bloqueio de até R$ 23,8 milhões. Nessas ações foram bloqueados bens móveis e imóveis (incluindo ativos financeiros) de oito empresas e nove pessoas físicas, sócios dessas empresas. Também foi decretada a quebra dos sigilos bancário e fiscal das empresas e pessoas físicas. A AGU aguarda, ainda, a decisão sobre outras 10 ações com pedidos semelhantes ajuizadas no início de maio.

A juíza federal Luciana Raquel Tolentino de Moura, da 7ª Vara Federal do Distrito Federal, decretou a indisponibilidade de bens e ativos financeiros nas cinco ações. Uma delas, envolve as pessoas jurídicas Venus Consultoria Assessoria Empresarial S/A, e de seus sócios Alexandre Guimarães e Rubens Oliveira Costa, bem como da pessoa jurídica THJ Consultoria Ltda e de sua sócia Thaisa Hoffmann Jonasson. Duas outras ações envolvem as pessoas jurídicas Prospect Consultoria Empresarial LTDA e Brasília Consultoria Empresarial SA, que possuem como sócios Romeu Carvalho Antunes, Milton Salvador de Almeida Junior e Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “o careca do INSS”

As duas últimas decisões proferidas são em face da pessoa jurídica Curitiba Consultoria em Serviços Médicos S/A e de seus sócios Rubens Oliveira Costa e Thaisa Hoffmann Jonasson, bem como de Xavier Fonseca Consultoria Ltda e de sua sócia Maria Paula Xavier da Fonseca Oliveira; e da Arpar Administração, Participação e Empreendimentos S/A e de seu sócio Rodrigo Moraes, bem como de WM System Informática LTDA e de seu sócio Anderson Claudino de Oliveira.

As decisões foram emitidas entre segunda-feira (2/6) e terça-feira (3/6), no conjunto de 15 ações sobre o caso. Por determinação da magistrada da 7ª Vara Federal do DF, a ação originalmente apresentada pela AGU foi desmembrada em 15 processos judiciais.

A AGU pediu, no dia 8 de maio deste ano, o bloqueio de bens na ordem de R$ 2,56 bilhões contra 12 entidades associativas e seus dirigentes, totalizando 60 réus. A juíza determinou que, após o desmembramento, cada ação tivesse no máximo cinco réus.

Empresas de fachada

As entidades objeto das ações são apontadas como empresas de fachada, criadas com o único propósito de praticar a fraude contra os beneficiários. A investigação aponta ainda que elas teriam feito pagamentos de vantagens a agentes públicos a fim de obterem autorização para realizar os descontos indevidos.

O valor bloqueado em cada uma das ações, no valor de R$ 23,8 milhões, encontra respaldo na própria natureza dos atos praticados e na magnitude dos valores movimentados, estimados, no mínimo, no montante correspondente às vantagens indevidas pagas a agentes públicos, de acordo com o que foi apurado até o momento.

Fonte: Brasil 247

PF não localiza Eduardo Bolsonaro para prestar esclarecimentos

Deputado licenciado é investigado por obstrução da Justiça e coação contra autoridades brasileiras

         Eduardo Bolsonaro (Foto: Reprodução)

A Polícia Federal (PF) informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não conseguiu localizar o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para prestar esclarecimentos no inquérito que apura sua atuação nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras.

De acordo com a PF, o parlamentar ignorou todas as tentativas de contato, mesmo com a autorização para prestar depoimento por escrito, concedida pelo ministro Alexandre de Moraes.

O relatório da PF detalha que a busca por Eduardo incluiu diferentes canais de comunicação, mas não houve qualquer confirmação de que ele tenha tomado ciência das solicitações.

A investigação apura as ações realizadas por Eduardo Bolsonaro enquanto está licenciado do mandato parlamentar, com possíveis impactos na esfera política e institucional brasileira. Moraes autorizou desde o início que, dada a permanência do deputado nos Estados Unidos, o depoimento fosse feito à distância — por escrito, sem necessidade de comparecimento presencial.

