domingo, 15 de junho de 2025

Ataque israelense mata 45 pessoas em Gaza, muitas em local de ajuda humanitária

Pelo menos 15 morreram enquanto tentavam alcançar o local de distribuição da Fundação Humanitária de Gaza

Palestinos coletam restos de suprimentos de ajuda da Fundação Humanitária de Gaza, apoiada pelos EUA (Foto: Stringer / Reuters)


CAIRO (Reuters) - Ataques aéreos e disparos israelenses mataram pelo menos 45 palestinos na Faixa de Gaza neste sábado, a maioria perto de um ponto de distribuição de ajuda operado pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF, na sigla em inglês), apoiada pelos Estados Unidos, informaram autoridades locais de saúde.

Os médicos dos hospitais Al-Awda e Al-Aqsa, nas áreas centrais de Gaza, para onde a maioria dos feridos foi levada, disseram que pelo menos 15 pessoas morreram enquanto tentavam alcançar o local de distribuição de ajuda da GHF, perto do corredor de Netzarim.

O Exército israelense disse em comunicado que uma aeronave abriu fogo contra uma pessoa "para neutralizar a ameaça" após ela avançar em direção às tropas e ignorar tiros de advertência disparados perto de um grupo.

Na semana passada, o Exército alertou os palestinos a não se aproximarem de rotas que levam aos locais da GHF entre 18h e 6h, horário local, descrevendo essas estradas como zonas militares fechadas. A GHF disse que nenhum de seus centros de distribuição estava aberto neste sábado.

A GHF começou a distribuir pacotes de alimentos em Gaza no final de maio, após Israel suspender parcialmente um bloqueio de quase três meses. Vários palestinos morreram por disparos massivos quase diários ao tentarem alcançar os alimentos.

As Nações Unidas rejeitam o novo sistema de distribuição apoiado por Israel por considerá-lo inadequado, perigoso e uma violação dos princípios de imparcialidade humanitária.

"Nenhum dos nossos locais de distribuição esteve aberto hoje, e não houve incidentes em nossos locais porque estavam fechados", disse a GHF em uma resposta por escrito à Reuters sobre o incidente deste sábado.

O Ministério da Saúde de Gaza disse em um comunicado neste sábado que, até o momento, pelo menos 274 pessoas foram mortas e mais de 2.000 ficaram feridas perto de pontos de distribuição de ajuda desde que a GHF começou a operar em Gaza.

O Hamas, que nega acusações israelenses de roubar assistência, acusou Israel de "usar a fome como arma de guerra e transformar os locais de ajuda em armadilhas de morte em massa de civis inocentes".

Autoridades de saúde do Hospital Shifa, em Gaza, disseram que o fogo israelense matou pelo menos 12 palestinos que aguardavam a chegada de caminhões de ajuda ao longo da estrada costeira, no norte da Faixa de Gaza.

Militares israelenses ordenaram que os moradores de Khan Younis e das cidades vizinhas de Abassan e Bani Suhaila, no sul da Faixa de Gaza, deixassem suas casas e seguissem para o oeste, para a chamada zona humanitária, afirmando que trabalhariam com força contra "organizações terroristas" na área.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Governo já arrecadou R$ 2,2 bilhões com outorgas de bets

Com 74 autorizações concedidas, empresas de apostas online viram alvo do Ministério da Fazenda no esforço por ajuste fiscal e déficit zero

       Divulgação

O governo federal arrecadou R$ 2,22 bilhões com as outorgas de funcionamento concedidas às empresas de apostas esportivas de quota fixa — conhecidas como bets —, conforme dados da Secretaria de Prêmios e Apostas, vinculada ao Ministério da Fazenda, informa o Metrópoles.

As 74 autorizações emitidas até o momento permitem a operação legal dessas plataformas no Brasil. Cada licença custou R$ 30 milhões, montante que se tornou peça estratégica no esforço do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), para equilibrar as contas públicas após o recuo do governo na decisão de elevar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

✱ Arrecadação com fiscalização cresce em 2025 - Além das outorgas, o governo arrecadou R$ 30,5 milhões em taxas de fiscalização pagas pelas bets nos primeiros quatro meses de 2025, segundo o Metrópoles. A cobrança mensal, regulamentada por regras atualizadas em fevereiro, incide conforme a estrutura de custos das operadoras. Os valores são repassados diretamente ao Tesouro Nacional.

