sexta-feira, 13 de junho de 2025

Brasil condena ataques de Israel contra o Irã e alerta para risco de guerra generalizada

Governo brasileiro critica violação da soberania iraniana e pede fim imediato das hostilidades no Oriente Médio

Palácio do Itamaraty (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O Itamaraty emitiu, na manhã desta sexta-feira (13), uma nota oficial condenando os ataques aéreos realizados por Israel contra o território do Irã nesta madrugada. "A ofensiva aérea israelense lançada na última madrugada contra o Irã representa uma clara violação à soberania desse país e ao direito internacional", afirma o comunicado, que expressa “forte preocupação” com a escalada do conflito. A nota adverte que os ataques “ameaçam mergulhar toda a região em conflito de ampla dimensão, com elevado risco para a paz, a segurança e a economia mundial”.

O Brasil, que ocupa posição de destaque em organismos multilaterais e vem defendendo soluções diplomáticas para os principais conflitos globais, voltou a apelar pelo diálogo e pela contenção. “O Brasil insta todas as partes envolvidas ao exercício da máxima contenção e exorta ao fim imediato das hostilidades”, diz o texto.

A posição brasileira é coerente com sua tradição diplomática de defesa da não intervenção, do multilateralismo e do respeito à soberania dos Estados. O governo do presidente Lula tem se posicionado sistematicamente contra ações militares unilaterais que agravam tensões geopolíticas, como ocorreu também em relação ao conflito na Faixa de Gaza e à guerra na Ucrânia.

Fonte: Brasil 247

Bolsonarista Alexandre Correa é condenado a 3 anos de prisão; saiba o motivo

Ana Hickmann e Edu Guedes, e o empresário Alexandre Correa – Foto: Reprodução

Alexandre Correa, ex-marido de Ana Hickmann, foi condenado a três anos de prisão por difamação contra Edu Guedes, atual companheiro da ex-modelo. A decisão da 4ª Vara Criminal da Barra Funda foi divulgada na quinta-feira (12). Segundo a sentença, o empresário bolsonarista teria feito acusações sem provas com o objetivo de atingir a honra de Guedes.

A juíza responsável pelo caso afirmou que Correa “extrapolou os limites da liberdade de expressão e de opinião, imputando a Edu a prática de atos criminosos”.

Ainda não há definição sobre o regime em que a pena será cumprida ou se poderá ser convertida em medidas alternativas. A defesa de Alexandre não se manifestou sobre a decisão até o momento. A condenação ainda cabe recurso.

Fonte: DCM

Ministro, médicos e empresários: quem eram as vítimas da queda da queda de avião na índia


Momento em que avião cai e explode na Índia, na quinta-feira, 12 de junho de 2025 – Foto: Reprodução

Entre as 242 pessoas a bordo do Boeing 787-8 Dreamliner da Air India, que caiu na quinta-feira (12) após decolar de Ahmedabad rumo a Londres, estavam médicos, empresários, políticos e casais em viagem. A tragédia repercutiu na Índia, no Reino Unido, em Portugal e no Canadá.

O voo AI171 perdeu altitude logo após deixar a pista e caiu nas proximidades do terminal, atingindo um prédio.

Vítimas do acidente


O casal britânico Fiongal Greenlaw e Jamie Meek, que voltava de férias na Índia, também estava a bordo. Fiongal era fundador da empresa de bem-estar The Wellness Foundry, e Jamie atuava como diretor de eventos.

Outro casal britânico, Akeel Nanabawa e Hannaa Vorajee, empresários de Gloucestershire, também morreu no desastre.

Entre as vítimas políticas, destaca-se Vijay Rupani, 68, ex-ministro-chefe de governo do estado de Gujarat. Ele liderou o governo estadual entre 2016 e 2021 pelo Partido Bharatiya Janata. Sua morte gerou homenagens de diversas autoridades indianas. Ele era o 12º nome na categoria Classe Executiva, identificado como parte da Classe Z.

Fiongal Greenlaw, Vijay Rupani e Nirali Patel: vítimas da queda da aeronave – Foto: Reprodução
A canadense Nirali Pastel, dentista que residia em Toronto, também estava no voo. Ela retornava ao país após visitar familiares na Índia.

