quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

Moraes cita "infiltração política" de facções ao determinar prisão de Rodrigo Bacellar

Ministro fala em “relevantes indícios” que ligam Bacellar “à atuação dos principais grupos criminosos violentos” do Rio de Janeiro

      Rodrigo Bacellar (Foto: Alerj)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão preventiva do presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar, ao apontar “relevantes indícios” de que o parlamentar atuou para obstruir investigações relacionadas ao crime organizado no estado. A decisão, registrada na Petição 14.969, destaca que o caso envolve possível vazamento de informações sigilosas que frustraram a Operação Zargun, deflagrada pela Polícia Federal em setembro para desarticular relações entre agentes públicos e o Comando Vermelho .

No despacho, Moraes afirma que as evidências apresentadas pela PF revelam um cenário de profunda infiltração política” de grupos criminosos e que as condutas atribuídas a Bacellar comprometem a ordem pública e a própria capacidade investigativa do Estado. O ministro ressaltou que a atuação do presidente da Alerj seria incompatível com o exercício de funções públicas, o que justificou o afastamento imediato do cargo, decidido conjuntamente com a decretação da prisão preventiva .

◍ Indícios de orientação e obstrução à Operação Zargun

A PF aponta que Bacellar teria mantido comunicação direta com o deputado Thiego Raimundo dos Santos Silva, o TH Joias, repassando informações sobre a operação policial que o prenderia e orientando ações para impedir a apreensão de provas. Segundo o relatório apresentado ao STF, TH Joias esvaziou seu imóvel na véspera da ação e mudou de telefone após ser alertado, colocando Bacellar como primeiro contato de emergência em seu novo aparelho.

O ministro reproduz no despacho trechos da representação policial que classificam Bacellar como “agente político anômalo na cadeia hierárquica” por onde circulam dados sigilosos, apontando que ele teria contribuído “no encobrimento do investigado à atuação dos órgãos de persecução penal”.

◍ Relações com o crime organizado

Moraes também destacou que TH Joias mantinha, segundo as investigações, relações diretas com a cúpula do Comando Vermelho, intermediando armas, tecnologia e lavagem de dinheiro para a facção. O ministro reproduziu trechos da decisão anterior, no âmbito da ADPF 635, que determinou o aprofundamento de apurações sobre vínculos entre facções e autoridades públicas no Rio.

Para Moraes, as ações atribuídas a Bacellar — inclusive orientações sobre retirada de objetos da residência do aliado e acesso prévio à operação — sugerem a tentativa de preservar interesses criminosos “em clara afronta à atuação estatal contra a criminalidade violenta”.

◍ "Estado paralelo" e risco à investigação

A decisão expõe preocupação com a extensão da influência política de Bacellar, especialmente por ocupar a presidência da Alerj e ter capacidade de interferir em setores sensíveis do governo estadual. Moraes cita que a atuação do parlamentar se insere em um quadro maior de captura institucional por grupos criminosos, referindo-se à existência de um “Estado paralelo” que inviabilizaria investigações e operações policiais.

O ministro registrou que a manutenção de Bacellar em liberdade representaria risco concreto à ordem pública, à instrução criminal e à aplicação da lei penal. A Procuradoria-Geral da República também defendeu a prisão, afirmando que as evidências apontam para ações deliberadas de obstrução, inclusive com potencial de intimidação de testemunhas.

◍ Medidas determinadas pelo STF

Além da prisão preventiva de Bacellar, Moraes determinou:

  • o afastamento imediato da presidência da Alerj;
  • a realização de buscas e apreensões em diversos endereços ligados ao deputado;
  • o acesso a documentos, dispositivos eletrônicos, registros e valores que possam reforçar as investigações;
  • a continuidade das diligências da PF, incluindo oitivas e análise de materiais apreendidos.

Moraes também determinou o envio da decisão ao vice-presidente da Alerj para que a Casa delibere, como prevê a Constituição, sobre a manutenção da prisão de seu presidente.

A decisão reforça o entendimento do STF de que crimes praticados no âmbito de organizações criminosas armadas — por sua natureza permanente — permitem a prisão em flagrante de parlamentares, mesmo com prerrogativas previstas na Constituição.

O caso segue em investigação, e a Polícia Federal deverá apresentar relatório parcial em 30 dias, após análise dos materiais apreendidos.

Fonte: Brasil 247

PF demite Anderson Torres e Ramagem após decisão do STF

Ministério da Justiça anunciou a perda dos cargos após STF condená-los pela tentativa de golpe

Brasília- DF - 24-03-2024 - Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski e o diretor-geral da PF, Andrei Passos (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

Condenados por envolvimento na tentativa de golpe, Anderson Torres e Alexandre Ramagem foram demitidos da Polícia Federal, anunciou o Ministério da Justiça nesta quarta-feira (3) em portaria.

A decisão vem após o Supremo Tribunal Federal condená-los pela tentativa de golpe e se deu "em cumprimento à decisão proferida pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal", no âmbito da Ação Penal (AP) 2668, detalha o documento.

Os ministros do STF aceitaram AP, relativa à tentativa de golpe, e decretaram a perda dos cargos públicos dos condenados.

