domingo, 14 de dezembro de 2025

Nova pesquisa Quaest avalia Lula após lançamento da candidatura de Flávio


    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva – Divulgação/PR

A pesquisa Genial/Quaest com cenários eleitorais para a eleição presidencial de 2026 será divulgada na quinta-feira (18), com uma mudança em relação às rodadas anteriores. Com informações da coluna de Lauro Jardim no jornal O Globo.

Pela primeira vez em 2025, o levantamento não inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nem os nomes de Michelle Bolsonaro (PL) e Eduardo Bolsonaro (PL). O único integrante da família testado é o senador Flávio Bolsonaro (PL).

Na véspera, quarta-feira (17), a Quaest divulga os dados sobre a avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A coleta foi iniciada na quinta-feira passada e se encerra nesta segunda-feira (15). Ao todo, são entrevistados presencialmente 2.004 eleitores com 16 anos ou mais, em todas as regiões do país.

senador Flávio Bolsonaro (PL) falando e gesticulando
O senador Flávio Bolsonaro (PL) – Reprodução

No levantamento divulgado em novembro, Lula liderou todos os cenários testados para o primeiro turno da eleição presidencial de 2026. Naquela rodada, porém, o nome de Flávio Bolsonaro não fazia parte das simulações eleitorais apresentadas aos entrevistados.

Sobre a avaliação do governo, a pesquisa anterior indicou uma interrupção na trajetória de aumento da aprovação do presidente registrada desde maio. Os dados foram divulgados após a realização de uma operação policial no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, ocorrida no período analisado pelo levantamento.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Roberto Carlos sofre acidente durante gravação de especial da Globo


     Roberto Carlos em especial de Natal de 2025 — Foto: Reprodução/TV Globo

Roberto Carlos sofreu um acidente durante as gravações de um especial de fim de ano da Globo em Gramado, na Serra Gaúcha. O episódio ocorreu quando o carro dirigido pelo cantor apresentou falha no freio durante uma tomada. A emissora informou que Roberto e três integrantes de sua equipe precisaram ser levados ao hospital.

Segundo a nota divulgada pela Globo, todos passaram por exames e foram liberados ainda na madrugada deste domingo. O incidente aconteceu enquanto o artista conduzia um Cadillac 1960 em uma ladeira usada na gravação.

O veículo começou a descer de ré após a pane mecânica e acabou colidindo com outros três carros da produção. A descida terminou quando o Cadillac atingiu uma árvore, o que provocou danos, mas não deixou feridos graves.

As filmagens fazem parte do tradicional especial anual do cantor, que costuma reunir plateia e convidados. A produção estava instalada em diferentes pontos de Gramado e seguia cronograma previsto para o fim de semana.



Fontes da equipe afirmam que, apesar do susto, Roberto Carlos está bem e manteve o compromisso com a gravação após receber alta. O artista teria conversado com integrantes da produção para entender o que ocorreu com o carro antigo.

A Globo informou que a investigação sobre a falha mecânica será conduzida pela própria equipe técnica. A emissora reforçou que o especial seguirá sendo produzido normalmente.

Fonte: DCM

Rui Falcão: “Nem anistia nem meia-pena aos golpistas, nunca mais”

Deputado afirma que projeto articulado no Congresso busca reduzir punições e interfere no Judiciário

       Rui Falcão (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

A entrevista concedida pelo deputado Rui Falcão ao Boa Noite, da TV 247, trouxe um alerta sobre a articulação em curso na Câmara dos Deputados para alterar o tratamento jurídico dado aos responsáveis pelos ataques golpistas de 8 de janeiro. Falcão concentrou sua análise na proposta apelidada de “dosimetria”, patrocinada por Paulinho da Força e avalizada por lideranças do centrão, que pretende reavaliar punições já fixadas pelo Supremo Tribunal Federal. Segundo ele, trata-se de uma tentativa de reabrir julgamentos concluídos e beneficiar aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Eles estão puxando o golpe de 2016, puxando o Bolsonaro para 2026”, afirmou o deputado ao situar o movimento em uma lógica de continuidade política.

☉ Pressões e negociações de bastidores

O parlamentar relacionou o avanço da proposta a negociações recentes envolvendo figuras centrais da direita. “Ontem à noite houve uma reunião entre o Rueda, o Ciro Nogueira, o Flávio Bolsonaro, o 01, e o Valdemar”, disse. Para ele, essa articulação resultou na decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta, de pautar o projeto sem debate amplo: “Uma reunião na calada da noite colocou o Hugo Motta para pautar esse projeto.” Falcão atribuiu a mudança de posição de setores do PL à pressão da família Bolsonaro. Ele relembrou a frase usada pelo senador Flávio Bolsonaro: “Ao contrário do Martin Luther King, que disse que tinha um sonho, ele falou: ‘Eu tenho um preço’.” Segundo o deputado, esse “preço” diz respeito à redução das penas impostas pelo STF ao pai e a militares condenados.

☉ Interferência no Judiciário e riscos constitucionais

O deputado classificou o projeto como uma afronta direta ao Supremo Tribunal Federal. Para ele, a Câmara não pode legislar para modificar sentenças já fixadas. “Eles estão interferindo, fazendo recursos em processos que não se concluíram ainda”, declarou. Ele citou o caso do general acusado de planejar atentados contra autoridades, ainda em julgamento, como exemplo de interferência indevida: “O julgamento ainda não terminou.”Também criticou a inclusão de dispositivos que alteram regras de execução penal, como permitir remição de pena para quem cumpre prisão domiciliar. “Como o Bolsonaro se espera que vá para prisão domiciliar, eles estão mudando isso também”, afirmou.Falcão apontou ainda a tentativa de unificar crimes distintos para reduzir penas: “Eles querem juntar o golpe de Estado com a tentativa de atentado ao Estado democrático de direito. São dois crimes diferentes, com penas diferentes.” Ele lembrou que essa tese já foi rejeitada pelo STF.

