segunda-feira, 22 de setembro de 2025

Lula leva à ONU agenda de soberania, Gaza e democracia, em contraste com Trump

Presidente brasileiro terá série de compromissos em Nova York que destacam pautas opostas às do presidente dos EUA

      Presidente Lula discursa na abertura da 79a Assembleia Geral da ONU (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) inicia nesta segunda-feira (22) uma intensa agenda em Nova York, marcada por temas que contrastam com as posições defendidas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo o jornal O Globo, Lula participará de encontros sobre a crise humanitária em Gaza, de um evento internacional sobre democracia e, sobretudo, da abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), na terça-feira (23).

A expectativa é que o discurso do presidente brasileiro na ONU reforce a defesa da soberania, a crítica às sanções unilaterais e a cobrança por compromissos climáticos, em meio ao período mais delicado das relações entre Brasil e EUA em mais de dois séculos. O encontro poderá colocar Lula e Trump frente a frente: como manda a tradição, o Brasil abre os trabalhos, seguido pelos Estados Unidos.

◎ Discurso cauteloso, mas com recados

Fontes do governo informaram que o discurso de Lula foi preparado para evitar um confronto direto com Trump, embora deva conter mensagens críticas ao uso de tarifas, sanções e pressões políticas como instrumentos de política externa.

A viagem ocorre logo após novas ameaças de retaliação de Washington. O secretário de Estado americano, Marco Rubio, anunciou que a resposta dos EUA à condenação de Jair Bolsonaro (PL) pelo Supremo Tribunal Federal (STF) será conhecida nesta semana. O governo Trump considera o processo uma “caça às bruxas” e chegou a impor sanções contra autoridades brasileiras, como o ministro Alexandre de Moraes.

◎ Popularidade e respaldo público

Apesar de enfrentar índices de reprovação de 51% em seu terceiro mandato, Lula tem encontrado respaldo popular diante das medidas adotadas por Trump. Pesquisa Genial/Quaest divulgada na última semana mostrou que 64% dos brasileiros aprovam a defesa da soberania feita pelo Planalto diante da crise com os Estados Unidos.

No discurso, Lula deve enfatizar que o Brasil respeita o multilateralismo e condena ameaças econômicas ou militares como formas de pressão. O presidente também pretende reforçar o convite à comunidade internacional para a COP30, que será realizada em novembro, em Belém (PA).

◎ Gaza, clima e paz

Antes de subir à tribuna da ONU, Lula participa nesta segunda de um debate sobre a criação de dois Estados, Israel e Palestina, iniciativa apoiada por França e Arábia Saudita. O encontro contrasta diretamente com a política de Trump, que tem dado suporte às ofensivas israelenses contra Gaza.

Na Assembleia, Lula também deve reiterar críticas ao genocídio do povo palestino e defender a negociação de um acordo de paz para encerrar a guerra entre Rússia e Ucrânia. Outros pontos centrais serão a reforma do Conselho de Segurança da ONU, a luta contra a fome e a pobreza e a transição energética.

◎ Evento em defesa da democracia

Outro momento de destaque na passagem de Lula por Nova York será sua participação, na quarta-feira (24), como co-presidente do evento “Em Defesa da Democracia: Combatendo os Extremismos”, ao lado de líderes como Pedro Sánchez (Espanha), Gabriel Boric (Chile), Gustavo Petro (Colômbia) e Luis Lacalle Pou (Uruguai).

Na primeira edição do encontro, realizada no Chile em julho, Lula já havia mandado um recado indireto a Trump: “A democracia está perdendo espaço, não para o socialismo, mas para a extrema direita, com comportamento nazista, fascista, que não respeita a relação civilizada entre os iguais e desiguais”, declarou.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

"A derrota da extrema-direita está em nossas mãos", diz Elias Jabbour após manifestações de domingo



Atos em várias capitais marcam a retomada da esquerda nas ruas e reforçam discurso contra a anistia e a PEC da Blindagem

Montagem com Elias Jabbour à esquerda e, à direita, manifestação na Avenida Paulista (Foto: Reprodução/X/@eliasjabbour | Paulo Pinto/Agência Brasil)

As manifestações populares realizadas neste domingo (21) em diferentes capitais brasileiras foram destacadas pelo professor Elias Jabbour em uma publicação nas redes sociais. Ele classificou o dia como “histórico” e ressaltou que os atos, marcados pelas cores verde e amarela e pela presença de bandeiras nacionais, simbolizam um reencontro do campo progressista com as ruas. Segundo Jabbour, “a derrota da extrema-direita entreguista está em nossas mãos” e a mobilização deve se transformar em força política para as eleições de 2026.

