terça-feira, 27 de maio de 2025

Ministras se solidarizam com Marina após ataque de senadores: “Absurdo e misógino”


A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante sessão em comissão do Senado Federal em que foi atacada, nesta terça (27). Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

O Ministério das Mulheres e a ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, se solidarizaram com Marina Silva, titular do Meio Ambiente, após ataques sofridos na Comissão de Infraestrutura do Senado Federal. O bolsonarista Marcos Rogério (PL-RO), presidente do colegiado, e Plínio Valério (PSDB-AM) foram os autores das ofensas.

A pasta classificou o episódio como “muito grave, lamentável, além de misógino”. “Foi desrespeitada e agredida como mulher e como ministra por diversos parlamentares — em março, um deles já havia inclusive incitado a violência contra ela”, escreveu a pasta.

Em nota, o ministério também cobrou uma retratação dos senadores e disse desejar que episódios do tipo não se repitam na Casa Legislativa. “Toda a minha solidariedade e apoio à Marina Silva, liderança política respeitada e uma referência em todo o mundo na pauta do meio ambiente”, prosseguiu.

Gleisi, por sua vez, expressou, em nome do governo, “repúdio aos agressores e total solidariedade” a Marina. “Inadmissível o comportamento do presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado, Marcos Rogerio, e do senador Plinio Valério, na audiência de hoje com a ministra Marina Silva. Totalmente ofensivos e desrespeitosos com a ministra, a mulher e a cidadã”, afirmou.


A ministra foi atacada durante uma discussão na comissão nesta terça. Marcos Rogério, que cortou o microfone usado por ela diversas vezes após reclamações sobre a condução dos trabalhos do colegiado, foi acusado de sexismo por Marina, que ainda disse que ele queria ver uma “mulher submissa”.

“Me respeite, ministra, se ponha no teu lugar. Vossa Excelência está chamando este presidente de sexista. Vossa Excelência veio a essa comissão para tumultuar. Todos os ministros que vieram a esta comissão eu tratei com o maior respeito e estou te tratando com a mesma dignidade”, disse o bolsonarista.

Em outro momento, Valério disse a seguinte frase: “A mulher merece o respeito. A ministra, não”. Ele já esteve envolvido em outra discussão com Marina e chegou a dizer que tinha vontade de enforcá-la.

A titular do Meio Ambiente deixou o colegiado após pedir uma retratação pública do senador do PSDB. Ele se recusou a pedir desculpas e a ministra deixou a sala onde ocorria a audiência.

Fonte: DCM

Imagens fortes: cantora leva garrafada no rosto após surto de ciúmes

Greycielle Nunes foi agredida com uma garrafa por ciúmes no Ceará. Foto: reprodução

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que a cantora Greycielle Nunes foi atingida por uma garrafada na cabeça durante uma briga em Crato, no Ceará, no último domingo (25). Nas imagens, a artista aparece segurando os cabelos de outra mulher quando é agredida com o objeto de vidro, sofrendo um corte profundo na testa que exigiu pontos médicos.

“Estou me cuidando para ficar tudo bem. Isso logo vai passar, esse pesadelo”, afirmou Greycielle em vídeo publicado em suas redes sociais. A cantora negou as acusações de que teria “dado em cima do namorado” de uma das agressoras, motivação apontada para o ataque. “O pessoal está dizendo que eu dei em cima de alguém. Isso não é da minha índole. Já tenho outra pessoa e não há por que fazer isso”, desabafou.

A Polícia Civil do Ceará confirmou que investiga o caso como lesão corporal e reforçou a importância do registro formal da ocorrência na Delegacia do Crato para apurar todas as circunstâncias. Greycielle recebeu alta hospitalar. Em seu depoimento online, a artista admitiu ter ido a “um lugar que não deveria” e classificou o episódio como lição.

Imagens fortes:

Fonte: DCM

O machismo delinquente do senador que mandou Marina Silva “se pôr no seu lugar”

Marina Silva bate boca com Marcos Rogério após sofrer ataque misógino. Foto: reprodução

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, foi alvo de uma postura agressiva e machista do senador bolsonarista Marcos Rogério (PL-RO) durante audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado, nesta terça-feira (27).

