Pesquisa aponta que 73% defendem que organizações criminosas sejam classificadas como terroristas
Metade dos brasileiros é contrária à ideia de que os Estados Unidos auxiliem o Brasil no combate ao tráfico de drogas. É o que mostra a nova pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (12), que avaliou a percepção da população sobre segurança pública e as declarações de autoridades após a chacina policial no Rio de Janeiro. O levantamento foi realizado entre 6 e 9 de novembro de 2025.
Segundo os dados, 50% dos entrevistados discordam da proposta de pedir ajuda dos EUA para enfrentar o narcotráfico, enquanto 45% concordam e 5% não souberam opinar. A ideia ganhou visibilidade após o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) sugerir que os Estados Unidos deveriam “atuar por uns meses” no Rio de Janeiro para combater o crime organizado.
O levantamento revela diferenças significativas entre os grupos políticos. Entre os eleitores que se identificam como bolsonaristas, 74% são favoráveis à intervenção americana, enquanto 66% da direita não bolsonarista também apoiam a medida. Já entre os lulistas, 72% rejeitam a proposta, percentual semelhante ao observado entre os simpatizantes da esquerda não lulista, com 79% de rejeição.
O tema ganhou força após a chacina ocorrida nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, que deixou 121 mortos, sendo 4 policiais e 117 suspeitos, segundo o secretário da Polícia Civil, delegado Felipe Curi. O governador Cláudio Castro classificou a ação como um “sucesso” e afirmou que apenas os policiais mortos foram “vítimas”. A operação, no entanto, gerou críticas de organizações de direitos humanos e dividiu a opinião pública.
A pesquisa também aponta que 73% dos brasileiros defendem que organizações criminosas como o Comando Vermelho e o PCC sejam classificadas como terroristas, enquanto apenas 20% são contra e 7% não opinaram.
O estudo da Genial/Quaest foi realizado entre os dias 6 e 9 de novembro de 2025, com 2.004 entrevistas presenciais em 120 municípios das cinco regiões do país. A pesquisa tem margem de erro de 2 pontos percentuais e nível de confiança de 95%.
Fonte: Brasil 247
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