quarta-feira, 22 de outubro de 2025

CCJ do Senado votará recondução de Paulo Gonet à PGR em novembro

Comissão sabatinará o procurador-geral em 12 de novembro antes da votação em plenário

   Paulo Gonet - 02/09/2025 (Foto: Rosinei Coutinho/STF)

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), deu aval para que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) analise, em novembro, a recondução de Paulo Gonet ao comando da Procuradoria-Geral da República (PGR). A decisão do senador autoriza formalmente o início do processo legislativo que confirmará, ou não, o nome do atual procurador-geral. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reconduziu Gonet ao cargo em agosto deste ano. Para que o ato tenha validade, é necessária a aprovação do Senado Federal, que começa a análise pela CCJ e finaliza o processo com a votação em plenário.

◈ Calendário da CCJ já está definido

Segundo a coluna da jornalista Camila Bomfim, do g1, o cronograma estabelecido por Omar Aziz (PSD-AM), relator da indicação, e pelo presidente da comissão, Otto Alencar (PSD-BA), prevê duas datas centrais. O relatório de Aziz será apresentado aos senadores no dia 5 de novembro, e a sabatina e votação na CCJ ocorrerão em 12 de novembro. Após essa etapa, caberá novamente ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre, definir a data em que o plenário apreciará a recondução de Paulo Gonet à PGR.

◈ Recondução deve ocorrer sem grandes entraves

Paulo Gonet, atual chefe do Ministério Público Federal, é considerado um nome de perfil técnico e discreto, o que tem contribuído para reduzir resistências dentro e fora do Congresso. A expectativa entre senadores é que sua recondução avance com tranquilidade e seja confirmada ainda antes do fim do ano legislativo.

Com o aval de Alcolumbre e o calendário da CCJ definido, o Senado dá mais um passo rumo à consolidação de Gonet em um novo mandato à frente da Procuradoria-Geral da República, fortalecendo a continuidade institucional do órgão.

Fonte: Brasil 247

Mesmo presa na Itália, Carla Zambelli aumenta gastos de gabinete

Deputada federal do PL mantém 12 assessores e eleva despesas mensais com verba pública, mesmo após licença e prisão no exterior

          Carla Zambelli (Foto: Lula Marques/ Agência Brasil )

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), atualmente presa na Itália, continua tendo seu gabinete em Brasília em plena atividade — e com aumento nos gastos públicos. Segundo informações da CNN Brasil, as despesas da parlamentar cresceram nos últimos meses, mesmo após ela ter se afastado formalmente do cargo.

Em maio, mês em que Zambelli solicitou licença do mandato, no dia 29, foram gastos R$ 127,8 mil da verba destinada a pagar salários de até 25 secretários parlamentares. No mês seguinte, junho, as despesas caíram para R$ 107 mil, mas voltaram a subir gradualmente: R$ 89 mil em julho e agosto, e R$ 103 mil em setembro. O gabinete da deputada mantém 12 servidores ativos, sendo que dez foram contratados entre setembro e outubro deste ano. A reportagem tenta contato com a assessoria da parlamentar para esclarecer o motivo dessas contratações.

A licença de Zambelli terminou em 5 de outubro, e, desde então, a deputada vem acumulando faltas nas sessões da Câmara dos Deputados. A situação pode levar à perda do mandato, já que ela também é alvo de um pedido de cassação atualmente em análise pelo Conselho de Ética da Casa.

Em maio deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou a parlamentar a 10 anos de prisão pelos crimes de invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserção de documentos falsos, ocorridos em 2023.

☉ Pedido à Corte Interamericana

Detida desde 29 de julho na prisão feminina de Rebbibia, em Roma, Zambelli tenta agora deixar o cárcere. Sua defesa, conduzida pelo advogado Fabio Pagnozzi, apresentou um pedido à Corte Interamericana de Direitos Humanos, argumentando que o processo de condenação violou garantias judiciais básicas.

Pagnozzi também anexou ao pedido laudos médicos que atestam que a deputada sofre de fibromialgia, doença cardiovascular e depressão severa. Segundo o advogado, as condições de detenção na prisão italiana não oferecem o tratamento médico adequado, o que, em sua avaliação, configura descumprimento de acordos internacionais.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

PSDB aposta em Ciro, Richa, Perillo e Aécio para tentar ressuscitar

Partido aposta em antigos caciques para recuperar relevância nacional após perder todos os governadores eleitos em 2022

    Ciro Gomes e Aécio Neves (Foto: Agência Brasil)

Depois de perder os três governadores que havia conquistado em 2022, o PSDB tenta se reerguer resgatando nomes históricos que marcaram sua trajetória. A informação é do jornal O Globo. A legenda oficializa nesta quarta-feira (22) a filiação do ex-ministro Ciro Gomes, em evento em Fortaleza, e aposta também nas candidaturas de velhos caciques como Marconi Perillo (GO), Beto Richa (PR) e Aécio Neves (MG) para as eleições de 2026.