Fonte: Brasil 247

Após pressão, BC recua em PEC da autonomia

Sem espaço na agenda presidencial e com servidores divididos, Galípolo adia envio de sugestões para a proposta que muda o regime jurídico do BC
       Gabriel Galípolo (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A tramitação da PEC da autonomia financeira e orçamentária do Banco Central esfriou no Congresso Nacional. Prometida para até dez dias após uma reunião com senadores em 20 de maio, a proposta com sugestões do BC para o texto final ainda não foi enviada ao relator, senador Plínio Valério (PSDB-AM).

Segundo fontes ouvidas pela Folha de S. Paulo, o motivo é um conjunto de fatores políticos e institucionais: a crise gerada pela elevação do IOF e a reação contrária dos servidores da própria autarquia.

De acordo com reportagem, a avaliação de interlocutores é de que o presidente do BC, Gabriel Galípolo, precisa conversar pessoalmente com Lula antes de seguir com a articulação da proposta.

Antes disso, deve convencer os servidores do BC. O texto atual da PEC propõe que os servidores deixem de ser regidos pelo Regime Jurídico Único (RJU) e passem a ser celetistas, vinculados à CLT, mas com estabilidade preservada e regras provisórias para aposentadoria. A mudança, no entanto, provocou reação dos servidores.

“Fracassei em conseguir produzir um consenso dentro do Banco Central sobre qual dos dois caminhos [deveria ser seguido], e tem um racha ali com divisões, muitas vezes, por causa desse tema específico”, disse Galípolo em evento em São Paulo, no último dia 2.

Em entrevista à TV 247, o presidente do Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central), Epitácio Ribeiro, reforçou que a categoria rejeita a proposta, alertando para a quebra de princípios constitucionais e o enfraquecimento do BC como ente de Estado. Já a ANBCB (Associação Nacional dos Analistas do BC) apoia a PEC, argumentando que a mudança fortaleceria a autoridade monetária e permitiria recompor um quadro funcional envelhecido, especialmente na área de supervisão.

“O que nos preocupa é a tentativa de se alterar o texto constitucional de forma açodada, sem a promoção de amplo debate com a sociedade e com os próprios servidores”, afirmou Epitácio Ribeiro, presidente do Sinal.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Gleisi atribui crescimento da dívida interna aos juros estratosféricos

Ministra das Relações Institucionais defende legado econômico do governo Lula e diz que sem taxa de juros tão alta, dívida estaria em patamar mais baixo

     Gleisi Hoffmann (Foto: Gil Ferreira/SRI)

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, atribuiu o aumento da dívida interna brasileira à política de juros elevados mantida pelo Banco Central. Em declaração publicada neste domingo (8), ela destacou os avanços econômicos do governo Lula e afirmou que, apesar do impacto negativo das taxas sobre a dívida, o país vive um ciclo de crescimento sólido e bem administrado.

A fala ocorre no contexto do anúncio de R$ 100 bilhões em investimentos de empresas francesas no Brasil, feito durante a visita de Estado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à França. Para Gleisi, o aporte é mais uma demonstração da recuperação da confiança internacional no país.

O presidente Lula está confirmando, neste terceiro mandato, a responsabilidade e credibilidade que marcaram seus governos anteriores. Os investimentos de R$ 100 bilhões que empresas francesas decidiram fazer no Brasil são a prova mais recente da recuperação do país nestes dois anos e meio. Os investimentos na produção, serviços e na bolsa não estariam voltando se o mundo não tivesse percebido a grande mudança”, afirmou.

Segundo ela, o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) surpreendeu positivamente: “O PIB cresceu 3,2% em 2024, quando a previsão era de 0,8%, cresceu 3,4% em 2024 e está surpreendendo outra vez este ano. Criamos mais de 3,8 milhões de empregos, que junto com o aumento real dos salários e da renda estimulam fortemente a economia e com inflação administrada.”

