domingo, 3 de agosto de 2025

Flávio Bolsonaro insulta Alexandre de Moraes e anuncia campanha pelo seu impeachment


Senador chamou ministro do STF de “vagabundo” em ato em Copacabana neste domingo

Flávio Bolsonaro e totem de Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/X/@FlavioBolsonaro)

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) atacou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), durante manifestação bolsonarista realizada neste domingo (3) no bairro de Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro. Em seu discurso, Flávio chamou o magistrado de “vagabundo” e anunciou o início de uma campanha pelo seu impeachment. As falas ocorreram diante de centenas de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), em mais uma mobilização marcada por ataques ao Judiciário e defesa da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.

O senador — que subiu no trio elétrico para discursar — relatou ter visitado o pai, Jair Bolsonaro, no dia anterior, e descreveu o impacto da cena em que o ex-presidente aparecia usando tornozeleira eletrônica, por ordem judicial.

Ontem fui visitar meu pai na casa dele. E saí de lá triste, emocionado, mas também muito feliz. Eu voltei triste como filho. De, ao entrar na casa do meu pai, ele estar trancado no seu quarto, com uma tornozeleira na perna carregando na tomada como se fosse um bandido. Mas não é. É um homem honesto, honrado, patriota e invejado por este vagabundo deste Alexandre de Moraes”, disse Flávio.

O senador concluiu o discurso elevando o tom contra Moraes:

“Eu saí de lá ainda mais cheio de coragem, ainda mais disposto a lutar pelo meu Brasil e ainda mais disposto a fazer o impeachment daquele que destruiu a nossa democracia, aquele chamado Alexandre de Moraes".

Discurso inflamado marca ofensiva bolsonarista contra o STF - As falas de Flávio Bolsonaro ampliam o clima de hostilidade de aliados de Jair Bolsonaro contra o Supremo Tribunal Federal, especialmente o ministro Alexandre de Moraes, que é relator dos principais processos que envolvem Jair Bolsonaro, incluindo a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Bolsonaro está submetido a medidas cautelares que incluem o uso de tornozeleira eletrônica e proibição de sair de casa aos fins de semana. O ex-presidente foi representado nos atos por familiares e aliados, já que não pode participar presencialmente. No Rio, Flávio assumiu o papel de principal porta-voz político do clã durante o ato na capital fluminense.

As manifestações, realizadas em 62 cidades neste domingo, tiveram como pautas centrais a anistia aos investigados pelos atos de 8 de janeiro e o impeachment de Moraes.

Fonte: Brasil 247

'É uma gente traidora, que nos vende, que quer um golpe continuado', afirma Gleisi sobre o clã Bolsonaro

Em encontro do PT, ministra presta solidariedade a Alexandre de Moraes e aponta desafios do governo no Congresso no segundo semestre

     Gleisi Hoffmann (Foto: Reprodução/YouTube/PT)

Durante o 17º Encontro Nacional do Partido dos Trabalhadores, realizado neste domingo (3), a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, fez um discurso contundente em defesa do legado petista e em crítica direta a Jair Bolsonaro (PL) e sua família. Segundo Gleisi, o clã Bolsonaro articula um “golpe continuado” com apoio dos Estados Unidos e deve ser responsabilizado por seus atos. “Sem anistia para uma gente traidora, que nos vende, que tentou dar um golpe e agora quer um golpe continuado”, declarou.

A ministra iniciou sua fala enaltecendo a trajetória histórica do PT, que “chegou cinco vezes à Presidência da República” e cuja liderança de Lula não tem paralelo. “Três vezes presidente da República, passando por tudo que passou. Isso diz muito para a política brasileira e para a história do Brasil”, afirmou, dirigindo-se diretamente a Lula. Gleisi também fez um balanço dos dois primeiros anos e meio do governo atual, exaltando a retirada do Brasil do Mapa da Fome pela segunda vez, a redução histórica do desemprego e o crescimento acima das expectativas do mercado. “Fizemos muito mais do que em 13 anos que governamos esse país".

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizaram atos neste domingo (3/8) em diversas cidades do país, com foco na anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro e no impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Um dos protestos de maior destaque ocorreu na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, onde os manifestantes chegaram a se ajoelhar e rezar no meio da avenida, em um gesto inusitado que viralizou nas redes sociais.

O ato no Rio contou com a presença do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, que subiu no trio elétrico para defender o pai e criticar o STF. “O Brasil não está em normalidade”, declarou Flávio, que também celebrou as sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos ao ministro Moraes. O governador Cláudio Castro (PL) também marcou presença, reforçando o apoio político ao movimento.