Ciro Gomes volta ao PSDB 35 anos após sua primeira eleição como governador do Ceará, em 1990. Em declarações recentes, deixou em aberto a possibilidade de concorrer à Presidência da República, mas a direção tucana quer convencê-lo a disputar o governo estadual. A intenção é lançá-lo como principal nome da oposição ao governador Elmano de Freitas (PT), cuja gestão Ciro critica em temas como segurança pública e educação.

☉ PSDB revive seus antigos caciques

O atual presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, confirmou que será candidato ao governo de Goiás no próximo ano. Ele governou o estado por quatro mandatos e foi um dos líderes mais influentes do partido até se tornar alvo da Operação Lava Jato — investigação arquivada pela Justiça Eleitoral em 2024.

Outro ex-governador que tenta retomar protagonismo é Beto Richa, hoje deputado federal. Ele também foi atingido pela Lava Jato e chegou a ser preso, mas os casos foram anulados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Richa admite o desejo de concorrer novamente ao governo do Paraná. “Vontade eu tenho, mas eleição para governador depende de um leque de alianças político-partidárias que viabilizem uma candidatura”, declarou.

☉ Aécio reassume o comando e busca espaço em Minas

Em Minas Gerais, o deputado Aécio Neves é cotado para disputar o governo, mas deve assumir antes a presidência nacional do PSDB em dezembro, substituindo Marconi Perillo. Ex-governador entre 2003 e 2010, Aécio recuperou influência dentro do partido após o arquivamento de investigações que o atingiam na Lava Jato.

Dirigentes tucanos avaliam que a sobrevivência política da legenda depende de candidaturas competitivas aos governos e ao Senado. O objetivo é fortalecer a bancada na Câmara e atingir a cláusula de barreira, que garante acesso ao fundo partidário e ao tempo de TV. Em 2026, o partido precisará eleger pelo menos 13 deputados federais em nove estados — meta que iguala o desempenho de 2022, quando obteve 13 cadeiras em sete estados.

O ex-prefeito de Santo André, Paulo Serra, cotado para o governo de São Paulo, reforça essa visão: “O PSDB nasceu com o DNA de eleger nomes ao Executivo, mas a sobrevivência do partido está ligada a eleger nomes ao Legislativo”.

☉ Articulações no Rio de Janeiro

No Rio, o deputado Luciano Vieira (Republicanos-RJ), que se filiará ao PSDB nesta sexta-feira, sugeriu trazer de volta o ex-prefeito e vereador Cesar Maia, com o objetivo de lançá-lo ao Senado. A ideia foi revelada pelo portal Agenda do Poder e confirmada por O Globo com aliados da família Maia.

Cesar, que foi vice na chapa de Marcelo Freixo (PSB) em 2022, está atualmente no PSD do prefeito Eduardo Paes — com quem o PSDB tenta se aproximar para formar alianças em 2026. Já Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara, afastou-se da política após comandar a Confederação Nacional das Instituições Financeiras, cargo que deixou na semana passada.

O movimento de retomada das velhas lideranças mostra que o PSDB, outrora protagonista da política brasileira, aposta na experiência de seus nomes mais tradicionais para tentar ressuscitar após um dos períodos mais críticos de sua história.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Boulos e Gleisi articulam ofensiva conjunta para destravar agenda do governo

Novo ministro da Secretaria-Geral quer usar mobilização popular para acelerar votações no Congresso e fortalecer pautas de Lula

      Guilherme Boulos (Foto: Bruno Spada / Agência Câmara)

O recém-nomeado ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, prepara uma ação coordenada com a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, para impulsionar a aprovação de projetos prioritários do governo federal no Congresso Nacional. A informação foi divulgada pela CNN Brasil.

Segundo a emissora, o plano é que Boulos utilize sua influência política e capacidade de mobilização social para pressionar o Legislativo e destravar a pauta governista. Essa estratégia mira especialmente duas propostas consideradas essenciais pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT): o fim da escala 6x1 de trabalho e o programa “Gás do Povo”.

A proposta que prevê o fim da escala 6x1, que estabelece seis dias consecutivos de trabalho por um de descanso, tramita atualmente na Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados. O tema tem sido debatido em audiências públicas e, embora dificilmente seja aprovado ainda neste ano, o governo pretende usar a mobilização social como ferramenta para acelerar a tramitação antes das eleições de 2026.

Já o programa “Gás do Povo”, que visa subsidiar o preço do gás de cozinha para famílias de baixa renda, está em análise por uma comissão especial no Senado Federal. A meta do Palácio do Planalto é transformá-lo em lei ainda em 2025.

Para alcançar esses objetivos, Boulos planeja intensificar campanhas nas redes sociais e promover manifestações populares semelhantes àquelas que liderou contra a chamada PEC da Blindagem. A aposta do governo é que o ministro, conhecido por seu perfil combativo e por sua capacidade de mobilização, seja um elo eficaz entre o Executivo e as bases sociais.