A ministra também defendeu o esforço fiscal empreendido pelo governo e comparou os resultados recentes com os de anos anteriores. “E fizemos, sem prejudicar o crescimento nem sacrificar a população, um dos maiores esforços fiscais da história, passando do déficit primário de 2,3% do PIB em 2023 para 0,09% em 2024”, declarou.

Sobre o endividamento público, Gleisi ponderou: “Não fossem os juros estratosféricos sobre a dívida pública, estaríamos em um patamar bem mais baixo que os 76,2% dela em relação ao PIB, embora seja esse um patamar bem administrável, o mesmo de abril de 22.”

A ministra informou ainda que o governo está em diálogo com o Congresso para realizar ajustes necessários à manutenção do equilíbrio fiscal. “Neste momento, estamos dialogando com os líderes do Congresso, com os presidentes Hugo Motta e Davi Alcolumbre, para fazer alguns ajustes para manter o equilíbrio fiscal. O compromisso do presidente Lula é manter o país na rota do desenvolvimento.”

Por fim, Gleisi alfinetou setores que, segundo ela, torcem contra o país: “Enquanto alguns especulam e outros torcem contra o país, Lula trabalha com seriedade e confiança por um Brasil melhor.”
Fonte: Brasil 247

Quem é o extremista Miguel Uribe, pré-candidato à Presidência da Colômbia baleado em Bogotá


Miguel Uribe, candidato presidencial colombiano de extrema-direita, foi baleado durante um evento em Bogotá, neste sábado (7). Foto: Reprodução

O senador e candidato presidencial colombiano de extrema-direita, Miguel Uribe Turbay, de 39 anos, foi baleado durante um evento em Bogotá, neste sábado (7). O estado de saúde do político é considerado delicado.

O político realizava um evento de campanha em um parque público no bairro de Fontibón, região próxima ao Aeroporto Internacional El Dorado, na capital, quando “sujeitos armados atiraram em suas costas”. Imagens que circulam nas redes sociais mostram Miguel Uribe com a cabeça e as costas cobertas de sangue.

Quem é Miguel Uribe?

Nascido em 28 de janeiro de 1986, em Bogotá, Uribe faz parte do Centro Democrático, partido liderado pelo ex-presidente de direita Álvaro Uribe. Ele é neto do ex-presidente Julio César Turbay Ayala, que governou a Colômbia de 1978 a 1982.

É a figura que representa o papel da extrema direita colombiana, em defesa do liberalismo econômico, com redução de impostos para empresas e cortes em programas sociais. Defende escolas militares e faz críticas ostensivas a qualquer política progressista e com teor social, como por exemplo a defesa do meio ambiente e povos originários.

Fustiga o tempo todo o presidente Gustavo Petro.

Compartilha imagens em suas redes sociais que retratam a esquerda como inimiga da liberdade, alinhando-se com uma narrativa anticomunista e antissocialista. Esse tipo de retórica é característico de movimentos de extrema direita na América Latina, visto não só no Brasil, na figura de Jair Bolsonaro e seus seguidores como também na Argentina, liderada pelo presidente Javier Milei.

Além disso, é filho de Diana Turbay, jornalista sequestrada por Pablo Escobar em 1990 e assassinada no ano seguinte. A família Turbay é de ascendência libanesa.

Na época, os narcotraficantes colombianos realizaram uma campanha violenta contra o Estado para evitar a extradição de criminosos para os Estados Unidos.

Uribe, de extrema-direita, é um forte crítico do presidente da Colômbia, o esquerdista Gustavo Petro.

Antes do atentado, Uribe reagiu à intenção de Petro de convocar, por decreto, uma consulta popular para uma reforma trabalhista, algo que exigiria a assinatura de todos os ministros do gabinete. O senador afirmou que processaria os ministros por prevaricação, caso agissem contra a lei.