Os dados da Secretaria de Prêmios e Apostas indicam crescimento constante da arrecadação ao longo dos meses: 

    ▸ Janeiro: R$ 6,8 milhões
    ▸ Fevereiro: R$ 7,1 milhões
    ▸ Março: R$ 7,3 milhões
    ▸ Abril: R$ 9,3 milhões

O salto de 36% entre janeiro e abril revela o impacto da regularização do setor e das novas exigências do governo.

✱ Apostas e ajuste fiscal - Durante pronunciamento realizado em 8 de junho, Haddad detalhou um pacote de medidas fiscais que têm como objetivo garantir a meta de déficit zero. Entre os instrumentos anunciados, está o aumento da alíquota aplicada sobre o Gross Gaming Revenue (GGR) das empresas de apostas, que subirá de 12% para 18%. O GGR corresponde à receita bruta das bets, descontados os prêmios pagos e o Imposto de Renda sobre esses valores.

Além dessa elevação, o governo propôs taxar em 5% os rendimentos de títulos que até então eram isentos de IR, como as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA). Também está na mira do Congresso a revisão das isenções fiscais — atualmente estimadas em R$ 800 bilhões — e o corte de 10% nos chamados gastos tributários.

Outra medida relevante é a exclusão da alíquota mínima de 9% da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) das empresas. A partir da mudança, os percentuais passarão a variar entre 15% e 20%, eliminando a faixa mais baixa de contribuição.

O pacote ainda inclui discussões sobre cortes em despesas primárias. Esse ponto específico, no entanto, será tratado pelos líderes partidários junto às bancadas parlamentares, com vistas a construir um consenso sobre quais áreas podem sofrer reduções.

✱ Setor em expansão e foco da arrecadação - Com a legalização progressiva do mercado de apostas online, o governo passou a tratar o setor como importante fonte de receita. Em meio ao desafio de ajustar as contas públicas e diante da resistência do Congresso a cortes de benefícios, as bets se tornaram um dos caminhos mais viáveis para elevar a arrecadação sem ampliar impostos sobre a população em geral.

A tendência é que o setor continue sob forte escrutínio, tanto pelo seu potencial de crescimento quanto pela necessidade do governo federal de explorar novas formas de compensar renúncias fiscais e alcançar a sustentabilidade das contas públicas.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Movimento do clã Bolsonaro pelo Senado faz Júlia Zanatta cogitar deixar o PL

Carlos Bolsonaro o pai Jair Bolsonaro durante o debate da Band, em São Paulo. Foto: André Ribeiro/FUTURA PRESS
No início de junho o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comunicou à deputada Julia Zanatta (PL‑SC) que pretende lançar seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro (PL‑RJ), como candidato ao Senado nas eleições de 2026. O aviso foi feito por telefone e é parte de uma reestruturação política liderada pelo ex-presidente para ampliar a influência da família no Congresso.

A movimentação causou tensão interna no Partido Liberal, já que a mudança interfere diretamente nos planos de Julia Zanatta, que desejava disputar o Senado por Santa Catarina. Com o novo arranjo, ela foi orientada por Bolsonaro a tentar a reeleição como deputada federal. A parlamentar iniciou conversas com outros partidos, como PP e União Brasil, e avalia uma possível mudança de legenda.

Vale destacar o gesto de Carlos Bolsonaro que desafia o próprio clã e cogita uma candidatura ao Senado por São Paulo, o que escancara as rachaduras na estratégia política da família. A eventual disputa por outro estado também confronta a lógica partidária, já que ele é vereador no Rio e tem sua base eleitoral consolidada na capital fluminense.

   A Deputada Federal Julia Zanatta (PL -SC). Foto: Reprodução/ Câmara dos Deputados
A nova composição desenhada pelo ex-presidente inclui Carlos Bolsonaro na disputa ao Senado catarinense e Caroline de Toni (PL-SC) como vice ou em outra posição estratégica. A manobra, no entanto, provocou desconforto entre aliados e abriu uma disputa velada por espaços nas chapas majoritárias.

No Rio de Janeiro, Carlos não terá espaço, pois Flávio Bolsonaro tentará a reeleição ao Senado. Já em São Paulo, a previsão é que Eduardo Bolsonaro ocupe a vaga da família, salvo uma mudança de rumo em que seja escolhido para concorrer à Presidência da República.

