quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Eduardo e desvio de emendas: as investigações que a PEC da Blindagem pode barrar


Deputado federal Eduardo Bolsonaro discursa em frente à bandeira dos Estados Unidos. Foto: Mandel Ngan/AFP

Aprovada pela Câmara dos Deputados nesta terça-feira, a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Blindagem pode alterar o curso de diversas investigações em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF). O texto, que ainda precisa ser confirmado no Senado, limita a possibilidade de prisões e abre a prerrogativa para que apenas o Legislativo decida se um parlamentar deve ou não se tornar réu.

O efeito imediato da medida é a proteção de deputados e senadores sob investigação. Entre eles, destacam-se casos que envolvem suspeitas de desvios de emendas parlamentares, como o deputado Elmar Nascimento (União-BA), e apurações de alcance internacional, como a que envolve Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Eduardo é investigado por sua articulação golpista nos Estados Unidos que resultou na imposição de tarifas contra produtos brasileiros e na pressão por sanções a autoridades nacionais. A Polícia Federal indicou que ele pode responder por crimes de coação no curso do processo e abolição violenta ao Estado Democrático de Direito.

A proposta tem apoio expressivo da base bolsonarista, que argumenta ser uma resposta a supostos “abusos” do STF, mas também atraiu votos do Centrão. O interesse ampliado decorre do crescimento de operações da PF contra esquemas ligados a emendas parlamentares. Em julho, por exemplo, duas ações investigaram desvios em licitações no Ceará e na Bahia.

No caso baiano, Elmar Nascimento foi citado na Operação Overclean, que apura supostos desvios em convênios da Codevasf com a prefeitura de Campo Formoso, administrada por seu irmão. Segundo a investigação, contratos firmados em 2022 e executados em 2023 foram fraudados. O deputado nega qualquer irregularidade.

Arthur Lira (Progressistas-AL), Jair Bolsonaro e Elmar Nascimento (União- BA). Foto: PR

Outro foco é o deputado Júnior Mano (PSB-CE), apontado como figura central em desvios de recursos destinados a municípios cearenses. A investigação começou localmente, mas foi enviada ao STF após a Procuradoria-Geral da República (PGR) entender que havia indícios suficientes de participação direta do parlamentar.

Além deles, figuram como alvos em diferentes apurações congressistas como Afonso Motta (PDT-RS), Félix Mendonça (PDT-BA), José Guimarães (PT-CE), Eunício Oliveira (MDB-CE) e Yuri do Paredão (MDB-CE). Todos negam envolvimento em irregularidades.

Em março, o STF já havia aceitado denúncia da PGR contra Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Pastor Gil (PL-MA) e Bosco Costa (PL-SE). Eles foram acusados de pedir R$ 1,6 milhão em propina em troca de destinar R$ 6,6 milhões em emendas para um município maranhense. Os parlamentares negam as acusações.

Se confirmada no Senado, a PEC da Blindagem tende a frear esse tipo de processo no Supremo, transferindo para o Congresso a palavra final sobre abertura de ações penais contra deputados e senadores.

Fonte: DCM

Maioria dos brasileiros apoia condenação de Bolsonaro e nega perseguição, indica pesquisa Atlas



Para 53%, Bolsonaro tentou dar um golpe e não é perseguido pela Justiça. Para 49,5%, STF foi imparcial

     Jair Bolsonaro e o STF (Foto: Reuters I Antonio Augusto/STF)

A pesquisa Latam Pulse Brasil, elaborada pela AtlasIntel em parceria com a Bloomberg entre os dias 10 e 14 de setembro, mostra que a maioria dos brasileiros concorda com a condenação de Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado. O levantamento ouviu 7.291 eleitores em todo o país, com margem de erro de um ponto percentual e 95% de nível de confiança.

Segundo os dados, 52,3% dos entrevistados afirmam concordar com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão. Outros 46,6% discordam da condenação.

☆ Maioria acredita em tentativa de golpe

O estudo revela ainda que 53,4% dos brasileiros acreditam que Bolsonaro participou de um plano para tentar derrubar o resultado das eleições de 2022. Apenas 42,1% disseram não acreditar na participação do ex-presidente em um golpe de Estado.

Esse dado reforça a percepção de que, para mais da metade da população, a atuação do STF contra Bolsonaro tem fundamento jurídico e não se trata de perseguição política.