Fonte: Brasil 247

Davi adia sabatina e votação da indicação de Jorge Messias ao STF


Davi Alcolumbre é presidente do Senado e do Congresso Nacional
Waldemir Barreto/Agência Senado

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, informou ao Plenário nesta terça-feira (2) que determinou o cancelamento do calendário de apreciação da indicação presidencial do advogado-geral da União, Jorge Messias, para integrar o Supremo Tribunal Federal (STF). Um comunicado também foi divulgado, com o mesmo teor (leia abaixo).

O calendário de votação havia sido definido na semana passada — após a indicação ter sido anunciada pelo presidente da República — e previa a análise e votação entre 3 e 10 de dezembro. Entretanto, até agora, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não enviou a mensagem com a indicação de maneira formal ao Senado Federal.

— Após a definição das datas pelo Poder Legislativo, o Senado Federal foi surpreendido com a ausência do envio da mensagem escrita, referente à indicação já publicada no Diário Oficial da União e amplamente noticiada. Esta omissão, de responsabilidade exclusiva do Poder Executivo, é grave e sem precedentes. É uma interferência no cronograma da sabatina, prerrogativa do Poder Legislativo — afirmou Davi.

Para ser aprovado pelo Senado, Messias terá que ser sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes de ter sua indicação apreciada em Plenário. Messias foi indicado por Lula no lugar de Luís Roberto Barroso, que se aposentou.

Além de ser aprovado na sabatina da CCJ, o indicado também precisa ter o nome confirmado no Plenário, com maioria absoluta de votos, ou seja, aprovação de pelo menos 41 senadores. O presidente da CCJ é o senador Otto Alencar (PSD-BA) e o relator da indicação, o senador Weverton (PDT-MA).


COMUNICADO

Comunico às senadoras e aos senadores que esta Presidência, em conjunto com a Presidência da CCJ, havia estipulado os dias 3 e 10 de dezembro para a leitura do parecer, concessão de vistas coletivas, realização da sabatina e apreciação, em Plenário, da indicação feita pelo presidente da República ao Supremo Tribunal Federal.

A definição desse calendário segue o padrão adotado em indicações anteriores e tinha como objetivo assegurar o cumprimento dessa atribuição constitucional do Senado ainda no exercício de 2025, evitando sua postergação para o próximo ano.

No entanto, após a definição das datas pelo Legislativo, o Senado foi surpreendido com a ausência do envio da mensagem escrita referente à indicação, já publicada no Diário Oficial da União e amplamente anunciada.

Essa omissão, de responsabilidade exclusiva do Poder Executivo, é grave e sem precedentes. É uma interferência no cronograma da sabatina, prerrogativa do Poder Legislativo.

Para evitar a possível alegação de vício regimental no trâmite da indicação — diante da possibilidade de se realizar a sabatina sem o recebimento formal da mensagem —, esta Presidência e a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) determinam o cancelamento do calendário apresentado.

Davi Alcolumbre

Presidente do Senado e do Congresso Nacional

Fonte: Agência Senado

Janja critica alta da violência contra mulheres e cobra união dos homens no combate ao feminicídio

Primeira-dama afirma ser “inadmissível” que mulheres ainda precisem pedir para não serem mortas e defende ação conjunta da sociedade

     Janja Lula da Silva (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

A primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, voltou a condenar publicamente o aumento dos casos de violência contra mulheres no país e pediu engajamento dos homens no enfrentamento ao feminicídio. As declarações foram dadas à CNN Brasil nesta terça-feira (2), após uma sequência de crimes de grande repercussão ocorridos nos últimos dias.

Segundo a reportagem da emissora, Janja classificou como inaceitável que, em pleno 2025, mulheres ainda precisem reivindicar direitos básicos relacionados à própria sobrevivência. “É inadmissível que tenhamos que, em 2025, falar coisas óbvias como ‘por favor, não nos matem’. Mas coisas óbvias também precisam ser ditas, infelizmente”, afirmou.

Durante a entrevista, a primeira-dama reforçou que o combate à violência de gênero não pode ser responsabilidade exclusiva das mulheres. “Enquanto os homens não se unirem a nós para combater o feminicídio, para criar realmente uma consciência de que as mulheres precisam viver plenamente, infelizmente não vamos evoluir como humanidade”, declarou.

Janja também destacou a importância de uma mudança de mentalidade coletiva para que mulheres possam exercer sua liberdade e viver com dignidade. “Os homens precisam entender que nós estamos aqui para andar lado a lado e construir, junto com eles, um presente e futuro onde todas nós possamos viver. E viver com dignidade. Precisam entender que a nossa liberdade deve coexistir com a liberdade deles”, afirmou. Em seguida, completou: “Repito que a luta contra o feminicídio deve ser de todas e todos nós. Das mulheres, porque somos nós quem sofremos, nos nossos corpos, a violência que os homens praticam, mas também dos homens, porque são eles quem tiram nossas vidas”.

As falas da primeira-dama ocorreram horas após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mencionar, durante discurso em Ipojuca (PE), que foi ela quem solicitou uma abordagem mais firme por parte do governo diante da escalada da violência. Lula disse que Janja lhe pediu uma "luta mais dura" contra agressões praticadas por homens. O presidente, em tom crítico, apelou para que homens assumam responsabilidade e reflitam sobre suas atitudes: “Se você não está bem com sua companheira, por favor, seja grande, não bata nela, se separe dela. Se ela não gosta de você, ela não é obrigada a ficar com você, deixa ela cuidar da vida dela. Não aprisione essa pessoa, não seja malvado, não seja ignorante”.