☉ Impacto sobre militares condenados

O deputado advertiu que, caso o projeto avance, grande parte dos condenados poderá obter redução expressiva de pena, inclusive militares envolvidos nos atos de 8 de janeiro. “Muitos militares [...] vão ter suas penas reduzidas em dois terços”, afirmou ao comentar o dispositivo que beneficia acusados sem papel de liderança direta.Ele alertou ainda para o risco de impunidade no Superior Tribunal Militar, responsável por julgar a perda de patente após condenações definitivas. “Qual será o resultado desse julgamento no STM? Será que vão perder as patentes?”, questionou.

☉ Consequências políticas e necessidade de mobilização

Falcão avaliou que a aprovação da proposta reabre a porta histórica da impunidade no país. “Quando terminou a ditadura militar, os torturadores não foram punidos. [...] Na nossa história, há sempre uma porta aberta para que os golpes se sucedam.” Para ele, permitir nova flexibilização estimula reincidências futuras.O parlamentar também destacou que a discussão está diretamente ligada às negociações eleitorais. Segundo seus cálculos, a eventual aprovação garantiria ao ex-presidente uma redução drástica de pena: “O Bolsonaro cumpriria em regime fechado, pelos cálculos que nós fizemos aqui, de dois a três anos.” Ao final, Falcão defendeu ação coordenada da sociedade e do Parlamento para impedir o retrocesso. “Nós temos que apelar numa campanha grande de esclarecimento para que a população também se manifeste”, afirmou, ressaltando que pesquisas recentes indicaram rejeição popular ao perdão dos golpistas.O deputado encerrou reafirmando sua posição e a necessidade de barrar qualquer tentativa de anistia ou redução de pena: “Anistia para golpista ou meia anistia para golpista nunca mais.” Assista:

 

Fonte: Brasil 247

CNH acessível e cesta básica mais barata foram destaques da semana

Semana teve lançamento da CNH Brasil, redução da inflação, mutirão histórico no SUS, novos investimentos públicos e ações sociais em várias regiões do país

CNH acessível e cesta básica mais barata foram destaques da semana (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

A semana foi marcada por anúncios e ações do governo federal voltados à ampliação de direitos e à redução do custo de vida da população. Entre os principais destaques estiveram o lançamento da CNH Brasil, que torna mais barato e simples o acesso à carteira de motorista, e a divulgação de dados que apontam queda no preço da cesta básica e inflação dentro da meta. As informações constam de balanço divulgado pelo governo federal ao longo da semana.

O novo programa de habilitação promete reduzir em até 80% o custo para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação, mantendo critérios de segurança no trânsito. Ao apresentar a iniciativa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou: “Nós estamos anunciando não apenas o barateamento da CNH, nós estamos oferecendo às pessoas mais humildes o direito de serem cidadãos de primeira categoria, respeitados na sua plenitude, nos direitos que eles têm que ter”.

Desde o lançamento, o aplicativo CNH do Brasil já soma 7,4 milhões de usuários, com acessos registrados em todos os estados e no Distrito Federal. São Paulo lidera o número de cadastros, seguido por Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia. Mais de 270 mil pessoas já iniciaram o curso teórico gratuito oferecido pela plataforma do Ministério dos Transportes.

Outra ação de destaque ocorreu no Distrito Federal, na região do Sol Nascente, que tem mais de 300 mil habitantes. No sábado (13/11), o local recebeu a primeira edição do programa Governo do Brasil na Rua, com uma grande estrutura montada em frente à Feira do Produtor para oferta de serviços e programas federais, sob coordenação da Secretaria-Geral da Presidência da República.

Na área da saúde, o governo mobilizou os ministérios da Saúde e da Educação para o maior mutirão de cirurgias da história do SUS. A ação, vinculada ao programa Agora Tem Especialistas, reúne 188 hospitais, entre Santas Casas, unidades universitárias da Rede Ebserh e hospitais federais, com a meta de realizar 61,6 mil procedimentos — entre exames, consultas especializadas e cirurgias — em todos os estados e no Distrito Federal.

Os dados econômicos também foram positivos. Pesquisa divulgada pela Conab e pelo Dieese mostrou que o preço da cesta básica caiu em quase todo o país em novembro. No mesmo mês, a inflação ficou em 0,18%, o menor índice para novembro em sete anos. Com a redução no preço dos alimentos, a inflação acumulada em 12 meses permaneceu dentro da meta estabelecida.

A semana ainda foi marcada pela sanção de uma nova lei que amplia a proteção às vítimas de crimes contra a dignidade sexual, com medidas protetivas e novos mecanismos de acolhimento, especialmente para pessoas em situação de vulnerabilidade. O texto cria instrumentos para fortalecer o combate a esse tipo de violência.

No campo dos investimentos, o governo anunciou a liberação de mais de R$ 39 bilhões em recursos federais e financiamentos com juros reduzidos para estados, municípios e prestadores públicos, filantrópicos e privados. O montante será destinado a obras e equipamentos nas áreas de educação, saúde, água e esgoto. O anúncio foi feito na quarta-feira (10/12) pelo presidente Lula e pelos ministros Rui Costa, Jader Filho, Alexandre Padilha e Camilo Santana.