Apesar de ter afirmado que não pretende disputar as eleições de 2026, aliados do presidente Lula não descartam essa possibilidade. Fontes próximas ao governo avaliam que a decisão dependerá do cenário político em São Paulo, onde Boulos obteve expressiva votação em 2022, tornando-se o deputado federal mais votado do país e uma das principais lideranças da esquerda nacional.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Em agenda estratégica, Lula desembarca na Ásia com foco em acordo com Trump

Reunião entre Lula e Trump deverá ocorrer no domingo, na Malásia, durante a cúpula da Asean (Associação das Nações do Sudeste Asiático)

     Lula e Donald Trump - 23 de setembro de 2025 (Foto: Reuters)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarcou nesta quarta-feira (22) em Jacarta, capital da Indonésia, dando início à sua viagem oficial pela Ásia. A visita inclui compromissos em dois países e tem como ponto alto o encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que ocorrerá no domingo (26) em Kuala Lumpur, na Malásia, durante a cúpula da Asean (Associação das Nações do Sudeste Asiático).

De acordo com a Folha de S.Paulo, a principal pauta do encontro será a tentativa de reverter as tarifas impostas por Washington ao Brasil, além de abordar medidas diplomáticas recentes consideradas ofensivas por Brasília. Entre elas estão a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e a restrição de viagens ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e seus familiares.

☆ Reaproximação e comércio entre Brasil e EUA

O Palácio do Planalto vê a reunião como uma oportunidade de reaproximação entre os dois países. A equipe diplomática de Lula trabalhou para garantir que o diálogo ocorresse em um local neutro, evitando o risco de constrangimento em território norte-americano.

O encontro foi acertado após uma conversa rápida entre os líderes durante a Assembleia-Geral da ONU, em setembro, e uma videoconferência posterior em que Lula pediu a Trump a retirada das tarifas. Para assessores brasileiros, trata-se de uma tentativa de “restabelecer um canal político direto” com Washington e destravar o comércio bilateral.

☆ Crise venezuelana e segurança regional

Ainda conforme a reportagem, outro tema sensível nas conversas será a crise na Venezuela. O governo brasileiro considera que os recentes ataques dos Estados Unidos a embarcações venezuelanas podem aumentar o risco de uma incursão militar e desestabilizar a região.

Lula deve alertar Trump de que uma tentativa de “mudança de regime” em Caracas pode gerar o efeito contrário ao pretendido, fortalecendo o crime organizado e fragilizando as fronteiras sul-americanas. A defesa da estabilidade regional é vista por Brasília como essencial para preservar a segurança e o equilíbrio econômico do continente.

☆ Reconhecimento acadêmico e presença na Asean

Além da reunião com Trump, Lula será homenageado pela Universidade Nacional da Malásia com o título de Doutor Honoris Causa. O presidente também participará da cúpula da Asean, a convite do primeiro-ministro malaio Anwar Ibrahim, tornando-se o primeiro líder brasileiro a integrar o evento.

O Brasil tem o status de “parceiro de diálogo setorial” na Asean, o que permite participar de parte das reuniões, sem voto nas decisões do bloco. A associação é composta por dez países do Sudeste Asiático, e a entrada de Timor-Leste está prevista ainda para este ano.

☆ Cooperação com a Indonésia e novos investimentos

Antes de seguir para a Malásia, Lula cumpre agenda oficial em Jacarta, onde retribui a visita do presidente indonésio Prabowo Subianto. O encontro busca ampliar a cooperação econômica, agrícola e energética entre os países, com foco em sustentabilidade e comércio bilateral.

Lula também participará de fóruns empresariais nos dois países, incluindo uma sessão solene com cerca de cem empreendedores brasileiros e indonésios, fortalecendo os laços econômicos e consolidando o papel do Brasil como parceiro estratégico na região asiática.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

STF reabre investigação contra Valdemar por ligação com trama golpista

Decisão da Primeira Turma atende pedido de Alexandre de Moraes e retoma apuração sobre o presidente do PL

O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira (21) reabrir a investigação contra o presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, por suspeita de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa, informou o jornal O Globo. O pedido foi feito pelo ministro Alexandre de Moraes durante o julgamento do Núcleo 4 da trama golpista — grupo acusado de propagar ataques e fake news contra o sistema eleitoral.

Moraes foi acompanhado pelos ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flávio Dino, enquanto Luiz Fux foi voto vencido. A decisão retoma o inquérito arquivado em fevereiro, quando a Procuradoria-Geral da República (PGR) decidiu não denunciar Valdemar, apesar do indiciamento pela Polícia Federal (PF).