A dirigente petista destacou ainda a necessidade de aprofundar as mudanças estruturais, como a tributação sobre os mais ricos. “Não é possível que os ricos não paguem imposto nesse país. Temos que taxar bancos, bilionários e as bets”, defendeu. Segundo ela, o projeto que trata da isenção do Imposto de Renda até R$ 5 mil, bem como a Medida Provisória que impõe tributos sobre bancos, bilionários e casas de apostas, será um dos principais desafios do governo no Congresso no segundo semestre.

No trecho mais duro de sua intervenção, Gleisi apontou Bolsonaro e seus filhos como articuladores de uma tentativa de ingerência externa sobre o Brasil. “É inacreditável o que está acontecendo no Brasil. Nunca achei que viveríamos uma situação dessa, desse tipo de intervenção na nossa soberania. E causada por um ex-presidente e sua família, que quer anistia e articulam contra o Brasil.” Ela criticou o uso de símbolos nacionais por esses grupos e acusou-os de hipocrisia: “Se fantasiam com a bandeira brasileira, falam dos valores do Brasil e entregam o nosso país ao estrangeiro".

Gleisi elogiou a resposta do presidente Lula diante da situação e afirmou que, embora o governo esteja disposto a negociar acordos comerciais, não há espaço para concessões que comprometam a autonomia nacional. “Nunca nos recusamos [a negociar]. Mas não vamos negociar nossa soberania, nossa democracia, a autonomia dos nossos Poderes".

A ministra também prestou um “cumprimento especial” ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, destacando sua atuação no enfrentamento aos ataques golpistas. “Tem sido fundamental no encaminhamento desse processo e não tem abaixado a cabeça".

Ao final de sua fala, Gleisi ampliou o tom internacional de sua denúncia e manifestou solidariedade ao povo palestino. “É uma vergonha para a humanidade o que o governo de extrema direita de Netanyahu está fazendo com a população palestina”, declarou. Ela defendeu o reconhecimento do Estado da Palestina e afirmou esperar avanços nesse sentido na próxima reunião da ONU em setembro. “Nossa luta também é internacional, de solidariedade a todos os povos, a todos os trabalhadores que lutam".

Fonte: Brasil 247

Vídeo mostra apoiadores de Bolsonaro ajoelhados em Copacabana pedindo perdão ao “chefe”


     Bolsonaristas de joelhos em Copacabana. Foto: Reprodução

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizaram atos neste domingo (3/8) em diversas cidades do país, com foco na anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro e no impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Um dos protestos de maior destaque ocorreu na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, onde os manifestantes chegaram a se ajoelhar e rezar no meio da avenida, em um gesto inusitado que viralizou nas redes sociais.

O ato no Rio contou com a presença do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, que subiu no trio elétrico para defender o pai e criticar o STF. “O Brasil não está em normalidade”, declarou Flávio, que também celebrou as sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos ao ministro Moraes. O governador Cláudio Castro (PL) também marcou presença, reforçando o apoio político ao movimento.

Por todo o país, as manifestações ocorreram em pelo menos 62 cidades, incluindo capitais como Brasília, Belo Horizonte, Salvador e São Paulo. Em Brasília, o protesto ocorreu em frente ao Banco Central, com carros de som e a presença de parlamentares como Bia Kicis e Caroline de Toni, que voltaram a pedir a anistia a Bolsonaro e a seus aliados. Impedido de comparecer por conta da tornozeleira eletrônica, Bolsonaro acompanhou os protestos por videochamada de casa.

Em São Paulo, a manifestação teve palco na Avenida Paulista e foi organizada pelo pastor Silas Malafaia, um dos principais aliados do ex-presidente. A estrutura contou com dois trios elétricos e a participação de figuras como o deputado Eduardo Bolsonaro, que foi lembrado mesmo estando nos Estados Unidos. Lá, ele busca apoio de aliados de Trump para pressionar o Judiciário brasileiro.

Já em Belo Horizonte, a manifestação na Praça da Liberdade ocorreu de forma pacífica, com foco na exaltação de Eduardo Bolsonaro e nas recentes sanções contra Moraes. A Polícia Militar de Minas Gerais não registrou conflitos. Em Santa Catarina, Carlos Bolsonaro participou do ato em Criciúma ao lado de lideranças locais, enquanto em Salvador o protesto foi mais uma vez realizado no Farol da Barra.

