sábado, 13 de setembro de 2025

Bolsonaro pode ir ao semiaberto em até 7 anos, mas defesa mira prisão domiciliar; entenda


                                      O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por chefiar a trama golpista, poderá progredir para o regime semiaberto após cerca de seis a sete anos de cumprimento de pena, segundo especialistas em direito penal. A Lei de Execução Penal estabelece que a progressão ocorre de forma gradual, com a possibilidade de transferência para regimes menos rigorosos a partir do cumprimento de uma fração da condenação. As informações são do Estado de São Paulo e Folha.

No caso de Bolsonaro, os crimes considerados violentos, como golpe de Estado, organização criminosa armada e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, exigem o cumprimento de 25% da pena para a progressão. Isso equivale a aproximadamente seis anos e dez meses. Há ainda divergências técnicas sobre o cálculo envolvendo delitos sem violência, como deterioração de patrimônio tombado, que poderiam reduzir esse prazo.

Especialistas como o professor Mauricio Dieter, da USP, apontam que a soma das penas unificadas deve ser usada como base para o cálculo. Já a professora Helena Lobo da Costa, também da USP, defende que se deve aplicar percentuais diferentes conforme a natureza de cada crime, o que poderia reduzir o tempo de encarceramento necessário para alcançar o semiaberto.

O ex-presidente Jair Bolsonaro em prisão domiciliar. Foto: reprodução

Além da progressão comum, a defesa de Bolsonaro pretende pleitear a chamada prisão domiciliar humanitária. O argumento deve se basear nas sequelas da facada sofrida em 2018 e no histórico de cirurgias e complicações médicas. Casos semelhantes já foram avaliados pelo STF, como o do ex-presidente Fernando Collor de Mello, autorizado em maio a cumprir em casa sua pena de oito anos de prisão devido a doenças graves.

Atualmente, a legislação prevê prisão domiciliar para presos em regime aberto ou preventivo, mas a jurisprudência admite exceções para casos em que a saúde do condenado impede o tratamento adequado no regime fechado. O artigo 318 do Código de Processo Penal também permite a conversão da prisão preventiva em domiciliar para maiores de 70 anos ou pessoas com doenças graves, condições em que Bolsonaro se enquadra.

Hoje, Bolsonaro cumpre prisão preventiva domiciliar, decretada após descumprir medidas cautelares em outro processo. Para o professor Thiago Bottino, da FGV-Rio, o histórico clínico do ex-presidente aumenta as chances de o STF autorizar a permanência em casa, mesmo após a sentença definitiva: “A prisão domiciliar é uma pena de privação de liberdade, não uma pena de morte”, afirmou.

Fonte: DCM as informações são dos jornais O Estado de S. Paulo e Folha

Governo Federal já devolveu R$ 1,29 bilhão a aposentados e pensionistas



Mais de 2,3 milhões de beneficiários já aderiram ao acordo de ressarcimento, que segue disponível


O Governo Federal já devolveu R$1,29 bilhão a aposentados e pensionistas que tiveram descontos associativos indevidos em seus benefícios. Desde o início dos pagamentos, em 24 de julho, mais de 2,3 milhões de pessoas aderiram ao acordo de ressarcimento, o que corresponde a cerca de sete em cada dez beneficiários que estão aptos a receber.

Até a próxima segunda-feira (15), 99% dos que já assinaram o acordo terão recebido o dinheiro de volta, já que os pagamentos são feitos em até três dias úteis após a adesão. Os valores são pagos de forma integral, com correção pela inflação (IPCA), diretamente na conta onde o aposentado recebe o benefício.

O prazo segue aberto para quem ainda não fez a adesão. O procedimento é gratuito, simples e não exige envio de documentos. “Esse é um compromisso de respeito com quem dedicou a vida inteira ao trabalho. O dinheiro de cada aposentado e pensionista voltará para sua conta com segurança, agilidade e transparência”, afirmou o presidente do INSS, Gilberto Waller.

Quem pode aderir?

• Quem contestou descontos e não recebeu resposta da entidade em até 15 dias úteis;

• Quem sofreu descontos entre março de 2020 e março de 2025;

• Quem tem processo na Justiça, desde que ainda não tenha recebido os valores (nesse caso, é preciso desistir da ação).

O INSS pagará 5% de honorários advocatícios em ações individuais propostas antes de 23 de abril de 2025.