Único sobrevivente

O britânico Vishwash Kumar Ramesh, 40, é o único sobrevivente identificado. Ele conseguiu escapar dos destroços e ligou para o pai. Está internado com ferimentos no peito, nos olhos e nos pés. Seu irmão, Ajay Kumar Ramesh, está entre as vítimas.
Vishwash Kumar Ramesh, sobrevivente do acidente aéreo ocorrido na Índia na quinta-feira, 12 de junho – Foto: Reprodução

Exclusivo: Zambelli paga esposa de ex-assessor que foi elo com Delgatti


                              Jean Hernani Vilela, ex-assessor de Carla Zambelli. Foto: reprodução

O gabinete da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), fugitiva da Justiça brasileira com mandado de prisão decretado, transferiu de outubro do ano passado a maio deste ano um total de R$ 125.140 a uma empresa de comunicação fundada em 2023 pela esposa de seu ex-assessor Jean Hernani Guimarães Vilela, que fora exonerado do cargo em agosto do ano passado, após ser alvo de mandado de busca e apreensão da Polícia Federal e de quebra de sigilo bancário e telefônico.

O motivo: foi Hernani, segundo os policiais federais, o homem responsável por pagar e negociar com o hacker Walter Delgatti, contratado pela parlamentar para inserir um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Dias após a operação policial, Zambelli exonerou o então assessor, tentando desvencilhar-se (ao menos, publicamente) daquele que desembolsou o dinheiro e contratou o serviço de Delgatti, em nome do gabinete da congressista.

Só o que Zambelli evitou tornar público foi o fato de que, um mês após mandar embora o assessor investigado, já estava contratando a empresa de sua esposa (fundada havia pouco mais de um ano), para ser a principal agência de comunicação e gerenciamento das redes sociais da bolsonarista.

O disfarce para continuar pagando seu assessor investigado pela PF por relação com o hacker de Araraquara (SP) sem levantar suspeitas não foi dos mais brilhantes, como é marca das estratégias de Zambelli.

Não apenas porque Monica Romina Santos de Sousa, a esposa de Jean Hernani, é única proprietária da jovem empresa contratada pela deputada, mas também porque a firma que a cônjuge fundou e preside tem o nome do marido: Hernani Filmes e Marketing Digital Ltda.

De outubro de 2024 a maio deste ano, foi a Hernani Filmes quem ganhou para fazer postagens nas redes sociais de Carla Zambelli. A empresa responsável pela tarefa anteriormente era a Thj Filmes e Marketing Digital Ltda, cujo único proprietário é Thomas dos Santos Souza, irmão da esposa do ex-assessor de Zambelli. Conforme dito, os disfarces nunca chegam a ser brilhantes, é a marca da deputada.

Em outubro de 2024, Zambelli achou por bem contratar as duas empresas, a da esposa e a do cunhado de seu assessor que contratara Delgatti. Para a primeira, entregou R$ 21.100. Para a segunda, o valor foi o que ela vinha pagando todos os meses: R$ 13.100.

Quer dizer: sem qualquer aumento no volume de trabalho, Zambelli resolveu pagar para a esposa de Hernani quase o dobro do que estava acostumada a gastar com suas redes sociais.

Já em novembro de 2024, pagou R$ 21.100 à firma da cunhada do ex-assessor e outros R$ 27.500 à empresa da esposa do mesmo. De novo aumentando seu gasto com posts de redes sociais. De novo sem justificar o motivo,

A partir daí, pagou só á empresa da esposa do ex-assessor, até ter entregue mais de R$ 104 mil à cônjuge.

Veja, abaixo, algumas das notas mensais com os valores que o contribuinte brasileiro repassou para o ex-assessor de Zambelli, exonerado por estar sob investigação da Polícia Federal, por ter pago Delgatti para hackear o TSE. Ao contrário de Jair Bolsonaro (PL-RJ), Zambelli não abandona seus asseclas na rua da Amargura.

Outubro de 2024: esposa e cunhado de ex-assessor investigado de Carla Zambelli levam dinheiro público via gabinete da deputada (crédito: Câmara dos Deputados)

 

Novembro de 2024: esposa e cunhado de ex-assessor investigado de Carla Zambelli levam dinheiro público via gabinete da deputada (crédito: Câmara dos Deputados)

 

Fevereiro de 2025: esposa de ex-assessor investigado de Carla Zambelli leva dinheiro público via gabinete da deputada (crédito: Câmara dos Deputados)

Trajetória do assessor protegido de Zambelli



Jean Hernani Guimarães Vilela era auxiliar parlamentar júnior do gabinete da liderança do governo de Jair Bolsonaro (PL) no Congresso quando sua esposa, Monica Romina Santos de Sousa, em abril de 2022, abriu agência de marketing digital.