Ao ser interrompida diversas vezes e ter o microfone cortado enquanto falava, Marina reagiu às atitudes do senador, que presidia a sessão, e afirmou que ele gostaria que ela fosse “uma mulher submissa”.

Rogério, então, rebateu com a frase: “Me respeite, ministra, se ponha no teu lugar” — expressão historicamente usada para desqualificar mulheres em posições de poder.

Mesmso após a fala ofensiva, o senador negou qualquer conotação sexista e tentou minimizar o episódio, dizendo que se referia ao “lugar institucional” da ministra. A reação não convenceu e gerou revolta entre os presentes. A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) acusou Rogério de machismo, enquanto o líder do PT, Rogério Carvalho (SE), defendeu Marina e apoiou sua decisão de abandonar o local diante do ataque.


A sessão seguiu num clima tenso, agravado por outra fala misógina, desta vez do senador Plínio Valério (PSDB-AM), que declarou que “a mulher merece respeito e a ministra, não”. Plínio já havia zombado publicamente dela, ao dizer “imaginem o que é ficar com a Marina seis horas e dez minutos sem ter vontade de enforcá-la”.

A ministra exigiu retratação, não recebeu, e deixou a audiência sob protesto. Ao sair, reafirmou: “Sou uma mulher de luta e de paz. Mas, nunca vou abrir mão da luta.”

Mesmo após o episódio, Marcos Rogério — que presidia a sessão — ameaçou convocar a ministra, o que a obrigaria a voltar em outra ocasião.

Fonte: DCM

“Já temos todas as provas”: Lindbergh revela dossiê contra Eduardo Bolsonaro


Lindbergh Farias produziu dossiê contra Eduardo Bolsonaro. Foto: reprodução

O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do partido na Câmara, afirmou em suas redes sociais que possui todas as provas contra o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e que colaborará com as investigações. “Eduardo Bolsonaro não ficará impune”, declarou o parlamentar, referindo-se ao inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar os crimes de coação, obstrução de Justiça e ameaça ao Estado Democrático de Direito.

Lindbergh afirmou que apresentará à Polícia Federal documentos, vídeos e textos com declarações de Eduardo sobre sua atuação nos Estados Unidos contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF. “Eu tenho muita coisa. Quero falar até para você, Eduardo Bolsonaro, não adianta apagar vídeo, o Twitter… Nós temos tudo documentado e vamos entregar, porque o crime cometido por você é de traição nacional”, disse o petista, se referindo a um perfil na rede social X.

O líder do PT citou a possibilidade de sanções contra autoridades brasileiras, classificando-as como “pena de morte civil internacional”. “Eles estão trabalhando por sanções contra todos os ministros, contra o Procurador-Geral, contra membros da Polícia Federal, contra familiares”, denunciou.

Lindbergh argumentou que a articulação de Eduardo nos EUA representa uma continuação dos atos golpistas de 8 de janeiro. “Se você, lá fora, utiliza uma potência estrangeira para tentar sanções contra ministros de um poder independente, isso, aqui, é crime. É a continuação da depredação do dia 8 de janeiro, isso é golpe continuado. Você vai ter que se ver com a justiça”, afirmou.


Inquérito no Supremo

A abertura do inquérito pelo STF, a pedido do procurador-geral da República, Paulo Gonet, foi elogiada por aliados do governo. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), declarou: “A PGR e o STF estão comprovando que o Brasil é um país soberano, onde os cidadãos se submetem às leis e não a ameaças e pressões vindas do estrangeiro”.

Parlamentares petistas também celebraram a decisão. O deputado Tadeu Veneri (PT-PR) escreveu que “finalmente, as instituições vão questionar a conduta de Eduardo Bolsonaro”, enquanto Dimas Gadelha (PT-RJ) destacou que o inquérito foi tornado público. “O filho do inelegível está sendo investigado por tentar interferir nas apurações do 8 de janeiro. A casa está caindo. E vai feder para a família inteira”, afirmou.

O deputado Alencar Santana (PT-SP) foi ainda mais enfático: “Jair Bolsonaro vai para a cadeia em breve e implora todo dia por anistia. Eduardo Bolsonaro, que fugiu com o rabo entre as pernas, nunca mais vai pisar no Brasil, com medo de ser preso pelo STF”.