Em sua postagem, o professor observou que setores da extrema-direita ainda recorrem a símbolos como a bandeira dos Estados Unidos e dependem do presidente norte-americano, Donald Trump. “Eles se rastejam por uma bala de prata de Trump contra nós. Já nós temos a tarefa de sermos consequentes”, afirmou. Para Jabbour, a prioridade é consolidar um movimento nacional em defesa da soberania e da democracia.

◉ Mobilização nacional

Os atos reuniram dezenas de milhares de pessoas em diversas capitais, representando um marco após anos de predominância da direita nas ruas, especialmente desde a ascensão de Jair Bolsonaro (PL). Em Belo Horizonte, organizadores calcularam cerca de 50 mil manifestantes na Praça Raul Soares. Em Brasília, o deputado distrital Fábio Felix (Psol) estimou 30 mil pessoas no Museu da República.

Na Bahia, os protestos começaram cedo com um trio elétrico conduzido pela cantora Daniela Mercury, acompanhada pelo ator Wagner Moura. “Aqui na Bahia a extrema direita não se cria. Nossa democracia botou para lenhar. Sem bandidagem, sem anistia e sem esculhambação”, declarou Moura. Daniela Mercury e o rapper Baco Exu do Blues também reforçaram os gritos contra a anistia.

Em Belém, o ator Marco Nanini se juntou à manifestação na Praça da República. Já em São Paulo, a Avenida Paulista foi tomada por cartazes pedindo a prisão de Bolsonaro e o fim da chamada “PEC da Blindagem”.

◉ Shows e símbolos políticos

As manifestações ganharam tom cultural com apresentações artísticas em várias cidades. No Rio de Janeiro, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Chico Buarque se apresentaram em Copacabana, enquanto em Brasília os destaques foram Djonga e Chico César.

Símbolos e performances também marcaram os atos. Um boneco inflável representando Jair Bolsonaro com as mãos ensanguentadas chamou a atenção em São Paulo, ao lado de faixas criticando a anistia a condenados pelos ataques de 8 de janeiro. Cartazes também atacaram Donald Trump, que recentemente impôs tarifas sobre produtos brasileiros.

Fonte: Brasil 247

Lewandowski vai à ONU para explicar julgamento de Bolsonaro pelo STF

Ministro da Justiça participa da Assembleia Geral da ONU para esclarecer autoridades estrangeiras sobre o julgamento do ex-mandatário

Ministro Ricardo Lewandowski 24/03/2024 (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, desembarcou nos Estados Unidos para participar da Assembleia Geral da ONU com uma missão clara: atuar como interlocutor do Judiciário brasileiro diante de autoridades internacionais que levantam dúvidas sobre a condenação de Jair Bolsonaro e de seus aliados pela tentativa de golpe ocorrida em 8 de janeiro de 2023.

A presença de Lewandowski na comitiva brasileira foi considerada estratégica pelo governo, especialmente diante da possibilidade de novas sanções por parte dos Estados Unidos contra o Brasil e contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que participaram do julgamento. “Sim, ele está mirando ser essa ponte, construir algo que faça com que entendam o processo no Brasil, mas não há sinal de que o lado de lá está disposto”, afirmou um aliado do ministro, de acordo com a coluna de Daniela Lima, do UOL.

Missão diplomática em meio a tensões

Lewandowski, que foi ministro do STF por mais de 15 anos e chegou a presidir a Corte, assumiu o Ministério da Justiça após convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quando Flávio Dino foi nomeado para o Supremo. Desde então, carrega a missão de reorganizar a política de segurança pública no país, em um cenário de forte pressão e disputas políticas internas.

A trajetória do ministro reforça o peso de sua participação em Nova York. Além da experiência no Judiciário, Lewandowski é autor da Proposta de Emenda à Constituição da Segurança Pública, que busca ampliar a cooperação entre polícias estaduais e federais. O texto, porém, está parado no Congresso desde abril deste ano, aguardando avanço nas negociações.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna da jornalista Daniela Lima, do UOL

Atos foram resposta à "aliança entre Centrão e bolsonarismo" no Congresso, diz Lindbergh

Líder do PT afirma que manifestações colocaram ‘em xeque’ o ‘semipresidencialismo que estava sendo imposto’ ao governo Lula

       Lindbergh Farias (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil | Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

As manifestações realizadas no domingo (21) em todas as capitais brasileiras ganharam destaque na avaliação do líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias. Em fala publicada por Bela Megale, do jornal O Globo, o deputado apontou que a mobilização popular não se limita ao rechaço à anistia dos golpistas de 8 de janeiro e a Jair Bolsonaro (PL), mas representa um questionamento mais profundo sobre a condução política do Congresso.