Fonte: DCM

Lula cobra PT por mais cadeiras no Congresso em 2026


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou, neste domingo, o Partido dos Trabalhadores (PT) para que a sigla por mais representantes no Congresso Nacional. A fala ocorreu durante o encontro nacional da legenda, em Brasília. Foto: Reprodução

Durante o encerramento do 17º Encontro Nacional do PT neste domingo (3), em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou do partido um desempenho mais expressivo nas eleições de 2026, especialmente na formação de uma base sólida no Congresso Nacional. Segundo ele, o PT elegeu apenas 70 deputados em 2022, número insuficiente para sustentar os projetos do governo. “Se nós fossemos bons, como pensamos que somos, teríamos mais de 100 deputados”, disse Lula.

O presidente enfatizou que, sem maioria parlamentar, seu governo depende de articulação e concessões para aprovar projetos como a reforma tributária. “Não preciso saber se o presidente da Câmara gosta de mim, preciso saber que ele é presidente de uma instituição e que eu preciso mais dele do que ele de mim”, afirmou, destacando a importância da negociação política. Lula também criticou as divisões internas no partido, citando desentendimentos em diretórios estaduais como entrave à unidade.

O evento também serviu como palco para o retorno de figuras históricas do partido. José Dirceu, condenado no escândalo do mensalão, foi ovacionado e é cotado para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados. Lula celebrou a presença do ex-ministro e de Delúbio Soares, também condenado e agora pré-candidato. “Estou feliz com a volta do Dirceu à direção nacional”, afirmou o presidente.

Lula durante discurso em evento do PT. Foto: Reprodução

As recentes tensões com os Estados Unidos também foram abordadas. Após o anúncio de um tarifaço imposto por Donald Trump sobre produtos brasileiros, a ministra Gleisi Hoffmann atacou a família Bolsonaro, especialmente Eduardo Bolsonaro, acusado de conspirar contra autoridades brasileiras nos EUA. “Temos que lutar ainda pela soberania. Uma gente traidora que tentou dar um golpe e agora quer um golpe continuado”, disse.

Edinho Silva, ex-ministro da Secom e dirigente de campanhas de Lula, foi oficializado como novo presidente nacional do PT. Sua escolha reflete o desejo do Planalto de alinhar a atuação partidária com a estratégia de governo. O objetivo é fortalecer a base parlamentar e ampliar a presença digital da legenda, com foco no engajamento popular e mobilização nas redes.

Com cerca de mil delegados reunidos desde sexta-feira, o PT discutiu diretrizes políticas e organizacionais para 2026. A corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), majoritária e liderada por Lula, manteve o controle do Diretório Nacional. O partido pretende ampliar seu alcance com campanhas populares e digitalização da militância, visando consolidar um projeto de governo com maioria legislativa.

Fonte: DCM

61% rejeitam candidatos que defendem anistia a Bolsonaro, diz Datafolha


Jair Bolsonaro, ex-presidente e réu por tentativa de golpe de Estado. Foto: reprodução

Uma pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (3) revela que 61% dos brasileiros não votariam em candidatos que defendem anistiar Jair Bolsonaro (PL) por sua tentativa de golpe de Estado após a eleição de 2022. O levantamento mostra um desgaste crescente na imagem do ex-presidente, inclusive entre eleitores de direita. A rejeição à anistia é ampla entre mulheres (67%), jovens de 16 a 24 anos (67%) e moradores do Nordeste (70%).

Realizado nos dias 31 de julho e 1º de agosto, o levantamento ouviu 2.016 eleitores em 113 cidades brasileiras. A margem de erro é de dois pontos percentuais. A pesquisa ainda indica que apenas 26% aceitariam votar em quem defende livrar Bolsonaro das consequências jurídicas dos atos de 8 de janeiro. Outros 12% disseram que “talvez” votassem em um candidato com essa bandeira.

A rejeição à defesa de Bolsonaro ocorre num momento em que parlamentares bolsonaristas, como Eduardo Bolsonaro (PL-SP), intensificam a pressão pela aprovação de uma anistia aos envolvidos nos ataques golpistas ao STF, Congresso e Palácio do Planalto. Essa pauta, no entanto, parece perder tração diante da impopularidade e dos custos eleitorais associados à defesa do ex-presidente.

