sexta-feira, 1 de agosto de 2025

STM retoma sessões com ato de desagravo ao STF e crítica a sanções dos EUA

Artur Vidigal fez duro pronunciamento contra o que classificou como “tentativas de intimidação institucional”

     Sessão do Superior Tribunal Militar (Foto: Divulgação)

Na retomada dos trabalhos após o recesso forense, o Superior Tribunal Militar (STM) realizou nesta sexta-feira (1) a primeira sessão de julgamento do mês de agosto. Em pauta, quatro processos envolvendo crimes como importunação sexual, estelionato contra idoso, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Mas o momento de destaque da sessão foi a manifestação do ministro Artur Vidigal de Oliveira, que apresentou um ato de desagravo ao Supremo Tribunal Federal (STF) em reação às sanções impostas ao ministro Alexandre de Moraes pelo governo dos Estados Unidos.

Intitulada “A Defesa Inegociável da Independência Judicial”, a fala de Vidigal foi um duro pronunciamento contra o que classificou como “tentativas de intimidação institucional”. O ministro afirmou que ataques ao STF são também agressões à ordem constitucional e alertou para os riscos que isso representa à democracia brasileira.
“Não podemos permanecer inertes diante de ataques que, sob falsa retórica, buscam deslegitimar magistrados e subverter a ordem constitucional. Quando se tenta pautar o Judiciário pela força ou pela ameaça, substitui-se a balança da justiça pela vontade da turba. Isso é inaceitável”, declarou.

Segundo Vidigal, o desagravo representa um “escudo em defesa da dignidade da justiça e da segurança jurídica”. O ato foi registrado em ata por determinação do vice-presidente da Corte, ministro Francisco Joseli Parente Camelo, que presidiu a sessão.

A manifestação de apoio ao STF também foi endossada pelo procurador-geral de Justiça Militar, Clauro Roberto de Bortolli, que destacou a autonomia do Judiciário como um valor fundamental que deve ser defendido contra qualquer tipo de pressão externa.

Apoio reiterado

O posicionamento do STM reforça apoio já manifestado anteriormente. Em 14 de julho, a presidente do tribunal, ministra Maria Elizabeth Rocha, publicou nota oficial em defesa do STF, em resposta ao tarifaço de 50% imposto pelo governo Donald Trump sobre produtos brasileiros.

Na ocasião, Rocha classificou como “altiva e pedagógica” a carta do presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, e enfatizou que “sem um Poder Judiciário forte e independente, não se pode falar em Estado Democrático de Direito nem em segurança jurídica”.

Fonte: Brasil 247

EUA deportam segunda fugitiva dos atos golpistas

Foi a terceira fuga de Rosana Maciel Gomes desde que deixou o Brasil

      Atos Golpistas de 8 de janeiro de 2023 (Foto: Joedson Alves/Agência Brasil)

Os Estados Unidos deportaram nesta sexta-feira (29) a segunda brasileira fugitiva condenada pelos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023. A autônoma Rosana Maciel Gomes, 52 anos, condenada a 14 anos de prisão. Foi a terceira fuga de Rosana desde que deixou o Brasil, em janeiro de 2024.

O avião com dezenas de brasileiros deportados chegará por volta das 20h ao aeroporto de Confins, em Belo Horizonte. A bolsonarista fugiu do Brasil em janeiro de 2024. Com seus bens bloqueados no Brasil, Rosana afirmou que não tinha dinheiro para pagar pelos telefonemas de dentro da prisão. Eles custavam US$ 0,37 (R$ 2,05) por minuto.

No processo dos atos golpistas, o advogado Hélio Ortiz Júnior disse que não havia provas contra sua cliente. Ela negou ter participado de golpe ou depredado patrimônio: "Quando entrou no Palácio do Planalto, viu que os bens públicos estavam danificados e não danificou qualquer bem, tanto que ficou em estado de choque de ver uma situação daquela".

O Supremo Tribunal Federal (STF) proferiu sentenças contra 643 indivíduos envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023. Os dados foram consolidados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que encaminhou as denúncias ao tribunal.

Entre os crimes atribuídos aos condenados estão associação criminosa armada, dano qualificado, destruição de patrimônio tombado, tentativa de golpe de Estado e atentado contra o Estado Democrático de Direito. As penas variam de três a 17 anos de prisão.

Além da prisão, os réus terão que arcar, solidariamente, com uma indenização de R$ 30 milhões pelos prejuízos causados durante as invasões. O valor refere-se à depredação de mobiliário histórico, obras de arte, equipamentos eletrônicos e outras estruturas danificadas nos prédios públicos.