"Acredito que vem aí uma mudança mais estrutural. Essa aliança do Centrão com o bolsonarismo, expressa na 'PEC da Bandidagem' e na anistia, fez explodir um sentimento de indignação contra o sistema. A pauta do país vai mudar. Esqueçam PEC da Blindagem, anistia ou redução de penas. É mais do que a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil ou o fim da escala 6x1. Creio que o semipresidencialismo que estava sendo imposto entra em xeque”, declarou Lindbergh.

☆ Mobilização popular altera o rumo do Congresso

Ministros do governo Lula e parlamentares aliados compartilham a leitura de que os atos de 21 de setembro funcionaram como um ponto de inflexão. Para eles, a pressão das ruas tornou ainda mais difícil a tramitação da anistia, que já enfrentava desgaste após divergências internas no centrão e no PL.

Enquanto o relator Paulinho da Força (Solidariedade-SP) defendia um texto para suavizar penas de Bolsonaro e dos condenados pelo 8 de janeiro, deputados da oposição rejeitaram qualquer acordo. A resistência se intensificou após os protestos, ampliando as divisões.

☆ Avenida Paulista como símbolo da virada

Os números levantados pelo Monitor do Debate Político da USP reforçam o impacto do movimento. Só na Avenida Paulista, em São Paulo, o ato reuniu 42.379 pessoas — praticamente o mesmo contingente que os bolsonaristas mobilizaram no 7 de setembro de 2024, data considerada um sucesso pelas lideranças do campo oposicionista.

A surpresa com a força das manifestações foi admitida até mesmo por aliados de Bolsonaro, que viram no cenário uma “contaminação da pauta da anistia” após a aprovação da urgência da proposta, em meio ao desgaste da PEC da Blindagem.

☆ Um novo ciclo político

Para governistas, a dimensão dos protestos indica que a população rejeita tanto a anistia quanto os arranjos que fortalecem um modelo de semipresidencialismo informal no país. A avaliação é de que, após a reação das ruas, a agenda do Congresso tende a se deslocar.

A fala de Lindbergh sintetiza essa interpretação: a mobilização não apenas travou a pauta da anistia, mas abriu espaço para uma reorganização do debate político nacional, com potencial de alterar a correlação de forças entre governo, Centrão e bolsonaristas.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Manifestações reforçam resistência à anistia e pressionam Congresso

Governo Lula e aliados veem atos de 21 de setembro como decisivos para barrar anistia a golpistas e a Jair Bolsonaro

São Paulo (SP), 21/09/2025 Manifestantes participam de ato contra a PEC da Anistia e da Blindagem, no MASP. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)

Os protestos realizados no domingo (21) em todas as 27 capitais brasileiras foram interpretados pelo governo Lula (PT) como um marco contra a anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro e também a Jair Bolsonaro (PL).

Para ministros do governo federal, segundo o jornal O Globo, as manifestações serviram como um freio definitivo a uma pauta que já enfrentava dificuldades. Disputas entre o Centrão e o PL sobre os termos da proposta vinham fragilizando a tramitação da anistia no Congresso. O relator Paulinho da Força (Solidariedade-SP) chegou a defender um texto voltado à revisão das penas, mas a iniciativa não encontra consenso nem mesmo entre os aliados de Bolsonaro na Câmara.

◈ Pressão popular muda o cenário político

Os atos de domingo aumentaram a pressão sobre deputados e senadores. Integrantes do governo avaliam que até lideranças do Centrão devem repensar o apoio à anistia, especialmente diante da reação popular também contrária à chamada “PEC da Blindagem”.

Parlamentares bolsonaristas, por sua vez, passaram a criticar a condução da pauta. Eles afirmam que a aprovação da urgência da anistia, ocorrida um dia após a Câmara aprovar a PEC que restringe investigações sobre congressistas, criou uma “contaminação” no debate e tornou ainda mais difícil avançar com a medida.

◈ Governistas enxergam mudança estrutural

Para o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, o impacto das mobilizações vai além da disputa sobre a anistia. "Acredito que vem aí uma mudança mais estrutural. Essa aliança do Centrão com o bolsonarismo, expressa na 'PEC da Bandidagem' e na anistia, fez explodir um sentimento de indignação contra o sistema. A pauta do país vai mudar. Esqueçam PEC da Blindagem, anistia ou redução de penas. É mais do que a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil ou o fim da escala 6x1. Creio que o semipresidencialismo que estava sendo imposto entra em xeque", declarou o deputado.

◈ Avenida Paulista como símbolo

Mesmo aliados de Bolsonaro reconheceram em reservado que se surpreenderam com a dimensão dos protestos. O ponto que mais impressionou foi a Avenida Paulista, em São Paulo. Levantamento do Monitor do Debate Político da USP registrou 42.379 participantes, número equivalente ao do último ato bolsonarista no mesmo local, em 7 de setembro, que reuniu 42,2 mil pessoas.