Tarcísio de Freitas ao lado de Bolsonaro, em ato a favor de anistiar os presos de 8 de janeiro. Imagem: reprodução
Entre os potenciais candidatos mais ligados ao bolsonarismo estão Tarcísio de Freitas (Republicanos), Zema (Novo) e Ronaldo Caiado (União Brasil), que têm tentado se equilibrar entre o apoio ao bolsonarismo e a construção de uma imagem mais institucional. O Datafolha indica que, para conquistar o eleitorado mais amplo, será necessário se distanciar das pautas mais radicais.

O próprio Bolsonaro enfrenta sanções da Justiça, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e proibição de sair de casa aos fins de semana, por conta da investigação sobre a trama golpista. A mobilização bolsonarista em defesa do ex-presidente, como os atos realizados no dia 3 de agosto: tem tido adesão abaixo do esperado, com presença esvaziada inclusive em São Paulo, principal reduto eleitoral do grupo.

Com esse cenário, cresce a pressão sobre os aliados de Bolsonaro para repensar a estratégia de campanha para 2026. Apoiar publicamente a impunidade do ex-presidente pode representar um fardo político. A pesquisa mostra que o centro e a esquerda podem explorar esse desgaste, enquanto nomes da direita terão que calcular até onde vale manter a lealdade a Bolsonaro.

Fonte: DCM

Bolsonaro amarga atos esvaziados após traição da pátria por Eduardo e vê prisão na esquina


      Avenida Paulista durante ato pró-Bolsonaro. Foto: Reprodução

Os atos bolsonaristas realizados neste domingo (3) em ao menos 15 capitais confirmaram o que se tornava cada vez mais evidente: Jair Bolsonaro perdeu a força nas ruas e o apoio de setores que antes o sustentavam.

Sem o ex-presidente, obrigado a permanecer em casa com tornozeleira eletrônica, e sem seus filhos ou aliados de peso, as manifestações foram esvaziadas e simbolizaram a marcha fúnebre de um líder em desintegração política.

Convocados após as medidas impostas pelo ministro Alexandre de Moraes e pelo tarifaço de Donald Trump, os protestos tinham como objetivo “marcar posição” contra o Supremo Tribunal Federal e o governo Lula.

Mas o que se viu foi um retrato da fadiga do bolsonarismo: praças vazias e pouca presença popular. Apenas os velhos brancos de sempre. Na Avenida Paulista, a expectativa de multidão virou decepção. Sem telão, sem fala de Bolsonaro, restaram bonecos infláveis de Lula e Moraes e discursos ressentidos, como o do pastor Silas Malafaia – todo o público presente não chegou a ocupar mais que três quarteirões.

O maior derrotado do dia, no entanto, foi Eduardo Bolsonaro. Traidor da pátria em meio às articulações por sanções contra o Brasil nos EUA, o deputado se tornou o rosto de um protesto fracassado, onde nem mesmo os aliados quiseram aparecer.

Além do esvaziamento popular, chamou atenção a ausência quase total de figuras políticas de peso. Nenhum governador compareceu aos atos, e até mesmo parlamentares bolsonaristas mais ativos evitaram exposição. A mobilização ficou restrita a figuras como Malafaia, que ensaiaram discursos inflamados sem eco nas ruas. A falta de presença institucional realça o isolamento crescente do grupo, que não conseguiu atrair nem prefeitos de grandes cidades nem lideranças estaduais dispostas a vincular suas imagens a um movimento em franca decadência.

Nos bastidores, o Republicanos já fala abertamente em afastamento. Prefeitos e lideranças do interior paulista relataram dificuldades para encher ônibus e admitiram que a adesão caiu para um terço do que foi em fevereiro de 2024. A estratégia de cooptar evangélicos nas igrejas ainda funcionou em parte das cidades, mas o esvaziamento geral indica que o bolsonarismo perdeu seu fôlego.

É a coroação de sua louca cavalgada nos EUA: encenar o velório político do próprio pai, cada vez mais perto da cadeia.

Fonte: DCM

Nikolas ataca Moraes e exibe Bolsonaro por vídeo em ato que pode gerar prisão preventiva

Nikolas durante discurso no ato deste domingo (3). Foto: Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro apareceu por chamada de vídeo em manifestação na Avenida Paulista neste sábado (3), após ser acionado pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) durante discurso no carro de som.

A cena foi transmitida ao vivo para os manifestantes, que gritavam palavras de ordem contra o Supremo Tribunal Federal e em apoio ao ex-mandatário. Bolsonaro não poderia estar fisicamente presente no evento: ele está proibido de participar de atos públicos por decisão judicial.