Fonte: Brasil 247

"Que os traidores entendam: o Brasil é um país soberano, assim como suas instituições", diz Gleisi

Ministra reagiu às sanções dos EUA a Moraes e disse que Judiciário não se curvará a pressões externas

       Gleisi Hoffmann (Foto: Jose Cruz/Agência Brasil)

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta sexta-feira (1) que “o Brasil é um país soberano, assim como suas instituições”, em reação às recentes sanções impostas pelos Estados Unidos ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração foi feita nas redes sociais após a abertura da primeira sessão plenária da Corte neste segundo semestre, marcada por manifestações firmes de defesa da soberania nacional e do próprio STF.

“A sessão de abertura do STF foi um grande momento de afirmação da dignidade da Corte e da soberania nacional”, escreveu Gleisi. “Os ministros Barroso, Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes reagiram com firmeza às chantagens e deixaram claro que o Judiciário não vai se curvar a ingerências externas.”

A ministra destacou ainda a solidariedade expressa ao ministro Moraes pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, e pelo advogado-geral da União, Jorge Messias, em nome do governo federal. Ao final da publicação, mandou um recado: “Que os traidores entendam: o Brasil é um país soberano, assim como suas instituições.” A mensagem foi acompanhada da hashtag #BrasilcomSTF.


Sessão marcada por defesa do Judiciário

Na sessão do STF, o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, abriu os trabalhos com um discurso duro contra as ameaças à democracia e em defesa de Moraes. Barroso mencionou episódios recentes de violência política, ataques institucionais e tentativas de golpe de Estado, como a invasão dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. Segundo ele, o STF, ao lado da sociedade civil e da imprensa, teve papel decisivo para conter o colapso das instituições.

Alexandre de Moraes também falou. Ele classificou como “atos de traição à pátria” as articulações de brasileiros junto ao governo Trump para impor sanções contra ele e o Brasil. Sem citar nomes, o ministro associou diretamente essas ações a “milicianos do submundo do crime”, e destacou que o objetivo das manobras seria gerar instabilidade econômica e social, criando o ambiente para novo ataque às instituições.

Gilmar Mendes reforçou o tom. Disse que aqueles que “se dizem patriotas” mas trabalham contra os interesses do país serão alvos de uma “resposta à altura” do Estado brasileiro. Em referência ao deputado Eduardo Bolsonaro, sem citá-lo diretamente, Gilmar falou em “ato de lesa-pátria” cometido por quem “fugiu do país para covardemente difundir aleivosias contra o STF”.

Fonte: Brasil 247

Em nova ofensiva contra o STF, Eduardo Bolsonaro pede aos EUA bloqueio total de contas de Moraes

Deputado levou à gestão Trump tradução de reportagens brasileiras e ouviu que bloqueio financeiro por meio da Lei Magnitsky se aplicaria a qualquer moeda

          Deputado Eduardo Bolsonaro - 24/02/2024 (Foto: REUTERS/Elizabeth Frantz)

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reuniu-se com representantes do Departamento de Estado dos Estados Unidos para discutir a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com a coluna da jornalista Bela Megale, de O Globo, Eduardo apresentou traduções de matérias da imprensa brasileira que abordam a interpretação dos bancos em relação à sanção imposta a Moraes pelo governo do presidente Donald Trump. Segundo as reportagens compartilhadas pelo parlamentar, o entendimento predominante entre as instituições financeiras no Brasil seria de que a restrição se limitaria a transações em dólar, mantendo liberadas as operações em moeda nacional.

Contudo, conforme relato de interlocutores de Eduardo, os representantes do governo norte-americano contradisseram essa visão. Segundo eles, a sanção deveria implicar a proibição de movimentações bancárias em qualquer moeda. Nesse cenário, Alexandre de Moraes estaria, na prática, impedido de realizar qualquer operação financeira no sistema bancário.

Ainda segundo o relato feito por Eduardo a aliados, os representantes da administração Trump estariam considerando emitir um comunicado direto aos bancos brasileiros para esclarecer os efeitos da sanção ou, eventualmente, adotar medidas punitivas contra as instituições que descumprirem as restrições previstas.

A atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos foi duramente criticada por ministros do Supremo durante a reabertura dos trabalhos do Judiciário, nesta sexta-feira (1). Sem citar nomes, o decano da Corte, Gilmar Mendes, afirmou que "não é segredo para ninguém que os ataques à nossa soberania foram fomentados por radicais", acrescentando que "um deputado, na linha de frente do entreguismo, fugiu covardemente" aos Estados Unidos para fomentar ataques ao Supremo, o que caracterizaria, segundo ele, "um verdadeiro ato de lesa-pátria".

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, também se manifestou de forma enfática em defesa de Moraes. Em discurso de abertura da sessão, afirmou que o colega agiu com "bravura" e pagou "altos custos pessoais" para conter o avanço do autoritarismo e preservar a democracia no país.