O crescimento da mobilização é visto por governistas como um sinal de que a população não aceita retrocessos institucionais e pode influenciar diretamente a agenda do Congresso. Já parlamentares do PL admitem que, após a votação da PEC da Blindagem, perderam o controle da pauta anticorrupção, que agora tende a ser explorada pelo governo e pela esquerda.

As manifestações de 21 de setembro, portanto, consolidaram um novo ponto de inflexão no debate político em Brasília, ampliando a dificuldade de avanço para a anistia e colocando em xeque a correlação de forças entre governo, centrão e bolsonaristas.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Manifestações da esquerda têm mais engajamento que o 7 de Setembro nas redes

Mobilizações contra a PEC da Blindagem e a anistia aos golpistas superaram os atos da direita

São Paulo (SP), 21/09/2025 Manifestantes participam de ato contra a PEC da Anistia e da Blindagem, no MASP. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)

As mobilizações organizadas por frentes de esquerda no domingo (21) registraram maior engajamento nas redes sociais do que as manifestações da direita realizadas no 7 de Setembro, segundo a Folha de S. Paulo, que acompanhou o monitoramento feito pela empresa de análise digital Palver em mais de 100 mil grupos públicos de WhatsApp.

A mobilização da esquerda começou logo após duas votações polêmicas na Câmara dos Deputados: a aprovação da chamada PEC da Blindagem, que exige autorização do Congresso para que parlamentares sejam investigados e o requerimento de urgência para a anistia aos condenados pela tentativa de golpe de 8 de janeiro. A aprovação da PEC contou com o apoio de oito deputados do PT, contrariando a orientação da bancada e gerando forte repercussão negativa.

☆ O impulso das redes sociais

A partir de 18 de setembro, convocações começaram a circular de forma intensa no WhatsApp. O anúncio de apresentações de Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil no ato do Rio de Janeiro ampliou a adesão, transformando a mobilização em um fenômeno digital. Até as 18h do dia 21, a participação nos grupos públicos superava a registrada durante os atos bolsonaristas de 7 de setembro.

Os números mostram que, a cada 100 mil mensagens trocadas, 865 faziam referência ao protesto contra a anistia e à crítica à PEC da Blindagem. No 7 de Setembro, esse número havia sido de 724. Termos como “bandidagem” e “corrupção” se tornaram recorrentes, sinalizando uma percepção de que a proposta legislativa aumentaria a impunidade.

☆ Reações internas e críticas

Embora a mobilização não tenha sido liderada por figuras governistas ou petistas, parte das críticas também se voltou ao próprio PT. Circulou em grupos de esquerda uma lista com os nomes dos parlamentares da sigla que votaram a favor da PEC, acompanhada de mensagens de repúdio e até pedidos de expulsão.

Inicialmente, a pauta da anistia esteve dominada pela direita, com mensagens favoráveis representando de 70% a 90% do conteúdo nos grupos. Mas, a partir do dia 18, o equilíbrio mudou: o campo progressista conseguiu empatar a discussão e, no auge do engajamento, alcançou 60% das mensagens contrárias à anistia.

☆ Desequilíbrio estrutural

Apesar da força pontual das mobilizações do dia 21, os dados mostram que a direita bolsonarista mantém presença constante e majoritária nos grupos de WhatsApp. Já a esquerda alcançou seu auge de visibilidade quando conseguiu inverter temporariamente essa hegemonia.

O monitoramento da Palver indica que, mesmo sem protagonismo de líderes partidários, o engajamento revelou um movimento genuíno da sociedade civil contra a PEC da Blindagem e a anistia, impulsionando uma mobilização digital capaz de superar, ainda que por um breve período, o domínio bolsonarista nas redes.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Sakamoto: Ato retoma bandeira do Brasil e deixa a dos EUA para os bolsonaristas


Manifestantes fazem protesto ao Masp, na Avenida Paulista, contra a PEC da Blindagem e o Projeto de Anistia — Foto: Reprodução/TV Globo


Por: Leonardo Sakamoto

Uma enorme bandeira do Brasil foi estendida hoje na avenida Paulista durante o ato contra a PEC da Blindagem e o PL da Anistia, uma clara resposta ao bandeirão dos Estados Unidos aberto na manifestação que defendeu anistia a Jair Bolsonaro. A imagem da flâmula estrangeira chocou duplamente porque o ato foi realizado no 7 de setembro, aniversário da nossa independência.