A restrição faz parte de uma série de medidas cautelares determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes no âmbito das investigações que envolvem Bolsonaro em uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Entre as condições impostas pelo Supremo estão a proibição de contato com outros investigados, uso limitado das redes sociais e, especialmente, a proibição de organizar, convocar ou participar de manifestações públicas — o que incluiria qualquer aparição em atos de rua.

A participação por vídeo não estava prevista de forma explícita nas decisões, mas pode ser analisada pelo Judiciário como uma forma indireta de infringir as restrições.

Segundo juristas ouvidos pela reportagem, o gesto pode ser interpretado como uma tentativa de manter influência política sobre manifestações potencialmente antidemocráticas.

“Quando o investigado participa, ainda que virtualmente, de um ato político de rua com pautas contra as instituições, o Judiciário pode avaliar se isso configura descumprimento de medida cautelar. Vai depender da interpretação sobre a intencionalidade e o conteúdo da fala”, afirmou um professor de Direito Penal, sob anonimato.

A manifestação em São Paulo fez parte de uma mobilização nacional convocada por lideranças bolsonaristas. Houve atos semelhantes em pelo menos 15 capitais, como Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Belém e Porto Alegre.

Nas ruas, cartazes pediam a prisão de ministros do Supremo e exaltavam Donald Trump. Em Belém, Michelle Bolsonaro chamou Lula de “mentiroso e irresponsável”. No Rio, um sósia de Bolsonaro apareceu usando uma tornozeleira eletrônica, em alusão às investigações que envolvem o ex-presidente.

A chamada de vídeo na Paulista coloca o foco novamente sobre o cumprimento das medidas impostas a Bolsonaro. O Supremo pode ser provocado pela Procuradoria-Geral da República ou por partidos políticos para avaliar se houve quebra das restrições. Caso se entenda que a participação virtual teve caráter de incitação ou mobilização, pode haver novas sanções — inclusive o pedido de prisão preventiva, caso se identifique risco de obstrução da Justiça ou continuidade delitiva.

Fonte: DCM

Sem classe, Michelle Bolsonaro usa palanque para atacar Lula com xingamentos e teorias delirantes


     Michelle Bolsonaro durante ato em Belém (PA) – Foto: Reprodução

Michelle Bolsonaro (PL) partiu para a ignorância: chamou o presidente Lula (PT) de “cachaceiro sem-vergonha” durante ato bolsonarista neste domingo (3), em Belém (PA). Em cima de um carro de som, ela proferiu ataques ao governo e afirmou que o presidente “não é macho para assumir as suas falas”.

A ex-primeira-dama foi além no seu delírio e falta de compostura: acusou o chefe de Estado brasileiro de “mandar nossas riquezas para fora” e de manter “aliança com comunistas e ditadores”. Ela também o chamou de “irresponsável” e “mentiroso”, destacando que “isso não vamos aceitar”.

Sobrou também para o Supremo Tribunal Federal (STF).

Michelle citou a mudança de postura do PT em relação ao ministro Alexandre de Moraes, nomeado ao STF pelo ex-presidente Michel Temer. “Hoje eles o enxergam como aliado”, disse.

A escolha da ex-primeira-dama por Belém, e não pela avenida Paulista, gerou incômodo entre bolsonaristas. Parte do grupo mais próximo de Bolsonaro queria que ela estivesse no principal ato do dia, em São Paulo, considerado o mais simbólico da mobilização.

A ausência foi vista por alguns como “teimosia” ou “birra”, enquanto outros minimizaram, alegando que sua presença em qualquer estado já cumpria um papel relevante.

A assessoria da ex-primeira-dama divulgou nota para justificar a decisão. Segundo o comunicado, ela já tinha agenda marcada em Marabá (PA), onde participou de um evento do PL Mulher, e aproveitou para integrar o protesto em Belém. O texto ainda ressalta que as manifestações ocorrem em todos os estados e que outras figuras importantes do partido estariam na Paulista.

Fonte: DCM

Lula diz que Brasil 'já não depende tanto dos EUA', afirma que Trump 'extrapolou' e vê tarifaço por Bolsonaro como 'inaceitável'

“Tentar colocar um assunto político para nos taxar economicamente é inaceitável”, afirma Lula, lembrando o papel dos EUA no Brasil: "já deram golpe aqui"

       Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reprodução/YouTube/PT)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a elevar o tom neste domingo (3) contra a tentativa de interferência externa na economia brasileira promovida pelo clã Bolsonaro junto ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Durante discurso no evento nacional do PT, Lula condenou o que chamou de 'tarifaço político' contra o Brasil e afirmou que o país já não depende como antes da potência norte-americana para crescer e se posicionar no mundo.

