terça-feira, 27 de maio de 2025

Eduardo Bolsonaro, mesmo de licença, atinge teto de gasto com verba de gabinete


O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos. Foto: Reprodução

Desde que se licenciou da Câmara dos Deputados em março deste ano, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tem mantido seu gabinete em pleno funcionamento, especialmente no que diz respeito ao gasto de dinheiro público. O deputado se afastou do mandato e fugiu para os Estados Unidos.

Em abril, Eduardo Bolsonaro utilizou R$ 132,4 mil da verba de gabinete, quase o teto estipulado, superando o gasto de março, quando exerceu o mandato por apenas 18 dias, conforme informações do colunista Guilherme Amado, do PlatôBR.

Apesar de não ter recebido salário e cota parlamentar em abril, que cobrem despesas como viagens, aluguel de carro e manutenção de gabinete em outros estados, o parlamentar continuou a utilizar a verba disponível para suas atividades.

Fuga para os Estados Unidos

Eduardo Bolsonaro (PL-SP) fugiu para os EUA em março e afirmou que buscaria “sanções aos violadores de direitos humanos”, uma referência ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) durante encontro na Casa Branca, em 2019. Foto: Divulgação

Na semana passada, Marco Rubio, secretário de Estado dos Estados Unidos, afirmou que o governo americano estuda aplicar uma punição contra o magistrado. “Isso está sob análise neste momento, e há uma grande possibilidade de que isso aconteça”, afirmou.

O “bananinha”, no entanto, se tornou alvo de um inquérito no STF por articular a imposição de sanções dos EUA contra Moraes. A pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), o Supremo abriu um inquérito nesta segunda-feira (26) contra o deputado.

“A busca por sanções internacionais a membros do Poder Judiciário visa interferir sobre o andamento regular dos procedimentos de ordem criminal, inclusive ação penal em curso contra o sr. Jair Bolsonaro”, escreveu Paulo Gonet, procurador-geral da República.

Para Gonet, publicações em redes sociais e declarações a veículos de imprensa mostram que existe um “manifesto tom intimidatório para os que atuam como agentes públicos, de investigação e de acusação, bem como para os julgadores na Ação Penal, percebendo-se o propósito de providência imprópria contra o que o sr. Eduardo Bolsonaro parece crer ser uma provável condenação”.

Desesperado


O parlamentar ainda desafiou o governo petista, afirmando que, se o presidente Lula (PT) decidir confrontar os EUA em defesa de Moraes, estará agindo contra os interesses nacionais.


Fonte: DCM com informações do colunista Guilherme Amado,  do PlatôBR

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