Em meio à tensão, lideranças do PL se preocupam com a sobreposição de candidaturas da família Bolsonaro. Apesar dos esforços para manter a coesão familiar no jogo político, interesses pessoais e ambições individuais têm dificultado o consenso. A disputa por protagonismo entre os filhos de Jair Bolsonaro tende a influenciar diretamente as composições eleitorais nos próximos meses.

Fonte: DCM

VÍDEO: Primeira-dama bolsonarista do DF é quase atingida por míssil em Israel e larga secretários


         A primeira-dama do DF, Mayara Noronha Rocha, em visita a vacas de Israel: modelito Jeová me chama

A primeira-dama do Distrito Federal, Mayara Noronha Rocha, relatou nas redes sociais o momento de tensão que viveu em Israel após presenciar a interceptação de um míssil do Irã.

Ela estava em visita de jabá ao país quando ouviu uma sirene. “Vi que um míssil se chocou com o outro, ao ser interceptado por Israel. Na hora, eu só pensei em correr e me escondi em um bunker”, relatou.

Evangélica e bolsonarista, Mayara visitava um kibutz e cumpria “compromissos na região” quando foi surpreendida pela sirene de alerta. A comitiva incluía os secretários Marco Antônio Costa (Ciência, Tecnologia e Inovação), Rafael Bueno (Agricultura) e Ana Paula Soares Marra (Desenvolvimento Social).

“Que isso, gente. Eu quero ir embora. Não quero ficar, não”, ela diz. Seu modelito, de chapéu e macaquinho amarelo, chamou a atenção dos israelenses.

Eles ainda decidiram ir até áreas próximas à Faixa de Gaza. “Já que eu estava ali, quis ver com meus olhos aquele cenário e não apenas me deixar levar pelo noticiário. Não vou dizer se foi certo ou errado, mas acho que eu precisava ter vivido aqueles momentos para o meu lado espiritual. Foi uma sensação horrorosa estar lá, extremamente pesado e triste”, afirma.
Durante a madrugada, Mayara mexeu os pauzinhos para fugir de Israel. “Quando cheguei, vi uma explosão de notícias e mensagens em grupos (sobre o ataque)”, afirmou. A primeira-dama já está em solo brasileiro.

Mayara relatou que tem mantido contato constante com os secretários e acompanhantes que deixou para trás. “Converso o tempo todo com eles. Todos estão tranquilos, a preocupação maior é com os familiares daqui”, diz.

Enquanto isso, os secretários de Estado do DF que ficaram ainda não têm previsão de retorno. Refugiam-se num bunker. Autoridades israelenses se comprometeram a garantir o retorno do grupo “assim que possível”. Ou seja, só Jeová sabe.

Fonte: DCM

“Posto Ipiranga 2”: Michelle pode concorrer à Presidência com Campos Neto na Fazenda


        Michelle Bolsonaro em ato pró-anistia na Avenida Paulista em 2024. Foto: Taba Benedicto/Estadão

Lideranças ligadas à direita discutem a possibilidade de Michelle Bolsonaro disputar a Presidência da República nas eleições de 2026. A ex-primeira-dama seria apresentada com um nome de peso para comandar a economia, em uma estratégia antecipada que busca atrair o apoio do mercado financeiro. Com informações de Letícia Casado, do Uol.

Essas articulações ganham força especialmente se o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), decidir buscar a reeleição e não entrar na disputa presidencial. Nesse caso, Michelle assumiria protagonismo como possível cabeça de chapa com apoio declarado do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Entre os aliados mais próximos da família, a ideia é repetir o modelo adotado em 2018, quando Bolsonaro apresentou Paulo Guedes como responsável pela política econômica. Agora, a aposta seria em Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central e atualmente na iniciativa privada, visto como o nome ideal para garantir respaldo técnico e aceno ao mercado.

Campos Neto já teria indicado a Tarcísio no ano passado, que aceitaria assumir o Ministério da Fazenda em um eventual governo. Com a indefinição sobre o futuro político do governador, o economista volta a ser cotado como peça-chave no plano da direita para 2026.

Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central. Foto: Fábio Rodrigues/Agência brasil
O prazo legal para que políticos deixem cargos públicos e possam se candidatar termina em abril de 2026. Até lá, aliados esperam que a decisão sobre quem representará o grupo bolsonarista esteja fechada. A expectativa é que isso aconteça até março.