“Tentar colocar um assunto político para nos taxar economicamente é inaceitável”, afirmou Lula, em crítica direta à articulação de setores bolsonaristas com Trump. “Acho que o presidente da República pode taxar o que quiser. Mas ele [Trump] extrapolou os limites. Ele quer acabar com o multilateralismo. Ele quer a volta da negociação país por país”, disse.

Lula acusou Eduardo Bolsonaro (PL-SP) de atuar contra os interesses nacionais ao renunciar ao mandato parlamentar para, segundo ele, “lamber as botas” do presidente dos EUA em troca de anistia para Jair Bolsonaro (PL). “Você veja que tem um cara que fazia campanha abraçado na bandeira nacional e agora está indo nos Estados Unidos se abraçar à bandeira americana para pedir para o Trump fazer taxação nos produtos brasileiros para dar anistia para o pai dele. É a excrescência da excrescência política”, disparou. “Eles estão traindo o povo brasileiro".

Ao abordar o atual papel do Brasil na geopolítica mundial, Lula destacou que o país diversificou suas relações comerciais e já não é tão dependente de Washington como no passado. “O Brasil hoje não é tão dependente quanto já foi dos Estados Unidos. O Brasil hoje tem uma relação comercial muito ampla no mundo inteiro. A gente está muito mais tranquilo do ponto de vista econômico”, declarou.

Apesar das críticas, o presidente reforçou a importância da diplomacia e disse estar aberto ao diálogo com os EUA, desde que em condições de igualdade. “Obviamente eu não vou deixar de compreender a importância da relação diplomática com os Estados Unidos. Não vou esquecer que eles também já deram um golpe aqui. Ajudaram a dar um golpe. Mas o que eu quero saber é daqui para frente".

Lula defendeu uma política internacional soberana e o fortalecimento do multilateralismo. “Não vou abrir mão de achar que a gente precisa procurar construir uma moeda alternativa para que a gente possa negociar com outros países. Eu não preciso ficar subordinado ao dólar”, afirmou, lembrando que iniciativas semelhantes já haviam sido feitas em 2004 com a Argentina.

O presidente também fez questão de se diferenciar do radicalismo bolsonarista, dizendo que o Brasil não deseja confrontos. “Eu vou continuar daquele mesmo jeito: eu não estou disposto a brigar, nem com o Uruguai, nem com o Paraguai, nem com a Venezuela, nem com a Bolívia, nem com a Nicarágua e com ninguém. Esse país é um país de paz”, frisou. “Agora, não pensem que temos medo. Não pensem".

Por fim, Lula criticou o uso de símbolos nacionais por setores da extrema direita e defendeu sua retomada pela população brasileira. “Vamos resgatar a bandeira nacional para o povo brasileiro. Vamos resgatar a camiseta da seleção brasileira para o povo brasileiro. Não é possível que fascistas, nazistas fiquem desfilando com as cores nacionais, contando mentiras e traindo a pátria".

Fonte: Brasil 247

Lula diz que Brasil 'assusta quem se acha dono do mundo' e afirma ter 'limite de briga' com os EUA

Presidente destaca avanços da política externa brasileira e defende relação diplomática equilibrada com os Estados Unidos

    Donald Trump e Lula (Foto: Reuters | ABR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o Brasil vem incomodando potências globais ao adotar uma postura altiva e ativa na política externa e que sua gestão tem limites no confronto com os Estados Unidos. A declaração foi feita em evento do PT neste domingo (3) .

“É muito difícil para um partido de esquerda, como nós defendemos vários princípios, quando a gente vai anunciar uma coisa boa, as pessoas estão sempre cobrando aquilo que falta”, disse Lula. Segundo ele, há uma cobrança constante por posições mais radicais, o que, para um governo, não é viável. “O governo tem que fazer o que pode fazer".

Ao comentar a atual tensão envolvendo a taxação de produtos brasileiros pelos Estados Unidos, Lula foi direto: “Eu tenho um limite de briga com o governo americano. Eu não posso falar tudo que eu acho que devo falar. Eu tenho que falar o que eu acho que é possível falar. Acho que temos que fazer o que é necessário".