☆ Justiça não persegue Bolsonaro

A pesquisa mostra que 52,9% da população rejeita a narrativa de perseguição política contra Bolsonaro. Para esses eleitores, os processos judiciais que resultaram na condenação refletem a legalidade. Em contrapartida, 46,9% enxergam as investigações como perseguição.

A confiança no Judiciário também aparece nos números sobre a imparcialidade do Supremo. Para 49,5% dos entrevistados, o julgamento conduzido pelo STF foi imparcial, enquanto 33,1% consideram que houve parcialidade.

☆ Opinião sobre a pena

Em relação à dosimetria da pena de 27 anos e 3 meses, as opiniões se dividem. Para 14,9%, a punição foi justa; já 46% afirmaram que a pena foi mais severa do que deveria, enquanto 34% consideram que foi mais branda.

Fonte: Brasil 247

Aprovação de Lula chega a 50,8% e supera desaprovação, indica pesquisa Atlas

Levantamento mostra que desaprovação do presidente é de 48,3%

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Contagem (MG) - 29 de agosto de 2025 (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

A pesquisa AtlasIntel/Bloomberg, divulgada nesta quarta-feira (17), aponta que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alcançou 50,8% de aprovação entre os brasileiros. Já a desaprovação ao seu governo está em 48,3%, enquanto 0,9% dos entrevistados afirmaram não ter opinião formada.

Segundo o levantamento, em maio de 2025 a rejeição ao presidente havia atingido seu ponto mais alto desde janeiro de 2024, alcançando 53,7%, contra 45,4% de aprovação. A partir do final de julho, entretanto, o cenário passou a se inverter, com Lula registrando 50,2% de aprovação e 49,7% de desaprovação.

☆ Evolução da avaliação do governo

No mês de agosto, a pesquisa apontava predominância da desaprovação: 51% dos entrevistados declararam reprovar a gestão, contra 49,7% que a aprovavam. Agora, em setembro, o índice voltou a se reverter, ainda que dentro da margem de erro de 1 ponto percentual, considerada para mais ou para menos.

☆ Metodologia do levantamento

O estudo da AtlasIntel/Bloomberg ouviu 7.291 pessoas em todo o país entre os dias 10 e 14 de setembro. O nível de confiança é de 95%, assegurando validade estatística aos resultados apresentados.

Fonte: Brasil 247

Moraes encaminha à PGR pedido de investigação de Eduardo Bolsonaro e Gayer por fake news sobre o Banco do Brasil

PGR tem cinco dias para se manifestar sobre pedido de investigação

Brasília (DF) 09/09/2025 - O ministro relator Alexandre de Moraes durante sessão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que retoma o julgamento dos réus do Núcleo 1 da trama golpista (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou à Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido para investigar os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Gustavo Gayer (PL-GO). De acordo com o jornal O Globo, a solicitação partiu do deputado Reimont (PT-RJ), que acusa os parlamentares de propagarem informações falsas envolvendo o Banco do Brasil e a chamada Lei Magnitsky, legislação utilizada pelos Estados Unidos para sancionar o ministro Alexandre de Moraes.

☆ Acusações contra os deputados

Segundo Reimont, Eduardo Bolsonaro e Gustavo Gayer afirmaram que o Banco do Brasil poderia ser punido e até falir caso não cumprisse a legislação americana. Para o deputado petista, as declarações não têm fundamento e comprometem a credibilidade da instituição financeira.

Ele pediu que a PGR investigue os dois parlamentares por divulgação de informação falsa sobre instituição financeira, crimes contra a economia popular, crimes contra a ordem econômica e possível associação criminosa.

☆ Prazo para manifestação da PGR

Com o despacho de Moraes, a Procuradoria-Geral da República tem até cinco dias para apresentar sua posição sobre o pedido de investigação. O caso reforça a atuação do STF em apurações ligadas à disseminação de notícias falsas que podem impactar o sistema econômico.