Ainda na saúde, foi ampliada a oferta de tratamento contra o câncer pelo SUS com a inauguração de cinco novos centros de radioterapia em diferentes regiões do país. Com isso, todos os estados e o Distrito Federal passaram a contar com unidades de tratamento oncológico na rede pública.

O presidente Lula também participou da 12ª edição da Caravana Federativa, iniciativa que aproxima programas e projetos federais dos gestores estaduais e municipais, com foco em soluções para as cidades. Encerrando a agenda da semana, Brasília sediou a 13ª Conferência Nacional dos Direitos Humanos, realizada após um intervalo de dez anos, que debateu propostas para a criação de um Sistema Nacional de Direitos Humanos.

Fonte: Brasil 247

Operações da PF ampliam tensão entre Congresso, governo e STF

Investigações sobre emendas, decisões do STF e projetos sensíveis no Legislativo acirram o clima político e levam partidos do centrão a ameaçar retaliações

       Prédio do Congresso Nacional, em Brasília (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

A deflagração de operações da Polícia Federal que apuram suspeitas de desvio de recursos públicos agravou a já delicada relação entre Congresso Nacional, governo federal e Supremo Tribunal Federal (STF). Lideranças do centrão passaram a atribuir ao Palácio do Planalto parte da responsabilidade pelo avanço das investigações, sobretudo as que envolvem emendas parlamentares, e ameaçam reagir em votações decisivas no fim do ano.

De acordo com a Folha de S.Paulo, o mal-estar cresceu após a operação Transparência, deflagrada na sexta-feira (12), que cumpriu mandados de busca e apreensão contra uma assessora ligada ao ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL). A ação foi autorizada pelo ministro Flávio Dino, do STF, que tem protagonizado embates com deputados e senadores sobre a transparência e a execução das emendas ao Orçamento.

As queixas no Congresso não se limitam às apurações sobre emendas. Parlamentares também citam investigações envolvendo o Banco Master e o Grupo Fit, antiga Refit, cujos proprietários mantêm relações com dirigentes do centrão. Segundo deputados e senadores, esses casos estariam sendo explorados politicamente e ampliam a percepção de desgaste eleitoral às vésperas do próximo pleito.

Esse ambiente levou PP e União Brasil a anteciparem a saída do governo. Em setembro, as siglas determinaram que filiados com mandato deixassem cargos no Executivo, após o senador Ciro Nogueira, presidente do PP, responsabilizar auxiliares do presidente Lula pela disseminação de suspeitas envolvendo seu nome. Nogueira negou as acusações e afirmou que o “gabinete do ódio de Lula” estaria por trás das informações.

Parlamentares também reclamam de suposto direcionamento político das investigações e dizem ter levado essas preocupações ao Palácio do Planalto. Aliados de Lula rebatem, afirmando que o governo não interfere nas operações da Polícia Federal nem exerce influência sobre ministros do STF. Lembram ainda que Alexandre de Moraes, frequentemente citado nas críticas, foi indicado ao Supremo pelo ex-presidente Michel Temer.

Um dos que tornaram públicas as críticas foi o líder do PP na Câmara, deputado Dr. Luizinho Teixeira (RJ). Em entrevista à Folha, ele afirmou que há uma estratégia para desgastar parlamentares. “As pessoas aprenderam a usar o Judiciário para intimidar o Parlamento. A gente está sendo intimidado diariamente”, disse. Já o senador Weverton Rocha (PDT-MA) declarou ao O Globo que há “um clima mais quente na classe política por conta de reclamações sobre excessos em investigações”.

A tensão aumentou ainda mais após decisões recentes do STF, como a de Alexandre de Moraes que determinou a cassação do mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP). Paralelamente, Dino anunciou a conclusão da tramitação das ações que questionam as emendas impositivas, enquanto a Câmara avançou com um projeto de redução de penas para condenados por atos contra a democracia. Sobre a proposta, o advogado Marco Aurélio Carvalho afirmou: “É um projeto meramente casuístico. Foi feito sob encomenda, com o único e exclusivo interesse de beneficiar aqueles que agiram para comprometer o nosso sistema eleitoral vigente”.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Papa recebe convite para visitar Santuário Nacional de Aparecida

Pontífice se reuniu com arcebispo dom Orlando Brandes. Na ocasião, Leão XIV recebeu uma imagem de Nossa Senhora Aparecida

Papa recebe convite para visitar Santuário Nacional de Aparecida (Foto: Reprodução/Ansa Brasil/Vatican News)

Ansa Brasil - O papa Leão XIV voltou a receber o arcebispo de Aparecida, dom Orlando Brandes, neste sábado (13), no Vaticano, e recebeu um convite oficial para visitar o Santuário Nacional no Brasil.

De acordo com o Vatican News, o encontro privado com Brandes ocorreu em razão das comemorações dos 20 anos da TV de Nossa Senhora.

Além do arcebispo de Aparecida, também estiveram presentes outros padres, missionários redentoristas, além do diretor de arte e pastoral da TV Aparecida, da jornalista e apresentadora Camila Morais, e de Silvonei José, da Rádio Vaticano/Vatican News.

Na ocasião, Leão XIV recebeu uma imagem de Nossa Senhora Aparecida; um pergaminho com um convite de Brandes para conhecer o Santuário Nacional; uma miniatura de televisão, símbolo de comemoração dos 20 anos da TV Aparecida, bem como um fotolivro da série "Desafios da Igreja", a produção mais premiada do canal católico, que aborda a Doutrina Social da Igreja em seu eixo central.

Também foram entregues exemplares da Revista de Aparecida, parte essencial da missão de evangelizar pelos meios de comunicação da Família dos Devotos.