Enquanto isso, mesmo licenciado da Câmara desde março, Eduardo manteve gastos significativos com a verba de gabinete. Segundo levantamento do colunista Jorge Amado, do portal PlatôBR, o deputado gastou R$ 132,4 mil em abril, valor próximo ao teto permitido e superior aos gastos de março, quando ainda exerceu o mandato por 18 dias.

Fonte: DCM

VÍDEO – Senador bolsonarista ataca Marina e leva resposta: “Não sou submissa”


A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o senador bolsonarista Marcos Rogério (PL-RO) durante sessão da Comissão de Infraestrutura, nesta terça (27). Foto: Reprodução

O senador bolsonarista Marcos Rogério (PL-RO) atacou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante uma discussão na Comissão de Infraestrutura nesta terça (27). O parlamentar preside o colegiado e cortou o microfone usado por ela diversas vezes em meio às declarações.

A confusão teve início após Marina dizer que se sentiu ofendida com falas do senador Omar Aziz (PSD-AM) e reclamar da condução dos trabalhos feita por Marcos Rogério. Ela disse que o bolsonarista gostaria que ela fosse “uma mulher submissa”.

“Agora sexismo, ministra? Me respeite, ministra, se ponha no teu lugar. Vossa Excelência está chamando este presidente de sexista. Vossa Excelência veio a essa comissão para tumultuar. Todos os ministros que vieram a esta comissão eu tratei com o maior respeito e estou te tratando com a mesma dignidade”, afirmou Marcos Rogério.

Ele ainda reclamou que a titular do Meio Ambiente estava fazendo “discurso” e ameaçou chamá-la novamente para o colegiado por meio de uma convocação.

Ela discutiu com outro senador, Plínio Valério (PSDB-AM), que afirmou: “A mulher merece o respeito. A ministra, não”. Em resposta, Marina citou uma declaração feita por ele em março, após uma discussão em sessão no Senado, em que disse que tinha vontade de enforcá-la.

“Por que não? O senhor que disse que queria me enforcar”, prosseguiu. Marina ainda disse que iria embora da comissão caso o senador não se retratasse. Como o parlamentar não pediu desculpas, ela deixou a audiência do colegiado.

A ministra também foi atacada por Omar Aziz, que chegou a acusá-la de divulgar dados ambientais “falsos” sobre obras no país.

Fonte: DCM

Simulação de incidente com múltiplas vítimas reforça a conscientização sobre segurança no trânsito em Apucarana


Como parte das ações da campanha Maio Amarelo, o 11º Batalhão de Bombeiros Militar do Paraná (11º BBM) realizou, na manhã desta terça-feira (27/5), uma simulação de incidente com múltiplas vítimas. A atividade ocorreu na passagem de nível da linha férrea localizada na Rua Dom Pedro II, no Jardim Ponta Grossa, em Apucarana.

A simulação contou com a participação de diversas instituições, entre elas a Secretaria Municipal de Segurança, Transporte, Trânsito, Mobilidade Urbana e Defesa Civil (SEGTRAN), a Guarda Civil Municipal (GCM), o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), o 30º Batalhão de Infantaria Mecanizado e a concessionária Rumo, responsável pela linha férrea.

O cenário simulado envolveu a colisão de uma composição ferroviária com dois veículos: um automóvel de passeio, onde estavam três adultos e um recém-nascido, e um micro-ônibus com vários passageiros. Durante o exercício, foi demonstrado que, por não estar corretamente fixado à cadeirinha de segurança, o bebê teria sido ejetado do veículo no momento do impacto.

O coordenador da Defesa Civil de Apucarana, Rodrigo Gearola Leme, destacou a relevância do treinamento. “A simulação de um incidente com múltiplas vítimas tem como objetivo capacitar as equipes de resgate e segurança para que, em situações reais, possam oferecer atendimento ágil e eficiente à população. Embora ninguém deseje esse tipo de ocorrência, é fundamental que estejamos preparados”, afirmou.