Lula também lamentou a impunidade percebida em muitos casos e foi enfático sobre a necessidade de reação da sociedade masculina: “Porque, pensando bem, não existe pena para punir um cara desse, porque até a morte é suave. É preciso que haja um movimento nacional dos homens, contra os animais que batem, que judiam, que maltratam as mulheres”.

Casos recentes que intensificaram o debate

As manifestações de Janja e Lula ocorrem em meio à repercussão de crimes brutais registrados em diferentes regiões do país.Na segunda-feira (1º), em São Paulo, Bruno Lopes Fernandes Barreto atirou ao menos seis vezes contra a ex-companheira, Evelin de Souza Saraiva, dentro da pastelaria onde ela trabalhava, na zona norte da capital. A vítima segue internada em estado grave.

No sábado (29), outro caso chocou o país: Taynara Souza Santos, de 31 anos, foi atropelada e arrastada por mais de 1 quilômetro por um veículo conduzido por Douglas Alves da Silva na Marginal Tietê, também na capital paulista. Ela teve as duas pernas amputadas e permanece sem previsão de alta.Dados oficiais mostram que São Paulo registrou, entre janeiro e outubro, o maior número de feminicídios desde o início da série histórica, em 2015. Foram 53 casos — ante 42 no mesmo período do ano anterior.No mesmo fim de semana, em Antônio João (MS), um homem foi preso por agredir a companheira e incendiar uma aldeia indígena. Já no Recife (PE), um homem matou a esposa e os quatro filhos, de um a sete anos, após incendiar a casa da família.

Há dez dias, o caso de Catarina Kasten, de 31 anos, também ganhou ampla repercussão. Ela foi estuprada e assassinada na trilha da Praia do Matadeiro, em Florianópolis (SC). O acusado, Giovane Correa Mayer, de 21 anos, foi denunciado pelo Ministério Público.Com a sequência de crimes e a crescente pressão social, governo federal, organizações de defesa dos direitos das mulheres e entidades civis reforçam o apelo por políticas mais eficazes, ações educativas e mobilização permanente para enfrentamento da violência de gênero.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Lava Jato: PF realiza operação na 13ª Vara de Curitiba

A operação foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal, o que indica a possível investigação de autoridade com prerrogativa de foro

     Polícia Federal (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A Polícia Federal cumpre, neste momento, mandado de busca e apreensão na 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pela condução dos processos da Lava Jato.

A operação foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal, o que indica a possível investigação de alguém com prerrogativa de foro na Corte. A ação reacende o debate sobre irregularidades atribuídas à estrutura que durante anos sustentou os processos da força-tarefa.

A PF não divulgou detalhes sobre o alvo específico da medida, mas a movimentação na unidade judicial paranaense já provoca expectativa sobre os desdobramentos da investigação e seu impacto no histórico da vara que se tornou símbolo da Lava Jato.

Fonte: Brasil 247

Lula sinaliza fim do tarifaço e diz que pediu a Trump combate ao crime "com inteligência"

Lula detalha conversa com presidente dos EUA sobre tarifas e cooperação internacional contra o crime organizado

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante entrevista em foto divulgada no dia 2 de dezembro (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quarta-feira (3), que vê a possibilidade de um desfecho positivo para as tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. As declarações ocorreram em entrevista à TV Verdes Mares, do Ceará.

Durante a conversa, Lula explicou que tratou de temas econômicos e de segurança em um telefonema de 40 minutos com Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, realizado na terça-feira (2). O chefe do Executivo brasileiro destacou que o combate ao crime organizado foi um dos assuntos centrais. “Vamos utilizar a inteligência que nós temos, dos países que fazem fronteira com o Brasil, dos EUA, e de outras partes do mundo, para que a gente possa jogar todo o peso do mundo para derrotar as facções criminosas, o narcotráfico, e tantas outras coisas ilícitas”, afirmou.

O presidente também reforçou que a cooperação internacional deve priorizar tecnologia e monitoramento, e não ações armadas. “A gente não precisa utilizar arma, podemos usar inteligência para acabar com o narcotráfico o crime organizado”, declarou.

Ao comentar as tarifas anunciadas por Trump, que elevaram em 50% a taxação de produtos brasileiros, Lula disse enxergar uma mudança próxima no cenário. “Da mesma forma que o povo teve uma notícia ruim quando o Trump anunciou a taxação [de 50%], acho que está perto de ouvir uma notícia boa”, afirmou. Segundo ele, o diálogo com Washington abre margem para avanços diplomáticos e comerciais. “Muita coisa vai acontecer”, completou o presidente, indicando expectativa de flexibilização nos próximos passos das negociações.

Fonte: Brasil 247

STF condena ex-prefeito que tentou assassinar ex-mulher e que defendeu “eliminar” Moraes e Lula

Naçoitan Leite recebeu pena convertida em medidas alternativas; defesa afirma que recorrerá e aponta “equívocos” no acórdão

      Naçoitan Araújo Leite (Foto: Reprodução)


O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou o ex-prefeito de Iporá, Naçoitan Leite, por declarações em que defendia “eliminar” o ministro Alexandre de Moraes e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A informação foi divulgada pelo Metrópoles.