Reação das autoridades

Em nota, a Presidência da Colômbia se manifestou no X, rejeitando “de forma categórica e contundente o ataque” deste sábado. “Esse ato de violência é um ataque não apenas à integridade pessoal do senador, mas também à democracia, à liberdade de pensamento e ao exercício legítimo da política na Colômbia”, acrescentou.

Em resposta ao ataque, o ministro da Defesa, Pedro Sanchez, anunciou uma recompensa de US$ 728 mil (COP 3 bilhões) por informações que ajudem a identificar e prender os responsáveis pela tentativa de assassinato.

Sanchez também ordenou que “os militares, a Polícia Nacional e os serviços de inteligência mobilizassem todas as suas capacidades para esclarecer os fatos com urgência”.

Petro, alvo de críticas de Uribe, também reagiu ao ataque nas redes sociais: “‘Ai’ Colômbia e sua violência eterna. Querem matar o filho de uma árabe em Bogotá, que já haviam assassinado, e não se deve matar no coração do mundo. Matam o filho e a mãe”, declarou no X.

Fonte: DCM

VÍDEO – Lula cobra ação global e mais recursos para proteger oceanos: “O planeta corre risco”


Presidente Lula discursa no Fórum Economia Azul e Finanças, na França – Foto: Reprodução

Neste domingo (8), o presidente Lula (PT) fez um apelo por mais compromisso internacional com a preservação dos oceanos. Em discurso no Fórum de Economia e Finanças Azuis, na França, o chefe de Estado destacou que os mares ainda não recebem o reconhecimento nem o investimento necessário. Ele cobrou mais responsabilidade dos líderes mundiais e criticou o baixo financiamento dedicado ao tema.

Lula lembrou que o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) ligado à proteção marinha é um dos que menos recebem recursos dentro da Agenda 2030 da ONU (Organização das Nações Unidas). Ele apontou que o déficit pode chegar a US$ 150 bilhões por ano.

Comparou os baixos investimentos ambientais com os gastos crescentes em armamentos. Para ele, o que falta não é dinheiro, e sim disposição e compromisso político para financiar.

O chefe de Estado também mencionou a palavra “mutirão” para simbolizar a importância da ação conjunta.

“No Brasil, quando queremos mobilizar esforços em torno de um objetivo comum, utilizamos uma palavra de origem indígena chamada ‘mutirão’. Esse fórum renova a convocatória para o aumento dos compromissos financeiros com o oceano. O planeta não aguenta mais promessas não cumpridas. Não há saída isolada para os desafios que requerem ação coletiva. Ou nós agimos, ou o planeta corre risco”, declarou.

O presidente ainda destacou o papel das instituições financeiras internacionais nesse processo. Lula sugeriu medidas como a troca de dívidas por desenvolvimento e a emissão de direitos especiais de saque. Ele defendeu que o acesso a fundos climáticos seja facilitado. “É urgente desburocratizar o acesso a esses recursos”, afirmou.

Fonte: DCM

EUA acusam “esquerda colombiana” por atentado contra senador


        Os senadores americano Marco Rubio (EUA) e Miguel Uribe (Colômbia). Fotomontagem: reprodução

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, culpou a “retórica violenta da esquerda” pelos disparos contra o senador colombiano Miguel Uribe Turbay, ligado à direita.

Segundo ele, esse tipo de discurso parte “dos mais altos escalões do governo colombiano”.

“Trata-se de uma ameaça direta à democracia e resultado de uma retórica inflamável da esquerda que vem do topo do governo colombiano”, afirmou Rubio em comunicado oficial.
Ele pediu ao presidente colombiano, Gustavo Petro, que “reduza o tom dos discursos” e garanta a segurança das autoridades públicas do país.