O capitão Wallacy de Araújo, do 11º BBM, explicou que incidentes com grande número de vítimas exigem procedimentos específicos. “Em situações como essa, aplica-se um protocolo diferenciado, que estabelece prioridades de atendimento. As vítimas com maior gravidade devem ser socorridas primeiro. Somente após isso é feito o encaminhamento das vítimas com lesões menos graves”, detalhou.

Além de treinar as equipes de emergência, a atividade teve como propósito sensibilizar a população sobre a importância da responsabilidade no trânsito, um dos principais focos da campanha Maio Amarelo. Neste ano, o movimento traz como tema “Desacelere. Seu bem maior é a vida”, incentivando a redução da velocidade e alertando para os perigos causados pela pressa e pela desatenção ao dirigir.



Fonte: Prefeitura de Apucarana

Governo anuncia mudanças na Secretaria de Justiça e Cidadania e Detran/PR

Valdemar Bernardo Jorge, ex-secretário estadual de Planejamento e de Desenvolvimento Sustentável, assumirá a Seju, enquanto que Santin Roveda, atual secretário, será diretor-presidente da autarquia de trânsito.

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Santin Roveda é o novo diretor-presidente do DetranPR.
Foto: Roberto Dziura Jr/AEN

O Governo do Paraná promoveu duas mudanças pontuais no comando da Secretaria da Justiça e Cidadania (Seju) e no Departamento de Trânsito do Paraná (Detran/PR). Valdemar Bernardo Jorge, ex-secretário estadual de Planejamento e de Desenvolvimento Sustentável, assumirá a Seju, enquanto que Santin Roveda, atual secretário da pasta, será diretor-presidente da autarquia de trânsito. As nomeações já foram publicadas no Diário Oficial.

Valdemar Bernardo Jorge retorna ao primeiro escalão do governo após passar pelas secretarias do Planejamento, entre 2019 e 2022, e pelo Desenvolvimento Sustentável, entre 2023 e 2024. Advogado e mestre em Direito Econômico e Social pela PUC-PR, Bernardo Jorge tem pós-graduação em Direito Empresarial e Direito Tributário pela mesma instituição, além de ser formado em Informática pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Na Seju, será responsável pela rede dos Centros de Socioeducação e Casas de Semiliberdade (Censes) para jovens em conflito com a lei; a proteção, defesa, educação e orientação ao consumidor, por meio do Procon/PR; a prevenção, repressão e fiscalização do uso de entorpecentes; entre outros. Também ficará a cargo da execução do programa Bebê ID, de biometria neonatal, que visa garantir a identidade civil desde o nascimento, prevenir o sub-registro e ampliar o acesso à cidadania e à proteção social.

A pasta tem como objetivo a garantia de direitos, o diálogo com o Poder Judiciário, o Ministério Público, a Defensoria Pública e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Também vai coordenar, em parceria com a Secretaria de Segurança Pública (Sesp), ações de enfrentamento às violações de direitos.

DETRAN – Natural de União da Vitória, no Sul do Estado, onde foi prefeito de 2017 a 2020, Santin Roveda foi candidato a deputado estadual em 2014 e, em 2022, ficou com a segunda suplência de uma das cadeiras da Câmara dos Deputados. Assumiu a Seju em 2023, onde permaneceu até maio de 2025. É empresário, filho do ex-deputado federal Airton Roveda, casado e pai de um filho.

No Detran/PR, Roveda será responsável por manter e ampliar os serviços digitalizados disponíveis ao cidadão; realização de leilão de veículos e ações educativas no trânsito; acompanhamento da concessão dos pátios veiculares; elaboração do Plano Estadual de Segurança no Trânsito para o Estado do Paraná (Petrans/PR); e ajudará a planejar e supervisionar a implantação da sinalização luminosa e gráfica de vias; entre outros. Adriano Furtado, que ficou à frente do Detran/PR de maio de 2022 a maio deste ano, assumirá uma diretoria na autarquia.

Fonte: AEN

Ministros do STF se alinham a Moraes e denunciam 'afronta à soberania' e 'ameaça absurda' dos EUA

Ministros vêm ação dos EUA como afronta à soberania e dizem que governo deveria ter respondido formalmente à fala de Marco Rubio

Alexandre de Moraes (Foto: Bruno Peres/Agência Brasil)

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) manifestou apoio à decisão do ministro Alexandre de Moraes de instaurar um inquérito contra o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), afirma a jornalista Daniela Lima em sua coluna no g1.