Desde então, pelo menos 13 deputados do Partido Liberal (PL) já contrataram a empresa, que lucrou mais de R$ 340 mil reais só durante as eleições de 2022, mesmo ano em que a firma havia sido fundada, segundo dados da Justiça Eleitoral. Entre os clientes, está Carla Zambelli.

No início de 2024, Jean Hernani se tornou secretário parlamentar da deputada, assumindo o posto após passagem pelo gabinete da liderança do governo de Bolsonaro. Duas semanas depois, ele foi alvo de quebra de sigilo bancário e busca e apreensão, apontado pelas investigações da Polícia Federal (PF) como um dos envolvidos nas transações financeiras com o hacker Walter Delgatti, que teria sido pago por Zambelli para inserir um mandado de prisão falso contra o ministro Moraes.

A PF registra que teria partido de Hernani uma transferência de R$ 3 mil ao hacker em outubro de 2022 pelos serviços prestados — período em que ele ainda era da liderança do governo no Congresso. Para o ministro Moraes, a invasão aos sistemas do CNJ teria como objetivo “expor eventuais falsas vulnerabilidades dos sistemas do Poder Judiciário brasileiro, como forma de desacreditar o sistema eletrônico de votação”.

Fonte: DCM

DataFolha segue registrando favoritismo de Lula, diz professor e pesquisador da UFMG


         O presidente Lula – Foto: Reprodução

Apesar de registrar a pior avaliação de seus três mandatos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém um nível de aprovação que pode sustentá-lo na disputa pela reeleição em 2026.

É o que indica a mais recente pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (12) pelo jornal Folha de S.Paulo. Segundo os dados, 46% dos entrevistados afirmam aprovar o desempenho de Lula como presidente, enquanto 50% desaprovam e 4% não souberam responder.

Na avaliação sobre o governo, 28% consideram a gestão como ótima ou boa, 31% a classificam como regular e 40% avaliam como ruim ou péssima.

A margem de oscilação em relação à pesquisa anterior, de abril, é pequena: naquela ocasião, 29% consideravam o governo ótimo ou bom, e 38% o avaliavam como ruim ou péssimo.

Para o cientista político Dawisson Belém Lopes, professor e pesquisador da UFMG, os números são bons para Lula. “O Datafolha segue registrando um nível de aprovação ao governo que é compatível não apenas com a reeleição, mas também com certo favoritismo de Lula na disputa de 2026. 46% dá-lhe um respeitável patrimônio eleitoral. Não é impossível, mas é difícil de derrubar”, disse no X.

O desafio do governo, no entanto, permanece: melhorar a percepção da população sobre os resultados concretos da gestão até o próximo pleito.

Fonte: DCM

Lula sinaliza apoio a Pacheco em 2026: “MG não merece Nikolas ou Cleitinho”


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) – Reprodução

Durante visita a Minas Gerais nesta quinta-feira (12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reforçou seu apoio à possível candidatura do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) ao governo estadual nas eleições de 2026. O evento político ocorreu em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, e teve forte tom eleitoral. Com informações da Folha de S.Paulo.

Em meio à cerimônia de entrega de máquinas agrícolas a municípios mineiros, Pacheco fez um discurso de 29 minutos com forte conteúdo político, algo incomum para seu perfil. A fala foi interpretada como um gesto claro em direção à pré-candidatura ao Palácio Tiradentes.

Ao final do evento, Lula afirmou publicamente que vê em Pacheco um nome viável para disputar o governo mineiro. “Depois desse governador que não vou citar o nome [referindo-se a Romeu Zema], esse estado não merece um Nikolas ou Cleitinho. Não é possível”, declarou o presidente, em crítica direta ao deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e ao senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG), ambos cotados como adversários na disputa estadual.

Até então, a candidatura de Rodrigo Pacheco era considerada incerta, inclusive entre seus apoiadores, devido à falta de entusiasmo demonstrada pelo senador. Lula mencionou esse fator ao dizer que “chega uma hora que a gente não faz mais o que quer, a gente é empurrado pela causa”.