“Uma vez configurada a condenação do réu Carlos Cesar Rocha, pra que extraiamos cópias da decisão e de todo o acervo probatório para remessa para a Pet 12100 para, nos termos do artigo 18 do Código de Processo Penal, reabrirmos a investigação e análise dos crimes de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito em relação ao presidente do PL, Valdemar da Costa Neto”, afirmou Moraes em plenário.

☆ Financiamento da desinformação

Valdemar passou a ser alvo da PF após o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, entrar com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo a anulação de parte dos votos das eleições de 2022. A investigação concluiu que o partido teria sido usado para financiar e legitimar narrativas falsas de fraude nas urnas eletrônicas, com o objetivo de estimular manifestações em frente a quartéis e bases militares.

Segundo o relatório da PF, o “ápice da estratégia” ocorreu em 22 de novembro de 2022, quando a coligação formada por PL, Republicanos e Progressistas ingressou com a ação no TSE. O documento aponta que Valdemar era o “principal fiador dos questionamentos”, financiando e divulgando estudos técnicos produzidos por aliados do bolsonarismo para sustentar as alegações de fraude.

De acordo com os investigadores, o comitê de campanha de Bolsonaro — alugado pelo PL — teria sido usado como centro de articulação do grupo, apelidado de “QG do golpe”. O espaço foi frequentado, após o segundo turno, por apoiadores do ex-presidente que defendiam uma intervenção militar para mantê-lo no poder.

☆ Julgamento do “núcleo da desinformação”

A decisão sobre Valdemar foi tomada no contexto da conclusão do julgamento do Núcleo 4 da trama golpista. Por 4 votos a 1, a Primeira Turma condenou sete réus acusados de disseminar desinformação e promover ataques às instituições durante o governo Bolsonaro.

Foram condenados:

  •  Ângelo Martins Denicoli, major da reserva do Exército – 17 anos de prisão;
  •  Reginaldo Vieira de Abreu, coronel do Exército – 15 anos e 6 meses;
  •  Marcelo Araújo Bormevet, policial federal – 14 anos e 6 meses;
  •  Giancarlo Gomes Rodrigues, subtenente do Exército – 14 anos;
  •  Ailton Gonçalves Moraes Barros, major da reserva – 13 anos;
  •  Guilherme Marques de Almeida, tenente-coronel – 13 anos e 6 meses;
  •  Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, presidente do Instituto Voto Legal – 7 anos e 6 meses em regime semiaberto.
Os réus foram condenados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Eles também deverão pagar R$ 30 milhões de indenização solidária pelos danos causados às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. As defesas ainda podem recorrer.

Fonte: Brasil 247

Bolsonaro tem até segunda-feira para recorrer de condenação ao STF

Ex-mandatário foi condenado a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado

         Jair Bolsonaro durante interrogatório no STF (Foto: Gustavo Moreno/STF)

As defesas de Jair Bolsonaro (PL) e dos outros sete réus condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado têm até segunda-feira (27) para apresentar os recursos cabíveis. O acórdão do julgamento foi publicado nesta quarta-feira (22) no Diário de Justiça Eletrônico, abrindo o prazo de cinco dias corridos para apresentação dos embargos de declaração, instrumento utilizado para questionar pontos considerados obscuros ou contraditórios na decisão. As informações são do jornal O Globo.

☉ Embargos de declaração

Os embargos de declaração, conforme o regimento interno do STF, servem para esclarecer dúvidas, omissões ou contradições no julgamento. Na maioria dos casos, mesmo quando aceitos, esses recursos não alteram o resultado final da condenação, funcionando apenas como um pedido de esclarecimento formal.

Após a entrega dos recursos, o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, definirá a data para o julgamento, que poderá ocorrer tanto no plenário físico quanto no ambiente virtual do Supremo.

☉ Flávio Dino definirá data de julgamento dos recursos

O ministro Flávio Dino, presidente da Primeira Turma do STF, será responsável por definir o dia da análise dos embargos. Caso as contestações sejam rejeitadas, Moraes poderá determinar o início imediato do cumprimento das penas.

No caso específico de Jair Bolsonaro, caberá ao relator decidir se ele continuará em prisão domiciliar preventiva ou se será transferido para cumprir a pena em outro regime.

☉ Condenações e penas dos envolvidos

Bolsonaro foi condenado no dia 11 de setembro a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado. Os outros sete réus julgados junto ao ex-presidente receberam penas que variam de dois a 26 anos de reclusão, conforme o envolvimento de cada um no episódio.

A decisão da Primeira Turma do Supremo é considerada um marco na responsabilização de autoridades e civis que atentaram contra as instituições democráticas e a Constituição Federal.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Conselho de Ética avalia cassação de Eduardo Bolsonaro nesta quarta (22)

 

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), foragido nos EUA. Reprodução
O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados se reúne nesta quarta-feira (22) para decidir se acata ou não o pedido de cassação do mandato do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

A representação, apresentada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), acusa o “Zero Três” de “ataques verbais a instituições democráticas, como o Supremo Tribunal Federal (STF)” e de tentar influenciar autoridades estrangeiras a aplicar sanções contra o Brasil.