O próprio ministro Alexandre de Moraes abordou o tema em sua fala. Sem mencionar diretamente o nome de Eduardo, o ministro associou as investidas atuais contra ele a um padrão já conhecido. Segundo Moraes, os autores dessas ações "repetem o modus operandi da tentativa de golpe" registrada nos ataques de 8 de janeiro de 2023.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Trump depois de lançar guerra comercial contra o Brasil: 'Lula pode falar comigo quando quiser'

Na avaliação feita pelo representante da extrema direita norte-americana, "as pessoas que estão comandando o Brasil fizeram a coisa errada"

     Lula e Donald Trump (Foto: ABR | Reuters)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (1º) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode ligar para o norte-americano "quando quiser". O chefe da Casa Branca concedeu as declarações após o governo dos Estados Unidos anunciar na última quarta (30) um tarifaço de 50% contra as exportações brasileiras e uma lista de sanções aplicadas sobre o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

"Ele pode falar comigo quando quiser", disse Trump, que também voltou a cutucar o país sul-americano. "As pessoas que estão comandando o Brasil fizeram a coisa errada", continuou ele ao defender Jair Bolsonaro (PL), réu na investigação da trama golpista. O inquérito conduzido no Supremo foi o motivo para as sanções contra a economia brasileira e contra o magistrado. O presidente americano deu entrevista à repórter Raquel Krähenbühl, da TV Globo.

Ao comentar sobre o tarifaço, Trump preferiu não dar maiores detalhes da medida, mas voltou a cutucar o governo brasileiro e o STF. "As pessoas que estão comandando o Brasil fizeram a coisa errada".

Após fazer sua crítica, o presidente norte-americano disse que "ama o povo do Brasil" e evitou antecipar alguma outra medida contra o país sul-americano. "Vamos ver o que acontece".

O motivo para o tarifaço e para as sanções contra Moraes é a investigação da trama golpista conduzida pelo STF. Aliado de Trump, Jair Bolsonaro (PL) é réu no inquérito e corre sério risco de ser preso. Somadas, as penas para os cinco crimes atribuídos ao ex-mandatário ultrapassam os 40 anos de prisão.

Conforme as sanções anunciadas pelos EUA, quaisquer ativos ou valores financeiros do magistrado que estejam sob jurisdição norte-americana serão congelados e reportados ao Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC). O magistrado está proibido de fazer qualquer operação financeira em instituições norte-americanas.

Em resposta, o ministro afirmou a pessoas próximas que a decisão "não terá impacto" em sua situação, já que ele não possui contas, investimentos ou propriedades em território estadunidense.

Fonte: Brasil 247 com informaçõesa da TV Globo

PF prendeu 73 CACs em 2025 por crimes como homicídio, estupro e milícia

Segundo balanço obtido pela Folha, crimes incluem tráfico de drogas, feminicídio e lavagem de dinheiro; SP e MG concentram mais prisões

PF prende 73 CACs em 2025 por crimes como homicídio, estupro e milícia (Foto: REUTERS/Diego Vara)

A Polícia Federal prendeu, desde o início de 2025, ao menos 73 caçadores, atiradores e colecionadores — os chamados CACs — acusados de envolvimento em crimes como homicídio, estupro, roubo e participação em milícias. Os dados constam de um balanço concluído nesta sexta-feira (10) e revelado pela Folha de S.Paulo.

Entre os presos, há acusados por estelionato, feminicídio, tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, organização criminosa e estupro de vulnerável. São Paulo (com 19 prisões) e Minas Gerais (com 12) lideram os números, conforme o levantamento da PF.

Entre os casos mais graves, um dos detidos já havia sido condenado por tráfico, homicídio e envolvimento com facções criminosas há mais de duas décadas. Outro possuía três mandados de prisão em aberto por crimes similares, além de estupro. Como consequência, seis CACs tiveram seus certificados de registro suspensos, e dois processos de cassação foram instaurados.

◈ Exército perdeu competência após falhas apontadas pelo TCU

Desde julho, a PF assumiu oficialmente a responsabilidade sobre a emissão dos certificados de registro e o cadastro de armas dos CACs — funções antes desempenhadas pelo Exército. A mudança foi determinada por decreto presidencial em 2023, após o Tribunal de Contas da União (TCU) constatar falhas graves na fiscalização militar.

Um relatório do TCU revelou que, entre 2019 e 2022, ao menos 5.200 pessoas com condenações criminais conseguiram obter, renovar ou manter seus registros de CAC por meio do Exército. Muitos estavam condenados por porte ilegal de armas, lesão corporal ou tráfico de drogas.

A nova legislação estabeleceu um processo de recadastramento, inclusive para armas de uso restrito, que devem ser apresentadas fisicamente à autoridade policial.