A fala de Pacheco empolgou prefeitos, parlamentares e lideranças políticas presentes no evento, que já vinham defendendo sua entrada na disputa. A cerimônia contou com forte presença da base aliada do governo federal em Minas Gerais.

Sem citar nomes, Rodrigo Pacheco utilizou referências históricas para enviar recados indiretos aos seus adversários. Ao lembrar o ex-presidente Tancredo Neves, o senador fez uma crítica ao governador Romeu Zema (Novo), que recentemente relativizou a ditadura militar (1964-1985) durante entrevista, dizendo que a ditadura no Brasil foi “inegável”.

Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo

Bolsonaro preso? Aliados revelam expectativa sobre prisão antes do 7 de setembro; entenda

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante interrogatório sobre a trama golpista no STF. Foto: Reprodução


O processo no STF sobre a trama golpista está chegando à reta final, após a fase de interrogatórios dos réus. Advogados de defesa e aliados próximos de Jair Bolsonaro (PL) afirmam, de forma quase unânime, que o julgamento será realizado pela Primeira Turma do STF entre agosto e setembro, com a expectativa de que o ex-presidente seja preso, conforme informações do colunista Lauro Jardim, do Globo.

A prisão de qualquer um dos réus, incluindo Bolsonaro, ou sua eventual absolvição, só acontecerá após o cumprimento de todos os prazos e a convocação do julgamento da ação penal. A decisão final sobre condenação ou absolvição dependerá da análise dos ministros da Primeira Turma.

No círculo próximo de Bolsonaro, acredita-se que a prisão não ocorrerá no início de setembro. Um dos aliados do ex-capitão disse: “Eles não prenderiam o Bolsonaro perto do 7 de setembro, uma data simbólica para os bolsonaristas.”

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Kakay sobre envolvidos na trama golpista: "todos produziram prova contra si"

Para o criminalista, os interrogatórios e os documentos reunidos pela investigação indicam que haverá condenação unânime dos acusados, incluindo Bolsonaro

               Kakay e Jair Bolsonaro (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil 247 | Reuters/Ueslei Marcelino)

Em entrevista à TV 247, o advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, avaliou como “contundente” o conjunto de provas reunido contra os envolvidos na tentativa de golpe de Estado no Brasil, desvendada após os ataques de 8 de janeiro de 2023. Segundo ele, as evidências obtidas por meio de buscas e apreensões, aliadas a delações, documentos e mensagens, apontam para a responsabilidade direta dos réus, inclusive de Jair Bolsonaro (PL). “Todos eles produziram prova contra si”, afirmou.

Ao comentar a delação do tenente-coronel Mauro Cid, Kakay destacou que, embora a palavra de um delator não baste para uma condenação, ela pode corroborar provas materiais. “As provas são fortíssimas, independentemente da delação. São provas produzidas pelos próprios acusados”, disse. O advogado ressaltou ainda que Cid demonstrou submissão à hierarquia ao prestar depoimento diante dos generais, o que, segundo ele, não invalida o conteúdo, mas revela o ambiente de lealdade e cumplicidade no qual o golpe foi tramado.

Para Kakay, “o processo está sendo muito bem instruído” e deverá ser julgado em setembro deste ano. “Desde fevereiro eu venho dizendo que esse caso seria julgado em setembro. Ninguém acreditava, mas o processo está maduro”, assegurou. “Em outubro, eles estarão cumprindo pena”.

Sobre a dosimetria, Kakay avalia que haverá penas diferenciadas conforme o grau de envolvimento. “Provavelmente, o Bolsonaro deve pegar a maior pena’. Para ele, o fatiamento da denúncia, promovido pelo Ministério Público, foi uma decisão “inteligente”, pois detalhou as etapas do que chamou de “crescente tentativa de instaurar uma ditadura no Brasil”.

Questionado sobre a possibilidade de fuga do ex-presidente, o criminalista respondeu com cautela: “é muito difícil falar sobre isso. Todo mundo, no desespero de ver que vai ser preso, pode tentar. Mas não é fácil um ex-presidente da República fugir”. Segundo ele, Bolsonaro não possui dupla nacionalidade, e conseguir asilo político seria uma manobra improvável. “A saída dele será cumprir pena por esse ato gravíssimo”.