Em outra frente, interlocutores também discutem uma possível composição entre Tarcísio e Michelle. Nessa hipótese, ela seria candidata a vice formando uma chapa considerada “dos sonhos” por nomes do núcleo duro conservador. Caso Michelle encabece a candidatura, os articuladores defendem que o vice seja um homem do Nordeste, a região onde a direita ainda enfrenta resistência.

A escolha teria como objetivo equilibrar forças regionais e ampliar a competitividade da chapa. Entre os nomes avaliados, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) é apontado como favorito para ocupar essa vaga. Além da origem nordestina, ele traria peso político e reforçaria a aliança com o Progressistas, partido estratégico para a consolidação do projeto eleitoral.

Fonte: DCM com informações do UOL

Congresso exige corte de gastos, mas engaveta propostas contra supersalários e privilégios militares

Enquanto critica alta de impostos sobre os mais ricos, Legislativo ignora projetos que reduzem despesas sem afetar contribuintes

                            Fernando Haddad e Hugo Motta (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Em meio ao debate acalorado sobre responsabilidade fiscal, o Congresso Nacional intensifica a pressão para que o governo reduza gastos públicos sem recorrer ao aumento de impostos. A cobrança ganhou fôlego após o desgaste causado pela elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). No entanto, propostas que atendem justamente à exigência dos parlamentares — ou seja, medidas de ajuste fiscal sem impacto tributário direto — estão paralisadas dentro da própria Casa, destaca o Metrópoles.

Dois exemplos evidentes dessa contradição são o projeto que põe fim aos chamados “supersalários” no funcionalismo público e a proposta do governo Lula que altera as regras da previdência dos militares. Nenhum dos textos implica aumento de tributos, mas ambos enfrentam forte resistência e seguem sem avanço legislativo.

◉ Supersalários ignorados - O projeto que limita os pagamentos que ultrapassam o teto constitucional dos servidores públicos tramita no Congresso desde 2016. Aprovado pela Câmara dos Deputados em 2021, o texto aguarda desde então a apreciação do Senado Federal.

A proposta busca estabelecer critérios claros para o pagamento de benefícios adicionais — os chamados “penduricalhos” — que elevam a remuneração de servidores além do limite permitido pela Constituição. A regra se aplicaria a todos os Três Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. A resistência, no entanto, é generalizada e reflete o peso de corporações e grupos de interesse que atuam contra a aprovação do projeto.

◉ Previdência dos militares sem parâmetro - Outro ponto sensível, mas igualmente ignorado pelos parlamentares, é a previdência dos militares. Diferente dos demais servidores, os integrantes das Forças Armadas não têm idade mínima estabelecida para a aposentadoria. Basta cumprir 35 anos de serviço para passar à reserva.

Buscando corrigir essa distorção, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou ao Congresso, em dezembro de 2024, uma proposta que institui a idade mínima de 55 anos para a aposentadoria de militares. O projeto foi encaminhado junto a outras iniciativas do pacote de ajuste fiscal, mas segue engavetado na Câmara dos Deputados há mais de seis meses, sem qualquer despacho.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Joice Hasselmann diz ter sido alertada por Mourão sobre minuta de golpe: “Só falta assinar”

A jornalista Mara Luquet com a ex-deputada Joyce Hasselman durante a entrevista. Foto: Reprodução/My News

A ex-deputada Joice Hasselmann revelou, em entrevista à jornalista Mara Luquet, no canal MyNews, que foi informada pelo então vice-presidente Hamilton Mourão sobre a existência de uma minuta golpista que estaria pronta para ser assinada por Jair Bolsonaro. Segundo ela, o episódio ocorreu enquanto exercia a função de líder do governo e foi determinante para sua decisão de deixar o cargo.

Joice relatou que, ao saber do documento, procurou o ministro Dias Toffoli do Supremo Tribunal de Justiça (STF) e entregou a informação, mesmo sem provas materiais. “Falei: ‘Toffoli, eu preciso falar com você’. Fui até a casa dele num sábado. Ele colocou música alta, parecia cena de filme”, disse, insinuando receio do ministro de estar sendo gravado.

Segundo a ex-parlamentar, Mourão foi direto ao afirmar: “Só falta ser assinada”. A gravidade da situação a fez tomar providências imediatas. “Eu não consegui não fazer nada, ainda que fosse do governo”, afirmou Joice, ressaltando que se tratava de uma ameaça direta à democracia e à Constituição.