Este é o segundo encontro entre o arcebispo e o Papa nesta semana. Na última quarta-feira (10), Brandes saudou o Pontífice ao final da Audiência Geral na Praça São Pedro.

Além da comitiva brasileira, Robert Prevost recebeu a neozelandesa Jan Beagle, diretora-geral da Organização Internacional de Direito do Desenvolvimento (IDLO), o historiador da Igreja George Weigel e o cardeal Gérald Cyprien Lacroix, arcebispo de Quebec, no Canadá.

Fonte: Brasil 247

Chile vai às urnas neste domingo para eleger presidente no 2º turno; Ultradireitista é favorito

As pesquisas locais divulgadas pelas agências locais e internacionais apontaram vantagem para Kast

Jeanette Jara e José Antonio Kast no último debate antes do segundo turno presidencial do Chine (Foto: Prensa Latina )

Agência Brasil - Cerca de 15,8 milhões de eleitores chilenos vão às urnas neste domingo (14) para o segundo turno da eleição presidencial. A ex-ministra do Trabalho Jeannette Jara, de 51 anos, do Partido Comunista e da coalizão governista, disputa com o ex-deputado José Kast, de 59, do Partido Republicano e ultradireitista. O eleito sucederá ao atual presidente Gabriel Boric. No Chile, não é permitida a reeleição.

No primeiro turno, a candidata comunista venceu com 3.476.554 votos (26,85%). O segundo colocado, José Kast, teve 3.097.685 votos (23,92%). Kast é candidato pela terceira vez e foi derrotado por Boric há quatro anos.

A campanha presidencial se encerrou na última sexta-feira (12). Nas plataformas dos candidatos, enquanto Kast promete endurecer políticas migratórias e reforçar a lei e a ordem, Jeannette Jara aposta em reformas sociais, combate ao crime e diálogo com eleitores indecisos.

As pesquisas locais divulgadas pelas agências locais e internacionais apontaram vantagem para Kast.

A novidade nas eleições deste ano foi o voto obrigatório. Na última eleição presidencial, há quatro anos, a abstenção foi de 53%.

Relações com o Brasil

O Chile é o maior produtor mundial de cobre e o segundo maior produtor de lítio e não tem fronteira física com o Brasil. Nos últimos anos, os países buscaram estreitar relações comerciais.

Em abril de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que os empresários chilenos e brasileiros devem aprofundar os acordos comerciais para alavancar o crescimento da economia dos dois países.

Naquele mês, houve em Brasília o Fórum Empresarial Brasil-Chile. Na ocasião, Lula defendeu que seria preciso que os empresários chilenos e brasileiros buscassem fazer bons negócios em que todos ganhassem.

"E, como maior economia da América Latina, o Brasil tem que entender que é obrigado a flexibilizar para que as coisas possam acontecer”, disse Lula, ao lado do presidente Gabriel Boric.

Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Brasil é o maior parceiro comercial do Chile na América do Sul, com predominância para bens industriais. Já o Chile é o sétimo maior parceiro comercial do Brasil e representa 2,1% da corrente de comércio brasileira.

Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Brasil

‘Nós temos que vetar isso’, diz Bohn Gass sobre projeto que favorece réus do 8 de janeiro

Elvino Bohn Gass vê projeto que altera a lei de execução penal como “PEC da bandidagem dois” e defende veto de Lula à anistia disfarçada

             Dep. Bohn Gass (PT - RS) (Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados)

O deputado federal Elvino Bohn Gass (PT-RS) avalia que o projeto aprovado na Câmara dos Deputados que altera a lei de execução penal funciona, na prática, como um mecanismo de blindagem para criminosos, inclusive envolvidos na tentativa de golpe de Estado. Para ele, a resposta do Executivo precisa ser direta: “Nós temos que vetar isso”. Em entrevista ao programa Boa Noite, da TV 247, o parlamentar classificou o texto como uma espécie de “anistia” disfarçada, que reduz penas e abre espaço para proteção de responsáveis por ataques à democracia. Bohn Gass defendeu que a mobilização em torno do tema passe por dar um nome político ao pacote: “O que vai mobilizar é a gente caracterizar isso como a PEC da bandidagem dois. PEC da bandidagem dois”.

Segundo o deputado, a mudança na lei de execução penal não se limita aos réus de crimes políticos. Ele afirmou que o relatório aprovado “dá a possibilidade de diminuição de penas” não só para atentados contra a democracia, a vida ou o patrimônio, mas também para “agressores em relação ao meio ambiente, a estupradores, a qualquer outro tipo de crime que esteja inclusive com organizações criminosas”. Na visão de Bohn Gass, isso transforma o projeto em instrumento de “blindagem para proteção a criminosos”.

O parlamentar relacionou o avanço da proposta a um movimento de setores conservadores do Congresso para aliviar a situação de quem participou da tentativa de ruptura institucional. Ele criticou o discurso segundo o qual seria necessário “virar a página” e “pacificar o país”. Para Bohn Gass, a ideia de revisão de “dosimetria” de penas serve como fachada: “Na verdade essa é anistia, é redução de pena e ao mesmo tempo é blindar os criminosos agora”.

Bohn Gass lembrou que a articulação do texto envolveu figuras centrais do campo conservador. Ele citou a atuação de Paulinho da Força e a busca de conselhos com Michel Temer e Aécio Neves, que definiu com um provérbio: “Quando eu vi aquela foto dos conselheiros que ele pegou do Aécio e do Temer, eu disse: ‘Diga-me com quem tu andas, eu saberei quem tu és’”. O deputado mencionou ainda que o relator no Senado, senador Esperidião Amin, declarou ser favorável à anistia, o que acendeu o alerta da base governista.