Ao final da entrevista, Kakay reiterou sua confiança de que o Supremo Tribunal Federal (STF) atuará com firmeza e celeridade. Para ele, a estratégia da defesa agora se concentra em dissociar os réus da trama golpista, já que, do ponto de vista técnico, “ninguém mais nega que houve crime”. A tentativa é reduzir responsabilidades individuais. “Mas o conjunto da obra está feito, e ele é absolutamente favorável à procedência da ação”.

Com uma trajetória marcada pela atuação em casos célebres, Kakay reconheceu o direito à ampla defesa, mas avaliou que, neste processo, a robustez das provas é tal que dificilmente os acusados conseguirão escapar da condenação. “A experiência penal indica: aqueles que tiveram uma participação maior terão penas maiores. E a cadeia, neste caso, será uma penitenciária, não um quartel”.

Fonte: Brasil 247

STF revoga prisão de Mauro Cid, que presta novo depoimento à PF

Defesa afirma que ex-ajudante de ordens de Bolsonaro não chegou a ser detido

                     Mauro Cid e Cezar Roberto Bitencourt no STF - 09/06/2025 (Foto: Ton Molina/STF)

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), não será mais preso, conforme havia sido determinado nesta sexta-feira (13). A ordem de prisão preventiva foi revogada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ainda nesta manhã, de acordo com a GloboNews. Segundo a defesa de Cid, ele não chegou a ser preso.

Por outro lado, Cid foi convocado a depor à Polícia Federal às 11h.

Cid é réu na Ação Penal 2.688/DF, que trata da tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, e é suspeito de articular uma fuga com o ex-ministro do Turismo Gilson Machado, que foi detido pela PF no Recife (PE).

De acordo com a investigação, Machado teria buscado, com apoio de terceiros, um passaporte português em nome de Mauro Cid. A suspeita da PF e da PGR é de que o plano pretendia viabilizar a saída do país do ex-ajudante de ordens, com o objetivo de impedir a aplicação da lei penal.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, apontou “elementos sugestivos” de tentativa de obstrução de Justiça por parte de Gilson Machado.

Fonte: Brasil 247 com informações da GloboNews

Polícia italiana localiza Zambelli e faz buscas. Deputada pode ser presa 'a qualquer momento'

Deputada bolsonarista está na região de Vêneto, na Itália; nome foi incluído na lista vermelha da Interpol, após ela deixar o Brasil para evitar prisão

Carla Zambelli (Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados)

De acordo com informações divulgadas pela polícia da Itália e repassadas às autoridades brasileiras, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi localizada na região de Vêneto, no norte do país europeu, destaca a jornalista Mirelle Pinheiro, do Metrópoles. Zambelli, que também possui cidadania italiana, encontra-se foragida da Justiça brasileira após ter sido condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A parlamentar está licenciada do mandato.

A polícia italiana já iniciou operações de busca na área mencionada com o objetivo de localizar a deputada. Ela foi sentenciada a dez anos de prisão em regime fechado, além do pagamento de multa, por crimes de invasão qualificada de sistema informatizado e falsidade ideológica. As acusações envolvem a inserção de documentos falsificados nos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Na decisão que resultou na decretação da prisão preventiva, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, ressaltou que Zambelli deixou o território nacional para escapar da aplicação da pena imposta. Ele também apontou o risco concreto de reincidência criminal, destacando que, mesmo após a condenação, a deputada continuou a divulgar desinformação sobre o sistema eleitoral e a atacar as instituições democráticas. "A ré se evadiu do território nacional com a finalidade de se furtar à aplicação da lei penal", pontuou Moraes.

Além da ordem de prisão, o ministro determinou a inclusão do nome de Zambelli na lista de difusão vermelha da Interpol, o que permite sua prisão em qualquer país e posterior extradição ao Brasil. Foram ainda bloqueados todos os seus passaportes — incluindo o diplomático — e decretada a indisponibilidade de seus bens, contas bancárias, investimentos, veículos, imóveis, embarcações e aeronaves. A medida visa a garantir o pagamento das multas e uma reparação mínima de R$ 2 milhões pelos danos causados.

Moraes também ordenou o bloqueio de todas as redes sociais vinculadas à deputada. As plataformas devem preservar o conteúdo publicado e encaminhar ao STF os dados cadastrais de todas as contas. A Câmara dos Deputados, por sua vez, suspendeu o pagamento de salários e quaisquer benefícios a Zambelli, redirecionando os valores para a quitação integral da multa judicial.