A reunião marcada para as 14h deve definir se o processo contra o deputado será arquivado ou seguirá para novas etapas. Além do caso de Eduardo, o Conselho analisará outros dez processos em tramitação.

O relator da ação, deputado Marcelo Freitas (União Brasil-MG), recomendou o arquivamento da representação no último dia 8 de outubro. Em seu parecer, ele afirmou que as declarações do parlamentar estão “protegidas pela imunidade parlamentar” e representam “exercício do direito de crítica política plenamente protegido pela imunidade material”.

Segundo o relator, “qualquer tentativa de imputar quebra de decoro por atentado contra a democracia constitui extrapolação interpretativa”. Após o parecer, o colegiado concedeu vista coletiva, adiando a deliberação para esta semana.

Questionamentos sobre imparcialidade

O PT chegou a pedir a suspeição do relator, alegando falta de imparcialidade, mas o presidente do Conselho de Ética, Fábio Schiochet (União Brasil-SC), indeferiu o pedido, mantendo Freitas à frente do caso.

No fim de setembro, a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Eduardo Bolsonaro por coação no curso do processo, acusando-o de tentar influenciar ações que envolvem seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Eduardo também é defensor das sanções impostas pelo governo de Donald Trump ao Brasil, incluindo tarifas comerciais, cassação de vistos e medidas contra o ministro Alexandre de Moraes e sua esposa, com base na Lei Magnitsky.

Fonte: DCM

STF publica acórdão e começa a contagem regressiva para a prisão de Bolsonaro

Documento de quase 2 mil páginas abre prazo de cinco dias para recursos da defesa do ex-presidente e de outros sete condenados

Ex-presidente Jair Bolsonaro em sua casa em Brasília onde cumpre prisão domiciliar - 03/09/2025 (Foto: REUTERS/Diego Herculano)

O Supremo Tribunal Federal (STF) publicou oficialmente a decisão que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete aliados por envolvimento na tentativa de golpe de Estado. A divulgação do acórdão marca o início do prazo de cinco dias para que as defesas apresentem os chamados embargos de declaração, recurso usado para apontar eventuais contradições ou omissões na sentença.

O acórdão é um documento no qual são formalizados os votos dos ministros que julgaram o caso. O documento de quase 2 mil páginas oficializa decisão tomada pela Primeira Turma do STF por quatro votos a um, com o ministro Luiz Fux sendo o único a votar pela absolvição.

⊛ Recursos e prazos

Os advogados de defesa poderão apresentar embargos de declaração, que raramente modificam o resultado do julgamento, mas podem esclarecer pontos considerados obscuros. Além disso, as defesas devem insistir em outro tipo de recurso, o chamado embargo infringente, que, em casos excepcionais, pode alterar a sentença. No entanto, esse tipo de pedido só é aceito quando há pelo menos dois votos favoráveis à absolvição, o que não ocorreu neste caso.

Após a apresentação dos recursos, o relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, poderá decidir individualmente sobre parte dos pedidos ou levá-los ao colegiado. Ele também pode solicitar parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) antes da decisão final. A análise dos embargos não tem prazo definido, mas há expectativa de que o STF conclua essa etapa até o fim do ano.

Enquanto isso, as penas impostas aos réus não podem ser executadas. A prisão de Bolsonaro e dos demais condenados só ocorrerá após o trânsito em julgado — ou seja, quando não houver mais possibilidade de recurso.

⊛ Condenações e acusações

A Primeira Turma do Supremo concluiu que ficou comprovada a existência de uma organização criminosa que atuou para manter Bolsonaro no poder, mesmo após sua derrota eleitoral. O grupo teria tentado descredibilizar as urnas eletrônicas, pressionado as Forças Armadas a apoiar uma ruptura institucional e utilizado a máquina pública para perseguir adversários políticos.

A sentença também menciona ações de espionagem ilegal, disseminação de informações falsas e planos golpistas que incluíam a prisão e até a morte de autoridades. Essas movimentações, segundo o Supremo e a PGR, culminaram nos ataques de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes, em Brasília, foram invadidas e depredadas.

Além do ex-presidente Jair Bolsonaro, foram condenados:

  • Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública;
  • Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência;
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
  • Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.

⊛ Penas e delações

Bolsonaro recebeu a pena mais alta entre os condenados — 27 anos e 3 meses de prisão — devido ao papel de liderança atribuído a ele pelos ministros. As defesas, contudo, afirmam que não há provas de que o grupo tenha agido de forma armada ou coordenada.

A Procuradoria-Geral da República, por sua vez, já informou que não pretende questionar a pena de Mauro Cid, que permanece em dois anos de prisão em regime fechado conforme o acordo de delação premiada firmado com o Ministério Público.