O presidente citou uma frase que, segundo ele, orienta sua visão de política externa: “A coisa que me norteia é a frase do Chico Buarque: eu gosto do PT porque não fala fino com os Estados Unidos e não fala grosso com a Bolívia. A gente fala em igualdade de condições com os dois. Essa que é a lógica da política".

Lula também destacou os avanços do Brasil no cenário internacional desde o início de seu terceiro mandato, ressaltando a abertura de novos mercados e o reconhecimento crescente do país. “Sabe quantos mercados abrimos em apenas dois anos e meio? 398 novos mercados para os produtos brasileiros”, disse.

Para ele, a imagem do Brasil mudou radicalmente. “A nossa volta à Presidência desse país foi como se a gente tivesse aberto um portão grande, onde todo mundo quer conversar com o Brasil e o Brasil quer conversar com todo mundo. E quem viaja o mundo sabe qual é a respeitabilidade do Brasil lá fora".

O presidente citou eventos internacionais organizados pelo país, como a reunião do G20, o encontro do BRICS e a futura Conferência do Clima (COP), para sustentar sua tese de que o protagonismo brasileiro incomoda setores que tradicionalmente dominam a cena geopolítica mundial.

“Isso começa a assustar as pessoas que acham que são donas do mundo. ‘Como que aparece um país que até ontem era tratado como uma republiqueta de bananas querendo falar grosso? Querendo dizer que é preciso criar uma moeda de comércio para não ficar dependendo do dólar? Como aparece um país que fica ousando a desafiar a grande potência?’”, questionou. E concluiu: “Nós não queremos desafiar. Nós apenas queremos dizer: ‘eu quero passar’. É só isso".

Fonte: Brasil 247

'Vetei porque não é disso que o Brasil precisa', diz Lula sobre aumento do número de deputados

Presidente argumenta que proposta contraria o interesse público

       Lula (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil | Pedro França/Agência Senado)

Durante evento do PT realizado neste domingo (3), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva justificou publicamente sua decisão de vetar o projeto que aumentaria de 513 para 531 o número de deputados federais na Câmara. A proposta foi aprovada pelo Congresso Nacional em junho, mas recebeu veto integral do chefe do Executivo, publicado no Diário Oficial da União no último dia 17 de julho. Diante da militância petista, Lula reafirmou que o Brasil tem outras prioridades no momento.

“Alguns companheiros do PT não queriam que eu vetasse esse aumento de deputados na Câmara. E eu vetei porque não é disso que o Brasil está precisando, gente. Não é disso que o Brasil está precisando”, declarou. Em tom crítico, o presidente sugeriu que, se houver necessidade de redistribuição de cadeiras baseada no crescimento populacional de estados, isso deve ser feito dentro do limite atual. “Ora, se tem que mudar para se adequar à pesquisa do IBGE, dentro dos 513 a gente tem que adequar. Um estado vai perder um e outro vai ganhar outro. Qual é o problema?”, completou.

Lula também reconheceu que o Congresso pode reverter sua decisão. “Eu vetei e o Congresso tem direito de derrubar meu veto. Vamos ver o que vai acontecer”, afirmou, referindo-se à votação que poderá ocorrer em sessão conjunta de deputados e senadores.

A proposta vetada, o Projeto de Lei Complementar (PLP) 177/2023, previa o aumento do número de cadeiras na Câmara dos Deputados para acomodar a redistribuição populacional apontada pelo Censo de 2022, cumprindo decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que havia fixado prazo até junho deste ano para revisão do número de parlamentares por estado. Para evitar a redução do número de representantes em algumas bancadas estaduais, o Congresso optou por ampliar o total de cadeiras em vez de redistribuí-las dentro do atual limite de 513 vagas.

Fonte: Brasil 247

Bolsonaristas saem às ruas por anistia e contra Alexandre de Moraes; de tornozeleira, Bolsonaro assiste de casa

Manifestações pediram impeachment de Moraes e anistia a Bolsonaro e aliados

      Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/YouTube/Metrópoles)

Aliados de Jair Bolsonaro (PL) organizaram manifestações em 62 cidades do país neste domingo (3), em mobilizações que combinaram apoio ao ex-mandatário, críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), pedidos de anistia a investigados pelos atos golpistas de 8 de janeiro e ataques diretos ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo o Metrópoles, o próprio Bolsonaro, impedido de sair de casa nos fins de semana por ordem judicial, não compareceu presencialmente, mas participou remotamente por chamadas de vídeo. No Distrito Federal, acompanhou a manifestação transmitida por uma assessora. No Rio de Janeiro, foi representado por seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), e, em Belém, por sua esposa, Michelle Bolsonaro.