☆ Pedido também contra Tarcísio de Freitas

Na mesma decisão, Alexandre de Moraes determinou que a PGR se manifeste sobre uma representação apresentada pelo deputado Rui Falcão (PT-SP) contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

A acusação está relacionada ao apoio do governador a um projeto de anistia para envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Falcão solicitou que sejam impostas medidas cautelares, incluindo a proibição de deixar o país e de exercer pressão sobre decisões do STF.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Pesquisa Atlas: 57% é contra anistia e 50% reprova articulação de Tarcísio

Levantamento mostra que 54,5% dos entrevistados “com certeza não votaria” em caso de apoio à anistia em 2026

Michelle Bolsonaro e Tarcísio de Freitas (Foto: Reuters/Amanda Perobelli)

A pesquisa Latam Pulse Brasil, realizada pela AtlasIntel em parceria com a Bloomberg entre 10 e 14 de setembro, revela que a maioria da população é contrária a uma anistia ampla para investigados e condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. O levantamento ouviu 7.291 eleitores e possui margem de erro de um ponto percentual, com 95% de nível de confiança.

De acordo com os dados, 57,3% dos entrevistados rejeitam a proposta de anistia “ampla, geral e irrestrita” aos envolvidos nas invasões do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto. Apenas 40,6% se disseram favoráveis.

O estudo mostra que cresce a resistência a qualquer tipo de perdão institucional. Em recorte mais detalhado, 50,2% afirmaram ser contra qualquer forma de anistia, enquanto 41,3% aceitariam uma medida ampla incluindo Jair Bolsonaro, e apenas 6,1% defendem uma anistia restrita para manifestantes, mas não para líderes políticos.

◈ Discurso de Tarcísio divide opinião pública

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tornou-se um dos principais defensores da anistia ao encerrar seu discurso no ato de 7 de Setembro com a frase: “Vamos para vitória, vamos para anistia. Eu tenho certeza que nós vamos chegar na anistia”.

A fala dividiu opiniões: 49,1% disseram discordar totalmente de sua declaração, enquanto 43,5% concordaram integralmente. Outros 5,9% afirmaram concordar parcialmente.

◈ Impacto eleitoral em 2026

A posição de Tarcísio sobre o tema pode pesar em sua eventual candidatura presidencial. Segundo o levantamento, 54,5% dos eleitores afirmaram que “com certeza não votariam” nele se mantiver essa postura, contra 31,8% que declararam que “com certeza votariam” e 11,5% que poderiam votar dependendo do cenário.

A pesquisa ainda mostra que 50,5% acreditam que Tarcísio não deveria se envolver ativamente na campanha pela anistia, enquanto 43,3% defendem sua participação. Esse índice indica um risco político significativo para o governador caso insista em associar sua imagem a essa bandeira.

Fonte: Brasil 247

Quaest: 64% apoiam Lula na defesa da soberania do Brasil diante dos EUA

Brasileiros aprovam postura de Lula em relação às tarifas e ataques do Donald Trump, presidente dos Estados Unidos

       Donald Trump e Lula (Foto: REUTERS/Brian Snyder | REUTERS/Adriano Machado)

Uma nova pesquisa do Instituto Quaest, divulgada nesta quarta-feira (17) pelo g1, revelou que a maior parte da população apoia a estratégia do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de defender a soberania do Brasil frente aos Estados Unidos. O levantamento, encomendado pela Genial Investimentos, ouviu 2.004 pessoas entre 12 e 14 de setembro e tem margem de erro de dois pontos percentuais.

Segundo os dados, 64% dos entrevistados acreditam que Lula está correto ao adotar essa postura, enquanto 26% consideram que o governo erra nesse posicionamento e 10% não souberam ou não quiseram responder. O apoio é mais expressivo entre pessoas de esquerda não identificadas como lulistas (91%), entre lulistas (88%) e entre quem não tem posicionamento político definido (71%). Já a rejeição é maior entre bolsonaristas (54%) e eleitores de direita não bolsonaristas (50%).

☆ Críticas a Donald Trump e impactos econômicos

A pesquisa mostra ainda que 73% dos brasileiros desaprovam a decisão de Donald Trump de impor tarifas contra o Brasil, enquanto apenas 20% apoiam a medida. Para 74% dos entrevistados, as tarifas terão efeito negativo na vida da população, contra 23% que não enxergam prejuízos.

O levantamento também aponta que 49% da população consideram que Lula e o PT são os que mais acertam no embate com Washington. Em contrapartida, 27% dizem que Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados estão corretos, enquanto 15% não veem acerto em nenhum dos lados.