De acordo com o relatório assinado por Alexandre de Moraes, Leite disseminou, entre outubro e novembro de 2022, discursos a diversas pessoas sugerindo a “eliminação” do então presidente eleito e do ministro do STF, associando as falas a um cenário de “guerra civil”. A Corte fixou pena de três meses, posteriormente convertida em oito medidas alternativas.

Em nota, a defesa do ex-prefeito afirmou que irá recorrer e sustentou que o julgamento apresenta falhas. “O sr. Naçoitan Leite recebe a decisão com serenidade e respeito, mas recorrerá para sanar contradições e omissões do acórdão”, disse a equipe jurídica, afirmando ainda que os fatos narrados “não possuem qualquer vínculo com os atos antidemocráticos de 8 de janeiro”. A defesa também argumenta que a aplicação de multa, fixada de ofício, seria indevida. “A defesa confia que os recursos esclarecerão tais equívocos e restabelecerão a correta interpretação do caso”, conclui a nota.

As sanções impostas pelo STF

Segundo a decisão, Naçoitan Leite deverá cumprir:


• Prestação de serviços à comunidade ou entidades públicas, totalizando 60 horas;
• Participação presencial em curso do Ministério Público Federal sobre “Democracia, Estado de Direito e Golpe de Estado”, com 12 horas de carga horária;
• Proibição de deixar a comarca onde reside até o fim da pena;
• Proibição de uso de redes sociais pelo mesmo período;
• Manutenção da suspensão de seus passaportes;
• Revogação de registro ou porte de arma de fogo, se houver;
• Pagamento de multa equivalente a 20 salários mínimos;
• Pagamento de R$ 5 milhões por danos morais.


Histórico de ocorrências envolvendo o ex-prefeito

A condenação não é o primeiro episódio que coloca Naçoitan Leite no centro de controvérsias. Em 2023, ele foi investigado após invadir a casa da ex-mulher, usando a caminhonete para romper o portão e, segundo a Polícia Civil, disparar 15 vezes contra ela e o namorado. A motivação, conforme as autoridades, seria a não aceitação do fim do relacionamento.

Além disso, o ex-prefeito já foi alvo de operações da Polícia Civil de Goiás por suspeita de fraudes em licitações — uma ação que resultou no cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão em Iporá e em outras seis cidades. Em 2018, também se envolveu em um episódio em que tentou convencer fiscais de trânsito a não montarem uma blitz com bafômetro em uma rua do município.

A defesa insiste que o atual caso não guarda relação com esses episódios e que a condenação será contestada nas instâncias cabíveis.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Centrão usa Zambelli para testar tolerância do STF

Avaliação é de parlamentares do PT, que veem o caso como “laboratório” para membros do Centrão alvos de inquéritos sobre emendas

Brasília - 24/09/2025 - Reunião da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara para ouvir a deputada federal Carla Zambelli (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

Lideranças do PT na Câmara dos Deputados avaliam que o Centrão está usando o caso da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) como um movimento calculado para medir até onde o Congresso pode avançar diante de decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), informa Igor Gadelha, do Metrópoles. Condenada pela Corte por envolvimento na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e atualmente presa na Itália, a parlamentar se tornou peça central nessa disputa em torno de poderes e limites institucionais.

Petistas veem a articulação para “poupar” Zambelli da perda do mandato como parte de uma estratégia mais ampla do Centrão, fortemente ancorada em seu tema preferido: as emendas parlamentares, hoje no centro de investigações e de disputas políticas em Brasília.

Na leitura desses petistas, o caso de Carla Zambelli e de outros aliados do bolsonarismo, como o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), tende a funcionar como um “laboratório” para o comportamento do Congresso em situações futuras. A ideia seria “testar” a reação do Parlamento diante de condenações de parlamentares e observar até que ponto as Casas Legislativas se dispõem a bancar decisões que relativizem ou esvaziem sentenças do STF.

O cálculo atribuído ao Centrão é pragmático: a partir do desfecho dos processos envolvendo Zambelli e outros deputados bolsonaristas, seria possível desenhar uma espécie de modelo de atuação para momentos em que caciques do próprio bloco forem alcançados por decisões judiciais relacionadas a supostas irregularidades na execução de emendas parlamentares. A perspectiva é de autoproteção, mirando casos presentes e futuros.

Hoje, tramitam no STF investigações que envolvem parlamentares justamente por causa dessas emendas. Os procedimentos correm em segredo de Justiça, mas tiram o sono de nomes influentes da Câmara. A preocupação é que o Supremo avance sobre práticas que, embora comuns no jogo político, possam ser enquadradas como desvios na aplicação de recursos públicos.

Nesse cenário, o processo de Zambelli ganha peso simbólico. A forma como o Congresso decidirá lidar com a condenação da deputada é vista por petistas como um indicativo de até que ponto a Câmara está disposta a confrontar ou relativizar decisões da mais alta Corte do país.

Na terça-feira (2), o relator do pedido de perda de mandato de Carla Zambelli, deputado Diego Garcia (Republicanos-PR), apresentou parecer pela absolvição da parlamentar e pela consequente manutenção de seu mandato. O gesto foi lido, na ala petista, como um movimento explícito para “poupar” a deputada, em sintonia com a estratégia atribuída ao Centrão.