Segundo o procurador-geral da República, Paulo Gonet, o filho do ex-presidente tem agido de maneira pública para “ameaçar, constranger e impedir” o avanço das investigações relativas à tentativa de golpe de Estado, processo em que Jair Bolsonaro figura como principal investigado.

Um ministro da Primeira Turma, ouvido reservadamente pela reportagem, afirmou que a solidariedade interna à decisão de Moraes "tende a chegar a 100%", podendo haver apenas "uma exceção". Ele classificou como "absurda" a ameaça americana de sanções contra o ministro. “Não há precedentes no mundo para esse tipo de sanção contra um juiz de outro país”, analisou.

O mesmo integrante do Supremo propôs uma analogia para demonstrar a gravidade da interferência externa: “Para dimensionar o tamanho da violação à soberania brasileira, basta inverter a situação: brasileiros estão sendo deportados dos Estados Unidos. Imaginemos um juiz brasileiro decretar a prisão dos agentes policiais americanos que atuam nessas ações?”, questionou. E concluiu: “Sendo que a situação é ainda mais grave, porque não há um cidadão americano sequer em litígio nesse caso”.

As críticas internas também se voltaram ao Ministério das Relações Exteriores. Um segundo ministro do STF afirmou que, após a declaração do secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio — que confirmou a possibilidade de sanções contra Moraes —, o Itamaraty tinha a responsabilidade de oferecer uma resposta firme. “Acho que todos ali no governo sabem que havia a expectativa de uma reação oficial que não veio. A resposta que tivemos é que a diplomacia opera de uma forma diferente. Mas houve a fala de um integrante do primeiro escalão”, apontou o magistrado.

Ainda de acordo com a reportagem, o Itamaraty afirmou que o chanceler Mauro Vieira tem mantido Moraes informado pessoalmente sobre os desdobramentos das conversas com o governo dos Estados Unidos. “Diplomacia nem sempre se faz pela mídia”, declarou um integrante do Ministério. Ele ponderou: “Ninguém pode garantir resultados na Washington de hoje em dia, mas é nossa obrigação tentar, enquanto ainda é possível evitar uma crise. Mas não cabia queimar a largada e fechar portas só por conta da declaração”.

Nos bastidores, membros do STF também enxergam o episódio como parte de um movimento mais amplo. Um ministro da Primeira Turma afirmou que o bolsonarismo se transformou em “instrumento das big techs, que estão dentro do governo americano, e que têm usado o poder de Washington para pressionar a Justiça do Brasil, à medida que se aproxima o julgamento de uma regulamentação das plataformas”. Essa visão é compartilhada por outros ministros da Corte.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

As conversas entre o governo Lula e os EUA nos bastidores para evitar sanções contra Moraes


O presidente Lula (PT) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Reprodução

O governo Lula (PT) iniciou conversas nos bastidores com autoridades dos Estados Unidos após o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, indicar que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pode ser alvo de sanções por parte do governo americano.

As discussões estão sendo conduzidas em alto nível, com participação de integrantes dos altos escalões do governo brasileiro, conforme informações do G1.

Na última semana, Rubio afirmou, durante uma audiência no Congresso americano, que há uma “grande possibilidade” de o governo dos EUA aplicar sanções contra Moraes, com base na Lei Global Magnitsky. Essa legislação permite que estrangeiros envolvidos em violações de direitos humanos ou corrupção sejam punidos com sanções econômicas.


A declaração de Rubio gerou desconforto no Itamaraty, que a considera uma tentativa de interferência nos assuntos internos do Brasil e uma afronta ao Judiciário brasileiro.


Diálogos “subiram de nível”


Segundo integrante do governo, os diálogos “subiram de nível” no fim de semana, com a participação de autoridades de primeiro escalão. “O jogo é maior”, afirmou, destacando que donos de big techs, como Elon Musk, estariam entre os principais interessados em prejudicar Moraes e o STF.