O bandeirão verde-amarelo pode ser visto como mais um passo para retomar os símbolos nacionais, que permaneceram sequestrados pela extrema direita nos últimos dez anos. E a oportunidade foi entregue de bandeja pelos bolsonaristas, que ainda celebram Donald Trump, que impôs um tarifaço aos produtos brasileiros, levando ao fechamento de emprego e empresas por aqui.

Em conversa por áudio com Bolsonaro, revelada pela Polícia Federal, o pastor Silas Malafaia, organizador dos atos pró-anistia, desabafou: “Desculpa, presidente. Esse seu filho Eduardo é um babaca inexperiente que está dando a Lula e a esquerda o discurso nacionalista, e ao mesmo tempo te ferrando”, disse. Malafaia é realmente um profeta.

Manifestantes levam bandeira dos EUA para manifestação pró-Bolsonaro no 7 de setembro, na Avenida Paulista — Foto: Nelson ALMEIDA / AFP

Desde o processo de impeachment de Dilma Rousseff, o verde e, principalmente, o amarelo foram sequestrados pela direita radical. E o processo de desbolsonarização da caixinha de lápis de cor vinha se mostrando difícil.

Até que Trump deu um empurrãozinho com suas sanções. E, agora, o Congresso Nacional, ao casar o trâmite da anistia aos golpistas à aprovação de uma emenda à Constituição que dificulta a punição de parlamentares por crimes, empurrou o campo democrático às ruas em manifestações realizadas em dezenas de cidades. Nelas, muita gente abraçada com bandeiras do Brasil.

(Folgo, em saber, que o campo democrático ainda tem ressalvas ao amarelo-CBF, entidade que se tornou símbolo da corrupção.)

Com o bandeirão, os manifestantes lembraram que a defesa dos interesses nacionais é uma parte podre e sem sentido do discurso de bandidos que desviam emendas parlamentares ou tentam dar golpe de Estado.

Dessa forma, o ato democrático deste domingo avisa ao bolsonarismo que ele pode ficar com a bandeira dos EUA.

Publicado originalmente em UOL.

Esquerda vê recado das ruas a Hugo Motta após manifestações


Ato na paulista contra PEC da Blindagem e 6×1. Imagem: reprodução

Líderes de esquerda avaliaram que as manifestações realizadas neste domingo (21) na Avenida Paulista e em outras capitais reforçam a pressão sobre o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). De acordo com o Painel, da Folha de S.Paulo, eles consideram que a dimensão dos atos cria um ambiente político favorável para que temas de interesse do governo avancem no Congresso já nesta semana.

“Queremos impor uma agenda que nos interessa, uma agenda popular, de interesse direto do povo”, afirmou o presidente do PT, Edinho Silva, ao destacar que as ruas enviaram um recado claro à Câmara. Para Guilherme Boulos (PSOL-SP), “é impossível Hugo Motta ver isso e não entender o que isso representa e o recado que isso manda”.

A leitura de governistas é que Motta, após aprovar a PEC da Blindagem em benefício do centrão e dar andamento à urgência da anistia para golpistas de 8 de janeiro, em aceno à base bolsonarista, não terá como deixar de atender também às pautas do governo.

Bandeira brasileira aberta durante ato contra anistia na Av. Paulista. Reprodução

Entre as prioridades da esquerda estão a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, a PEC da Segurança Pública e o fim da escala 6×1. Essas propostas foram citadas como urgentes para a base aliada e ganharam ainda mais peso diante da mobilização popular.

No ato da Paulista, Hugo Motta foi um dos principais alvos. Manifestantes exibiram cartazes e entoaram palavras de ordem chamando o presidente da Câmara de “inimigo do povo”. A percepção entre aliados do governo é de que, além da pressão institucional, a rejeição explícita nas ruas pode afetar pessoalmente a condução política de Motta.

Edinho Silva, presidente do PT, durante seu discurso no ato da Av. Paulista. Reprodução site PT.org

A expectativa é de que a agenda do governo ganhe espaço na Câmara ainda nesta semana. Governistas apostam que o desgaste de Motta diante da opinião pública, somado à dimensão das manifestações, pode mudar a correlação de forças em Brasília e abrir caminho para que projetos de interesse direto da população avancem.

Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo

Lula se manifesta sobre protestos e cobra Congresso: “O povo não quer anistia”


      Lula, presidente do Brasil. Foto: reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está em Nova York, onde nesta terça-feira, 23 de setembro, abrirá a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU). Mesmo em viagem oficial, ele se manifestou neste domingo (21) sobre os protestos que tomaram diversas cidades do Brasil contra a PEC da Blindagem e o projeto de anistia.

Em publicação no X, Lula afirmou estar ao lado dos manifestantes que ocuparam ruas e avenidas em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília, Belo Horizonte, Teresina, Maceió e Natal. “Estou do lado do povo brasileiro. As manifestações de hoje demonstram que a população não quer a impunidade, nem a anistia. O Congresso Nacional deve se concentrar em medidas que tragam benefícios para o povo brasileiro”, escreveu.