Diante desse parecer, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), anunciou que recorrerá novamente ao Supremo. A intenção é acionar a Corte para obrigar a Mesa Diretora da Câmara, comandada por Hugo Motta (Republicanos-PB), a cumprir integralmente a decisão do STF sobre condenações de parlamentares. O embate, assim, deixa de ser apenas sobre o destino político de Carla Zambelli e passa a simbolizar uma disputa mais ampla sobre quem dará a palavra final em casos que envolvem mandatos parlamentares e o uso de emendas no Congresso.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Jair Renan pede prisão humanitária e insinua que seu pai irá morrer na cadeia

Vara de Execuções Penais do Distrito Federal (VEP) prevê regime fechado para Bolsonaro até 2033

       Jair Renan Bolsonaro (Foto: Reprodução/Youtube/Leo Dias)

Jair Renan Bolsonaro (PL-SC), vereador em Balneário Camboriú, voltou nesta quarta-feira (3) a pressionar aliados políticos de Jair Bolsonaro (PL) por uma “prisão humanitária”. Em publicação nas redes, ele afirmou que teme pelo estado de saúde do pai e insinuou que o atual cenário pode levar a um desfecho fatal.

Jair Renan reforçou o apelo feito também pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). “Junto com a fala do meu irmão, Flávio no vídeo anterior, reforço o meu pedido a todos os políticos que se elegeram nas costas de Jair Bolsonaro. Por favor, peço uma prisão humanitária para o meu velho, para que ele possa voltar pra casa, pois, se continuar desse jeito, saberemos qual será o destino…”, declarou.

☉ Datas e condições da pena

Documento enviado pela Vara de Execuções Penais do Distrito Federal (VEP) ao Supremo Tribunal Federal (STF) apresenta o cronograma estimado para o cumprimento da pena de Jair Bolsonaro, condenado por cinco crimes, entre eles golpe de Estado. Segundo o atestado, o ex-presidente só poderá deixar o regime fechado a partir de 23 de abril de 2033, data em que se tornará possível a progressão ao regime semiaberto.

Já o livramento condicional está previsto para 13 de março de 2037, caso preenchidos os requisitos legais. A VEP informou que o cálculo considerou também o período em que Bolsonaro esteve em prisão domiciliar — entre 4 de agosto de 2025 e 22 de novembro — embora esse intervalo tenha ocorrido em outro processo, relacionado ao crime de coação.

☉ Critérios para avanço ao semiaberto

Caso não seja concedida prisão domiciliar por razões humanitárias — hipótese defendida pela família — Bolsonaro dependerá dos critérios estabelecidos na Lei de Execução Penal. Para crimes cometidos com violência ou grave ameaça, como golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e organização criminosa armada, é necessário cumprir pelo menos 25% da pena.

Somente no crime de deterioração de patrimônio tombado o piso é menor, de 16%. Com isso, mesmo com comportamento considerado adequado — como estudo, trabalho ou leitura — o cálculo da VEP aponta que Bolsonaro deverá permanecer no regime fechado por no mínimo seis anos e sete meses. Esse período pode ser reduzido para cerca de seis anos se o crime de dano qualificado for desconsiderado, por ter pena inferior a oito anos.

Fonte: Brasil 247

Jorge Seif tem assessora com salário de R$ 31 mil que não aparece no gabinete

Ex-diarista com salário de R$ 31 mil sequer é conhecida pelos colegas de gabinete

      Jorge Seif (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

Uma investigação do Metrópoles revelou que o senador Jorge Seif (PL-SC) mantém em seu gabinete, com um salário mensal de R$ 31.279,53, uma assessora parlamentar que anteriormente trabalhava como diarista e que, atualmente, é dispensada do controle biométrico de frequência. A funcionária, Adna dos Anjos Cajueiro, também é empreendedora e administra uma loja física, tendo inaugurado uma segunda unidade durante a Black Friday.

Adna Cajueiro integra a equipe do parlamentar bolsonarista desde outubro de 2023, quando foi contratada com um vencimento de R$ 2.153,30. Desde então, recebeu sucessivos aumentos até alcançar o patamar atual. Contatada pela reportagem do Metrópoles, a equipe do gabinete do senador, em Brasília, afirmou não saber quem ela era. A assessoria de imprensa do Senado Federal, por sua vez, declinou de comentar o caso e redirecionou o questionamento à comunicação de Seif.

Adna possui um CNPJ ativo em seu nome para a loja "Atacadão Goiano". Após ser contatada, a assessora solicitou a baixa do cadastro, efetivada na última terça-feira (2). Em agosto deste ano, quando questionada se ainda realizava serviços de faxina, ela negou e disse ter "um emprego fixo na Asa Sul", sem mencionar o cargo no Senado.

Sobre sua ausência no gabinete, Adna justificou que desempenha "missões externas" para o mandato. "Algo comum às necessidades dos parlamentares", declarou, afirmando ter "completa condição de exercer" as "atividades de forma remota". Questionada via Lei de Acesso à Informação (LAI), a equipe do senador informou que a servidora "é dispensada do controle biométrico, ou seja, dispensada do ponto" e que o controle de frequência é feito via sistema interno, sem, no entanto, fornecer os registros solicitados.