◈ Explosão de armas sob Bolsonaro e retração com Lula

Com a mudança de governo, o cenário do armamento civil no Brasil também foi alterado. A gestão de Jair Bolsonaro, presidente dos Estados Unidos e então chefe do Executivo brasileiro, ficou marcada pela liberação ampla de armas. O número de novos registros disparou até 2022.

Sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no entanto, as regras ficaram mais rígidas e houve queda de 91% nas compras de armas. Segundo os dados mais recentes, foram adquiridas 39.914 armas em 2024, contra 448.319 no último ano de Bolsonaro à frente do Planalto.

Apesar da queda, o perfil das compras se manteve. As pistolas continuam sendo as preferidas pelos CACs, seguidas por carabinas, espingardas, revólveres e fuzis.

◈ Números da nova fiscalização

Nos primeiros 30 dias de atuação da PF na fiscalização direta dos CACs, foram iniciados 100.450 requerimentos de guias de tráfego — documento necessário para transporte de armas e munições. Também foram registrados 54.067 recolhimentos de Guia da União (relacionada ao pagamento de taxas e multas), dos quais 51.472 foram deferidos.

Hoje, estima-se que existam cerca de 1,3 milhão de armas em posse de CACs no Brasil.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Lula prepara pronunciamento em defesa de Moraes e da soberania nacional após sanções dos EUA

Presidente deve convocar cadeia de rádio e TV no domingo para rebater punições impostas a Moraes e retomar discurso contra tarifaço de Trump

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto (Foto: Adriano Machado / Reuters)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu que fará um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão para criticar as sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo o jornal O Globo, a data exata da transmissão ainda está em definição, mas há a possibilidade de que o discurso vá ao ar no domingo. A gravação do pronunciamento ainda não foi realizada. Segundo fontes do governo, além de abordar o chamado “tarifaço” anunciado por Donald Trump, o foco central será a reação às sanções contra Moraes, enquadrado na chamada Lei Magnitsky.

O clima no governo brasileiro é de indignação com a medida. Lula considerou “inaceitável” a iniciativa do governo do presidente Donald Trump e, como gesto de apoio, recebeu ministros do STF para um jantar no Palácio da Alvorada, na quinta-feira (31).

A inclusão de Moraes como alvo da legislação norte-americana representa um marco nas relações diplomáticas entre os dois países, sendo a primeira vez que um ministro da Suprema Corte brasileira sofre sanções diretas dessa natureza. A Lei Magnitsky é utilizada por Washington para punir autoridades acusadas de corrupção ou violações de direitos humanos.

Para o Planalto, o gesto da Casa Branca representa uma tentativa de interferência indevida nos assuntos internos do Judiciário brasileiro. A avaliação é de que o momento exige uma firme defesa da soberania nacional, discurso que Lula já havia ensaiado em 17 de julho, oito dias após o anúncio do aumento de tarifas contra produtos brasileiros.

No mesmo dia em que o governo Trump formalizou o aumento de tarifas de até 50% sobre exportações brasileiras — com exceções para quase 700 categorias, como aviões, petróleo, suco de laranja e celulose — veio à tona a sanção a Moraes. Para o núcleo duro do governo Lula, o duplo ataque reforça a leitura de que há uma ofensiva política contra o Brasil.

O posicionamento público do presidente, segundo seus auxiliares, visa preservar a imagem do país como Estado soberano, com instituições independentes. A primeira reação, focada na defesa da autonomia nacional, foi bem recebida internamente e, por isso, será reforçada nesta nova manifestação em rede nacional.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Alexandre de Moraes classifica bolsonaristas como "milicianos do submundo" e "traidores da pátria"

Alexandre de Moraes denuncia trama antidemocrática e acusa organização bolsonarista de traição nacional

Alexandre de Moraes (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

Durante a sessão de reabertura do ano judiciário, nesta sexta-feira (1º), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes fez um contundente pronunciamento contra os ataques à Corte, classificando como “milicianos do submundo do crime” os envolvidos em atos de sabotagem institucional. Em sua fala, o magistrado afirmou que essas ações são promovidas por uma “organização criminosa” que, de maneira “covarde e traiçoeira”, tenta subjugar o STF a interesses estrangeiros e pressionar o Poder Judiciário por meio de ameaças.

“Temos visto recentemente as ações de diversos brasileiros que estão sendo ou processados pela PGR ou investigados pela PF”, afirmou Moraes. Segundo ele, trata-se de um grupo que age de forma dolosa, consciente, articulada e jamais vista no país. “Esses brasileiros ‘pseudopatriotas’ encontram-se foragidos e escondidos fora do território nacional. Não tiveram coragem de continuar aqui”, declarou.