As declarações do presidente foram feitas no mesmo dia em que a Avenida Paulista, em São Paulo, registrou a maior mobilização contra a PEC da Blindagem desde o início da tramitação da proposta. Segundo levantamento do Monitor do Debate Político da USP em parceria com a ONG More in Common, 42,4 mil pessoas participaram do ato.

A mobilização, que também ocorreu em várias capitais, reuniu artistas, parlamentares e movimentos sociais. Os atos foram marcados por músicas, discursos e faixas contrárias à anistia dos golpistas de 8 de janeiro e às tentativas de ampliar a blindagem de parlamentares.


A PEC da Blindagem, já aprovada na Câmara dos Deputados, é criticada por dificultar a abertura de processos judiciais contra parlamentares. Já o projeto de anistia pode reduzir ou perdoar penas de envolvidos nos ataques contra a democracia.

Para Lula, as manifestações mostram que a sociedade rejeita qualquer tentativa de impunidade. O presidente reforçou que o Congresso deve priorizar temas ligados à melhoria das condições de vida da população, em vez de projetos que favoreçam políticos investigados.

O posicionamento do presidente acontece às vésperas de seu discurso na ONU. Lula deve abordar temas como desigualdade social, meio ambiente, desenvolvimento sustentável e o fortalecimento da democracia.

A manifestação pública de apoio aos protestos amplia a pressão sobre o Congresso, que nesta semana deve dar continuidade às discussões sobre a anistia e a PEC da Blindagem.

Fonte: DCM

Itaipu triplica diversidade florestal nos arredores do reservatório

Estudo da Embrapa revela salto na biodiversidade da faixa de proteção ambiental da hidrelétrica

Manejo florestal na região de Itaipu (Foto: Sara Cheida/Itaipu Binacional)

A hidrelétrica de Itaipu, em Foz do Iguaçu (PR), não se destaca apenas como uma das maiores geradoras de energia limpa do mundo, mas também como referência em proteção ambiental. Segundo reportagem da Agência Brasil, a usina divulgou, na última quinta-feira (18), os resultados de um inventário inédito que mostrou um avanço impressionante: em 40 anos, a diversidade de espécies nas áreas preservadas ao redor do reservatório praticamente triplicou.

A pesquisa, conduzida entre março e setembro de 2024 em convênio com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), identificou 397 espécies de árvores e arbustos. O número é quase três vezes maior do que as 139 espécies originalmente plantadas na faixa de proteção da usina. Esse processo de restauração transformou o cinturão de reflorestamento em uma floresta contínua de 1,3 mil quilômetros de extensão, abrangendo 30 mil hectares – uma área quase do tamanho de Belo Horizonte.

◈ A importância estratégica da preservação

O diretor-geral brasileiro de Itaipu, Enio Verri, destacou que a conservação ambiental é um investimento essencial para a segurança energética do país.

“O investimento em ações como essas, além de tantas outras que protegem nosso lago, ajuda a enfrentar as mudanças climáticas e garantem a disponibilidade de nossa matéria-prima, a água, para que continuemos gerando energia por mais de 190 anos adiante”, afirmou.

O Lago de Itaipu, formado no Rio Paraná, é a principal reserva hídrica que alimenta as turbinas da usina, responsável atualmente por cerca de 9% do consumo de energia elétrica do Brasil.

◈ Vegetação como barreira protetiva

Em entrevista à Agência Brasil, Luis Cesar Rodrigues da Silva, gestor do convênio com a Embrapa e técnico da Divisão de Áreas Protegidas da Itaipu, explicou que a vegetação cumpre funções ambientais decisivas.

“É amplamente conhecido na literatura e cientificamente comprovado que uma vegetação saudável no entorno de cursos d’água e reservatórios tem função crucial para a produção de água e sua qualidade”, destacou.

Segundo ele, a cobertura vegetal atua de duas maneiras: primeiro, como barreira natural contra detritos e sedimentos que poderiam comprometer a qualidade da água; depois, como estabilizadora do solo, prevenindo processos de erosão que reduzem a vida útil dos reservatórios.

Além disso, a diversidade de espécies fortalece o equilíbrio ecológico. “Serve de abrigo para uma série de espécies de vegetais e animais, principalmente os insetos, que são polinizadores importantes de culturas agrícolas”, completou Luis Cesar.

◈ Corredor de biodiversidade

A faixa de proteção do reservatório de Itaipu também tem papel fundamental como corredor de biodiversidade. Ela conecta duas grandes unidades de conservação: ao sul, o Parque Nacional do Iguaçu, e ao norte, o Parque Nacional de Ilha Grande, na divisa entre Paraná e Mato Grosso do Sul. A posição estratégica permite a integração de ecossistemas da Mata Atlântica, Cerrado e Pantanal.