A relação de Hasselmann com o governo já estava desgastada, especialmente com os filhos do presidente. “O Eduardo sempre me odiou e eu retribuo com gentileza. Não tenho ódio, tenho desprezo”, disparou. Ela condicionou sua saída à aprovação da reforma da Previdência e afirmou que o ambiente no Planalto era hostil.

Ao relatar o encontro com Toffoli, Joice disse que o clima era de tensão, que teria contado tudo e avisado: ‘Vocês se preparem, porque não é brincadeira o que está acontecendo. O Bolsonaro é louco e ele é capaz de fazer isso’”. O ministro teria se espantado com a informação. Ainda detalhou que havia um rascunho de um novo Ato Institucional nos moldes da ditadura militar. “Existe já um rascunho para o golpe, um rascunho chamando o novo Ato Institucional”.

Apesar da relação difícil com Toffoli, Joice afirmou que ele ouviu o relato e prometeu compartilhar a informação com outros ministros do Supremo. “Pedi que ele dividisse a preocupação. Eu não podia correr o risco disso acontecer. Eu alertei o Supremo”, declarou. A ex-aliada posiciona-se agora como uma das vozes que alertaram as instituições sobre riscos à democracia.

Veja o vídeo da entrevista:

Fonte: DCM

"Estamos no rumo certo", diz Gleisi Hoffmann sobre avanços na educação e recorde de brasileiros com ensino superior

Ministra destaca políticas iniciadas no governo Lula como responsáveis por aumento na escolaridade e redução do analfabetismo, segundo dados do IBGE

                                   Gleisi Hoffmann e Lula (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

A ministra das Relações Institucionais do governo Lula (PT), Gleisi Hoffmann (PT), celebrou os avanços educacionais registrados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2024. Em uma postagem nas redes sociais, Gleisi afirmou que “pela primeira vez a população brasileira com mais de 25 anos tem ensino superior completo, de acordo com o IBGE”, classificando o dado como um “recorde histórico”.

Segundo a ministra, esse resultado é fruto de políticas lançadas nos governos anteriores de Lula. Ela citou como marcos decisivos o Programa Universidade para Todos (Prouni), o Novo Fies, o Reuni e as políticas de cotas. “Ainda há muito a fazer, mas os resultados mostram que estamos no rumo certo. Dinheiro para educação é investimento!”, declarou.
◉ Ensino superior atinge recorde - De acordo com a PNAD Contínua sobre Educação, divulgada nesta sexta-feira (14) pelo IBGE, 20,5% das pessoas com 25 anos ou mais de idade tinham ensino superior completo em 2024 — o maior índice da série histórica, iniciada em 2016. A marca supera o percentual de 19,7% registrado em 2023.

Também cresceu a proporção de brasileiros que concluíram a educação básica obrigatória (ensino médio ou superior): de 54,8% em 2023 para 56,0% em 2024. Entre as mulheres, o índice chegou a 57,8%.

◉ Analfabetismo atinge menor taxa da série histórica - Outro dado comemorado por Gleisi foi a taxa de analfabetismo no Brasil, que caiu para 5,3% da população com 15 anos ou mais, totalizando 9,1 milhões de pessoas. Em 2016, esse número era de 6,7%.

“Batemos também o recorde histórico de alfabetização”, destacou a ministra. A queda em relação a 2023 (5,4%) representa menos 197 mil pessoas analfabetas.

A pesquisa mostra ainda que o analfabetismo segue altamente concentrado em regiões historicamente mais vulneráveis. O Nordeste responde por 55,6% do total de analfabetos do país, e o Sudeste por 22,5%. Entre os idosos com 60 anos ou mais, a taxa de analfabetismo é de 14,9%.

Também cresceu a proporção de brasileiros que concluíram a educação básica obrigatória (ensino médio ou superior): de 54,8% em 2023 para 56,0% em 2024. Entre as mulheres, o índice chegou a 57,8%.

◉ Desigualdades persistem - Apesar do avanço geral, os dados apontam desigualdades raciais e regionais persistentes. Entre as pessoas pretas ou pardas com 15 anos ou mais, a taxa de analfabetismo foi de 6,9%, mais que o dobro dos 3,1% verificados entre pessoas brancas. A média de anos de estudo também evidencia essa disparidade: 11,0 anos entre brancos e 9,4 entre pretos ou pardos.