☆ Avaliação do governo Lula

A Quaest indica que a avaliação do governo Lula se manteve estável em relação ao mês anterior: 46% de aprovação e 51% de desaprovação. É o segundo mês seguido em que o petista registra seu melhor índice de aprovação no ano, após uma sequência de desgaste iniciada em maio, quando a diferença entre aprovação e desaprovação chegou a 17 pontos.

Entre os evangélicos, a desaprovação segue predominante (61%), embora a diferença tenha caído para 26 pontos, a menor de 2025. Já entre católicos e pessoas com mais de 60 anos, há empate técnico. O mesmo ocorre no grupo com renda familiar de dois a cinco salários mínimos, onde antes predominava a desaprovação.

Percepção sobre condenação de Bolsonaro

A pesquisa também abordou a percepção da sociedade em relação às condenações do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Para 49% dos brasileiros, a pena de 27 anos de prisão determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento na trama golpista é exagerada. Outros 35% consideram a punição adequada e 12% acham insuficiente.

Sobre a inelegibilidade, 47% a classificaram como adequada, enquanto 35% consideram a decisão excessiva. Já em relação à prisão domiciliar em outro processo, envolvendo o ex-deputado Eduardo Bolsonaro, 51% dos entrevistados concordaram com a medida. O uso de tornozeleira eletrônica também recebeu aprovação de 48% dos consultados.

A maior parte dos entrevistados (55%) acredita que houve tentativa de golpe de Estado em 2022, e 54% avaliam que Jair Bolsonaro participou ativamente do plano.

☆ Debate sobre anistia

Outro tema investigado pela Quaest foi a possibilidade de anistia aos envolvidos nos atos golpistas. O levantamento mostrou que 41% dos brasileiros são contrários à medida, enquanto 36% apoiam uma anistia ampla, incluindo o ex-presidente. Já 10% defendem a anistia apenas para quem participou dos atos de 8 de janeiro.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Lula mantém aprovação em 46% e desaprovação em 51%, aponta pesquisa Quaest

Diferença entre aprovação e desaprovação permanece a menor desde janeiro de 2025

      O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

A mais recente pesquisa Genial/Quaest, divulgada pelo g1 nesta quarta-feira (17), indica que a avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manteve estável em setembro. Segundo o levantamento, 46% dos entrevistados aprovam a gestão, enquanto 51% a desaprovam. O índice repete os números registrados em agosto, com 3% que não souberam ou não responderam.

Os dados revelam que a diferença entre aprovação e desaprovação permanece a menor desde janeiro de 2025, quando houve empate técnico (49% contra 47%). O ponto mais crítico para o governo ocorreu em maio, quando 17 pontos separavam a avaliação negativa (57%) da positiva (40%). A pesquisa ouviu 2.004 pessoas entre os dias 12 e 14 de setembro, tem margem de erro de dois pontos percentuais e 95% de nível de confiança.

☆ Desempenho por região e gênero

Regionalmente, o Nordeste segue sendo o maior reduto de apoio ao governo, com 60% de aprovação, seguido por Centro-Oeste/Norte (45%), Sudeste (41%) e Sul (39%). Já a desaprovação é mais alta no Sul (60%), Sudeste (55%) e Centro-Oeste/Norte (52%).

Entre as mulheres, o resultado mostra empate técnico, com 48% de aprovação e 48% de desaprovação. Já entre os homens, a rejeição subiu um ponto e alcançou 54%, enquanto a aprovação permaneceu em 44%.

☆ Faixa etária e escolaridade

O levantamento identificou variações discretas entre diferentes idades. Entre os maiores de 60 anos, há empate técnico (53% aprovam e 45% desaprovam). No grupo de 35 a 59 anos, 51% desaprovam e 46% aprovam, também dentro da margem de erro. Já entre os jovens de 16 a 34 anos, 53% desaprovam e 43% aprovam, diferença que já foi de 31 pontos em março e agora está em 10.

No recorte por escolaridade, a desaprovação recua entre aqueles com ensino médio (55%, ante 57% em julho), enquanto a aprovação chega a 42%. Entre os com ensino fundamental, 56% aprovam e 41% desaprovam. Já no grupo com ensino superior completo, a rejeição permanece mais elevada (56%), contra 41% de aprovação.