O governo brasileiro acredita que o interesse dessas empresas não está relacionado ao julgamento de Jair Bolsonaro, mas sim à resistência do STF e do presidente Lula à atuação das plataformas digitais sem regulamentação.

Fonte: DCM com informações do G1

Eduardo Bolsonaro, mesmo de licença, atinge teto de gasto com verba de gabinete


O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos. Foto: Reprodução

Desde que se licenciou da Câmara dos Deputados em março deste ano, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tem mantido seu gabinete em pleno funcionamento, especialmente no que diz respeito ao gasto de dinheiro público. O deputado se afastou do mandato e fugiu para os Estados Unidos.

Em abril, Eduardo Bolsonaro utilizou R$ 132,4 mil da verba de gabinete, quase o teto estipulado, superando o gasto de março, quando exerceu o mandato por apenas 18 dias, conforme informações do colunista Guilherme Amado, do PlatôBR.

Apesar de não ter recebido salário e cota parlamentar em abril, que cobrem despesas como viagens, aluguel de carro e manutenção de gabinete em outros estados, o parlamentar continuou a utilizar a verba disponível para suas atividades.

Fuga para os Estados Unidos

Eduardo Bolsonaro (PL-SP) fugiu para os EUA em março e afirmou que buscaria “sanções aos violadores de direitos humanos”, uma referência ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) durante encontro na Casa Branca, em 2019. Foto: Divulgação

Na semana passada, Marco Rubio, secretário de Estado dos Estados Unidos, afirmou que o governo americano estuda aplicar uma punição contra o magistrado. “Isso está sob análise neste momento, e há uma grande possibilidade de que isso aconteça”, afirmou.

O “bananinha”, no entanto, se tornou alvo de um inquérito no STF por articular a imposição de sanções dos EUA contra Moraes. A pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), o Supremo abriu um inquérito nesta segunda-feira (26) contra o deputado.

“A busca por sanções internacionais a membros do Poder Judiciário visa interferir sobre o andamento regular dos procedimentos de ordem criminal, inclusive ação penal em curso contra o sr. Jair Bolsonaro”, escreveu Paulo Gonet, procurador-geral da República.

Para Gonet, publicações em redes sociais e declarações a veículos de imprensa mostram que existe um “manifesto tom intimidatório para os que atuam como agentes públicos, de investigação e de acusação, bem como para os julgadores na Ação Penal, percebendo-se o propósito de providência imprópria contra o que o sr. Eduardo Bolsonaro parece crer ser uma provável condenação”.

Desesperado


O parlamentar ainda desafiou o governo petista, afirmando que, se o presidente Lula (PT) decidir confrontar os EUA em defesa de Moraes, estará agindo contra os interesses nacionais.


Fonte: DCM com informações do colunista Guilherme Amado,  do PlatôBR

Decisão do STF limita ação digital da extrema-direita sobre depoimentos do 8 de Janeiro

Atos terroristas de 8 de janeiro de 2023 – Foto: Reprodução


Por Fábio Vasconcellos, no site ReDem

Procure por uma imagem ou áudio do depoimento dos réus acusados pela tentativa de golpe no 8 de Janeiro, que começaram a falar na semana passada no Supremo Tribunal Federal (STF). Vá à principal plataforma de vídeos da internet. Busque nas redes sociais. Nada.

Não há registros desses depoimentos, a não ser a descrição feita por jornalistas autorizados a acompanhar as oitivas. São notícias sem imagens, sem as expressões dos personagens e sem pontos de tensão que contribuem para dramatizar a história. Não há imagens ou sons porque o STF proibiu os registros.

De um ponto de vista inicial, a decisão do Supremo pode ser compreendida como algo controverso. Desde 2002, quando lançou a TV Justiça, o STF vinha se alinhando à ideia da necessidade de a população conhecer mais sobre o processo de funcionamento da instituição. A TV Justiça transmitiu, por exemplo, sessões históricas como o julgamento do Mensalão, casos envolvendo a Lava Jato, entre outros.

Costuma-se dizer hoje, inclusive, que o brasileiro sabe quem são os 11 ministros do STF, mas não sabe o nome dos titulares da seleção brasileira de futebol (talvez este não seja um dado negativo). Nesses mais de dez anos, quando a TV Justiça não estava presente, outras emissoras se encarregavam de acompanhar as sessões ou tinham acesso livre aos vídeos gravados de interrogatórios e/ou decisões do Supremo. Tudo era exposto, com toda a dramaticidade no telejornal.