Questionado sobre a possibilidade de que o movimento envolva um “acordo com tudo”, inclusive com o Supremo Tribunal Federal, Bohn Gass respondeu que espera que não haja essa combinação, mas observou que parte do Senado tem buscado “dar uma resposta ao STF” em diferentes pautas. Ele citou o marco temporal das terras indígenas e a discussão sobre as regras para pedidos de impeachment de ministros do Supremo como exemplos de temas conectados ao ambiente institucional em que se insere a revisão da lei de execução penal.

Apesar das críticas duras ao conteúdo da proposta, o deputado disse não acreditar, neste momento, que o Senado amplie o alcance do texto para uma anistia geral. Bohn Gass relatou que, na votação da Câmara, vozes que defenderam um perdão mais amplo foram “totalmente isoladas e minoritárias”, citando pronunciamentos de parlamentares que lamentaram o projeto não ter ido “mais longe” na redução das penas. Ainda assim, ele considerou “muito ruim” a simples manutenção do que foi aprovado pelos deputados.

Diante desse cenário, o eixo central da estratégia defendida por Bohn Gass é o veto presidencial. “Nós temos que vetar isso. Esse é o debate”, afirmou. O deputado disse acreditar que o presidente Lula não deixará o texto passar: “Acho que com certeza ele vai vetar, né? Ele tem falado isso, que não passa ali”. Para o parlamentar, caso o Congresso derrube o veto, o caminho será levar a disputa ao Judiciário: “Depois do veto, a gente vai ter que ir pro Supremo”.

Bohn Gass insistiu que a luta política em torno do tema precisa combinar pressão institucional e pressão social. Ao propor que o projeto seja carimbado publicamente como “PEC da bandidagem dois”, ele busca resumir o conteúdo da iniciativa: uma alteração da lei de execução penal que, sob o argumento de rever penas, pode reduzir a responsabilização de autores de crimes graves, inclusive os ligados à tentativa de golpe de Estado. Nesse contexto, o veto presidencial aparece, para o deputado, como o ponto decisivo da disputa. Assista:

 

Fonte: Brasil 247

Garimpeiro diz que filho foi preso em apuração sobre Ramagem

Polícia Federal cumpriu mandado em Manaus por ordem de Alexandre de Moraes em investigação que apura suposta fuga do deputado federal Alexandre Ramagem

          O empresário do garimpo Rodrigo Cataratas e Alexandre Ramagem (Foto: Reprodução)

O empresário do garimpo Rodrigo Martins Mello, conhecido como Rodrigo Cataratas, afirmou que seu filho, Celso Martins Mello, foi preso pela Polícia Federal neste sábado, no âmbito da investigação que apura a suposta fuga do deputado federal Alexandre Ramagem. A informação foi confirmada por meio de nota divulgada pela assessoria do empresário.

De acordo com a assessoria, a prisão ocorreu em Manaus (AM) por determinação do ministro Alexandre de Moraes, no Supremo Tribunal Federal. A apuração integra o inquérito que investiga a saída de Ramagem do país. As informações sobre a investigação e a rota de fuga do parlamentar foram reveladas pela colunista Malu Gaspar, do jornal O GLOBO.

“A assessoria de Rodrigo Cataratas esclarece que, neste sábado, a Polícia Federal cumpriu em Manaus (AM), mandado de prisão contra Celso Rodrigo de Mello, filho de Rodrigo Cataratas, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, no âmbito de investigação relacionada à apuração sobre a suposta fuga do deputado federal Alexandre Ramagem”, diz a nota.

No mesmo comunicado, Cataratas sustenta que o filho é inocente e informa que a defesa já recorre da decisão judicial. “A assessoria reforça a importância do respeito ao devido processo legal e à presunção de inocência, destacando que qualquer conclusão antecipada não condiz com os fatos”, afirma o texto divulgado pelo empresário.

Na semana passada, após veículos de imprensa de Roraima noticiarem que ele estaria sendo investigado por supostamente ajudar Ramagem a deixar o país, Cataratas publicou um vídeo nas redes sociais para se defender e alegar perseguição. Na gravação, ele destacou as ligações do deputado com o estado e minimizou a tese de fuga.

— (Ramagem) tem vários amigos em Roraima, e eu também sou amigo dele, certo? Ele é deputado federal, pessoal. Quando ele esteve em Roraima pela última vez não existia nenhuma condenação contra ele. Então, essa narrativa de fuga, isso é uma narrativa falaciosa, justamente para manter uma perseguição — afirmou Cataratas, acrescentando: — Todos aqui somos de direita e somos perseguidos.

Em outro trecho do vídeo, o empresário reforçou que o contato com o deputado não configuraria irregularidade. — Tenho foto com o Ramagem na minha rede social. Não é nenhum crime. Quando ele esteve ai não estava condenado e essa narrativa de fuga é falaciosa (..) Eu tomei conhecimento da condenação dele pelas redes sociais, mas aí ele já estava nos Estados Unidos — disse.

Atualmente, Rodrigo Cataratas é pré-candidato ao Senado pelo PRD. Em 2022, concorreu a uma vaga na Câmara dos Deputados pelo PL e declarou à Justiça Eleitoral manter R$ 4,5 milhões em dinheiro vivo. Seu patrimônio declarado inclui dez aeronaves, onze veículos e um total de R$ 33,6 milhões. Ele também é um dos líderes do movimento “Garimpo é Legal”.