Além disso, apenas 27,1% dos jovens de 18 a 24 anos estavam cursando o ensino superior — índice ainda distante da meta de 33% prevista no Plano Nacional de Educação (PNE). Entre jovens brancos, esse índice chega a 37,4%, mas entre pretos e pardos é de apenas 20,6%.

◉ Abandono escolar e evasão seguem desafiando políticas públicas - O estudo também aponta que 8,7 milhões de jovens entre 14 e 29 anos não haviam completado o ensino médio em 2024. A maioria era formada por pessoas pretas ou pardas (72,5%) e homens (59,1%).

A evasão escolar se intensifica a partir dos 16 anos, com taxas que superam 20% aos 18. Os principais motivos citados para o abandono foram a necessidade de trabalhar (42,0%) e a falta de interesse (25,1%). Entre as mulheres, a gravidez apareceu como segundo maior motivo (23,4%), seguida de afazeres domésticos (9,0%).

◉ Creches continuam inacessíveis para muitos - A falta de vagas em creches ainda é uma barreira considerável. No Norte e no Nordeste, cerca de 40% dos pais ou responsáveis de crianças entre 0 e 3 anos apontaram a ausência de creches ou a recusa de matrícula como motivo para a não frequência escolar.

Embora o Brasil esteja longe de alcançar todas as metas do PNE, os dados de 2024 sinalizam progressos consistentes em áreas estratégicas da educação. A ampliação do acesso ao ensino superior, a redução do analfabetismo e o crescimento da escolarização infantil são conquistas que, na avaliação da ministra Gleisi Hoffmann, se devem à continuidade de políticas públicas iniciadas nas gestões petistas. “Estamos no rumo certo”, resumiu.

Fonte: Brasil 247

sábado, 14 de junho de 2025

Risco de fuga faz Moraes vetar ida de cacique bolsonarista a ritual xavante


                       José Acácio Tserere Xavante, conhecido como Serere Xavante – Foto: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou o pedido do cacique bolsonarista Tserere Xavante para sair da prisão domiciliar e participar de um ritual tradicional de seu povo, no Mato Grosso. A decisão considera o histórico de fuga do réu, que descumpriu medidas cautelares anteriores e foi capturado na fronteira com a Argentina em dezembro de 2024.

O magistrado destacou que o bolsonarista ficou foragido por cinco meses, entre julho e dezembro de 2024. “O réu, em anterior ocasião em que esteve submetido a medidas cautelares, permaneceu foragido por cinco meses, tendo sido preso em região de fronteira com a Argentina, o que revela a absoluta necessidade e adequação das medidas cautelares ora vigentes”, afirmou o ministro.

A cerimônia indígena está programada para ocorrer entre os dias 9 e 15 de junho e inclui atividades culturais como furação de orelhas, corrida com troncos e caça simbólica. A defesa de Tserere alegou que impedir sua participação seria uma violação à liberdade cultural e religiosa do povo Xavante, afetando também ritos de passagem de seu filho adolescente.

Mesmo diante dos argumentos, Moraes foi categórico: “Cabe ao requerente adequar seu cotidiano às medidas cautelares determinadas e não o contrário”.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal – Foto: Adriano Machado/Reuters

Tserere foi preso inicialmente em 2022 por decisão do STF, acusado de ameaçar ministros da Corte, convocar grupos armados para impedir a diplomação do presidente Lula e invadir área restrita do Aeroporto de Brasília.

Em setembro de 2023, deixou a prisão com tornozeleira eletrônica, mas voltou a descumprir as regras judiciais.

Em dezembro de 2024, ele foi recapturado pela Polícia Federal em Foz do Iguaçu (PR), após cruzar a fronteira em busca de asilo político na Argentina. Agora, permanece em prisão domiciliar sob medidas cautelares.

Fonte: DCM

Al Ahly x Inter Miami pelo Mundial de Clubes: veja horário, onde assistir e provável escalação

Foto: ZUMA Press, Inc. / Alamy Stock Photo

Al Ahly e Inter Miami vão entrar em campo neste sábado (14) na partida de abertura do Mundial de Clubes da Fifa. O duelo, que acontecerá às 21h (de Brasília), no Hard Rock Stadium, em Miami, é válido pelo Grupo A do torneio.
Único representante do Egito na Copa do Mundo de Clubes, o Al Ahly garantiu a vaga após conquistar os títulos da Liga dos Campeões da CAF nas temporadas de 2020/21, 2022/23 e 2023/24.

