Atos em várias capitais marcam a retomada da esquerda nas ruas e reforçam discurso contra a anistia e a PEC da Blindagem
Montagem com Elias Jabbour à esquerda e, à direita, manifestação na Avenida Paulista (Foto: Reprodução/X/@eliasjabbour | Paulo Pinto/Agência Brasil)
As manifestações populares realizadas neste domingo (21) em diferentes capitais brasileiras foram destacadas pelo professor Elias Jabbour em uma publicação nas redes sociais. Ele classificou o dia como “histórico” e ressaltou que os atos, marcados pelas cores verde e amarela e pela presença de bandeiras nacionais, simbolizam um reencontro do campo progressista com as ruas. Segundo Jabbour, “a derrota da extrema-direita entreguista está em nossas mãos” e a mobilização deve se transformar em força política para as eleições de 2026.
Em sua postagem, o professor observou que setores da extrema-direita ainda recorrem a símbolos como a bandeira dos Estados Unidos e dependem do presidente norte-americano, Donald Trump. “Eles se rastejam por uma bala de prata de Trump contra nós. Já nós temos a tarefa de sermos consequentes”, afirmou. Para Jabbour, a prioridade é consolidar um movimento nacional em defesa da soberania e da democracia.
◉ Mobilização nacional
Os atos reuniram dezenas de milhares de pessoas em diversas capitais, representando um marco após anos de predominância da direita nas ruas, especialmente desde a ascensão de Jair Bolsonaro (PL). Em Belo Horizonte, organizadores calcularam cerca de 50 mil manifestantes na Praça Raul Soares. Em Brasília, o deputado distrital Fábio Felix (Psol) estimou 30 mil pessoas no Museu da República.
Na Bahia, os protestos começaram cedo com um trio elétrico conduzido pela cantora Daniela Mercury, acompanhada pelo ator Wagner Moura. “Aqui na Bahia a extrema direita não se cria. Nossa democracia botou para lenhar. Sem bandidagem, sem anistia e sem esculhambação”, declarou Moura. Daniela Mercury e o rapper Baco Exu do Blues também reforçaram os gritos contra a anistia.
Em Belém, o ator Marco Nanini se juntou à manifestação na Praça da República. Já em São Paulo, a Avenida Paulista foi tomada por cartazes pedindo a prisão de Bolsonaro e o fim da chamada “PEC da Blindagem”.
◉ Shows e símbolos políticos
As manifestações ganharam tom cultural com apresentações artísticas em várias cidades. No Rio de Janeiro, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Chico Buarque se apresentaram em Copacabana, enquanto em Brasília os destaques foram Djonga e Chico César.
Símbolos e performances também marcaram os atos. Um boneco inflável representando Jair Bolsonaro com as mãos ensanguentadas chamou a atenção em São Paulo, ao lado de faixas criticando a anistia a condenados pelos ataques de 8 de janeiro. Cartazes também atacaram Donald Trump, que recentemente impôs tarifas sobre produtos brasileiros.
Fonte: Brasil 247
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