O empresário mantém negócios na Guiana, país que integrou a rota de fuga de Alexandre Ramagem rumo aos Estados Unidos, segundo a investigação da Polícia Federal. De acordo com as apurações, o deputado teria chegado ao país vizinho pelo município de Bonfim, em Roraima, que faz fronteira com a cidade guianense de Lethem.

Além do inquérito atual, Cataratas responde a outras acusações na Justiça. Em janeiro de 2024, o Ministério Público Federal o denunciou por suspeita de atear fogo a um carro do Ibama e invadir o pátio da Polícia Federal para incendiar um helicóptero do instituto, em 2021, sob a acusação de ter financiado e incentivado os ataques. Ele também é réu em três processos na Justiça Federal por ligação com a exploração ilegal de ouro em Roraima. O filho, Celso Martins Mello, já havia sido preso em 2022 por suspeita de exploração ilegal de ouro na Terra Indígena Yanomami, mas foi solto dias depois.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Wajngarten pede perdão à direita após queda das sanções, enquanto Bolsonaro segue preso


Após decisão dos EUA que retirou sanções contra Moraes, ex-secretário de Bolsonaro faz mea-culpa pública e cobra memória sobre prisão do ex-presidente

         Fabio Wajngarten e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/Twitter | REUTERS/Evelyn Hockstein)

O ex-secretário de Comunicação Social da Presidência Fabio Wajngarten publicou neste sábado uma mensagem de tom confessional dirigida à direita brasileira, na qual pede perdão aos apoiadores do campo político após a revogação, pelos Estados Unidos, das sanções impostas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. No texto, divulgado em seu perfil na rede social X, Wajngarten faz um balanço crítico de decisões passadas e menciona a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro, a quem se refere como preso e isolado.

A manifestação ocorre um dia depois de o governo dos Estados Unidos anunciar a retirada do nome de Moraes da lista de pessoas sancionadas com base na Lei Magnitsky, decisão comunicada oficialmente pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), do Departamento do Tesouro norte-americano. O anúncio também excluiu da lista a advogada Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro, e o Instituto Lex, ligado à família do magistrado.

Na publicação, Wajngarten expressa arrependimento e faz autocrítica ao afirmar: “Que dia triste…. Quanta coisa eu faria diferente se pudesse voltar no tempo…. Deveria ter tido mais firmeza e contundência e não desistido de enfrentar os BOSSAIS, BUROCRATAS, BAJULADORES e OPORTUNISTAS.” Em seguida, ele avalia o impacto acumulado de escolhas equivocadas: “Erros sucessivos e banais podem parecer sem importância, mas em quantidade levam à derrota.”

Dirigindo-se diretamente aos apoiadores da direita, o ex-secretário pede desculpas em termos duros e assume responsabilidade pelos acontecimentos recentes. “Eu peço perdão aos apoiadores da DIREITA pela enorme desfaçatez, injustiça, cinismo e ingratidão inerentes e relativos aos últimos acontecimentos”, escreveu. Na sequência, faz um apelo à memória política do grupo: “Peço-lhes além das desculpas que não se esqueçam jamais que temos um Presidente numa sala 3x2 trancado e isolado.”

Wajngarten conclui o texto com uma mensagem de resistência e julgamento moral do cenário atual. “Hora de resistir e superar as horas, as redes, os fatos. Tudo passa. Quem fez sabe o que fez. O holofote, o palco oco de hoje é o desprezo e a insignificância do amanhã”, afirma, antes de encerrar com uma declaração pessoal: “A minha consciência é reta e limpa. O meu caminho idem. Eu durmo no travesseiro tranquilo, e vc?”

A decisão do governo norte-americano que serve de pano de fundo para a manifestação foi divulgada em comunicado oficial na sexta-feira (12). As sanções contra Alexandre de Moraes haviam sido impostas no fim de julho, durante o governo de Donald Trump, e ampliadas em setembro para incluir Viviane Barci de Moraes. A medida tinha como base a Lei Magnitsky, mecanismo da legislação dos Estados Unidos usado para punir, de forma unilateral, supostos violadores de direitos humanos no exterior.

Entre as penalidades previstas pela lei estão o bloqueio de contas bancárias, bens e interesses em bens sob jurisdição norte-americana, além da proibição de entrada nos Estados Unidos. Ao aplicar a sanção ao ministro do STF, o órgão do Departamento do Tesouro acusou Moraes de violar a liberdade de expressão e de autorizar “prisões arbitrárias”, citando decisões relacionadas ao julgamento da tentativa de golpe de Estado e medidas contra empresas de mídia social dos EUA.

Fonte: Brasil 247

Motta deve declarar cassação de Zambelli e dar posse nesta segunda a suplente após ordem do STF

Presidente da Câmara reúne equipe jurídica e sinaliza cumprimento da decisão de Alexandre de Moraes dentro do prazo

     Carla Zambelli (Foto: Lula Marques/ EBC)

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), deve reunir a equipe jurídica da Casa neste domingo para analisar a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro anulou a deliberação do plenário e determinou a cassação do mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP).A tendência, segundo aliados do parlamentar, é que a Mesa declare a perda do mandato e dê posse ao suplente Adilson Barroso já na próxima segunda-feira. As informações foram publicadas inicialmente pelo jornal O GLOBO.

A decisão do STF estabeleceu prazo de 48 horas para o cumprimento da ordem. Na sexta-feira, a determinação foi referendada por unanimidade pela Primeira Turma da Corte.Apesar de interlocutores de Motta reconhecerem que não há caminho jurídico alternativo ao cumprimento da decisão, a reunião com o departamento jurídico é vista como necessária.