Já a equipe americana, com Messi e Suárez como grandes estrelas, se classificou para a Copa do Mundo de Clubes como representante do país-sede. Abaixo, confira todos os detalhes e prováveis escalações para o duelo de estreia da competição.


Onde assistir Al Ahly x Inter Miami?


O duelo de estreia do Mundial de Clubes entre Al Ahly e Inter Miami terá transmissão: 

SporTV (TV fechada) 
CazéTV (Youtube)  
DAZN (streaming)

Ficha técnica
Partida: Al Ahly x Inter Miami - Mundial de Clubes
Data: 14/06/2025
Horário: 21h (de Brasília)
Local: Hard Rock Stadium, Miami, Flórida

Transmissão: 
SporTV (TV fechada) 
CazéTV (Youtube)  
DAZN (Streaming)

Prováveis escalações
Al Ahly: El-Shenawy; Hany, Dari, Aash e Debes; Romdhane, Ashour e Attia; Mohamed, Trézéguet e Bencharki. 
Técnico: José Riveiro.

Inter Miami: Ustari; Weigandt, Allen, Martínez e Falcón; Segovia, Cremaschi, Busquets e Allende; Suárez e Messi. Técnico: Javier Mascherano.

Veja a lista de prefeitos e vice-prefeitos em Israel

Prefeitos brasileiros em bunker durante ataques do Irã a Israel

Saiba quem são as autoridades brasileiras em missão oficial que ficaram impedidas de deixar Israel após o agravamento das tensões com o Irã:

1. Wanderley Barbosa (Republicanos) – governador do Tocantins
2. Johnny Maycon (PL) – prefeito de Nova Friburgo (RJ)
3. Cícero Lucena (Progressistas) – prefeito de João Pessoa (PB)
4. Álvaro Damião (União Brasil) – prefeito de Belo Horizonte (MG)
5. Janete Aparecida (Avante) – vice-prefeita de Divinópolis (MG)
6. Vanderlei Pelizer (PL) – vice-prefeito de Uberlândia (MG)
7. Maryanne Mattos (PL) – vice-prefeita de Florianópolis (SC)
8. Cláudia Silva Lira (Avante) – vice-prefeita de Goiânia (GO)



Secretários do Distrito Federal
1. Marco Antônio Costa: secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação
2. Ana Paula Soares Marra: secretária de Desenvolvimento Social
3. Rafael Bueno: secretário de Agricultura
4. José Eduardo Pereira Filho: secretário executivo do Consórcio Brasil Central — consórcio interestadual composto pelo Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins

Secretários de MS
Uma comitiva do governo de Mato Grosso do Sul está em Israel e aguarda retorno ao Brasil. São eles:

1. Christinne Maymone: secretária adjunta da Secretaria de Estado de Saúde (SES)
2. Marcos Espíndola: responsável pelo setor de tecnologia da SES
3. Ricardo Senna: secretário executivo de Ciência e Tecnologia

Fonte: DCM

Lula lidera corrida presidencial em 2026, mas empata com Tarcísio e Bolsonaro em eventual 2º turno, diz Datafolha

Pesquisa Datafolha mostra estabilidade do petista no 1º turno e avanço da direita em cenários de confronto direto


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém a dianteira na disputa presidencial de 2026 em simulações de primeiro turno, segundo levantamento do Datafolha divulgado nesta semana, informa o jornal Folha de S. Paulo. A pesquisa, feita com 2.004 eleitores em 136 cidades entre os dias 10 e 11 de junho, mostra que Lula registra de 36% a 38% das intenções de voto em cinco dos seis cenários analisados. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. No entanto, o petista viu sua vantagem se reduzir significativamente em confrontos de segundo turno, especialmente diante de nomes ligados à direita.

Apesar de estar à frente de todos os possíveis adversários testados no primeiro turno, o desempenho de Lula destoa de sua aprovação como governante: apenas 28% dos entrevistados consideram sua gestão ótima ou boa. Esse descompasso se explica, segundo o instituto, pela fragmentação de candidaturas e pelo fato de Lula ser o único nome forte da esquerda no páreo.