Como funciona o processo de adesão?

1. Contestar o desconto indevido – É o primeiro passo. A contestação pode ser feita pelo aplicativo Meu INSS, Central 135 ou agências dos Correios.

2 . Aguardar resposta da entidade – Prazo de até 15 dias úteis.

3 . Sem resposta da entidade? Opção liberada – O sistema libera para adesão ao acordo.

4 . Aderir ao acordo – Pelo aplicativo Meu INSS ou presencialmente nas Agências dos Correios.

→ No aplicativo Meu INSS : acesse com CPF e senha, vá em “Consultar Pedidos” → “Cumprir Exigência”, role até o último comentário, selecione “Sim” em “Aceito receber” e envie.

Importante: Não é possível aderir ao acordo pela Central 135.

Prazo

A contestação de descontos pode ser feita até, no mínimo, 14 de novembro de 2025 , e a adesão ao acordo continuará disponível mesmo depois dessa data.

Atenção: não caia em golpes!

• O INSS não envia links, SMS ou mensagens pedindo dados pessoais;

• Não cobra taxas nem solicita intermediários ;

• Toda a comunicação é feita apenas pelos canais oficiais: aplicativo Meu INSS , site gov.br/inss , Central 135 e agências dos Correios .

Fonte: Agência Gov

Superação da pobreza e preço dos alimentos em queda marcaram a semana

E o Brasil atingiu recorde na colheita de grãos, com 350,2 milhões de toneladas na safra 2024/25. Confira as ações e informações do Governo Federal que foram destaque de 8 a 12 de setembro


Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

A semana começou com as políticas públicas do Governo Federal dando resultados. Em dois anos, o número de famílias em situação de pobreza no Cadastro Único caiu 25%. São 6,55 milhões de famílias que aumentaram o patamar de renda no Brasil acima de R$ 218 mensais por pessoa, no período. Se for considerado o número de indivíduos, 14,17 milhões de pessoas melhoraram de vida.

A semana trouxe também boas notícias para o orçamento dos brasileiros. O mês de agosto deste ano apresentou queda no preço dos alimentos, que puxou deflação de 0,11%. O resultado do último mês é 0,37 ponto percentual abaixo do registrado em julho, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado pelo IBGE. Esse é o primeiro índice negativo desde agosto de 2024 e o mais expressivo desde setembro de 2022.

A produção de grãos no Brasil bateu recorde, atingindo a marca de 350,2 milhões de toneladas na safra 2024-25, superando o obtido na temporada 2022/23, quando foram colhidas 324,36 milhões de toneladas. Segundo o 12º levantamento, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o volume obtido no atual ciclo representa uma alta de 16,3% sobre a temporada anterior, o que corresponde a um incremento de 49,1 milhões de toneladas. Milho, soja, arroz e algodão representam cerca de 47 milhões de toneladas deste aumento.

Ainda nesta semana, o presidente Lula esteve em Manaus (AM) para a inauguração do Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI Amazônia). Na ocasião, o presidente foi direto ao falar sobre o que espera desta iniciativa inédita: “O crime ocupa os lugares que o Estado não preenche. Nossa missão é restituir a força da lei pela presença estatal”.

Também na capital, Lula participou do lançamento das obras de interligação das infovias do programa Norte Conectado e a entrega da obra do cabo subfluvial da Infovia 04. Trata-se de um dos maiores projetos de infraestrutura digital da história da Amazônia. O presidente aproveitou a passagem pela capital amazonense e participou, ainda, da cerimônia de implementação do Programa União com Municípios pela Redução do Desmatamento e Incêndios Florestais.

"Quando nós assumimos o governo, a gente assumiu tratar com mais responsabilidade essa questão da Amazônia. Não só porque a gente vai ter a COP 30, mas porque a gente acredita na ciência e acredita que o ser humano é o único animal tão irresponsável que é capaz de destruir o seu habitat natural, mesmo sabendo que está destruindo. Enquanto é tempo, nós estamos tentando discutir como é que a gente faz para salvar esse planeta”, declarou Lula.


Na educação, foi sancionada a Lei n° 15.202/2025, que cria a Carteira Nacional Docente do Brasil (CNDB). A iniciativa integra o Programa Mais Professores pelo Brasil, lançado em janeiro pelo Governo do Brasil para promover a valorização e a qualificação do magistério, além de incentivar a docência no país.