Em nota, o senador Jorge Seif afirmou "desconhecer, até o momento da reportagem, qualquer atividade profissional da servidora que fosse além dos trabalhos desempenhados no Senado". O parlamentar deu um prazo de cinco dias para regularização da situação, sob ameaça de exoneração: "Visto que o fato de a servidora ser empreendedora é incompatível com a legislação, o senador solicitou à servidora que tome as devidas providências legais em um prazo de até cinco dias, sob decisão já adiantada à própria que, caso não resolvido, será realizada sua exoneração".

A assessora, por sua vez, emitiu nota explicando a abertura do CNPJ: "Só registrei a empresa em meu nome por desconhecimento sobre a incompatibilidade. Sendo assim, ao tomar conhecimento, já tomei as providências necessárias para a baixa da empresa, a qual volto a reforçar, não atuo diretamente, porque desempenho minhas atividades junto ao Senador". Entretanto, há registros em redes sociais de Adna promovendo pessoalmente os produtos da loja, inclusive durante a Black Friday.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Aliados do clã acusam Michelle de construir projeto paralelo ao bolsonarismo


Michelle Bolsonaro (PL) durante evento de lançamento da pré-candidatura de Eduardo Girão (Novo) ao governo do estado do Ceará. Foto: Vitor Alcazar

Michelle Bolsonaro estaria usando sua influência no PL para montar um núcleo próprio de poder formado por mulheres “feministas leais”, segundo aliados do bolsonarismo, que acusam a ex-primeira-dama de priorizar seus planos pessoais em detrimento das estratégias eleitorais do grupo de Jair Bolsonaro. Com informações da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.

Para dirigentes do partido, Michelle opera para eleger senadoras alinhadas exclusivamente a ela, ampliando seu peso interno e criando um bloco “michelista”.

Lideranças do PL afirmam que Michelle tenta impulsionar mulheres que lhe devem total lealdade e que, uma vez eleitas, a ajudariam a consolidar um centro de influência próprio dentro do partido.

Esse movimento ocorre, segundo esses dirigentes, em meio à disputa velada entre ela e os filhos de Jair Bolsonaro — sobretudo Flávio — pelo comando do espólio político do ex-presidente, hoje preso e com atuação limitada.

Ceará: Priscila Costa x Alcides Fernandes

No Ceará, foco mais recente do conflito interno, Michelle pressiona pela candidatura da vereadora Priscila Costa (PL) ao Senado. Priscila é evangélica e ligada a pautas de “família e vida”. Já o presidente estadual do PL, André Fernandes, quer lançar o próprio pai, Alcides, numa chapa que incluiria Ciro Gomes ao governo estadual e Eduardo Girão na segunda vaga ao Senado.

Michelle criticou duramente essa articulação com Ciro, afirmando que “isso não dá”, o que levou os enteados Flávio, Carlos e Eduardo a acusá-la de agir de forma autoritária. Nesta terça (2), Flávio disse ter pedido desculpas à madrasta.


Santa Catarina: Carol de Toni x Carlos Bolsonaro

O embate se repete em Santa Catarina. Michelle apoia Caroline de Toni (PL-SC) para o Senado, mas a vaga do PL no estado já foi reservada para Carlos Bolsonaro (PL-RJ). A segunda vaga da coligação deve ficar com o senador Esperidião Amin (PP-SC).

Ana Campagnolo (PL-SC), aliada de Michelle e presidente do PL Mulher no estado, protestou publicamente e afirmou que Carol estava sendo preterida porque a vaga estava sendo “dada” a Carlos.

Carlos chamou Campagnolo de mentirosa, e Eduardo disse que ela estava se insurgindo contra Jair Bolsonaro, que determinou a candidatura do filho por SC.

Distrito Federal: Bia Kicis x aliados tradicionais

No Distrito Federal, Michelle apoia Bia Kicis (PL-DF) para o Senado, contrariando outros aliados de Bolsonaro, entre eles o governador Ibaneis Rocha (MDB-DF), ampliando a percepção interna de que ela atua para fortalecer um grupo próprio.

Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo

Totalmente perdido, Eduardo compartilha elogio de Trump a Lula

       Eduardo Bolsonaro com olhos marejados nos EUA. Foto: reprodução


O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) protagonizou um episódio inusitado, nesta terça-feira (2), ao compartilhar, em suas redes sociais, o elogio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O fugitivo está nos EUA desde março, quando deixou o Brasil para tentar evitar a prisão de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e tentar influenciar autoridades estrangeiras contra as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) no caso da trama golpista.

“Recebemos com otimismo a notícia da conversa entre o Presidente Donald Trump e Lula. Um diálogo franco entre os dois países pode abrir caminhos importantes, desde que guiado por princípios claros”, disse o parlamentar em publicação no X.

Ignorado pela Casa Branca e sem interlocução oficial com autoridades estadunidenses, o deputado voltou a insistir na tese de que o Brasil estaria vivendo sob uma suposta ditadura comandada por Lula em parceria com o ministro Alexandre de Moraes. Apesar disso, compartilhou integralmente a mensagem de Trump sobre Lula, descrevendo como “muito produtiva” sua conversa telefônica de 40 minutos com o presidente brasileiro, segundo relato da Secretaria de Comunicação Social (Secom).