Em uma simulação sem Lula na disputa, substituído pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), o desempenho da esquerda despenca. Nesse cenário, Haddad aparece com 23%, ficando atrás de Jair Bolsonaro (PL), que mesmo inelegível até 2030, marca 37% das intenções de voto.

Quando o confronto é entre Lula e Bolsonaro, há empate técnico. O petista aparece com 36% e o ex-presidente com 35%. Já os governadores de direita testados — Ratinho Jr. (PSD-PR), Romeu Zema (Novo-MG) e Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) — apresentam desempenho modesto, oscilando entre 5% e 7% das intenções.

O nome de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), governador de São Paulo e aliado direto de Bolsonaro, mostra força relativa. No primeiro turno, Lula vence Tarcísio por 37% a 21%. Contra outros nomes da família Bolsonaro, o presidente também leva vantagem: vence Michelle Bolsonaro por 37% a 26%, Flávio Bolsonaro por 38% a 20% e Eduardo Bolsonaro por 37% a 20%.

A rejeição aos candidatos continua sendo um fator determinante. Lula é rejeitado por 46% dos eleitores, enquanto Bolsonaro tem 43% de rejeição. A família Bolsonaro apresenta índices próximos: 32% não votariam em Eduardo, 31% em Flávio e 30% em Michelle. Haddad é rejeitado por 29%, enquanto Ratinho Jr. e Zema têm 19% e 18%, respectivamente. Caiado e Tarcísio dividem o menor índice, com 15%.

O cenário se torna mais desfavorável para Lula quando a disputa vai para o segundo turno. Em abril, o presidente vencia Bolsonaro por 49% a 40%. Agora, o cenário é de empate: 45% para o ex-presidente e 44% para o atual. A diferença também caiu contra Tarcísio, passando de 48% a 39% para 43% a 42% a favor de Lula. Michelle Bolsonaro, por sua vez, reduziu a desvantagem de 12 para apenas 4 pontos percentuais: de 50% a 38% para 46% a 42%.

O presidente ainda teria vantagem mais confortável contra os filhos do ex-mandatário: 46% a 38% contra Eduardo e 47% a 38% contra Flávio. Já Haddad, em um eventual segundo turno contra Bolsonaro, aparece atrás com 40% contra 45%, revertendo o cenário de abril, quando vencia por 45% a 41%.

Os números confirmam a leitura que já circula entre analistas políticos e nos bastidores partidários: Lula continua como figura central da esquerda, mesmo com a queda de sua aprovação, e o bolsonarismo segue como principal força da oposição — mesmo com Jair Bolsonaro fora do jogo eleitoral. A disputa na direita permanece aberta, com Tarcísio de Freitas despontando como o nome mais competitivo, embora sua candidatura dependa do apoio direto de Bolsonaro.

Por ora, o ex-presidente mantém o protagonismo e sinaliza apostar em alternativas dentro da própria família, o que torna o xadrez eleitoral de 2026 ainda mais imprevisível.

Fonte: Agenda do Poder

Pastor que quis quebrar a mandíbula de Lula é acusado de desvio de R$ 500 mil

Pastor Anderson Silva, fundador do movimento Machonaria – Foto: Reprodução


A “Machonaria” enfrenta uma grave crise após 18 pastores renunciarem coletivamente aos cargos, acusando o presidente Anderson Silva de má gestão e falta de transparência.

Segundo os ex-integrantes, o líder religioso não prestava contas sobre a movimentação financeira do hub social, em Samambaia Sul, e centralizava todas as decisões, inclusive o controle das contas bancárias. Os pastores relatam atrasos no pagamento de contas básicas, salários, férias e impostos, além de um suposto “sumiço” de R$ 500 mil.

Os relatos indicam que o dinheiro arrecadado vinha de eventos, rifas, doações e vendas de produtos. Mesmo com a arrecadação de mais de R$ 626 mil em 2023, dívidas se acumularam e parte dos projetos sociais foi suspensa. Os pastores afirmam que não foram atendidos em pedidos de reunião com Anderson e decidiram romper com a instituição em maio deste ano. Silva já havia sido afastado do controle de outra igreja que havia fundado.

Em 2023, ao lado do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), o pastor disse que os evangélicos teriam que pedir a Deus para matar os seus inimigos, quebrar a mandíbula do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e prostrar enfermidades nos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Fonte: DCM