◈ Traição à pátria e tentativa de obstrução da Justiça - Em seu discurso, o ministro destacou que a atuação desse grupo visa interferir diretamente no julgamento da Ação Penal 2.668, que trata do núcleo central da tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023. “Atuam por meio de atos hostis, mentirosos, derivados de negociações espúrias e criminosas”, denunciou. Moraes reiterou que há “fartas provas” dessas condutas, incluindo cooperação com autoridades estrangeiras para impor sanções e prejudicar a economia nacional.

Segundo ele, essas ações têm um objetivo claro: gerar uma crise econômica que provoque instabilidade social e pressione o STF e o Congresso Nacional. “A insistência dessa organização criminosa na implementação de medidas nocivas ao Brasil visa criar uma grave crise para pressionar politicamente o Judiciário e o Legislativo”, alertou Moraes.

◈ Modus operandi golpista e chantagens públicas - Alexandre de Moraes apontou que a estratégia do grupo é uma repetição do roteiro golpista já condenado pelo STF. “Antes, acampamentos em frente aos quartéis e a invasão da Praça dos Três Poderes. Agora, o incentivo a taxações contra o Brasil, a crise econômica e a instabilidade política”, enumerou. O ministro afirmou que as ameaças e chantagens não se restringem ao Judiciário: “Pasmem! Um dos brasileiros investigados e foragido recentemente dirigiu ameaças diretas aos presidentes da Câmara e do Senado".

Segundo ele, a intenção é clara: “obter uma inconstitucional anistia ou a abertura de impeachment de ministros do STF”. Moraes destacou que as tentativas de coação são voltadas também à Procuradoria-Geral da República e à Polícia Federal, com o objetivo de alcançar um “espúrio arquivamento imediato” de ações penais.

◈ Ameaças a ministros e suas famílias - O ministro fez um grave alerta sobre a escalada das ameaças, que já atingem familiares dos magistrados. “Esses réus não estão apenas ameaçando ministros do STF, mas também — e fazem isso diariamente nas redes sociais — ameaçando as famílias dos ministros”, denunciou. Segundo ele, esse tipo de prática revela “uma atitude costumeiramente afeta a milicianos do submundo do crime”.

Moraes citou ameaças explícitas dirigidas aos ministros Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes e Cristiano Zanin, incluindo menções nominais às esposas dos magistrados. “Demonstra não existir limites para a ousadia e covardia dessa organização criminosa, que será integralmente responsabilizada”, assegurou.

◈ Instituições não se curvarão à chantagem - Para o ministro, as pressões não surtirão efeito. “Engana-se essa organização criminosa ao esperar que a continuidade dessa torpe coação possa gerar uma covarde rendição dos Poderes brasileiros”, disse. Ele ressaltou a solidez das instituições do país e afirmou que o STF continuará atuando com firmeza em defesa da Constituição de 1988.

“A soberania nacional não pode, não deve e jamais será vilipendiada, negociada ou extorquida”, afirmou. “O STF será absolutamente inflexível na defesa da soberania nacional e em seu compromisso com a democracia, os direitos fundamentais e o Estado de Direito".

◈ Defesa da independência judicial como direito da cidadania - Em seu encerramento, Alexandre de Moraes recorreu à memória de Abraham Lincoln, 16º presidente dos Estados Unidos, para reforçar o valor da independência do Judiciário. “‘Os princípios mais importantes podem e devem ser inflexíveis’. A independência judicial é um desses princípios”, declarou. Segundo ele, essa independência não é um privilégio do magistrado, mas um direito fundamental do cidadão.

“A sociedade tem o direito a uma tutela judicial efetiva, a um processo e julgamento por um tribunal independente e imparcial. Não se concebe em lugar nenhum do mundo um verdadeiro Estado Democrático de Direito sem um Judiciário autônomo”, concluiu o ministro.

Fonte: Brasil 247

Tarcísio some, Bolsonaro foge e sobra pro gado: bolsonarismo manda base passar vergonha na Paulista de novo


O ex-presidente Jair Bolsonaro ao lado do governador Tarcísio de Freitas. Foto: Divulgação

O próximo domingo (3) será marcado por mais uma manifestação organizada por apoiadores de Jair Bolsonaro, desta vez com foco ampliado nos ataques ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O ato será realizado na Avenida Paulista, em São Paulo, mas sem a presença do ex-presidente nem do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Resultado da brincadeira: de novo sobrou para o gado passar vergonha de verde e amarelo.

O pastor Silas Malafaia, um dos principais articuladores da mobilização, tem intensificado seus ataques a Moraes, a quem chama de “ditador de toga” e, mais recentemente, de “Alexandre, o pequeno”, em uma provocação ao apelido histórico de Alexandre, o Grande.