Miguel Uribe Turbay, de 39 anos, foi baleado enquanto participava de um comício em um parque da cidade de Fontibón, na zona oeste de Bogotá. Segundo socorristas, o senador foi atingido por vários tiros, incluindo dois na cabeça, e foi levado com urgência a um centro médico.

Rubio também comentou o caso na rede social X, condenando “veementemente” o ataque. Ele destacou que os Estados Unidos acompanharam de perto o avanço da Colômbia em segurança e democracia nas últimas décadas e alertou que o país “não pode voltar aos tempos sombrios da violência política”.

Richard Grenell, aliado de Donald Trump e ex-enviado especial da Casa Branca, chamou o atentado de “horror” e se referiu a Uribe como “candidato conservador à presidência da Colômbia”.

Outros políticos republicanos da Flórida também se manifestaram. O senador Rick Scott pediu que Petro “faça tudo ao seu alcance para proteger os cidadãos colombianos”, citando ainda as ameaças recorrentes contra o ex-presidente Álvaro Uribe, que “jamais devem ser toleradas”.

Em resposta ao ataque, o presidente Gustavo Petro cancelou a viagem que faria a Nice, na França, onde participaria da Cúpula dos Oceanos da ONU.

O governo colombiano ofereceu uma recompensa de até 3 milhões de pesos (cerca de 640 mil euros) por informações que levem aos autores do atentado.

Veja o post do senador estadunidense:

Fonte: DCM

Autor de atentado contra senador colombiano diz que revelará mandantes

Miguel Uribe Turbay e o momento em que a ambulância levou o senador após os disparos. Foto: Reprodução/Sebastián Barros

Neste sábado (7), um adolescente foi detido em Modelia, bairro da zona oeste de Bogotá, após tentar assassinar a tiros o senador e pré-candidato à presidência Miguel Uribe Turbay na Colômbia. O ataque ocorreu por volta das 17h30 durante um evento público. O menor foi capturado por membros da equipe de segurança de Uribe Turbay e agentes da Unidade de Proteção Nacional (UNP).

Segundo informações iniciais, o jovem prometeu entregar os nomes e números de telefone das pessoas que o mandaram cometer o crime. Testemunhas relataram que o suspeito chegou ao local como passageiro de uma motocicleta. Ele desceu do veículo, se aproximou a cerca de um metro e meio do senador e disparou ao menos seis vezes. O diretor do UNP, Augusto Rodríguez, afirmou que existe a possibilidade de o atirador ter atuado com um cúmplice.

De acordo com o general Triana, da Polícia Nacional, o jovem tem apenas 15 anos e foi agredido por populares após os disparos. No momento, ele permanece hospitalizado devido aos ferimentos causados pela reação das pessoas que presenciaram o ataque.

Imagens logo após os tiros onde o senador foi socorrido. Fotos: Reprodução/El País

O senador Miguel Uribe Turbay foi baleado e recebeu os primeiros socorros em uma unidade médica local. Posteriormente, foi transferido para a Fundação Santa Fé, também em Bogotá, onde passará por cirurgia. Ainda não há um boletim oficial sobre seu estado de saúde.

O prefeito da capital colombiana, Carlos Galán, informou pelas redes sociais que toda a rede hospitalar da cidade está em alerta para atender eventuais emergências. Ele confirmou que o agressor foi detido e que o senador está sob cuidados médicos.

O ex-presidente Álvaro Uribe Vélez, correligionário de Miguel Uribe, também se manifestou pela rede social X. Ele prestou solidariedade à família e pediu celeridade das autoridades na apuração dos fatos. “Atacaram uma esperança para a nação”, escreveu.

O atual presidente da Colômbia, Gustavo Petro, repudiou o ataque e fez menção ao assassinato de Diana Turbay, mãe do senador. “Respeitem a vida. A Colômbia não deve matar suas crianças”, escreveu o mandatário, condenando as máfias e pedindo paz para todas as famílias do país.

Fonte: DCM