Na quinta-feira (12), em entrevista ao Estúdio I, da GloboNews, o embaixador brasileiro em Roma, Renato Mosca, disse que a inclusão do nome da parlamentar na difusão vermelha da Interpol já foi aceita pela Justiça italiana, o que permite sua prisão imediata em território não considerado inviolável, como ruas ou locais públicos. "É evidente que há uma mobilização para deter a deputada porque ela está na lista de difusão vermelha da Interpol. As autoridades judiciais italianas acataram o pedido e, hoje [ontem], ela poderá ser presa a qualquer momento", afirmou.

Zambelli foi condenada juntamente com o hacker Walter Delgatti Neto, que recebeu pena de oito anos e três meses de reclusão. Ambos foram considerados culpados pela prática de 13 crimes de invasão qualificada de sistemas e 16 de falsidade ideológica. Entre os documentos fraudulentos inseridos no sistema, estavam mandados de prisão e alvarás de soltura forjados, inclusive um falso mandado de prisão contra o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Mauro Cid é preso pela PF por articular fuga com ex-ministro Gilson Machado

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro é alvo de nova prisão preventiva após plano de evasão do país, segundo a PF

            Mauro Cid (Foto: Gustavo Moreno / STF)

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) e réu por tentativa de golpe de Estado, foi preso nesta sexta-feira (13) pela Polícia Federal por envolvimento em uma tentativa de fuga articulada com o ex-ministro do Turismo Gilson Machado.

De acordo com a GloboNews, Cid teria tentado deixar o país utilizando um passaporte português, supostamente viabilizado com a ajuda de Machado. A PF aponta que os dois articulavam a evasão clandestina com o objetivo de evitar o prosseguimento das investigações da Ação Penal 2.688/DF, que trata da tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023.

A prisão de Gilson Machado foi efetuada no Recife (PE), também nesta sexta-feira. Já Cid se encontra atualmente na vila militar, de onde deverá ser transferido para uma unidade prisional do Exército.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) sustentou que há fortes indícios de que Machado “buscou um passaporte português para Mauro Cid com a intenção de viabilizar sua saída do país e, assim, impedir a aplicação da lei penal”. Em manifestação assinada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, o órgão afirma: “essa atuação ocorreu possivelmente para viabilizar a evasão do país do réu Mauro Cesar Barbosa Cid, com o objetivo de se furtar à aplicação da lei penal, tendo em vista a proximidade do encerramento da instrução processual”.

A tentativa de fuga representa, segundo a PF e a PGR, uma ameaça concreta ao andamento do processo e à aplicação da Justiça, o que motivou as prisões preventivas. As autoridades agora aprofundam a apuração sobre o alcance da rede de apoio à evasão e os vínculos entre os investigados.

Fonte: Brasil 247 com GloboNews

Alegando ameaça, senadora Soraya aciona PF e adota escolta armada

Relatora da CPI das Bets denuncia pressões e intimidações antes de divulgar relatório que pede indiciamento de 16 investigados

                         Senadora Soraya Thronicke (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), relatora da CPI das Bets, revelou ter sido alvo de ameaças e intimidações nos dias que antecederam a apresentação de seu relatório final. A denúncia foi feita em entrevista publicada pelo Metrópoles nesta quinta-feira (13).

Segundo Soraya, as ameaças começaram a surgir justamente no período crítico em que concluía o parecer da comissão, que recomenda o indiciamento de 16 pessoas, incluindo empresários, donos de casas de apostas e celebridades como Virgínia Fonseca e Deolane Bezerra. "Recebi ameaças veladas e ligações. Levaram mensagens de que eu estava mexendo com gente perigosa, com mafiosos, tentaram me chantagear com dossiês", afirmou a senadora.

Diante do clima de intimidação, a parlamentar decidiu reforçar sua segurança pessoal e evitar qualquer risco dentro do próprio Congresso Nacional. "Não tomo mais nem água nem café que venham de dentro do Senado. Estou andando com segurança armada até os dentes", relatou.

Embora não tenha citado nomes, Soraya afirmou ter conhecimento da origem das ameaças e informou que já registrou todos os episódios em atas notariais e formalizou uma queixa junto à Polícia Federal (PF). “Se cair uma unha minha, de alguém da minha família ou de alguém da minha equipe, sei de quem é a culpa. Não vou dizer quem foi, mas, se analisar quem assinou pela abertura da CPI, quem virou membro e quem a sabotou, você saberá quem me caluniou e me difamou”, declarou.