E o Governo Federal já devolveu R$1,29 bilhão a aposentados e pensionistas que tiveram descontos associativos indevidos em seus benefícios. Desde o início dos pagamentos, em 24 de julho, mais de 2,3 milhões de pessoas aderiram ao acordo de ressarcimento, o que corresponde a cerca de sete em cada dez beneficiários que estão aptos a receber.

Fonte: Agência Gov

Lula participa neste sábado do mutirão Agora Tem Especialistas em hospitais universitários

Ação nacional deve realizar mais de 29 mil atendimentos pelo SUS em 45 hospitais universitários

        Lula e Alexandre Padilha (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

Neste sábado (13), o Governo Federal promove o Dia E, mutirão de atendimentos do programa Agora Tem Especialistas. A iniciativa é coordenada pelos ministérios da Saúde e da Educação, por meio da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). A informação foi divulgada pela Agência Gov, que destacou a mobilização nacional em todas as regiões do país.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará das atividades em Brasília, acompanhando os atendimentos no Hospital Universitário da UnB. Ele estará ao lado do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, do ministro da Educação, Camilo Santana, e do presidente da Ebserh, Arthur Chioro. Segundo a Agência Gov, a ação envolve 45 hospitais universitários e contará com mais de 3,2 mil profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros, técnicos e estudantes.

☆ Mais de 29 mil atendimentos pelo SUS

Ao todo, estão previstos mais de 29 mil procedimentos, incluindo 1,9 mil cirurgias eletivas, 4,5 mil consultas especializadas e 22,7 mil exames. As especialidades contempladas vão de cardiologia e ortopedia a oftalmologia e saúde da mulher. Os atendimentos serão realizados em regime de turnos extras, ampliando a capacidade da rede hospitalar federal.

A mobilização marca também os 35 anos do Sistema Único de Saúde (SUS), reforçando o caráter simbólico da ação. Para o presidente da Ebserh, Arthur Chioro, a iniciativa fortalece a parceria entre as pastas da Saúde e da Educação. “Com a oferta de mais exames, consultas, cirurgias e outros procedimentos, vamos continuar avançando para reduzir o tempo de espera por atendimentos pelo SUS. É mais saúde gratuita de qualidade para a população brasileira, ao mesmo tempo em que oferecemos um importante campo de prática para a formação e especialização para o corpo acadêmico dos hospitais universitários”, afirmou.

☆ Integração entre saúde e educação

O ministro da Educação, Camilo Santana, destacou o impacto do mutirão na redução das filas do SUS: “Essa é uma união de esforços do governo federal, com os estados e municípios, para atender e acolher melhor, com humanização, toda a população que depende do SUS. A ideia é que a Ebserh continue fazendo esse trabalho para que nós possamos ampliar em 40% os atendimentos nos 45 hospitais”.

A força-tarefa contará com a participação de aproximadamente 700 estudantes de saúde, o que reforça a integração entre a formação acadêmica e a prática hospitalar. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também acompanha a ação, ressaltando a importância da mobilização no fortalecimento do atendimento público.

☆ Histórico da ação

Esta é a segunda edição do Dia E em 2025. Em julho, o programa realizou 12.464 procedimentos em todo o país, entre exames, consultas e cirurgias. Desde o início do ano, a Ebserh em Ação já promoveu 417 mutirões em diferentes estados.

Criada em 2011 e vinculada ao Ministério da Educação, a Ebserh administra atualmente 45 hospitais universitários federais em 25 estados. Essas unidades têm papel estratégico: além de atender pacientes do SUS, funcionam como centros de formação profissional e desenvolvimento de pesquisas e inovação na área da saúde.

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Gov

Bolsonaro fica inelegível até 2060 após condenação

Cálculo leva em conta regras da atual Lei da Ficha Limpa

Ex-presidente Jair Bolsonaro em sua casa em Brasília onde cumpre prisão domiciliar - 03/09/2025 (Foto: REUTERS/Diego Herculano)

André Richter - Repórter da Agência Brasil
O ex-presidente Jair Bolsonaro pode ficar inelegível pelos próximos 35 anos em função da condenação na ação penal da trama golpista.