Fonte: Brasil 247

STF condena a até 17 anos de prisão réus do núcleo das fake news na trama golpista

Supremo afirma que grupo tentou desacreditar eleições e atacar instituições democráticas

        Julgamento do núcleo 4 da trama golpista no STF (Foto: Gustavo Moreno/STF)

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou sete integrantes do chamado “núcleo quatro” da trama golpista, acusado de articular uma rede de desinformação com o objetivo de desacreditar o processo eleitoral e pressionar as Forças Armadas a aderirem a uma ruptura institucional. O julgamento foi relatado por Alexandre de Moraes, que votou pela condenação da maioria dos réus, acompanhado por Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flávio Dino. O ministro Luiz Fux divergiu do grupo. As informações são do jornal O Globo, que acompanhou o julgamento realizado nesta terça-feira (21). Segundo a publicação, os ministros entenderam que o grupo atuou para enfraquecer a confiança pública nas urnas eletrônicas e na Justiça Eleitoral, promovendo ataques coordenados nas redes sociais.

☉ Condenações e penas definidas

Foram condenados o ex-major Ailton Barros, o major da reserva Angelo Denicoli, o subtenente Giancarlo Rodrigues, o tenente-coronel Guilherme Marques Almeida, o policial federal Marcelo Bormevet, o coronel Reginaldo Vieira de Abreu e o engenheiro Carlos Rocha, presidente do Instituto Voto Legal (IVL). As penas variam de 7 a 17 anos de prisão, além de multas de até 120 dias-multa. Denicoli recebeu a punição mais severa: 17 anos de prisão. Rocha, por sua vez, foi condenado a 7 anos e 6 meses, sendo absolvido de parte das acusações.

☉ Moraes: “A organização pretendia desacreditar as eleições”

Durante seu voto, Alexandre de Moraes destacou que a intenção do grupo era minar a credibilidade do sistema eleitoral para manter o poder, mesmo após derrota nas urnas.

“A organização criminosa pretendia desacreditar as eleições para permanecer no poder, mesmo que o resultado fosse adverso”, afirmou Moraes.

O ministro também rechaçou o uso da liberdade de expressão como escudo para discursos de ódio e incitação ao golpe.

“É uma falácia, uma mentira absurda e antidemocrática dizer que ataques à Justiça Eleitoral e à democracia são liberdade de expressão. Isso é crime tipificado no Código Penal”, enfatizou.

☉ Zanin fala em “manipulação do sentimento popular”

O ministro Cristiano Zanin afirmou que a tentativa de golpe se estruturou com base em manipulação emocional e campanhas de ódio.

“O risco de colapso do Estado Democrático de Direito não se esgota em atos tradicionais de ruptura. Ele está nas ações dolosas voltadas à manipulação do sentimento popular e ao estímulo à violência”, disse.

Zanin observou ainda que o grupo não precisou usar a palavra “fraude” para gerar desconfiança.

“Quando se afirma, sem provas, que havia erros graves nas urnas eletrônicas e que os resultados favoreceriam um candidato, está se atacando a democracia”, completou.

☉ Fux diverge e fala em “opiniões pessoais”

O ministro Luiz Fux foi o único a divergir, defendendo a absolvição dos sete acusados.

“Diálogos particulares e opiniões pessoais não são suficientes para caracterizar tentativa de golpe”, argumentou.

Fux disse que punir opiniões contrárias ao sistema eleitoral ameaça o debate público, citando o “regime abominável” da Venezuela como exemplo de supressão da liberdade de expressão.

☉ Cármen Lúcia e Dino reforçam impacto da desinformação

A ministra Cármen Lúcia, presidente do TSE, destacou que as tecnologias ampliaram o alcance das mentiras políticas:

“As tecnologias contemporâneas facilitaram o poder de plantar mentiras que mutilam a democracia. É como uma inseminação artificial de desconfiança”, declarou.

Já Flávio Dino afirmou que a desinformação foi peça central na tentativa de golpe:

“A desinformação não é algo anedótico. É um elemento estrutural de ataque à democracia. A relação causal entre os ataques ao Judiciário e os atos de 8 de janeiro é muito evidente”, afirmou.