“Sanções nunca são um fim em si mesmas; são instrumentos legítimos para corrigir violações graves quando outras vias foram bloqueadas”, escreveu o parlamentar após notar que as medidas contra Moraes não impediram a prisão de seu pai.

“Confiamos na liderança do Presidente Trump para negociar com o Brasil um entendimento que proteja os interesses estratégicos dos Estados Unidos no hemisfério e, ao mesmo tempo, reconheça a urgência da restauração das liberdades civis e do Estado de Direito para o povo brasileiro”, insistiu Eduardo na bajulação.


Elogios de Trump a Lula

“Falamos sobre comércio. Falamos sobre sanções, porque, como você sabe, eu impus sanções relacionadas a certas questões que ocorreram”, afirmou Trump na plataforma Truth Social.

Ele também destacou a relação positiva com Lula, afirmando: “Mas tivemos uma conversa muito boa. Eu gosto dele, é muito bom. Tivemos algumas boas reuniões, como você sabe, mas hoje foi uma conversa muito boa”.

Ainda assim, Eduardo afirmou que, na mesa de qualquer negociação entre Brasil e Estados Unidos, o combate ao suposto autoritarismo de esquerda seria crucial para o andamento de um acordo.

“Qualquer avanço real nas relações bilaterais exige enfrentar, com honestidade, a atual crise institucional do Brasil e reafirmar a liberdade como fundamento essencial entre nações democráticas”, finalizou em sua publicação desconectada da realidade.

Fonte: DCM

INSS devolveu R$ 2,6 bilhões a 3,9 milhões de beneficiários, diz Lula


O presidente Lula durante cerimônia de entrega da Barragem Panelas II, em Cupira (PE). Foto: Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (2) que o governo já devolveu R$ 2,6 milhões a 3,9 milhões de aposentados vítimas de fraude no INSS, anunciando a correção dos descontos ilegais feitos por associações investigadas pela Polícia Federal.

O petista disse que só ficará satisfeito quando os responsáveis forem presos. As declarações foram feitas durante o evento de entrega da Barragem Panelas II, em Cupira (PE).

“Mas eu não me contento, porque eu só vou ficar contente no dia em que os sacanas que fizeram isso estiverem na cadeia pagando o preço de roubar dinheiro dos aposentados”, disse o presidente.

As devoluções referem-se a descontos aplicados sem autorização entre 2019 e 2024. A PF investiga um esquema bilionário que tem como alvo o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, preso no mês passado, e outros dirigentes. Frei Chico, irmão do presidente, é vice de uma das entidades citadas, mas não é alvo de medidas judiciais.

O mandatário também voltou a discursar contra a violência contra a mulher e disse ter sido cobrado por Janja para endurecer o tom. “Quem bater em mulher não precisa votar em mim. Quem for violento contra mulher não precisa votar em mim”, afirmou.

As autoridades seguem apurando o esquema que afetou milhões de beneficiários, enquanto o INSS continua a devolver os valores descontados irregularmente.

Fonte: DCM

Flamengo pode confirmar título do Brasileirão hoje e superar novamente o Palmeiras

O Rubro-Negro pode confirmar o título do Campeonato Brasileiro já nesta quarta-feira (3), às 21h30

       Flamengo é finalista da Libertadores (Foto: Reuters/Rodrigo Valle)

O Flamengo mal teve tempo de celebrar o título da CONMEBOL Libertadores e já volta a campo com a possibilidade de conquistar mais um troféu importante em 2025. O Rubro-Negro pode confirmar o título do Campeonato Brasileiro já nesta quarta-feira (3), às 21h30 (de Brasília), quando recebe o Ceará no Maracanã, que deve estar completamente lotado para a provável festa rubro-negra.

Com duas rodadas restantes e seis pontos em disputa, somente Flamengo e Palmeiras ainda têm chances matemáticas de levantar a taça. O empate do Cruzeiro por 1 a 1 justamente contra o Ceará eliminou a equipe mineira da disputa: mesmo que a Raposa alcance os 75 pontos atuais do líder, perderia no critério de desempate por ter menos vitórias e saldo inferior.A campanha sólida do time comandado por Filipe Luís deixa o cenário amplamente favorável para uma nova conquista. No mesmo horário de Flamengo x Ceará, o Palmeiras enfrenta o Atlético-MG na Arena MRV, em duelo atrasado da 34ª rodada. A combinação desses dois resultados pode definir o campeão de forma antecipada — inclusive com a possibilidade de o Flamengo ser campeão mesmo em caso de derrota.

Cenários para o título já nesta quarta:

Se o Flamengo vencer o Ceará:
O Flamengo é campeão independentemente do resultado de Palmeiras x Atlético-MG.Se o

Flamengo empatar:
É campeão se o Palmeiras empatar ou perder para o Atlético-MG.
Se o Palmeiras vencer, a disputa vai para a última rodada

Se o Flamengo perder:
Ainda pode ser campeão se o Palmeiras empatar ou perder.
Com vitória do Palmeiras, definição fica para a 38ª rodada.Mesmo que o troféu não venha nesta quarta, o Flamengo permanece com larga vantagem. O time só perde o título caso seja derrotado nos dois jogos restantes e o Palmeiras vença todas as suas partidas, chegando a 76 pontos. Se o Rubro-Negro somar ao menos um ponto nos dois últimos compromissos, o Verdão não terá como ultrapassá-lo.