Com base na Lei da Ficha Limpa, quem é condenado por decisão judicial colegiada fica impedido de disputar as eleições pelo prazo de oito anos após o cumprimento da pena.

Nesta quinta-feira (11), por 4 votos a 1, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou o ex-presidente a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

Dessa forma, o ex-presidente está inelegível até 2060. Nesse pleito, Bolsonaro teria 105 anos. Atualmente, ele tem 70.

Bolsonaro já está inelegível até 2030 por ter sido condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político e econômico.

A condenação ocorreu pela reunião realizada com embaixadores, em julho de 2022, no Palácio da Alvorada, para atacar o sistema eletrônico de votação, episódio que foi incluído na ação penal da tentativa de golpe de Estado e citado pelo relator como um dos "atos executórios" da trama.
Nova lei

Na semana passada, o Senado aprovou uma mudança na Lei da Ficha Limpa para reduzir o tempo de inelegibilidade. A nova regra está no PLP 192/2023 e já foi enviada ao Palácio do Planalto para sanção ou veto presidencial.

Se a matéria for sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o prazo da inelegibilidade de Bolsonaro pode acabar em 2033, pois os oito anos de inelegibilidade começariam a contar a partir da data da condenação, ocorrida ontem.
Anistia

Com o atual cenário, Bolsonaro só deve voltar a disputar as eleições com a aprovação de uma lei pelo Congresso para anistiar a condenação na ação da trama golpista.

Dessa forma, apoiadores do ex-presidente na Câmara dos Deputados devem iniciar na próxima semana as articulações para convencer o presidente da Casa, Hugo Motta, a colocar a matéria em votação.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

CPI do INSS: após operação da PF, bolsonaristas desistem de ouvir Nelson Willians

 

O advogado Nelson Wilians dentro de jatinho. Foto: reprodução

Parlamentares bolsonaristas retiraram requerimentos que tinham como alvo o advogado Nelson Willians, conhecido por ostentar um estilo de vida luxuoso nas redes sociais, que segue na mira da CPI mista do INSS, conforme informações do colunista Lauro Jardim, do Globo.

A deputada Bia Kicis (PL-DF) e o senador Izalci Lucas (PL-DF) desistiram de pedidos para convocar o advogado e para quebrar seus sigilos fiscal e bancário. Ambos não justificaram a retirada.

Apesar disso, Willians ainda enfrenta outros requerimentos no colegiado, apresentados pelos governistas Rogério Correia (PT-MG) e Duarte Jr. (PSB-MA), vice-presidente da comissão, além de Alfredo Gaspar (União-AL), relator da CPI.
Operação da PF

O escritório do advogado foi alvo da Operação Cambota, desdobramento da Operação Sem Desconto, que investiga fraudes no INSS. A PF apura sua relação com o empresário Maurício Camisotti, preso no mesmo dia, e também transações financeiras consideradas atípicas.

Agentes estiveram tanto na casa quanto no escritório de Willians, em São Paulo, onde encontraram dezenas de obras de arte. De acordo com fontes da investigação, o Coaf identificou movimentações suspeitas de cerca de R$ 4,3 bilhões entre 2019 e 2023 envolvendo o escritório.
Prisões autorizadas pelo STF

Além das buscas, a PF prendeu Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, e o empresário Maurício Camisotti. Eles são acusados de operar um esquema de desvio de recursos de aposentados e pensionistas.

Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”. Foto: reprodução
Segundo a investigação, o “Careca do INSS” atuava como intermediário de sindicatos e associações, recebendo valores descontados indevidamente dos beneficiários e repassando parte a servidores do Instituto, familiares e empresas ligadas a eles.

A PF informou que pessoas físicas e jurídicas ligadas a Antônio Carlos Camilo Antunes receberam R$ 53.586.689,10 diretamente das entidades associativas ou por meio de suas empresas. Ao todo, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Mauro Cid vai pedir retirada de tornozeleira eletrônica e pode se tornar o primeiro condenado livre no âmbito da trama golpista

Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro busca encerrar punição após cumprir medidas cautelares por dois anos

Mauro Cid | Fachada do STF (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado | STF)

A defesa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), deverá entrar com um pedido para que o Supremo Tribunal Federal (STF) autorize a retirada da tornozeleira eletrônica. Os advogados alegam que o período de dois anos em regime domiciliar com monitoramento já seria suficiente para extinguir a pena. Embora o acórdão da condenação dos envolvidos na trama golpista ainda não tenha sido publicado, a defesa avalia que as condições impostas pela Justiça foram integralmente cumpridas e pretende protocolar o mais rapidamente a solicitação ainda hoje (12). As informações são do UOL.