Apesar de o relatório ter sido rejeitado por membros da própria comissão, Soraya garantiu que não pretende encerrar o trabalho de investigação. “Farei deste limão uma belíssima limonada. A rejeição dos membros da CPI demonstra quem está a favor dos brasileiros. A vergonha é alheia, é deles. Meu dever é levar todas as informações para a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal”, afirmou.

Nos bastidores da CPI, Soraya vinha denunciando pressões políticas e dificuldades impostas pelo presidente da comissão, senador Dr. Hiran (PP-RR), que, segundo ela, estaria atuando a mando do presidente nacional do PP, Ciro Nogueira. A senadora relatou ao colega Fabiano Contarato (PT) que houve convocações de última hora e sucessivas faltas dos membros da comissão com o objetivo de inviabilizar o quórum necessário e atrasar o andamento das investigações.

As tensões se agravaram após a divulgação de uma viagem de Ciro Nogueira a Mônaco, realizada em jatinho do empresário Fernando Oliveira Lima, um dos principais investigados pela CPI e apontado por Soraya como "um dos principais nomes do setor de apostas online no Brasil".

O caso acrescenta mais um capítulo às disputas e conflitos de bastidores envolvendo a CPI das Bets, que investiga irregularidades no setor de apostas esportivas e suas possíveis conexões políticas.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Acordo de delação de Cid está sob risco após militar mentir ao STF sobre mensagens

Delator caiu na armadilha da defesa de Jair Bolsonaro

Mauro Cid no STF - 09/06/2025 (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)


Durante os depoimentos dos envolvidos na trama golpista, o advogado de Jair Bolsonaro, Celso Vilardi, armou uma cilada para o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que caiu ao negar uso de redes sociais ligadas a ele.

Mensagens reveladas nesta quinta-feira (12) pela revista Veja mostram que, já como delator, Cid usava um perfil no Instagram para contar detalhes sigilosos das investigações.

Ele teria descumprido regras impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, inclusive mentindo à corte, de acordo com a reportagem. A revelação pode levar à anulação de sua delação premiada.

Ao mesmo tempo em que colaborava com a Polícia Federal, Cid compartilhava com pessoas próximas uma narrativa paralela, divergente da oficial. Nessas conversas, alegou sofrer pressões, acusou um delegado de tentar manipular suas declarações e afirmou que Moraes já teria definido a condenação de alguns réus antes do julgamento, de acordo com as mensagens.

As mensagens foram trocadas entre 29 de janeiro e 8 março de 2024, cerca de cinco meses após a homologação do acordo de delação premiada.

Fonte: Brasil 247 com informações da revista Veja

Ex-ministro Gilson Machado é preso pela PF sob suspeita de tentar facilitar fuga de Mauro Cid

Ex-ministro de Bolsonaro teria atuado para obter passaporte português a fim de facilitar fuga do país do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro

       (Foto: VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL)

O ex-ministro do Turismo Gilson Machado foi preso nesta sexta-feira (13), em Recife (PE). A informação foi confirmada pela Polícia Federal à coluna da jornalista Andréia Sadi, da GloboNews.

A prisão está relacionada a uma investigação que apura suposta tentativa de emissão de um passaporte português em nome do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro (PL), com a intenção de viabilizar sua saída do país.

De acordo com a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República (PGR), há indícios de que Gilson Machado teria participado da articulação para que Mauro Cid deixasse o território brasileiro utilizando documentação estrangeira.

Segundo o jornal O Globo, a Procuradoria-Geral da República (PGR) apontou possíveis indícios de que o ex-ministro do Turismo Gilson Machado Neto tenha agido para dificultar o andamento da Ação Penal 2.688/DF, que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado envolvendo Jair Bolsonaro e Mauro Cid.

De acordo com o procurador-geral da República, Paulo Gonet, há "elementos sugestivos" de que Machado buscou um passaporte português para Mauro Cid com a intenção de viabilizar sua saída do país e, assim, impedir a aplicação da lei penal. “Essa atuação ocorreu possivelmente para viabilizar a evasão do país do réu Mauro Cesar Barbosa Cid, com o objetivo de se furtar à aplicação da lei penal, tendo em vista a proximidade do encerramento da instrução processual”, escreveu Gonet.