Além disso, o departamento médico trabalha para recuperar o atacante Pedro — destaque do time na temporada. A apuração da ESPN revelou que o clube vê chance “pequena” de contar com o jogador na estreia do Intercontinental, mas monitora sua evolução diária.No Maracanã, porém, a expectativa é que o Flamengo entre com força máxima disponível para tentar transformar uma grande temporada em uma temporada histórica. A torcida, por sua vez, já se prepara para mais uma noite decisiva e potencialmente para mais uma grande celebração.

Fonte: Brasil 247

Lula e Trump discutiram ação conjunta contra o crime organizado, diz Haddad

Ministro da Fazenda diz que Lula discutiu com o presidente dos EUA temas como lavagem de dinheiro, armas ilegais e recuperação de ativos no exterior

        Lula e Donald Trump - 23 de setembro de 2025 (Foto: Reuters)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para tratar de uma cooperação direta voltada ao combate do crime organizado que atua entre os dois países. De acordo com o G1, Haddad disse que o diálogo entre os dois chefes de Estado abordou três temas centrais: lavagem de dinheiro, recuperação de ativos mantidos no exterior e reforço no controle sobre armas enviadas dos EUA para o Brasil.

● Conexões financeiras mapeadas pela Receita

Haddad relatou que órgãos brasileiros identificaram vínculos relevantes entre organizações criminosas e estruturas financeiras instaladas nos Estados Unidos. Segundo ele, a Receita Federal descobriu mecanismos explorados por criminosos brasileiros para movimentar recursos ilícitos aproveitando brechas na legislação estadunidense.

“Nós descobrimos, por meio de um trabalho da Receita Federal, as conexões do crime organizado com o território americano, com pessoas que atuam lá se valendo de uma legislação mais permissiva para lavar dinheiro do crime do Brasil”, afirmou. O ministro acrescentou que parte desse dinheiro retorna ao Brasil mascarada como investimentos legais para aquisição de propriedades e empresas. “O crime organizado está usando um país que tem relação diplomática conosco há mais de 200 anos para lavagem de dinheiro”, disse.

● Fundos ilegais em Delaware e provas já enviadas ao MP

A Receita identificou 15 fundos no estado de Delaware utilizados para movimentações ilegais. “Esses fundos, pela legislação local, não são obrigados a identificar seus titulares, mas a Receita conseguiu identificar justamente pela origem ilícita do dinheiro”, explicou Haddad.

Ele afirmou que todas as estruturas criminosas, incluindo laranjas e representantes em ambos os países, já foram mapeadas. “Temos provas muito robustas, um conjunto probatório alentado que já foi encaminhado ao Ministério Público Federal e aos MPs estaduais”, disse.

● Patrimônio irregular nos EUA e vínculo com a máfia dos combustíveis

Segundo Haddad, parte do dinheiro desviado permanece nos Estados Unidos na forma de mansões, iates e participações empresariais. “Podemos, com ajuda do governo americano, recuperar esses ativos para ressarcir estados e a União”, declarou.

O ministro também apontou conexão direta entre o esquema e a chamada máfia dos combustíveis. “A máfia do combustível está completamente associada a essas atividades”, afirmou, destacando que operações como Carbono Oculto e Poço de Lobato já demonstraram isso.

Em um período de 12 meses, a Receita identificou R$ 70 bilhões movimentados pelo grupo econômico investigado, incluindo uma única operação de envio de R$ 1,2 bilhão ao exterior. “Podemos estar falando de alguns bilhões de reais” passíveis de recuperação, disse.

● Armas enviadas dos EUA ao Brasil sem controle

Outro ponto tratado entre os presidentes diz respeito ao envio de fuzis inteiros ou desmontados escondidos em contêineres que deixam portos americanos sem escaneamento. “Nosso pedido é que o mesmo rigor cobrado do Brasil para escanear contêineres buscando drogas seja aplicado às mercadorias que vêm dos EUA”, afirmou Haddad, destacando que armas norte-americanas continuam abastecendo o crime “nas comunidades”.

Balanço positivo da conversa

O ministro avaliou a conversa como produtiva. “Segundo relatos, o telefonema foi o melhor possível, e a reação dele foi bastante sintonizada com o que era esperado pelo presidente Lula”, disse. Haddad afirmou que Trump orientou o Departamento de Justiça dos EUA a receber o material enviado pelo governo brasileiro, que está sendo traduzido. “Podemos inaugurar uma relação inédita, simétrica e equilibrada, com compromissos mútuos de cooperação”, afirmou.

Em uma rede social, Trump disse ter tido “uma conversa muito boa” com Lula. Ao ser questionado por jornalistas, declarou: “Falamos sobre comércio. Falamos sobre sanções porque, como você sabe, eu impus sanções relacionadas a certas coisas que aconteceram”. Em seguida, acrescentou: “Tivemos algumas boas reuniões, como você sabe, mas hoje tivemos uma conversa muito boa”.

● Tarifaço também entrou na pauta

Haddad afirmou que Lula aproveitou a ligação para discutir o chamado tarifaço, que envolve barreiras comerciais impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. “Nós não vamos descansar até que a última empresa brasileira esteja isenta de algo completamente injusto”, disse o ministro, relatando ter percebido “boa receptividade” do governo estadunidense.

Fonte: Brasil 247