◈ Defesa de Cid pede fim das restrições

O pedido tem dois objetivos: encerrar o uso da tornozeleira eletrônica e, posteriormente, requerer a extinção da punibilidade, que só poderá ser analisada após a publicação do acórdão e a abertura do prazo para recursos.

Cid foi o único militar a firmar um acordo de colaboração formal nas investigações sobre a tentativa de golpe em 2023. Seus depoimentos embasaram a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que resultou na condenação de Jair Bolsonaro e de sete aliados.

Além disso, sua delação levou à prisão preventiva do ex-ministro e general da reserva Walter Braga Netto, que foi seu candidato a vice. Em troca, Cid obteve benefícios como prisão domiciliar, mediante a adoção de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica e recolhimento noturno.

◈ Papel-chave nas investigações contra Bolsonaro

Desde sua prisão em 2023, Cid cumpriu medidas cautelares enquanto cooperava com as autoridades. Para a defesa, esse período já equivale ao tempo da condenação, o que justifica a retirada do monitoramento eletrônico.

◈ Pedido de aposentadoria no Exército

Paralelamente, o tenente-coronel ingressou com pedido de aposentadoria no Exército, solicitando transferência para a reserva por quota compulsória. O processo segue em análise e não é afetado pela condenação de dois anos. Caso o STF aceite o pedido, Mauro Cid pode se tornar o primeiro condenado no caso da tentativa de golpe a obter liberdade plena, sem restrições judiciais.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

APUCARANA: Oficina sobre planejamento do SUS reúne gestores da Autarquia Municipal de Saúde

Capacitação faz parte do programa Progestão, que visa qualificar a gestão dos serviços de saúde


Superintendentes e diretores de diversos departamentos da Autarquia Municipal de Saúde (AMS) participaram, ontem (11/9), de uma oficina sobre planejamento do SUS, do Programa de Qualificação e Apoio às Equipes Municipais de Gestão e Planejamento do Sistema Único de Saúde (Progestão).

O Progestão é uma iniciativa do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva e do Grupo de Pesquisa em Gestão do SUS (GESTSUS), da Universidade Estadual de Londrina (UEL), com o objetivo de promover educação permanente junto às equipes gestoras dos municípios, com o propósito de qualificar a gestão dos serviços de saúde.

Stela Maris Santini, superintendente administrativa da AMS, explica que o curso é composto por oito oficinas. A primeira ocorreu em 13 de agosto. “Nas duas primeiras oficinas, discutimos os desafios de ser gestor e os conceitos de território e territorialização. Nesta terceira etapa, o debate concentrou-se no planejamento do SUS, no orçamento e nos instrumentos de gestão. Essa discussão é sempre muito importante, especialmente neste momento em que estamos elaborando o Plano Municipal de Saúde”, destacou.

Para o prefeito Rodolfo Mota, a gestão eficiente do sistema de saúde exige profissionais capacitados. “Incentivamos constantemente nossas equipes a participarem de cursos e capacitações, como o Progestão. A saúde é uma área complexa e precisamos de gestores atualizados quanto aos avanços tecnológicos, às mudanças demográficas e epidemiológicas, bem como às pressões financeiras enfrentadas pelo município”, afirmou.

A oficina sobre planejamento do SUS foi ministrada pelas professoras Silvia Karla Azevedo Vieira Andrade, Milene Pires de Moraes Vieira e Larissa Cristina Caruzo Matheus, do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da UEL.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Projeto Mais Saúde no Campo é apresentado em municípios da 16ª Regional de Saúde


Foto: Divulgação

Nesta quinta-feira (11), a Secretaria Municipal de Saúde, de Rio Bom, recebeu a visita da equipe da 16ª Regional de Saúde, representada pelo médico-veterinário André Romagnoli e pela técnica em vigilância sanitária Castorina de Moraes. Durante o encontro, foi apresentado o projeto Mais Saúde no Campo, iniciativa que tem como objetivo fortalecer o saneamento rural e garantir a melhoria da qualidade da água consumida pela população do campo.