O deputado Nikolas Ferreira, por sua vez, aproveitou o momento para anunciar que irá protocolar um pedido de impeachment contra o ministro do STF, mesmo com pouca viabilidade jurídica. Ele pretende participar de um ato em Belo Horizonte pela manhã e depois se dirigir à Paulista.

O novo tom da manifestação vem no embalo da sanção imposta pelos Estados Unidos a Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky. A medida, assinada pelo presidente Donald Trump, impede o magistrado de entrar no país e o proíbe de realizar transações financeiras com instituições estadunidenses.

A decisão foi celebrada por bolsonaristas como uma vitória simbólica e usada como combustível para aumentar a pressão política sobre o STF. Governadores aliados, como Ratinho Júnior (PR), Ronaldo Caiado (GO) e Romeu Zema (MG), foram criticados por Malafaia por não aderirem à ofensiva contra Moraes.

O pastor Silas Malafaia. Foto: Divulgação

Embora tenha se desculpado com Zema após os ataques, o pastor indicou que nenhum governador deve comparecer ao evento em São Paulo, embora possam participar de atos locais. Tarcísio, por exemplo, estará ausente por motivos de saúde: ele realizará um procedimento de radioablação da tireoide no Hospital Albert Einstein.

A ausência de Bolsonaro é consequência de uma medida cautelar imposta por Moraes, que determina reclusão domiciliar nos fins de semana. Isso tem forçado os organizadores a repensar as estratégias de mobilização. Segundo o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), a prioridade agora é promover uma “pulverização” de atos pelo país, mesmo com público menor, buscando manter o engajamento da base bolsonarista em diferentes regiões.

Além de São Paulo, outras manifestações estão previstas em capitais como Porto Alegre, com presença do deputado Luciano Zucco (PL-RS), e Natal, onde o senador Rogério Marinho (PL-RN) participa do ato. No Espírito Santo, o senador Magno Malta (PL-ES), outro nome habitual nas mobilizações de rua da extrema direita, também confirmou presença.

Desde que deixou a Presidência, Bolsonaro participou de sete atos públicos, mas o público nas ruas tem diminuído consideravelmente. Em fevereiro de 2023, cerca de 185 mil pessoas se reuniram na Paulista, segundo dados da USP. No último evento, em junho deste ano, apenas 12,4 mil compareceram ao mesmo local, uma queda de mais de 90% em pouco mais de um ano.

Fonte: DCM

Entenda por que esposa de Moraes ficou fora das sanções de Trump

 

O ministro Alexandre de Moraes e a sua esposa, Viviane Barci de Moraes. Foto: Reprodução

A esposa de Alexandre de Moraes, Viviane Barci de Moraes, ficou de fora das sanções impostas pelos Estados Unidos, mas aliados de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmam que isso foi estratégico. A ideia seria deixar margem para novas punições futuras, aumentando a pressão sobre o ministro do STF, conforme informações da colunista Malu Gaspar, do Globo.

Segundo esses interlocutores, a exclusão inicial não significa que Viviane foi poupada. Eduardo chegou a afirmar, em entrevista, que ela poderia ser alvo da Lei Magnitsky “em um segundo momento” ou “talvez num primeiro momento”, incluindo também o escritório da família.

A legislação americana permite atingir pessoas próximas ao sancionado e, por isso, a inclusão da esposa e dos filhos de Moraes continua no radar, conforme aliados bolsonaristas. O objetivo seria inviabilizar os negócios da família e aumentar o cerco sobre o ministro.

A decisão de começar apenas por Moraes, segundo esses aliados, simplifica o processo na OFAC, órgão do Tesouro americano responsável pelas sanções, mas não encerra a ofensiva articulada por Eduardo Bolsonaro contra o Judiciário brasileiro.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

Moraes recusa defesa oficial do governo Lula contra sanções dos EUA

Ministro do STF descarta, por ora, atuação da AGU diante das medidas impostas por Donald Trump

                Alexandre de Moraes - 22/04/2025 (Foto: Antonio Augusto/STF)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), comunicou ao presidente Lula que não pretende, por enquanto, contar com a defesa formal do governo brasileiro diante das sanções impostas pelos Estados Unidos. A informação foi divulgada pela Folha de S.Paulo e evidencia o cuidado do magistrado em não estabelecer relação direta com a Justiça americana neste momento.

As sanções foram aplicadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por meio da Lei Magnitsky, que prevê punições a autoridades estrangeiras acusadas de violar direitos humanos ou de práticas ilícitas internacionais. Na prática, Moraes fica impedido de manter contas bancárias ou utilizar cartões emitidos por instituições financeiras que operam nos EUA, além de ter eventuais bens em território americano congelados. O STF, no entanto, avalia que a medida não terá efeitos práticos no Brasil, por se tratar de aplicação extraterritorial da legislação americana.