◈ O papel da Embrapa na restauração

A pesquisadora da Embrapa Florestas, Maria Augusta Doetzer Rosot, ressaltou à Agência Brasil que a transformação das bordas do reservatório foi essencial para compensar o avanço agrícola no oeste paranaense, que havia degradado a região na metade do século 20.

“Desde a década de 1980, com o enchimento do reservatório em 1982, os plantios de restauração em áreas sem cobertura florestal começaram a modificar o ambiente e a prover os chamados serviços ecossistêmicos”, explicou.

Entre os benefícios listados estão a regulação do clima, a purificação do ar, a proteção do solo e da água, além da retirada de carbono da atmosfera por meio da fotossíntese. A pesquisadora acrescenta que a área preservada também se tornou abrigo para a fauna, contribuindo para o fluxo gênico entre espécies e fortalecendo a paisagem com sua relevância estética e cênica.

◈ Próximos passos: ciência e tecnologia para conservação

O inventário ambiental prevê agora estudos ainda mais aprofundados, como análises de atividade enzimática do solo, diversidade genética de espécies arbóreas e o uso de drones para estimar o conteúdo de carbono armazenado na vegetação. O objetivo, segundo Maria Augusta, é construir um plano robusto de gestão florestal que assegure a “perpetuidade da geração de bens e serviços providos pela floresta”.

◈ Energia e sustentabilidade de mãos dadas

Desde que entrou em operação em 1984, Itaipu já produziu 3,1 bilhões de megawatts-hora (MWh), uma quantidade suficiente para abastecer o Brasil por mais de seis anos. Essa marca histórica, alcançada no início de setembro, reforça a relevância da usina não apenas como fonte de energia limpa, mas como modelo de gestão sustentável, onde conservação ambiental e produção elétrica caminham juntas.

Fonte: Brasil 247

Edinho destaca força das manifestações de 21 de setembro e cobra mudanças no Congresso

Presidente do PT afirma que agenda parlamentar precisa refletir demandas da maioria, não privilégios de poucos

Edinho Silva, eleito presidente nacional do PT nesta segunda-feira (07) (Foto: Reprodução/Facebook)

As gigantescas manifestações realizadas neste domingo (21) em diversas cidades brasileiras marcaram, segundo o presidente nacional do PT, Edinho Silva, uma “data histórica” para a luta social no país. Em declaração, Edinho afirmou que a mobilização popular deu visibilidade à indignação do povo brasileiro e deixou claro que a política precisa se reconectar com as demandas reais da sociedade.

“O Congresso Nacional tem que pautar: a isenção do imposto de renda para os trabalhadores assalariados, a redução da jornada de trabalho, a segurança pública, debater medidas para o fim das filas na saúde pública, a universalização da educação integral e a tarifa zero para o transporte público”, disse.

Sua fala dialoga diretamente com o ato contra a chamada “PEC da Blindagem” e a anistia, classificado pelo Brasil 247 como o maior de esquerda em anos. Milhares de pessoas saíram às ruas em capitais como São Paulo, Brasília, Salvador e Belém para protestar contra projetos que representam retrocessos democráticos, como a blindagem de parlamentares e a anistia a golpistas. (Brasil 247)

Para Edinho, a pauta do Congresso não pode se limitar a blindagem, anistia e prerrogativas. “Ou as lideranças políticas entendem isso, ou a pauta do Congresso – anistia para golpistas e assassinos, prerrogativas, etc. – será o fermento de mobilizações que só estão começando”, advertiu.

As manifestações, que se consolidaram como as maiores da esquerda nos últimos anos, mostraram que a agenda popular inclui demandas sociais concretas, como emprego, saúde, educação e transporte digno — prioridades que, segundo Edinho, precisam substituir o foco em privilégios de poucos.

Fonte: Brasil 247

Lula se reúne hoje com diretor-geral do TikTok e discute investimentos no Brasil




Encontro em Nova York ocorre em meio à expectativa de aporte bilionário e instalação de novos data centers no país

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia, em Brasília-DF - 25/08/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpre agenda nesta segunda-feira, 22 de setembro de 2025, em Nova York, onde se reúne com Shou Zi Chew, diretor-geral do TikTok. A informação foi divulgada pelo Palácio do Planalto em sua agenda oficial.

A reunião ocorre em um momento de intensas discussões sobre investimentos no Brasil, especialmente após declarações do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que revelou negociações para que a plataforma asiática invista R$ 50 bilhões na instalação de data centers no país.