O objetivo é construir uma resposta política diante do impasse criado entre o Legislativo e o Judiciário. Na avaliação de Motta, o prazo fixado pelo Supremo se encerra na segunda-feira, por considerar a contagem em dias úteis.

Ao O GLOBO, o presidente da Câmara afirmou: “Tenho até segunda-feira para uma decisão e preciso ouvir o jurídico sobre medidas possíveis quanto à deputada”.

Aliados afirmam que a consulta à área jurídica também servirá para demonstrar à oposição que a presidência da Câmara tentou preservar a decisão do plenário.

A votação havia mantido o mandato de Zambelli por falta de quórum constitucional.

Na madrugada de quinta-feira, a Câmara rejeitou a perda do mandato da deputada ao não alcançar os 257 votos necessários para a cassação.

Segundo o ministro Alexandre de Moraes, a deliberação do plenário foi inconstitucional.

Para o relator do processo, a decisão da Câmara “ocorreu em clara violação” à Constituição.

“Trata-se de ATO NULO, por evidente inconstitucionalidade, presentes tanto o desrespeito aos princípios da legalidade, moralidade e impessoalidade, quanto flagrante desvio de finalidade”, afirmou o ministro.

Moraes ressaltou que a Constituição Federal atribui ao Poder Judiciário a competência para decretar a perda do mandato parlamentar quando há condenação criminal com trânsito em julgado.

Nesses casos, segundo o magistrado, cabe à Mesa da Câmara apenas declarar a perda do mandato por meio de ato administrativo.

O ministro também destacou que a votação da Câmara contrariou a jurisprudência consolidada do STF.

Ele lembrou que, desde o julgamento da Ação Penal 470, o chamado mensalão, em 2012, a Corte firmou o entendimento de que parlamentares condenados definitivamente perdem automaticamente o mandato.

De acordo com a colunista Malu Gaspar, do O GLOBO, Hugo Motta havia prometido a ministros do STF que Zambelli seria cassada.

Após a votação no plenário, ministros da Corte classificaram a decisão da Câmara como “inaceitável”.

Eles avaliaram o gesto como uma tentativa de desmoralizar o Supremo Tribunal Federal.

Magistrados ouvidos reservadamente pelo jornal já indicavam que uma nova medida seria adotada pelo tribunal.

Com a ordem do STF e a sinalização de cumprimento por parte da presidência da Câmara, a expectativa é que a cassação seja formalizada nos próximos dias.

O suplente Adilson Barroso deve assumir o mandato, encerrando um dos episódios mais tensos da recente relação entre os Poderes.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Delação de "Beto Louco" cita favores a Alcolumbre em troca de benefícios na ANP

Proposta entregue à PGR por empresários do setor de combustíveis detalha depósitos de R$ 2,5 milhões e mensagens atribuídas ao presidente do Senado

      Davi Alcolumbre (Foto: Jonas Pereira/Agência Senado)

A revista piauí revelou, em reportagem intitulada “Detalhes de uma delação inflamável”, que uma proposta de colaboração premiada apresentada à Procuradoria-Geral da República (PGR) descreve supostos repasses milionários ligados a eventos no Amapá e a tentativas de reverter sanções regulatórias impostas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Segundo o material mencionado pela piauí, os proponentes da delação são o empresário Roberto Leme, conhecido como “Beto Louco”, controlador da Copape (fabricante de gasolina), e seu sócio Mohamad Hussein Mourad, o “Primo”, investigados em fraudes bilionárias no setor de combustíveis. Eles afirmam que teriam financiado demandas e despesas de autoridades e lideranças partidárias, entre 2021 e 2025, “em troca de influência”, citando, com destaque, o senador Davi Alcolumbre (União-AP), presidente do Senado, e Antonio Rueda, presidente do União Brasil.

☉ Suposto pagamento de R$ 2,5 milhões para viabilizar show em Macapá

Um dos episódios narrados envolve o Réveillon do Amapá, que encerrou 2024 com shows de artistas como João Gomes, Alceu Valença, Pablo do Arrocha, Alok e Roberto Carlos. De acordo com a proposta de delação descrita pela piauí, “Beto Louco” teria desembolsado R$ 2,5 milhões, a pedido de Alcolumbre, para bancar o show de Roberto Carlos em Macapá.

A reportagem afirma que a tratativa teria ocorrido em 20 de dezembro de 2024, em reunião presencial no gabinete do senador, em Brasília. Conforme o relato atribuído ao empresário, o pagamento seria parte de uma estratégia para tentar reverter uma decisão da ANP que proibira a Copape de produzir combustível, sua principal atividade. No documento, o empresário diz ter reclamado de “perseguição regulatória” e buscado apoio para pressionar por uma reversão.

Ainda segundo o texto, a proposta de delação descreve que, durante a conversa, o senador teria mencionado um “problemão” relacionado ao show de Roberto Carlos: com a desistência de um patrocinador, faltariam exatamente R$ 2,5 milhões para cobrir custos do evento já anunciado. O empresário, então, teria concordado em bancar o valor.

☉ Depósitos fracionados e intermediação atribuída a “Cleverson”

De acordo com documentos apresentados à PGR, segundo a piauí, o senador teria pedido que a transferência fosse feita por intermédio de um contato chamado “Cleverson”. O material menciona o envio de dados de duas contas bancárias para depósitos em duas parcelas de R$ 1,25 milhão.

Uma das contas citadas seria da CINQ Capital Instituição de Pagamentos, no Banco do Brasil. A outra, da QIX Transportes Logística Ltda, na Sicredi. O relato indica que as duas transferências teriam sido realizadas por uma empresa da dupla na véspera do show de Roberto Carlos, realizado em 28 de dezembro.