☉ Acusações da PGR e próximos julgamentos

A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusou o grupo de fabricar e espalhar narrativas falsas contra os Poderes da República e de tentar coagir militares a aderirem ao plano golpista. O procurador-geral Paulo Gonet defendeu a condenação dos sete pelos cinco crimes atribuídos. O caso faz parte de um conjunto de cinco núcleos investigados. O primeiro, chamado “núcleo crucial”, foi julgado em setembro e resultou na condenação de oito réus, incluindo Jair Bolsonaro.Nas próximas etapas, o STF deve julgar o núcleo responsável pelo suposto plano de sequestro do ministro Alexandre de Moraes e o grupo acusado de coordenar as ações logísticas do golpe.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

terça-feira, 21 de outubro de 2025

CPMI do INSS: Pimenta pede prisão dos "Golden Boys", acusados de desviar R$ 714 milhões

Empresários são suspeitos de desvio de dinheiro de aposentados por meio de associações fraudulentas ligadas ao sistema previdenciário

           Deputado Paulo Pimenta (PT-RS) (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

O líder do governo na CPMI do INSS, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), apresentou nesta terça-feira (21) dois requerimentos solicitando o encaminhamento de representações ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra os empresários investigados do grupo conhecido como “Golden Boys”, acusado de desviar cerca de R$ 714 milhões de aposentados e pensionistas por meio das associações Amar Brasil, Master Prev, ANDAPP e AASAP.

O primeiro pedido solicita prisão preventiva e apreensão dos passaportes dos seis principais investigados: Felipe Macedo Gomes, Américo Monte Júnior, Igor Dias Delecrode, Anderson Cordeiro de Vasconcelos, Marco Aurélio Gomes Júnior e Mauro Palombo Concilio.
O requerimento cita indícios de estelionato, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa, além de risco de fuga ao exterior — segundo Pimenta, há indícios de que um dos suspeitos já se encontra nos Estados Unidos.

O segundo requerimento propõe medidas cautelares diversas da prisão, como a retenção dos passaportes e proibição de saída do país, com base nos artigos 282, 312 e 319 do Código de Processo Penal, que preveem restrições em casos de provas de materialidade e risco à instrução criminal.

⊛ Suspeita de ligação política

Na sessão desta segunda-feira (20), o depoente Felipe Macedo Gomes, dirigente da Amar Brasil, foi apontado como um dos principais operadores do grupo. Ele é acusado de chefiar quatro entidades que, entre 2022 e 2025, movimentaram cerca de R$ 700 milhões, sendo R$ 300 milhões apenas pela Amar Brasil, valores provenientes de descontos ilegais em benefícios previdenciários.

Amparado por um habeas corpus, Gomes ficou em silêncio durante a oitiva e recusou-se a assinar o termo de compromisso. Seu advogado, Levy Magno, justificou a decisão afirmando que o cliente estava na condição de investigado e tinha o direito constitucional de não produzir provas contra si.

Pimenta destacou a gravidade dos fatos e afirmou que o grupo teria relações políticas com o bolsonarismo.

“Estamos falando de um grupo que usou o governo Bolsonaro como escudo para assaltar o INSS. Felipe Macedo doou R$ 60 mil à campanha de Onyx Lorenzoni, então ministro da Previdência. Isso não é coincidência, é rede de corrupção”, afirmou.

⊛ Organização criminosa e lavagem de dinheiro

O senador Fabiano Contarato (PT-ES) reforçou que as apurações da comissão confirmam a estrutura típica de lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio.

“Os ‘Golden Boys’ criaram empresas e entidades de fachada para desviar dinheiro público e esconder o destino desses recursos. É um caso clássico de organização criminosa, e o Congresso não vai tolerar impunidade”, disse o senador.

Durante a sessão, parlamentares da base do governo alertaram para o risco de fuga dos investigados. O deputado Rogério Correia (PT-MG) lembrou que alguns dos acusados já tentaram deixar o país nas últimas semanas.

“Esses rapazes enriqueceram com o dinheiro de aposentados e agora tentam fugir da Justiça. Não são vítimas, são golpistas de colarinho branco que transformaram o INSS em balcão de negócios”, afirmou.

O deputado Alencar Santana (PT-SP) defendeu o avanço da apuração e a responsabilização do grupo.

“A cada dia fica mais evidente que estamos diante de uma quadrilha bilionária. É nosso dever impedir que esses criminosos desapareçam com o dinheiro público e escapem da responsabilização penal”, declarou.

Fonte: Brasil 247

Fux pede para deixar 1ª Turma do STF, que julga a trama golpista

A 2ª Turma, para a qual o ministro pede transferência, é atualmente composta por Gilmar Mendes, Dias Toffoli, André Mendonça e Nunes Marques

      O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF) (Foto: Rosinei Coutinho/STF)

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu nesta terça-feira (21) para ser transferido da 1ª para a 2ª Turma da Corte. Segundo informou o g1, o anúncio foi feito durante a sessão plenária do tribunal e ainda depende de decisão do presidente do STF, Edson Fachin.

A 1ª Turma é o colegiado responsável por julgar os réus da trama golpista. Além de Fux, fazem parte do grupo os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Flávio Dino. Caso o pedido seja aceito, Fux deixará os próximos desdobramentos dos julgamentos relacionados ao caso.

A 2ª Turma, para a qual o ministro pede transferência, é composta por Gilmar Mendes, Dias Toffoli, André Mendonça e Nunes Marques, e tem uma vaga deixada por Luís Roberto Barroso, que antecipou sua aposentadoria no último sábado (18). Vale apontar que Mendonça e Nunes Marques possuem perfil mais conservador e, desta forma, com a possível chegada de Fux, a 2ª Turma teria uma maioria de ministros ideologicamente mais próxima ao bolsonarismo.