☆ Renda e religião

A renda familiar também influencia a percepção sobre o governo. Entre quem recebe até dois salários mínimos, 54% aprovam e 41% desaprovam a gestão. Na faixa de 2 a 5 salários mínimos, há empate técnico (52% contra 46%). Já entre os que recebem acima de cinco salários mínimos, a desaprovação é ampla (60%), e a aprovação chega a 37%.

Entre os católicos, a aprovação caiu de 54% em agosto para 51%, ficando em empate técnico com a desaprovação (46%). Já entre os evangélicos, 61% desaprovam e 35% aprovam — ainda que a diferença tenha diminuído para 26 pontos, a menor do ano.

☆ Bolsa Família e eleitorado de 2022

A gestão Lula atinge seu melhor desempenho entre beneficiários do Bolsa Família, com 64% de aprovação, frente a 32% de desaprovação. Em julho, esse grupo havia registrado empate técnico. Já entre não beneficiários, 55% desaprovam o governo e 42% aprovam.

O levantamento também reforça a polarização herdada das urnas de 2022. Entre eleitores de Lula no segundo turno, 79% aprovam sua administração. Entre apoiadores de Jair Bolsonaro, 92% desaprovam o governo, enquanto apenas 7% manifestam aprovação.

☆ Avaliação geral e percepção sobre Bolsonaro

Na avaliação global, 38% dos entrevistados consideram o governo negativo, 31% positivo e 28% regular. Outros 3% não souberam ou não responderam.

O instituto também mediu a percepção sobre a condenação de Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão por participação na trama golpista de 2022. Para 49% dos entrevistados, a pena foi exagerada, enquanto 35% a consideram adequada. Outros 12% acreditam que a punição foi branda, e 4% não souberam responder.

☆ Debate sobre anistia

A pesquisa ainda avaliou a opinião dos brasileiros sobre uma possível anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Segundo os dados, 36% são favoráveis a que todos sejam beneficiados, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. Outros 10% apoiam anistia apenas aos participantes dos atos, e a maioria restante se posiciona contra qualquer tipo de perdão.

Fonte: Brasil 247

Quaest: 49% consideram exagerada pena de Bolsonaro e 47% apoiam inelegibilidade

Jair Bolsonaro foi condenado a mais de 27 anos de prisão por liderar uma tentativa de golpe de Estado

     Jair Bolsonaro e o STF (Foto: Reuters I Antonio Augusto/STF)

Pesquisa realizada pelo Instituto Quaest, divulgada pelo g1 nesta quarta-feira (17), indica que a opinião pública segue dividida em relação às punições impostas a Jair Bolsonaro (PL) pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O levantamento foi encomendado pela Genial Investimentos, ouviu 2.004 pessoas entre os dias 12 e 14 de setembro e apresenta margem de erro de dois pontos percentuais.

De acordo com os dados, 49% dos brasileiros consideram que a pena de 27 anos e três meses de prisão em regime fechado, aplicada a Bolsonaro por liderar a trama golpista após a eleição de 2022, é exagerada. Outros 35% avaliam que a punição é adequada, enquanto 12% acreditam que ela foi insuficiente. Apenas 4% não souberam ou não responderam.

Inelegibilidade recebe apoio da maioria

Quando o tema é a inelegibilidade do ex-presidente, a percepção se altera. Para 47% dos entrevistados, a decisão do STF de proibir Bolsonaro de disputar eleições após o cumprimento da pena é adequada. Em contrapartida, 35% consideram a restrição exagerada e 18% não souberam ou não opinaram.

Esse contraste revela que, embora boa parte da população enxergue excesso na pena de prisão, quase metade considera justificado impedir o ex-presidente de voltar à arena eleitoral.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Lula indica executivo do Banco do Brasil para comandar Correios

Emmanoel Schmidt Rondon assume a estatal após demissão de Fabiano Silva dos Santos e terá como desafio reverter prejuízos bilionários

Os trabalhadores dos Correios querem a suspensão de qualquer medida que afete a qualidade dos serviços ou os direitos dos empregados (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu nomear Emmanoel Schmidt Rondon, funcionário de carreira do Banco do Brasil, para a presidência dos Correios. Ele substituirá Fabiano Silva dos Santos, que apresentou carta de demissão após forte desgaste em meio à crise financeira da empresa. A informação foi publicada pelo Valor Econômico e deve ser oficializada nos próximos dias.