A piauí afirma ter tido acesso ao número atribuído a “Cleverson” e informa que o dono do telefone seria Kleryston Pontes Silveira, empresário do ramo musical de Fortaleza, que trabalha com nomes como Xand Avião, Zé Vaqueiro, Nattan e Mari Fernandez. Roberto Carlos, segundo a reportagem, não estaria entre seus agenciados.

☉ Mensagens atribuídas ao senador: “Tamo junto sempre!” e “Muito obrigado!”

A reportagem relata que, após os depósitos, “Beto Louco” teria ligado para Alcolumbre para avisar, mas a ligação falhou. Em seguida, o senador teria respondido por mensagem: “Tamo junto sempre!”. Depois, teria enviado outra mensagem com um gesto de prece e “Muito obrigado!”.

Fonte: Brasil 247

Datafolha: Segurança pública supera economia e vira principal problema para 16%

Pesquisa mostra mudança na percepção social sobre violência no Brasil

      Policiais na zona norte do município do Rio (Foto: Reuters)

A segurança pública passou a ser apontada como o principal problema do país por 16% dos brasileiros, ficando atrás apenas da saúde, citada por 20% da população. O dado indica uma inversão relevante em relação a levantamentos anteriores e revela uma crescente preocupação social com a violência e o avanço do crime organizado no Brasil.

Os números constam da mais recente pesquisa do instituto Datafolha, realizada entre terça-feira (2) e quinta-feira (4). O levantamento ouviu 2.002 pessoas, de forma presencial, em 113 municípios, com nível de confiança de 95% e margem de erro de dois pontos percentuais.

Na comparação com a pesquisa anterior, feita em abril, a mudança é expressiva. Naquele momento, a economia liderava a lista de preocupações nacionais, citada por 22% dos entrevistados, enquanto a segurança aparecia com 11%. Agora, a economia caiu para o terceiro lugar, com 11%, atrás da saúde e da violência. Não se trata, porém, de um patamar inédito: em setembro de 2023, segurança e saúde já haviam empatado como o maior problema do país, ambas com 17%.

A percepção varia de acordo com o perfil dos entrevistados. Entre os homens, 18% indicam a violência como o principal problema nacional. Já entre as mulheres, a saúde lidera, com 26%. As respostas foram espontâneas, e cada entrevistado pôde mencionar apenas um tema.

Especialistas ouvidos pela reportagem associam essa mudança à sensação de aumento da violência no cotidiano. Relatos de crimes, segundo eles, tornaram-se mais frequentes em ambientes de convivência, como famílias e locais de trabalho. O debate público também se intensificou após grandes operações policiais que evidenciaram o alcance econômico e bélico de organizações criminosas.

Um dos exemplos citados é a Operação Carbono Oculto, deflagrada em agosto, em São Paulo, que investigou a infiltração do PCC (Primeiro Comando da Capital) em postos de combustíveis e fintechs. De acordo com as investigações, o esquema movimentou R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024. A partir dela, surgiram desdobramentos como a Operação Spare, no fim de setembro, que atingiu 267 postos e revelou a atuação da facção também no setor de motéis.

Em segunda-feira (28), uma megaoperação contra o Comando Vermelho em favelas do Rio de Janeiro reforçou a percepção de poder armado dessas organizações. A ação mostrou o uso de fuzis, granadas e até drones-bomba e terminou com 122 mortes, sendo considerada a mais letal da história do país.

Esses episódios, segundo o coronel reformado da PM paulista e ex-secretário nacional de Segurança Pública José Vicente da Silva Filho, expuseram uma realidade que permanecia oculta. “Uma coisa que não vinha sendo dita: a irradiação do crime organizado pelo país”, afirmou. Para ele, “estava debaixo do tapete. De repente, você puxa o tapete e fala ‘caramba, tem o Comando Vermelho, o PCC, eles estão dominando o crime no país’. Isso acabou assustando”.

Fonte: Brasil 247

Moraes autoriza ultrassom de Bolsonaro na PF de Brasília

Decisão do STF permite exame médico portátil no local de custódia do ex-presidente

         O ex-presidente Jair Bolsonaro em Brasília-DF - 14/09/2025 (Foto: REUTERS/Mateus Bonomi)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a realização de um exame de ultrassonografia no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre pena em regime fechado na Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal. A decisão foi proferida na sexta-feira (12) e integra a fase de execução penal decorrente da condenação a 27 anos e três meses de prisão.

A autorização atende a um pedido apresentado pela defesa na quarta-feira (11). Os advogados solicitaram que o médico Bruno Luís Barbosa Cherulli, regularmente inscrito no Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal, tivesse permissão para ingressar na unidade da Polícia Federal portando um aparelho portátil de ultrassom.

Segundo o requerimento, o objetivo do exame é avaliar as regiões inguinais direita e esquerda de Bolsonaro, sem necessidade de deslocamento do ex-presidente para fora do local de custódia. Ao analisar a solicitação, Alexandre de Moraes destacou que, conforme decisões judiciais anteriores, visitas de médicos previamente cadastrados não exigem comunicação prévia, desde que sejam observadas as determinações legais e judiciais já estabelecidas.

Com base nesse entendimento, o ministro autorizou a realização do exame nas dependências da Polícia Federal, nos termos solicitados pela defesa. Na mesma decisão, Moraes determinou que a Polícia Federal fosse formalmente cientificada, assim como os advogados constituídos no processo e a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Fonte: Brasil 247