Pedido tem base regimental e preferência por antiguidade

A mudança de ministros entre turmas é prevista no artigo 19 do Regimento Interno do Supremo. Por ser o mais antigo integrante da 1ª Turma, Fux tem preferência no pedido de transferência.

Segundo fontes ouvidas pela Folha de S. Paulo, a solicitação já tramita internamente e deverá ser analisada por Fachin. Caso o movimento seja autorizado, o novo ministro a ser indicado pelo presidente Lula (PT) herdará o assento deixado por Fux na 1ª Turma.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1 e Folha de S. Paulo

Fux critica professores estrangeiros que comentaram seu voto esdrúxulo sobre Bolsonaro

O ministro Luiz Fux durante o julgamento do núcleo 4 da trama golpista, nesta terça (21). Foto: Reprodução

Durante o julgamento do Núcleo 4 da tentativa de golpe de Estado, nesta terça (21), o ministro Luiz Fux reagiu às críticas feitas por professores estrangeiros ao seu voto na Ação Penal 2.668, na qual defendeu a absolvição de Jair Bolsonaro e de outros réus do chamado Núcleo 1, também ligado aos atos de 8 de janeiro.

Fux mencionou dois acadêmicos que teriam se manifestado sobre sua decisão — um deles seria Luigi Ferrajoli, jurista italiano e referência do garantismo penal, e o outro, um teórico polonês voltado ao estudo da democracia e do Estado de Direito.

O ministro afirmou que ambos “opinaram sem ter lido o processo” e, por isso, “traíram suas próprias obras”. “Não deixa de ser curioso, talvez até envaidecedor, que um voto minoritário desperte tamanho interesse”, disse Fux.

“Mas o episódio me causou perplexidade, pela forma como os próprios autores, de alguma maneira, traíram suas obras. O mestre italiano declarou não ter lido o meu voto nem o processo, e é um dos precursores do garantismo penal. Não teceu qualquer comentário sobre as afrontas que apontei ao devido processo legal, à vedação a tribunais de exceção e à ampla defesa”, afirmou.

O ministro acrescentou que a contradição dos acadêmicos se deve à falta de compreensão sobre a realidade brasileira e lamentou que a “seriedade acadêmica tenha sido deixada de lado por um rasgo de militância política”.

Fux concluiu reafirmando sua posição no julgamento: “As ideias que formulei na ação penal 2.668 permanecem integralmente válidas e são aplicadas em todos os casos destes autos”.

Fonte: DCM

Apucarana participa do 3º Fórum Estadual de Gestores Públicos

Trata-se de um evento que reúne especialistas, planejadores urbanos, gestores públicos e representantes da sociedade civil para debater políticas e estratégias que impulsionem o desenvolvimento socioeconômico e sustentável dos municípios paranaenses


Representando o prefeito Rodolfo Mota, o secretário municipal de Assuntos Estratégicos e da Indústria, Comércio, Serviços e Emprego da Prefeitura de Apucarana, Emerson Toledo Pires, participou nesta terça-feira (21/10), no Centro de Eventos Paraná Expo, em Maringá, do III Fórum Estadual de Gestores Públicos – Etapa Planeja Brasil 2025, uma realização da Paraná Projetos, da Secretaria de Planejamento do Governo do Estado. “Trata-se de um evento que reúne especialistas, planejadores urbanos, gestores públicos e representantes da sociedade civil para debater políticas e estratégias que impulsionem o desenvolvimento socioeconômico e sustentável dos municípios paranaenses”, explicou Toledo.

Ele destacou a importância da participação de Apucarana em espaços de diálogo e construção de políticas públicas inovadoras. “Participar de um evento dessa magnitude é uma oportunidade de fortalecer parcerias com o Governo do Estado e de trazer para Apucarana experiências e projetos que contribuam com o desenvolvimento da nossa cidade. É uma missão dada pelo prefeito Rodolfo Mota, que tem o compromisso de planejar o futuro com responsabilidade e visão estratégica”, afirmou o secretário.

Durante o encontro, coordenado pelo secretário de Estado do Planejamento do Paraná, Ulisses Maya, gestores e técnicos de diversas regiões do Paraná e do Brasil compartilharam boas práticas em gestão pública, planejamento urbano, sustentabilidade e desenvolvimento econômico.

Entre os presentes por Apucarana, também estiveram o consultor do Sebrae, Tiago Cunha, o primeiro vice-presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Apucarana (Acia), empresário Jayme Leonel, e o vice-presidente para de Assuntos de Serviços da Acia e representante do Fórum Desenvolve Apucarana, Alexandre Spaciari Kuchpil.


Fonte: Prefeitura de Apucarana