quinta-feira, 21 de agosto de 2025

Corregedoria abre processo contra deputada que levou bebê a motim bolsonarista na Câmara

Deputada Júlia Zanatta é investigada por quebra de decoro após episódio em que levou a filha de quatro meses para a cadeira da presidência da Casa

Deputada Julia Zanatta leva bebê para motim da oposição que obstruiu a Mesa Diretora da Câmara (Foto: Reprodução/Instagram)

A Corregedoria Parlamentar da Câmara dos Deputados instaurou, na terça-feira (19), um processo disciplinar contra a deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC). A informação foi publicada originalmente pelo portal Metrópoles. O procedimento apura uma possível quebra de decoro parlamentar após a parlamentar, alinhada ao bolsonarismo, ter levado sua filha de quatro meses ao plenário da Casa.

O pedido foi formalizado pelos deputados Lindbergh Farias (PT-RJ), líder da bancada do PT, e Reimont (PT-RJ), que preside a Comissão de Direitos Humanos. Ambos apontam que a conduta de Zanatta desrespeitou normas regimentais e pediram que a corregedoria analise o caso. Segundo o regimento interno, a deputada terá cinco dias úteis para apresentar defesa por escrito, diretamente ou por meio de advogado constituído.

◈ Histórico do caso

O episódio que levou à abertura do processo ocorreu durante a obstrução promovida pela oposição na Mesa Diretora da Câmara. Na ocasião, Júlia Zanatta ocupou a cadeira da presidência da Casa levando a filha pequena no colo. O gesto foi duramente criticado pela base governista e resultou em uma representação formal contra a deputada.

Diante da repercussão, Lindbergh Farias acionou ainda o Conselho Tutelar, alegando que a conduta de Zanatta poderia configurar exposição indevida da criança. O caso segue em análise pelo órgão.

◈ Prazos e possíveis desdobramentos

De acordo com o corregedor da Câmara, deputado Diego Coronel (PSD-BA), o prazo para emissão do parecer é de até 45 dias. Nesse período, a defesa da parlamentar será avaliada e poderá resultar em recomendações ao Conselho de Ética, que decide sobre eventuais punições.

Fonte: Brasil 247

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