A atual decisão do STF de vetar o registro de imagens e som é controversa porque pode ser enquadrada como uma escolha que afeta a ideia de transparência pública e o direito que temos de acesso à informação. Sem dúvida, essa é uma questão importante, mas deixo para os juristas. Gostaria de chamar atenção aqui para um segundo ponto, que considero relevante e, por óbvio, não pode ser negligenciado nesse debate.

Entre o Mensalão (2005), a Lava Jato (2014) e uma infinidade de outros casos que tivemos acesso por imagens e vídeos, algo mudou no mundo da comunicação. A ascensão de uma extrema-direita radical, que sabe usar como ninguém as técnicas e estratégias da comunicação digital, gerou consequências. A principal delas talvez seja o volume de desinformação produzida e disseminada a partir de fatos reais. A força da comunicação da extrema-direita está na habilidade de construir histórias a partir de fragmentos de acontecimentos reais.

O ex-presidente Jair Bolsonaro – Foto: Reprodução


Com o uso dos “cortes nas redes sociais”, esse grupo utiliza uma técnica poderosa de descontextualização e reenquadramento. Em razão do dinamismo das redes e da centralidade dos vídeos como principal linguagem do ecossistema digital, a extrema-direita consegue construir narrativas que lhes são favoráveis, a despeito de não corresponderem à verdade ou serem bastante imprecisas. Nesse sentido, a restrição do STF é um banho de água fria na tática bolsonarista.

Em outras palavras, sem vídeos e áudios, a extrema-direita tem sua atividade de “attention hacking” prejudicada. A manipulação feita a partir de mensagens curtas, simples e muitas vezes irônicas ou com uso do humor precisa de imagens, e, se elas forem do evento em si, melhor. Paradoxalmente, a desinformação deve ser verossímil para ganhar selo de “autêntico” e “verdadeiro”, não para circular entre os seus adeptos, porque isso acontece de forma automática, mas para chegar a outras audiências na batalha pela opinião pública.

Sem as imagens das caras e bocas do ministro Alexandre de Moraes, que muitas vezes é enquadrado em ângulos que sugerem sentidos negativos, ou de falas de advogados ou depoentes tidas como “lacradoras”, a base bolsonarista tem que gastar mais imaginação para conseguir se contrapor ao noticiário. O jornalismo profissional não apenas tem acesso aos julgamentos, como conduz hoje o registro histórico dos depoimentos dos acusados.

Embora o jornalismo profissional também seja impactado pela ausência de sons e imagens, já que os telejornais ficam “empobrecidos” de material dramático, o STF parece ter conseguido dar algum freio de arrumação no registro de um evento de alta relevância e, sobretudo, extremamente sensível.

Nesse sentido, a decisão do STF pode ser vista como uma medida deliberada não apenas para mitigar riscos de desinformação, mas, sobretudo, para dar alguma racionalidade ao debate público sobre o 8 de Janeiro, em especial no ambiente digital. É claro que esse propósito não será alcançado em sua totalidade, mas, sem dúvida, criou uma dificuldade para a extrema-direita digital.

Fonte: DCM

VÍDEO – Desesperado, Eduardo Bolsonaro ameaça PF após se tornar alvo de inquérito

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) durante entrevista ao canal de extrema-direita “Revista Oeste”. Foto: Reprodução

Após se tornar alvo de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) chegou a ameaçar até mesmo agentes da Polícia Federal (PF) que venham a cumprir um eventual mandado de prisão contra seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Bolsonaro, réu por tentativa de golpe de Estado, foi intimado a prestar depoimento à PF pelo ministro Alexandre de Moraes, no âmbito do inquérito que investiga Eduardo Bolsonaro. O parlamentar está sendo investigado por articular a imposição de sanções dos Estados Unidos contra Moraes.

Diante da possibilidade de prisão de seu pai, o bananinha passou a acreditar que a prisão de Bolsonaro está se tornando iminente. Em resposta, o deputado afirmou que pretende promover sanções contra agentes da PF que venham a cumprir uma ordem de prisão contra seu pai.