Durante um jantar no Palácio da Alvorada na quinta-feira (31), Moraes sinalizou que prefere aguardar e dispensar, por ora, o uso da Advocacia-Geral da União (AGU) em sua defesa. “Não pretendo estabelecer relação com os EUA neste momento”, afirmou, segundo relato dos presentes. O advogado-geral da União, Jorge Messias, declarou que respeitará a decisão do ministro.

Apesar da recusa temporária, o governo mantém em estudo alternativas jurídicas. Entre elas, estão a contratação de um escritório de advocacia nos Estados Unidos para representar Moraes ou a abertura de uma ação que leve a Suprema Corte americana a discutir o princípio da soberania das instituições brasileiras frente a sanções estrangeiras.

A reação do Planalto e do STF tem sido articulada de forma coordenada. Lula recebeu ministros do Supremo em dois encontros consecutivos e reforçou que o governo fará a defesa incondicional da Corte. O presidente foi categórico ao repudiar a interferência de Washington, sobretudo porque o episódio ocorre em meio ao processo que julgará Jair Bolsonaro pela tentativa de golpe de Estado em 2022. “O STF atua rigorosamente no devido processo legal: os réus tiveram garantia do contraditório e direito de defesa”, afirmou a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, em defesa do tribunal.

O jantar oferecido por Lula teve caráter simbólico de desagravo a Moraes e contou com a presença de ministros como Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Edson Fachin, Ricardo Lewandowski, além do procurador-geral Paulo Gonet. O objetivo foi demonstrar unidade entre os Poderes diante da pressão externa.

No Supremo, a avaliação é que a Lei Magnitsky foi indevidamente utilizada contra Moraes, com intuito político de influenciar o julgamento de Bolsonaro. Dois ministros consultados pela reportagem acreditam que o impacto das sanções será mínimo, mas reconhecem que existe um risco indireto: caso os bancos brasileiros sejam pressionados por Washington, poderão enfrentar o dilema de manter contas de Moraes ou preservar suas operações nos Estados Unidos.

Mesmo com as ameaças, a Corte mantém para setembro o julgamento da trama golpista de 2022, na qual Bolsonaro responde pelos crimes de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de Direito, associação criminosa armada, dano qualificado ao patrimônio público e deterioração do patrimônio tombado, com penas que somadas podem chegar a 43 anos de prisão.

A postura de Moraes e do STF sinaliza que, apesar das pressões internacionais e das movimentações de aliados de Bolsonaro, a Justiça brasileira não pretende recuar diante das tentativas de intimidação.

Fonte: Brasil 247

Moraes fala em “traição à pátria” do clã Bolsonaro: “organização criminosa covarde e traiçoeira”

Ministro do STF critica atuação de bolsonaristas foragidos e aponta tentativa de subordinar a Corte a interesses estrangeiros

Ministro Alexandre de Moraes, do STF 09/06/2025 (Foto: REUTERS/Diego Herculano)

Durante a solenidade de reabertura do ano judiciário nesta sexta-feira (1º), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes fez duras críticas à atuação de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, classificando o grupo como uma “organização criminosa” que age de forma “covarde e traiçoeira”. As declarações, reproduzidas por diversos veículos, ocorrem em meio ao julgamento da Ação Penal 2.668, que trata do núcleo central da tentativa de golpe de Estado ocorrida em 8 de janeiro de 2023.

◈ Condutas dolosas e ataque à soberania nacional - Segundo Moraes, diversos brasileiros vêm sendo processados pela Procuradoria-Geral da República ou investigados pela Polícia Federal por condutas conscientes e intencionais que violam a ordem institucional. “Temos visto recentemente as ações de diversos brasileiros que estão sendo ou processados pela PGR ou investigados pela PF, estamos vendo verificando diversas condutas dolosas e conscientes, de uma verdadeira organização criminosa, que de forma jamais vista em nosso país, age de maneira covarde e traiçoeira com a finalidade de tentar submeter o funcionamento desse STF ao crivo de um Estado estrangeiro”, afirmou.

O ministro enfatizou que os acusados têm recorrido a mecanismos espúrios de cooperação internacional para enfraquecer as instituições brasileiras e interferir diretamente nas decisões da Suprema Corte. Ele destacou que tais ações representam uma afronta à soberania nacional.

◈ Foragidos e articuladores de ataques ao Brasil - A fala também apontou para o comportamento de bolsonaristas que deixaram o país e passaram a atuar a partir do exterior. “Age de maneira covarde porque esses brasileiros ‘pseudopatriotas’ encontram-se foragidos e escondidos fora do território nacional. Não tiveram coragem de continuar no território nacional”, declarou Moraes.