Fonte: Brasil 247 com informações da GloboNews

Guarda Civil de Apucarana recebe porte de arma e armamento em cerimônia oficial

 O documento que autoriza o porte de arma de fogo foi concedido pela Polícia Federal — instituição responsável pela liberação e controle de armas no Brasil, após agentes cumprirem um ciclo de capacitação e aprovação em exame psicológico


Agentes da Guarda Civil Municipal de Apucarana (GCMA) receberam nesta quinta-feira (12/06) o documento que autoriza o porte de arma de fogo. Concedidas pela Polícia Federal — instituição responsável pela liberação e controle de armas no Brasil — as credenciais foram entregues oficialmente durante ato no Salão Nobre da Prefeitura. O ato contou com a presença do prefeito Rodolfo Mota e do secretário de Segurança, Transporte, Trânsito, Mobilidade Urbana e Defesa Civil (Segtran), major Vilson Laurentino da Silva, além de outras autoridades políticas e de segurança. No mesmo evento, também foram repassados os armamentos que serão utilizados pelos agentes em serviço.

Criada em 2005, a Guarda Civil de Apucarana conta atualmente com 53 agentes. Antes de comentar a conquista para a corporação, o prefeito Rodolfo Mota fez questão de cumprimentar os familiares presentes. “Estou vendo esposas e filhos. Peço uma salva de palmas para essas pessoas que dão suporte emocional quando esse agente de segurança, que agora tem capacitação e autorização para portar arma de fogo, chega em casa após horas de trabalho em defesa da sociedade”, destacou o prefeito.

Sobre o armamento da GCM, Mota frisou que desenvolvimento social e econômico não se estabelece onde não há segurança pública. “Podemos propor a construção de um futuro diferente, mas, se a segurança pública não estiver presente, as demais coisas não acontecem. Já uma cidade segura se desenvolve mais rapidamente. A partir deste marco histórico — o armamento da nossa Guarda Civil — tenho a certeza de que vamos avançar muito, principalmente por meio de uma maior integração com as demais forças de segurança”, afirmou.

Mota também mencionou o aumento da violência nos últimos anos e a nova contribuição que a GCM pode oferecer no combate à criminalidade. “Em um passado recente, chegamos a ficar mais de um ano sem assassinatos, mas somente em 2024 registramos 27 homicídios. Isso não combina com Apucarana. A valorização da nossa GCM é mais um recado para a criminalidade de que somos uma cidade que se preocupa, que investe e que faz questão de ser segura”, pontuou o prefeito, agradecendo a presença das demais autoridades de segurança. “Desde o tempo em que fui repórter policial, sei como todos vocês fazem a diferença nesta cidade, colocando em risco suas vidas para cuidar das pessoas e tornar Apucarana um lugar mais feliz e seguro. É uma honra poder estar aqui ao lado de vocês nesta data tão importante, agora como prefeito”, finalizou.

A formação que possibilitou o porte de arma aos agentes incluiu instruções sobre manuseio de armamentos, regras de segurança, tiro de precisão, tiro de reação, técnicas de sobrevivência policial, abordagem, deslocamentos estratégicos e procedimentos de entrada e progressão em edificações. Segundo o secretário major Vilson Laurentino, o armamento da corporação fortalece a segurança pública local. “Vi a Guarda de Apucarana nascer. Dei aulas no curso de formação e Deus me deu esta oportunidade de estar hoje como secretário e contribuir com o processo de armamento, que é um salto importantíssimo para a segurança da cidade”, declarou.

O delegado-chefe da 17ª Subdivisão Policial Civil do Paraná (17ª SDP), Marcus Felipe da Rocha Rodrigues, também se manifestou. “Sempre defendi que a Guarda Civil Municipal fosse armada. Isso, agora, trará mais segurança à sociedade. Este passo é uma demonstração de compromisso de uma gestão preocupada com a segurança pública da nossa cidade”, afirmou, destacando que a partir de agora a GCM poderá se integrar mais efetivamente com as polícias Civil e Militar. “Hoje mesmo realizamos uma grande operação com pelo menos 10 alvos. Precisamos de 40 policiais. Se já tivéssemos os guardas armados, com certeza teríamos um suporte importante”, exemplificou.


Fonte: Prefeitura de Apucarana