⊛ Expectativa de novos investimentos

Segundo Silveira, o Ceará pode ser beneficiado diretamente com a chegada de um data center do TikTok, fruto de tratativas envolvendo o porto de Pecém. “Estou muito confiante que o Ceará receba uma boa notícia do data center do TikTok. Há uma negociação nesse sentido”, afirmou o ministro. Ele destacou ainda que foi criada uma política específica para viabilizar a instalação no estado.

A iniciativa está amparada em uma Medida Provisória assinada pelo presidente Lula em julho, que incluiu data centers entre os empreendimentos aptos a receber benefícios das Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs). Além disso, tramita na Casa Civil a Política Nacional de Data Centers (PNDC), que prevê isenção total de impostos federais para produtos adquiridos por empresas que construírem centros de dados no Brasil.

⊛ Relevância estratégica

O investimento do TikTok é visto como estratégico por três razões principais:

  1.  Infraestrutura digital – data centers fortalecem a capacidade nacional de processamento e armazenamento de informações, apoiando serviços de nuvem e inteligência artificial.
  2.  Energia limpa – o Nordeste desponta como destino ideal por sua matriz energética renovável, fundamental para reduzir o impacto ambiental dessas operações.
  3.  Segurança jurídica – o aporte depende da previsibilidade regulatória e tributária, apontada como condição para a instalação de empreendimentos dessa magnitude.

⊛ Impacto para o brasil

Se confirmado, o investimento bilionário da plataforma chinesa deve gerar empregos, atrair novos negócios relacionados ao setor de tecnologia e consolidar o Brasil como polo regional de infraestrutura digital. A presença de Lula no encontro com Shou Zi Chew reforça o esforço do governo em apresentar o país como destino seguro e atrativo para grandes aportes internacionais.

Fonte: Brasil 247

"Retomamos as ruas e a bandeira do Brasil", diz João Cezar de Castro Rocha

Em manifestação histórica em Copacabana, mais de 1 milhão de pessoas ocuparam a orla em defesa da democracia e contra a anistia a golpistas

Manifestações contra PEC da Blindagem e anistia no Rio de janeiro (Foto: Reprodução / Redes sociais)

O canal Cortes 247, no YouTube, registrou neste domingo (21) um ato que entrou para a história política recente do país. A orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, foi tomada por uma multidão estimada em dezenas de milhares de pessoas em defesa da democracia, contra a chamada PEC da blindagem e contra qualquer tentativa de anistia a golpistas.

O professor e crítico literário João Cezar de Castro Rocha, que acompanhou o evento, descreveu sua emoção ao presenciar a retomada das ruas pelo campo progressista. “Eu estou profundamente emocionado. Nós finalmente retomamos as ruas. Enquanto eu gravo, pela primeira vez eu vejo passar uma multidão do campo progressista com um símbolo fundamental. Retomamos a camisa verde e amarela, retomamos a bandeira do Brasil. Voltamos a vestir a bandeira do Brasil. A bandeira do Brasil é nossa, é do povo brasileiro”, afirmou.

Entre música e palavras de ordem, nomes consagrados da cultura brasileira como Caetano Veloso, Djavan e Gilberto Gil deram o tom da manifestação, que se transformou em uma grande celebração da democracia. Para Castro Rocha, o ato reafirmou a soberania nacional e a rejeição clara a propostas que tentam blindar crimes cometidos. “Nós afirmamos em alto e bom som: não à PEC da bandidagem, não à lei da anistia que pretende não punir golpistas”, declarou.

Visivelmente emocionado, ele lembrou que desde 2018 acompanhava manifestações bolsonaristas em Copacabana para entender o fenômeno político, sempre “perplexo e angustiado”. O contraste, segundo ele, foi enorme: “Há sete anos eu não via o nosso campo na rua com esse entusiasmo, com esse amor. Nós vencemos. Vencemos um novo tempo”.

O discurso do músico Frejat também destacou a importância da mobilização popular diante das tentativas de manobras no Congresso. “Estar aqui hoje é justamente fazer o que esse pessoal lá de Brasília mais teme, que é o povo na rua. Eles têm a cara de pau de propor uma anistia, de fazer essa PEC da blindagem, que é a maior cara de pau que eu já vi na história. Mas a gente está aqui para dizer que não. E eles vão ouvir, pode ter certeza”, disse.

O ato terminou em clima de festa, com palavras de ordem e canções que ecoaram pela praia. Entre os gritos mais fortes estava a rejeição à anistia a golpistas. “Viva a democracia! Viva! Sem anistia!”, repetiam os manifestantes em uníssono, em um domingo que ficará marcado como a retomada da bandeira e das ruas pelo povo brasileiro. Confira:
Fonte: Brasil 247