Para o ministro, essas ações não apenas atentam contra a independência dos Poderes, mas também têm reflexos graves na sociedade e na economia brasileira. “E traiçoeira essas condutas porque atuam por meio de atos hostis, mentirosos, derivados de negociações espúrias e criminosas, com a patente finalidade de obstrução à Justiça e a clara, flagrante finalidade de coagir esta Corte do julgamento da ação penal 2.668”, completou.

◈ “Sabor amargo da traição” - Reforçando a gravidade das denúncias, Moraes sustentou que há “fartas provas” do envolvimento direto de bolsonaristas em articulações com autoridades estrangeiras, visando a aplicação de sanções contra o Brasil. Ele apontou a atuação desses indivíduos como uma “traição covarde e traiçoeira”, ecoando uma expressão já utilizada por Gilmar Mendes.

“Não só induzimento, instigação e auxílio na tentativa de submeter o funcionamento do STF ao crivo de um outro Estado, com clara afronta à soberania, mas também fartas provas demonstrando o auxílio na negociação espúria, vil, traiçoeira com autoridades estrangeiras para que se pratique atos hostis à economia do Brasil”, disse Moraes.

Segundo ele, essas atitudes têm como objetivo gerar uma crise econômica deliberada, visando pressionar os Poderes Legislativo e Judiciário a recuarem nos processos penais em curso. “Mais do que esses ataques criminosos, o que se observa são condutas ilícitas e imorais de brasileiros, com a defesa de escusos interesses pessoais e o sabor amargo da traição à pátria e ao povo brasileiro.”

◈ Pressão externa como estratégia golpista - O ministro ainda advertiu que as movimentações feitas no exterior por essa organização criminosa visam criar um cenário de instabilidade econômica como estratégia política. “A insistência dessa organização criminosa na implementação de medidas nocivas ao Brasil, com a implementação dessas tarifas e agressões espúrias e ilegais contra autoridades brasileiras tem por finalidade a criação de uma grave crise econômica no Brasil”, afirmou, acrescentando: “Para desgosto desses brasileiros traidores, isso não ocorrerá”.

Fonte: Brasil 247

Sakamoto: Falso patriota goza com Magnitsky do Trump, mas Moraes não se impressiona

 

Bolsonaro réu sendo interrogado por Moraes – Foto: Gustavo Moreno/STF

Por Leonardo Sakamoto, no UOL

Alexandre de Moraes não se assustou quando Donald Trump empurrou sua Magnitsky para cima dele — usando contra a Suprema Corte de um país democrático um instrumento duro criado para punir assassinos e cleptocratas de ditaduras (ironicamente, seu aliado Benjamin Netanyahu continua protegido e matando criança de fome). Pelo contrário, Moraes desdenhou, deixando claro que não se impressionou com a envergadura da sanção, e foi assistir a um Curíntia e Parmera.

Já o grupo que se autointula patriota, enquanto se enrola na bandeira dos Estados Unidos, teve um orgasmo nas redes sociais nos últimos dois dias. Para eles, a esperada sanção, costurada pelo traidor Eduardo Bolsonaro, funcionou como uma espécie de levanta-defunto a uma extrema direita que andava mole.

Levantamento da Nexus mostrou que, entre o anúncio da sanção, na quarta (30) e a manhã do dia seguinte, os termos “Xandão” e “Alexandre de Moraes” ocuparam a terceira e quarta posições nos assuntos mais falados em todo o mundo no X. Políticos e influenciadores alinhados ao bolsonarismo e ao campo democrático travaram uma disputa de um lado e de outro.

As sanções financeiras previstas pela lei norte-americana não trarão impacto algum sobre o julgamento de Jair Bolsonaro e seus cúmplices por tentativa de golpe de Estado e organização criminosa armada no STF. O ex-presidente deve ser responsabilizado e preso até o final do ano, se não quebrar a tornozeleira e fugir antes para os EUA. Mas elas funcionaram como um estimulante para uma extrema direita que se sentia impotente diante da iminente condenação de seu líder.

Trump, presidente dos EUA anunciando o tarifaço – Foto: Reprodução

Há protestos bolsonaristas marcados para este domingo em várias cidades do país pelo direito a dar golpe de Estado e sair impune.

A Magnitsky do Trump, por mais que não tenha causado cócegas no ministro, está sendo tratada como a pílula azul para levar gente às ruas (Matrix, gente, não pensem bobagem), considerando que a última manifestação na avenida Paulista da extrema direita, que normalmente consegue levar multidões, foi menor que a da esquerda, segundo levantamento da Universidade de São Paulo e do Cebrap.

Contudo, não esperem nada muito grande por causa do frio.

Fonte: DCM