Embora ainda não haja anúncio oficial, as tratativas ocorrem de forma silenciosa
Aliados de Jair Bolsonaro vivem dias de expectativa e cautela diante da possibilidade de uma nova investida internacional contra o Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo informações divulgadas pela coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo, o movimento parte de congressistas estrangeiros alinhados à direita global e que mantêm laços com o bolsonarismo.
Esses parlamentares articulam a imposição de sanções contra ministros do STF, em um gesto que busca reagir às decisões da Corte relacionadas aos atos de 8 de janeiro e à prisão de figuras influentes do bolsonarismo, como o próprio ex-presidente, que está inelegível, e aliados como Silvinei Vasques e Anderson Torres.
Nos bastidores, o clima entre os bolsonaristas é descrito como de “respiração presa”, à espera da confirmação das medidas. Embora ainda não haja anúncio oficial, as tratativas ocorrem de forma silenciosa, com envolvimento de figuras do legislativo de países como os Estados Unidos e a Itália.
A aposta é que uma nova ofensiva internacional possa servir como instrumento de pressão e amplificação da narrativa de perseguição política, frequentemente usada por integrantes do campo bolsonarista. A expectativa é que eventuais sanções se tornem munição política no discurso contra o STF, especialmente em plataformas digitais e nos círculos conservadores fora do país.
O Supremo, por sua vez, ainda não se pronunciou sobre o possível movimento. Nos últimos meses, ministros da Corte têm sido alvo de críticas intensas de apoiadores de Bolsonaro, que questionam as decisões judiciais que resultaram em prisões e condenações de participantes dos ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília.Caso as sanções sejam anunciadas oficialmente, a ofensiva representará mais um capítulo da crescente tensão entre o bolsonarismo e o Judiciário, agora com ecos além das fronteiras brasileiras.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo
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