O projeto foi lançado em evento realizado em Apucarana, no início de agosto, com a presença do secretário de estado da saúde, Beto Preto. Na ocasião, o secretário anunciou que a proposta é excelente e pode ser encampada pela Sesa e levada para todas as regiões. “O saneamento rural e a garantia de água de qualidade aos moradores da zona rural deve ter o apoio dos municípios e de órgãos do governo”, avaliou Beto Preto.

A reunião contou com a presença do Secretário de Saúde José de Andrade, dos técnicos em Vigilância Sanitária, Jurandir Bueno e Vanderley Lopes Mori Júnior, além da equipe municipal de endemias. Romagnoli, da Sesa, informa que está percorrendo todos os municípios da área de abrangência da 16ª Regional de Saúde.

Hoje (12) o Mais Saúde no Campo foi apresentado e discutido com técnicos de Mauá da Serra. “No próximo dia 18 estaremos em Borrazópolis, e dia 2 de outubro em Bom Sucesso. Ainda falta agendar reuniões em Marumbi e Novo Itacolomi, para levar o projeto aos 17 municípios da 16ª RS”, informa André Romagnoli.

Na reunião de Mauá da Serra participaram Vivian Carvalho, diretora da saúde; Lidiane da Silva e Valdemir Ribeiro dos Santos, da Vigilância Sanitária; o secretário municipal de meio ambiente, Bruno Alessandro Reis; Adalberto Portela, representante do Sindicato Rural; Rafael Fontoura, diretor da Sema; Hernandes Takashi, do IDR em Mauá da Serra; e Nilson Gonçalves dos Santos, coordenador de endemias.

Fonte: Assessoria da 16ª RS

Condenado por trama golpista, Bolsonaro pode perder patente de capitão e voltar ao banco dos réus

STM vai analisar se o ex-mandatário é indigno do oficialato; Bolsonaro responde a diversos inquéritos no STF, o que pode reconduzi-lo ao banco dos réus

Jair Bolsonaro durante interrogatório no STF (Foto: Gustavo Moreno/STF)

Após a confirmação da condenação de Jair Bolsonaro pela tentativa de golpe de Estado, o Supremo Tribunal Federal (STF) comunicará a decisão ao Superior Tribunal Militar (STM), corte que será responsável por analisar se o ex-mandatário deve ser declarado indigno do oficialato, o que resultaria na perda de seu posto e patente nas Forças Armadas. Além disso, Bolsonaro é alvo de diversas outras frentes de investigações que podem levá-lo novamente ao banco dos réus no STF. As informações são do g1.

Pela lei, a declaração de indignidade é aplicada a militares condenados a penas superiores a dois anos de prisão. O STM não revisa os crimes ou as circunstâncias do processo, mas avalia se a conduta é compatível com a manutenção do posto militar. Essa deliberação só ocorre após o esgotamento de todos os recursos judiciais.

Novas acusações por coação e obstrução

Além da condenação pelo golpe, Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que atualmente se encontra nos Estados Unidos, foram indiciados pela Polícia Federal por coação e obstrução de investigações. Segundo um relatório da corporação, mensagens encontradas em celulares apreendidos mostram que o ex-mandatário realizou “intensa produção e propagação de mensagens destinadas às redes sociais, em afronta à medida cautelar anteriormente imposta”.

Para os investigadores, houve tentativa de atrapalhar as apurações, inclusive com articulação junto ao governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para impor sanções contra integrantes do STF visando interferir no resultado do julgamento da trama golpista. A Procuradoria-Geral da República (PGR) ainda analisa se apresentará denúncia formal ou arquivará o caso.

Investigações em outras frentes

Joias sauditas – Bolsonaro foi indiciado por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro em investigação sobre presentes de alto valor recebidos do governo da Arábia Saudita. Outras 11 pessoas também foram implicadas. A PGR decidirá se apresenta denúncia ou arquiva o caso.

Abin paralela – Relatório entregue ao STF apontou que Bolsonaro teria sido beneficiário de um esquema irregular envolvendo a Agência Brasileira de Inteligência. Ele não foi formalmente indiciado porque já responde a processo semelhante no caso do golpe.