A mudança ocorre em um momento delicado para a estatal. Somente no segundo trimestre de 2025, os Correios registraram prejuízo líquido de R$ 2,64 bilhões, resultado ainda pior que o do primeiro trimestre, quando a perda foi de R$ 1,72 bilhão. Em 2024, o rombo já havia alcançado o recorde de R$ 2,6 bilhões.

Silva dos Santos havia assumido o comando com apoio do grupo jurídico Prerrogativas, próximo ao PT. Apesar de iniciativas voltadas à inovação, como a criação do marketplace Mais Correios, não conseguiu estancar a deterioração financeira da companhia. Ao lançar a plataforma, voltada a pequenos empreendedores, o então presidente destacou: “Estamos investindo em tecnologia e revisão de processos para tornar a empresa mais eficiente, moderna e competitiva, reforçando nosso papel como vetor de desenvolvimento nacional”.

A estatal costuma explicar os resultados negativos pelo caráter social de sua missão. Dados oficiais mostram que 71% das localidades atendidas não dão retorno financeiro, funcionando apenas para garantir a universalização dos serviços postais. Esse percentual chega a 89% quando considerados todos os custos de operação. Além disso, houve uma queda expressiva nas receitas de postagens internacionais: de R$ 945,4 milhões no ano anterior para R$ 393,1 milhões no primeiro trimestre de 2025.

Com a indicação de Emmanoel Schmidt Rondon, a expectativa do governo é de que a experiência do executivo no Banco do Brasil ajude a implantar um modelo de gestão mais eficiente. Sua missão será encontrar alternativas para reduzir os prejuízos, ampliar as receitas e consolidar projetos de modernização capazes de reposicionar os Correios como uma empresa estratégica para a integração logística do Brasil.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal Valor Econômico

Após condenação de Bolsonaro, maioria dos brasileiros rejeita impeachment de Moraes, diz Quaest


         O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Reprodução

A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (17) mostra que o apoio ao impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), caiu entre os brasileiros. Segundo o levantamento, 52% da população é contra a medida, enquanto 36% defendem o afastamento do magistrado.

Os números revelam uma mudança significativa em relação ao último levantamento. Em agosto, 46% eram favoráveis ao impeachment e 43% contrários. Agora, o apoio ao afastamento de Moraes recuou dez pontos percentuais, enquanto a rejeição cresceu nove pontos.

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Pesquisa Genial/Quaest. Foto: Reprodução

A queda coincide com o julgamento da ação penal sobre a trama golpista de 2022, relatada por Moraes. No dia 11, a Primeira Turma do STF condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado, além de outros crimes como organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

O impeachment de Moraes é uma das pautas centrais da base bolsonarista, que busca pressionar o STF após as condenações.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), no entanto, já declarou que não pretende pautar pedidos de impeachment contra ministros da Corte. A recusa levou aliados de Bolsonaro a apresentarem uma representação contra ele por suposta quebra de decoro parlamentar.

A pesquisa Genial/Quaest entrevistou 2.004 brasileiros com 16 anos ou mais entre os dias 12 e 14 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.

Fonte: DCM

Quaest: 55% dizem que houve tentativa de golpe e 54% veem Bolsonaro envolvido

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução

A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (17) mostra que 55% dos brasileiros acreditam que houve tentativa de golpe no país e que 54% afirmam que Jair Bolsonaro participou do plano. O levantamento é o primeiro após a condenação do ex-presidente (PL) pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo os dados, 55% afirmam que houve tentativa de golpe, contra 38% que dizem o contrário. Outros 7% não souberam ou não responderam. O resultado mostra alta em relação a agosto, quando 50% reconheciam o golpe e 12% estavam indecisos.

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Pesquisa Genial/Quaest. Foto: Reprodução
No caso de Bolsonaro, 54% acreditam que ele participou do plano golpista, 34% dizem que não e 10% não responderam. Em agosto, esses índices eram de 52%, 36% e 12%, respectivamente.

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Pesquisa Genial/Quaest. Foto: Reprodução

Na semana passada, a Primeira Turma do STF condenou Bolsonaro e sete aliados por tentativa de golpe de Estado, organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado. O placar foi de 4 votos a 1.