☉ Mobilizações com foco em anistia e crítica ao STF - Em meio às restrições impostas pela Justiça — entre elas o uso de tornozeleira eletrônica —, Bolsonaro é réu por tentativa de golpe de Estado em 2022. A ação penal, conduzida por Moraes, aponta que o ex-presidente buscava se manter no poder mesmo após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições. Por isso, a anistia defendida nos atos busca livrá-lo de uma eventual condenação, além de beneficiar outros réus do processo e os condenados pelos ataques de 8 de janeiro.

☉ Em Brasília, gritos de apoio e críticas a Moraes - Na capital federal, o protesto ocorreu no Eixão Sul, próximo ao Banco Central, onde a via fica tradicionalmente fechada aos domingos. Sem trio elétrico devido à proximidade do Hospital de Base, carros de som com potência reduzida foram utilizados.

A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) foi uma das primeiras a discursar:

“A gente sabe que o nosso presidente é um homem inocente, limpo, honesto, patriota. Ele não é bandido para usar tornozeleira. Bandido é o Lula. Essas mulheres e esses homens perseguidos do 8 de janeiro, que estão de tornozeleiras, sofrendo ou até mesmo presos".

Ela concluiu:

“Hoje é o dia de a gente mostrar a nossa garra e o nosso coração. Hoje é o dia de a gente mostrar que o brasileiro tem coragem, é patriota e solidário. Nós estamos juntos. Viva o Brasil".

Outras lideranças políticas marcaram presença, como o senador Izalci Lucas (PL-DF), os deputados distritais Thiago Manzoni (PL) e Pastor Daniel de Castro (PP), além do desembargador aposentado Sebastião Coelho, que chamou Alexandre de Moraes de “criminoso”. A deputada Caroline de Toni (PL-SC) afirmou que a oposição pretende pautar o pedido de anistia no Congresso e também propor o impeachment do ministro.

O ato foi encerrado por volta das 12h40 com a liberação do trânsito pela Polícia Militar.

☉ Flávio Bolsonaro no Rio: “Resgatar a liberdade” - No Rio de Janeiro, a manifestação aconteceu em Copacabana e contou com a participação do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que subiu no trio elétrico e afirmou:

“A gente é muito grato pelas pessoas que, mais uma vez, estão nas ruas para lutar pelo país. O que tem acontecido no Brasil é fruto de toda perseguição de Alexandre de Moraes (...). Esse é o momento de resgatar nossa liberdade e buscar a normalidade no Brasil".

O governador Cláudio Castro (PL-RJ) também discursou:

“O único líder mundial hoje que outras nações param o que estão fazendo para defender é Bolsonaro. Nós queremos para presidente da República Bolsonaro. Viva a democracia. E viva a Bolsonaro".

☉ Michelle Bolsonaro em Belém e Carlos Bolsonaro em Santa Catarina - A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro optou por participar da manifestação em Belém (PA), evitando o ato principal na Avenida Paulista, em São Paulo. Ela está no Pará desde sexta-feira (1º), cumprindo agenda com o PL Mulher em Marabá.

Já o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), pré-candidato ao Senado por Santa Catarina, compareceu ao ato em Criciúma. Lá, foi visto ao lado do deputado federal Daniel Freitas (PL-SC), fortalecendo a mobilização regional.

☉ Outras capitais também registraram atos - Em Belo Horizonte, apoiadores se concentraram na Praça da Liberdade, onde o nome do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi constantemente lembrado com agradecimentos. Eduardo está nos Estados Unidos desde março, atuando junto a aliados do presidente Donald Trump e pressionando por sanções a Moraes. Na quarta-feira (30), o ministro do STF foi sancionado sob a Lei Magnitsky, o que repercutiu positivamente entre os manifestantes.

Na capital baiana, Salvador, o ato foi o terceiro consecutivo aos domingos. Realizado no Farol da Barra, foi convocado por deputados do PL-BA e contou com trio elétrico e bandeiras do Brasil. Nos protestos anteriores, os apoiadores também pediram anistia e criticaram decisões do STF.

☉ Av. Paulista - Na Avenida Paulista, o evento teve início às 14h e contou com dois trios elétricos posicionados na esquina com a rua Peixoto Gomide. A manifestação foi organizada pelo pastor Silas Malafaia, aliado de Bolsonaro.

Sem o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), ausente por motivo de saúde, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) decidiu comparecer ao ato.
Fonte: Brasil 247