“Agora, com a clareza de que esse momento se aproxima, os policiais federais que porventura venham a cumprir os mandados do Alexandre de Moraes para achacar, extorquir Jair Bolsonaro ou qualquer outro tipo de pessoa, saibam que vocês também vão entrar na mira dos norte-americanos”, disse Eduardo durante entrevista ao programa “Oeste Sem Filtro”, do canal de extrema-direita “Revista Oeste”, na última segunda-feira (26).

Eduardo Bolsonaro também publicou um vídeo nas redes sociais atacando o governo Lula, o ministro Alexandre de Moraes e o procurador-geral da República, Paulo Gonet. Ele ainda desafiou o governo petista, afirmando que, se Lula decidir confrontar os EUA em defesa de Moraes, estará agindo contra os interesses nacionais.


“Sim, está na mesa [a possibilidade de renunciar ao mandato]. A minha pauta prioritária, na verdade única aqui nos Estados Unidos, é sancionar Moraes para colocar um freio no pior ditador que a minha geração já viu. Se isso daí não ocorrer, vou ficar eternamente aqui nos EUA”, avisou.

Inquérito contra Eduardo

A pedido da PGR, o Supremo abriu um inquérito nesta segunda-feira (26) contra o deputado por promover uma articulação golpista nos Estados Unidos contra o Judiciário brasileiro. O órgão ainda solicita que Jair Bolsonaro seja ouvido para esclarecer a atuação do filho no país.

“A busca por sanções internacionais a membros do Poder Judiciário visa interferir sobre o andamento regular dos procedimentos de ordem criminal, inclusive ação penal em curso contra o sr. Jair Bolsonaro”, escreveu Gonet.

Para o procurador, publicações em redes sociais e declarações a veículos de imprensa mostram que existe um “manifesto tom intimidatório para os que atuam como agentes públicos, de investigação e de acusação, bem como para os julgadores na Ação Penal, percebendo-se o propósito de providência imprópria contra o que o sr. Eduardo Bolsonaro parece crer ser uma provável condenação”.

Eduardo fugiu para os Estados Unidos em março e disse que buscaria “sanções aos violadores de direitos humanos”, uma referência a Moraes.

Na semana passada, Marco Rubio, secretário de Estado do país, afirmou que o governo americano estuda uma punição contra o magistrado. “Isso está sob análise neste momento, e há uma grande possibilidade de que isso aconteça”, ameaçou.

Fonte; DCM

Google deve disponibilizar 2 mil vídeos da Jovem Pan sob investigação

Microfone exibe o logo da Jovem Pan – Foto: Reprodução

Por Martina Colafemina, no ConJur

O Google Brasil deve disponibilizar cerca de 2,3 mil vídeos de programas da Jovem Pan à Justiça Federal. A decisão é da juíza Sílvia Figueiredo Marques, da 26ª Vara Cível de São Paulo, que concedeu uma liminar para a produção antecipada de provas ao Sleeping Giants Brasil. De acordo com a organização, que moveu a ação contra a Jovem Pan, os vídeos são provas que estão sendo apagadas.

Um levantamento feito pelo Sleeping Giants indica que a emissora teria deletado 417 vídeos de suas plataformas — incluindo o canal no YouTube — que contêm discurso de ódio, ataques ao sistema eleitoral, informações falsas sobre a vacina contra a Covid-19, desinformação sobre a emergência climática e incitação ao ódio nacional.

A remoção começou, supostamente, após a abertura de um inquérito do Ministério Público Federal contra a empresa, para investigar a incitação a atos antidemocráticos. No processo, o Google disse ter preservado todas as URLs indicadas pelo Sleeping Giants.

Em nota, a Jovem Pan se defendeu dizendo que a ação foi ajuizada “apenas para que o Google mantenha as URLs dos vídeos e que os mesmos não sejam apagados” e que “o próprio MPF opinou pela extinção do processo, já que o tema está sendo discutido em ação civil pública”. O Google não se manifestou publicamente sobre o caso.

Fachada de edifício com o logo da Google – Foto: Reprodução
Fonte: DCM