O levantamento também indica crescimento na percepção de imparcialidade do processo judicial contra o ex-presidente. Em agosto, 36% acreditavam que houve imparcialidade, número que subiu para 42% agora. Já os que consideram Bolsonaro alvo de perseguição caíram de 52% para 47%. Outros 11% não souberam ou não responderam.

A pesquisa ouviu 2.004 brasileiros com 16 anos ou mais entre os dias 12 e 14 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.
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Pesquisa Genial/Quaest. Foto: Reprodução
Fonte: DCM

VÍDEO: Bia Kicis chama Sâmia Bomfim de “imunda” e é enquadrada na Câmara


      As deputadas Bia Kicis (PL-DF) e Sâmia Bomfim (PSOL-SP). Foto: Reprodução

A deputada bolsonarista Bia Kicis (PL-DF) chamou a colega Sâmia Bomfim (PSOL-SP) de “imunda” durante sessão na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (16), em meio à discussão da PEC da Blindagem. A resposta da parlamentar do PSOL, no entanto, foi uma verdadeira humilhação.

Em discurso para defender Jair Bolsonaro (PL), condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado, Bia Kicis mandou Sâmia “lavar a boca” ao falar do ex-presidente.

“Uma deputada que me antecedeu [Sâmia] tem que lavar essa boca suja dela. Esse povo não tem coração, não tem humanidade. O presidente Bolsonaro acaba de ir novamente para o hospital, ficou internado, hoje ficou sem ar, sem respiração. Está doente, muito doente por conta da facada lá de trás e dos maus-tratos, das perseguições absurdas que ele está sofrendo”, afirmou. “Nenhuma pessoa normal consegue resistir emocionalmente a tanta perseguição, a tanta nojeira. Vai lavar a sua boca, sua imunda!”.

Sâmia Bomfim então rebateu. “Imunda é não dar vacina para o povo brasileiro durante a pandemia da covid-19. Imunda é ir para os Estados Unidos armar e sancionar contra o povo brasileiro, contra a nossa própria economia. Imundice é planejar e aprovar a PEC da blindagem que dá um salvo-conduto para cometimento de crimes”, disse.

“Imundice é ser líder de uma organização criminosa que tenta atentar contra o Estado Democrático de Direito e passar por cima da vontade do povo brasileiro. Imundice é ter ficado décadas aqui no parlamento, não ter entregue nada de útil para a população e agora querer, através de uma PEC da Anistia, passar por cima de uma decisão justa e correta do povo brasileiro”.

Ao concluir sua fala, Sâmia ironizou a situação de Bolsonaro: “São 27 anos e 3 meses de prisão para aquele bandido. É muito pouco perto de tudo de ruim que ele fez para o povo brasileiro. E a cela que ele vai estar vai ser muito imunda”.

Assista abaixo:

Fonte: DCM

PEC da Blindagem pode parar no STF por causa de manobra na Câmara

Deputados questionam manobra regimental que garantiu aprovação do texto

      Hugo Motta (Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)

A aprovação da chamada PEC da Blindagem na Câmara dos Deputados provocou forte reação da bancada do Psol e abriu espaço para uma batalha jurídica. Segundo Lauro Jardim, do jornal O Globo, a proposta — que amplia a proteção a parlamentares perante a Justiça — foi aprovada ontem em dois turnos, em meio a questionamentos sobre a legalidade do procedimento adotado pela Mesa Diretora durante a sessão.

Deputados da base governista sustentam que a mudança repentina no regime de registro de presença dos parlamentares violou regras internas. Inicialmente, a presença estava sendo contabilizada por meio de biometria, em sistema presencial, conforme determina ato da Mesa de fevereiro deste ano. Contudo, após a votação de um requerimento que buscava retirar a PEC da pauta, o sistema passou para o registro virtual, ampliando o quórum e alterando a correlação de forças no plenário.

☆ Disputa pelo quórum e questionamento de ordem

Na primeira votação, realizada com registro presencial, havia 411 deputados na Casa, dos quais 266 se posicionaram pela manutenção da PEC — número insuficiente para aprovar a proposta, que exige o apoio mínimo de 308 parlamentares. Já na votação seguinte, com registro virtual, o quórum saltou para 462 deputados, o que abriu caminho para consolidar os votos favoráveis e viabilizar a aprovação da emenda constitucional.