Cartões de vacina – O ministro Alexandre de Moraes arquivou a investigação sobre suposta fraude em certificados de vacinação da Covid-19, que envolvia Bolsonaro e o deputado Gutemberg Reis. A decisão ocorreu após a PGR considerar que não há provas de que o ex-presidente ordenou a falsificação, embora a PF tenha confirmado a inserção e exclusão de dados falsos no sistema do Ministério da Saúde.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Bolsonaro e aliados deverão pagar R$ 30 milhões pela depredação no 8/1

Condenados deverão ajudar a pagar prejuízos de vândalos

Atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

André Richter - Repórter da Agência Brasil
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, na quinta-feira (11), condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete réus pela trama golpista ao pagamento solidário de R$ 30 milhões pelos danos causados pela depredação das sedes dos Três Poderes durante os atos golpistas de 8 de janeiro.

Com a decisão, Bolsonaro e os demais condenados deverão ajudar a pagar os prejuízos provocados com o vandalismo ocorrido no edifício-sede do Supremo, Congresso e o Palácio do Planalto.

O pagamento deverá ser efetivado após o fim de todos os recursos contra a condenação.

A indenização é uma das consequências da condenação dos acusados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

Por 4 votos a 1, a Primeira Turma condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes, sob acusação de liderar uma trama para permanecer no poder após as eleições de 2022. É a primeira vez na história do país que um ex-presidente é punido por esse crime.

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Brasil

STF prevê execução da pena de Bolsonaro em meados de dezembro

Bolsonaro recebeu pena de 27 anos e 3 meses; aliados intensificam pressão por anistia no Congresso

   Jair Bolsonaro, em prisão domiciliar, em Brasília - 14/08/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O Supremo Tribunal Federal (STF) projeta que a pena de Jair Bolsonaro (PL) seja executada em dezembro deste ano. O cronograma, segundo a coluna do jornalista Valdo Cruz, do g1, considera a análise dos recursos e o cumprimento dos prazos regimentais. O tribunal tem até 60 dias para publicar o acórdão, mas a expectativa é de que isso ocorra antes do prazo. Em seguida, a defesa terá cinco dias para apresentar embargos de declaração e mais 15 dias para embargos infringentes. Após parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR), o relator Alexandre de Moraes deve decidir sobre a validade dos recursos.

◆ Defesa deve insistir em prisão domiciliar

Devido ao tempo de prisão a que foi condenado, 27 anos e três meses, Bolsonaro terá de cumprir os primeiros anos da pena em regime fechado, o que faria que ele fosse para um estabelecimento penal.

A estratégia da defesa será solicitar prisão domiciliar logo após a decisão do relator em relação aos embargos infringentes que deverão ser interpostos.A Polícia Federal, por sua vez, já prepara uma sala especial para eventual detenção inicial, procedimento semelhante ao adotado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2018.

Alguns ministros do STF, contudo, reconhecem que o estado de saúde de Bolsonaro é delicado, fator que pode favorecer o pedido. O caso é comparado ao do ex-presidente Fernando Collor, que permaneceu poucos dias em regime fechado antes de cumprir a pena em casa.

◆ Condenação reforça pressão por anistia

Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão em decisão histórica da Primeira Turma do STF. Aliados do PL avaliam que a pena é mais dura do que em casos de homicídio, argumento que tem alimentado a campanha por anistia.

O partido conta com o apoio do governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos-RJ), para pressionar o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a pautar a proposta nas próximas semanas.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

“Comprei a cerveja e a picanha”: como o condomínio de Bolsonaro reagiu à condenação no STF

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em prisão domiciliar. Foto: Brenno Carvalho

O grupo de mensagens do condomínio onde Jair Bolsonaro cumpre prisão domiciliar, em Brasília, ficou agitado na última quinta-feira (11), dia em que a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria pela condenação do ex-presidente na ação da trama golpista. Conversas reveladas pelo Globo mostram moradores divididos entre ironias, clima de confraternização e manifestações de apoio.

Nos grupos de WhatsApp, alguns vizinhos usaram tom de festa para comentar o julgamento. “Por falar em churrasco, alguém indica um de confiança?”, perguntou um morador. Outro ironizou: “Virou Copa do Mundo.” E houve quem antecipasse o resultado: “Já comprei a cerveja e a picanha.”

As mensagens circularam antes da conclusão do voto da ministra Cármen Lúcia, que consolidou a maioria pela condenação de Bolsonaro por cinco crimes.