Durante a sessão, a deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) apresentou uma questão de ordem ao afirmar que o ato da Mesa determina a adoção do regime presencial de terça a quinta-feira, salvo decisão contrária publicada com 24 horas de antecedência, o que não teria ocorrido. Na avaliação dela, a alteração durante a votação violou o regimento e comprometeu a legitimidade do resultado.

☆ Caminho para o Judiciário

Diante da controvérsia, partidos da base discutem a apresentação de uma representação e até mesmo uma ação judicial no Supremo Tribunal Federal. A medida poderia ser protocolada por meio de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), com intimação das Mesas do Senado e da Câmara, visando contestar a forma como a votação foi conduzida.

☆ O que prevê a PEC da Blindagem

A PEC aprovada impõe novas barreiras para o processamento judicial de parlamentares. O texto determina que um deputado ou senador só poderá ser processado na Justiça com autorização expressa do Congresso Nacional. Além disso, a proposta permite que os congressistas decidam, em votação secreta, se autorizam ou não a prisão de colegas.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Só nove deputados do Paraná votam contra a PEC da Blindagem. Veja nomes

Plenário da Câmara dos Deputados - (Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)


Dos trinta deputados federais do estado, 21 votaram a favor de medidas que aumentam a impunidade de parlamentares

A Câmara dos Deputados votou nesta terça-feira (16), à noite, a chamada "PEC das Prerrogativas", que por proteger parlamentares contra processos judiciais e dificultar sua prisão tem sido chamada popularmente de "PEC da Blindagem". A proposta foi aprovada em dois turnos e agora será votada no Senado Federal.

No primeiro turno foram 353 votos a favor da PEC e apenas 134 contra. Houve uma abstenção. A lista abaixo mostra como votou cada deputado do Paraná.  Para ver a lista completa de votos clique aqui.

A favor da blindagem
Aliel Machado (PV)
Beto Richa (PSDB)

Delegado Matheus Layola (União)

Diego Garcia (Republicanos)

Dilceu Sperafico (PP)
Felipe Francischini (União)

Filipe Barros (PL)

Geraldo Mendes (União)

Giacobo (PL)

Luisa Canziani (PSD)
Padovani (União)
Paulo Litro (PSD)

Pedro Lupion (PP)

Reinhold Stephanes Jr. (PSD)

Ricardo Barros (PP)

Rodrigo Estacho (PSD)

Sargento Fahur (PSD)

Sergio Souza (MDB)
Tião Medeiros (PP)

Toninho Wandscheer (PP)

Vermelho (PP)

Contra a blindagem
Carol Dartora (PT)

Lenir de Assis (PT)

Luciano Alves (PSD)

Luciano Ducci (PSB)

Luiz Carlos Hauly (Podemos)

Luiz Nishimori (PSD)

Tadeu Veneri (PT)

Welter (PT)

Zeca Dirceu (PT)


Moraes dá cinco dias para PGR se manifestar sobre ação contra Tarcísio por obstrução

O deputado Rui Falcão acusou o governador de obstrução judicial por articular anistia

       Tarcísio de Freitas (Foto: Pablo Jacob/Governo do Estado de SP)

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes deu um prazo de cinco dias para a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar sobre a representação feita pelo deputado Rui Falcão (PT-SP) contra Tarcísio de Freitas (Republicanos) por obstrução judicial, de acordo com despacho oficial.

O chefe do Executivo paulista fez articulações em Brasília (DF) numa tentativa de aumentar a chance da aprovação da anistia a Jair Bolsonaro (PL) no Congresso e pessoas envolvidas nos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023.

O ex-mandatário foi condenado na semana passada pelo Supremo Tribunal Federal a 27 anos de prisão no inquérito da trama golpista. Outros sete réus foram condenados pela Corte. No STF, os atos golpistas são parte de uma investigação mais ampla, que é a tentativa de golpe.

Aliado de Bolsonaro, o governador de São Paulo foi ministro da Infraestrutura de 2019 a 2022, durante o governo bolsonarista. Tarcísio também é visto como um possível nome para a disputa presidencial na eleição de 2026.

No último dia 7 de Setembro, o governador também compareceu a um evento pró-anistia, na avenida Paulista.

Fonte: Brasil 247