Nem todos, porém, entraram no clima de celebração. Houve quem defendesse o ex-presidente, afirmando que ele sempre foi “um bom vizinho” e até “um bom presidente”, lembrando sua rotina de idas à padaria e caminhadas pelo condomínio.

Outro destacou o reforço policial no local: “Aqui já era seguro, agora é o lugar mais seguro de Brasília.” Também sobraram críticas ao presidente Lula (PT): “Descondenado”, escreveu um morador.

Solar de Brasília | Agência Brasil
Condomínio Solar de Brasília, onde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cumpre prisão domiciliar no DF. Foto: Reprodução

Mais cedo, Bolsonaro apareceu na garagem da casa onde vive com Michelle Bolsonaro e a filha mais nova, Laura. Acenou e sorriu para fotógrafos, sem aparentar abatimento. Segundo aliados, ele acompanhou cada sessão do julgamento ao lado apenas da ex-primeira-dama, sem a presença dos filhos.

O ex-capitão também recebeu com alívio a divergência aberta pelo ministro Luiz Fux, que votou pela absolvição da maior parte dos acusados. De acordo com pessoas próximas, Bolsonaro repetiu que “o importante é que houve divergência”.

Para o entorno político do ex-presidente, o voto de Fux deve ser valorizado como prova de que o processo não é unanimidade no STF.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

VÍDEO – Presidiários dizem aguardar Bolsonaro na cadeia: “Tamo te esperando”


  Detentos afirmam que aguardam a chegada de Jair Bolsonaro – Foto: Reprodução

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um grupo de presidiários afirmando que esperam a chegada de Jair Bolsonaro (PL) após sua condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Nas imagens, gravadas dentro de uma unidade prisional, eles enviam uma mensagem direta ao ex-presidente: “Tamo só esperando você”.

A gravação viralizou logo após a decisão da Primeira Turma do STF, que sentenciou Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão por crimes ligados à tentativa de golpe de Estado. O julgamento considerou o ex-presidente culpado por golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, além de dano qualificado ao patrimônio público e deterioração de patrimônio tombado.

Com a condenação, ficou definido que Bolsonaro deverá iniciar o cumprimento da pena em regime fechado.

Fonte: DCM

Aprovação de Lula sobe e rejeição cai, mostra Ipsos-Ipec

Segundo o levantamento, 30% dos entrevistados avaliaram a gestão Lula como "ótima/boa", parcela que na última rodada, em junho, era de 25%

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Contagem (MG) - 29 de agosto de 2025 (Foto: Ricardo Stuckert/PR)


Reuters - O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou uma melhora no índice de avaliação positiva, que avançou 5 pontos percentuais, enquanto a desaprovação recuou na mesma proporção, apontou pesquisa Ipsos-Ipec divulgada nesta quinta-feira.

Segundo o levantamento, 30% dos entrevistados avaliaram a gestão Lula como "ótima/boa", parcela que na última rodada, em junho, era de 25%. Os que avaliam o governo como "ruim" ou "péssimo" são 38% agora. Em junho, eram 43%. Aqueles que consideram o governo "regular" são 31% agora, ante 29% da última vez.

"Os números de setembro indicam um respiro importante para o governo, revertendo a tendência de alta da avaliação negativa que marcou o primeiro semestre", disse a diretora da Ipsos-Ipec, Márcia Cavallari.

"A recuperação de 5 pontos na medida positiva é estatisticamente relevante e sugere que a percepção negativa pode ter atingido seu pico em junho."

Os entrevistados também avaliaram a maneira de governar de Lula. A aprovação subiu 5 pontos percentuais, de 39%, em junho, para 44% agora. A desaprovação caiu de 55% para 51%.

Lula segue bem avaliado nas fatias do eleitorado onde tradicionalmente acumula maior popularidade. Ele se sai melhor entre quem declarou ter votado nele, entre os nordestinos, os que possuem ensino fundamental, os de renda familiar mensal de até 1 salário mínimo e os católicos.

Ele tem índices de aprovação mais baixos entre quem afirma ter votado em Jair Bolsonaro, moradores da região Sul, os com mais renda, os que votaram em branco/nulo na última eleição e aqueles com Ensino Médio, além dos evangélicos.

A pesquisa foi realizada com 2.000 pessoas em 132 cidades do Brasil entre 4 e 8 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Fonte: Brasil 247