segunda-feira, 7 de julho de 2025

Emendas parlamentares atendem a "interesses particulares" e "objetivos eleitorais", aponta estudo do Ipea

Estudo do Ipea conclui que impacto real das emendas parlamentares na vida da população é incerto e de “qualidade duvidosa”

        Hugo Motta (Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados)

Um levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que as emendas parlamentares, utilizadas por deputados e senadores para direcionar recursos públicos, não apresentam conexão clara com políticas públicas estruturadas. A principal função desses repasses, segundo o instituto, tem sido garantir apoio eleitoral em determinadas regiões, servindo a interesses individuais dos parlamentares.

Segundo a Folha de S. Paulo, a informação está baseada em um estudo solicitado pelo deputado federal Eduardo Bandeira de Mello (PSB-RJ). A pesquisa surge no contexto de tensão entre o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF), em meio a debates sobre a legalidade e a transparência do chamado "orçamento secreto", mecanismo que ampliou o uso político das emendas a partir dos últimos anos.

De acordo com a análise do Ipea, há “evidência robusta” de que as emendas influenciam diretamente o comportamento eleitoral, beneficiando parlamentares que controlam a liberação de verbas públicas em seus redutos. No entanto, o estudo destaca que essas emendas não estão vinculadas a áreas específicas da política pública, como saúde, educação ou infraestrutura, o que compromete sua efetividade como instrumento de planejamento e desenvolvimento.

“O que se observa é o uso das emendas como uma forma de atender interesses particulares dos parlamentares, com foco no retorno eleitoral”, aponta o estudo. Tal constatação reforça críticas já recorrentes sobre o uso clientelista dos recursos públicos, muitas vezes alocados de maneira discricionária, sem critérios técnicos ou planejamento estratégico.

O debate sobre a função das emendas parlamentares ganhou força desde que o “orçamento secreto” — nome informal dado às emendas de relator (RP9) — veio à tona, revelando a falta de transparência na distribuição de recursos e favorecimento político em detrimento da gestão pública baseada em evidências.

A conclusão do estudo do Ipea pode impulsionar novas discussões sobre a reformulação do sistema orçamentário brasileiro, pressionando por mais controle, transparência e critérios técnicos na destinação de verbas via emendas parlamentares. A expectativa é de que o relatório fortaleça iniciativas que visam coibir o uso eleitoral desses recursos e contribuir para uma melhor governança pública.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Aliado de Nikolas, presidente da Fiemg é detonado após dizer que todo trabalhador com carteira assinada é um “idiota”

Flávio Roscoe atacou trabalhadores e beneficiários do Bolsa Família em entrevista; dados oficiais desmentem empresário e web reage com indignação

       Flávio Roscoe e Nikolas (Foto: Reprodução)

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, gerou indignação nas redes sociais após fazer declarações ofensivas contra trabalhadores e beneficiários de programas sociais durante entrevista ao jornal Folha de S.Paulo. Roscoe, que é aliado político do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), chamou de “idiota” o trabalhador que possui carteira assinada e associou, de forma preconceituosa e sem embasamento, o Bolsa Família à suposta falta de mão de obra no setor industrial.

Segundo o empresário, há mais vantagens em “ficar desempregado por vinte anos, preso ao Bolsa Família, para aposentar-se aos 45 anos”, do que trabalhar formalmente e contribuir com a Previdência. Ele ainda afirmou: “O idiota é quem trabalha com carteira assinada, porque ganha R$ 2 mil, paga imposto, e ainda vai se aposentar com a regra até os 65 anos.”

As falas, além de provocativas, foram amplamente rebatidas por especialistas e dados oficiais, que desmentem o discurso de Roscoe. Em um ano marcado pela retomada do emprego formal no Brasil, levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostra que 98,87% das vagas criadas em 2024 foram preenchidas por pessoas cadastradas no Cadastro Único (CadÚnico), o banco de dados de beneficiários de programas sociais.

“O Caged mostra, na prática, que as pessoas do Bolsa Família e do Cadastro Único querem trabalhar, estão empregadas, mas buscam empregos decentes”, afirmou o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias. “Peço que observem essa realidade para evitar qualquer forma de preconceito contra os mais pobres”, acrescentou.

Os números reforçam o papel dos beneficiários de programas sociais na economia formal. Do total de 1,69 milhão de empregos gerados em 2024, 1,27 milhão (75,5%) foram ocupados por beneficiários do Bolsa Família, enquanto outros 395 mil (23,4%) foram preenchidos por cadastrados que, embora inscritos no CadÚnico, não recebem o benefício. Em 2025, essa tendência se mantém: até abril, 75% das vagas foram ocupadas por pessoas de baixa renda beneficiadas por programas sociais.

A fala de Roscoe foi rapidamente associada ao discurso elitista de Nikolas Ferreira, de quem o empresário é aliado estratégico. Os dois frequentemente aparecem juntos em vídeos nas redes sociais, onde compartilham críticas a políticas sociais e discursos contra trabalhadores organizados.

Nas redes, o presidente da Fiemg foi duramente criticado. Internautas apontaram o preconceito contra os mais pobres e a desconexão de Roscoe com a realidade do país.

Veja:


Fonte: Brasil 247


Caças da FAB interceptam três aviões em área restrita durante Cúpula do BRICS

    FAB escoltou aeronaves que entraram sem autorização em zona de exclusão no Rio de Janeiro

            (Foto: Divulgação)

    Durante a realização da Cúpula do BRICS no Rio de Janeiro, a Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou três aeronaves que violaram o espaço aéreo restrito estabelecido em função do evento. A ação foi confirmada neste domingo (6) pelo tenente-coronel Deoclides Fernandes, comandante do Centro de Gerenciamento de Navegação Aérea (CGNA), em entrevista à CNN Brasil.

    As interceptações ocorreram no sábado (5) e também no domingo (6). Para realizar a operação, a FAB acionou os A-29 Super Tucano, caças em uso desde 2004, que integram o aparato de defesa aérea em grandes eventos. Segundo Fernandes, as aeronaves não autorizadas adentraram áreas de exclusão criadas para proteger a reunião de chefes de Estado.

    “Elas foram orientadas a sair das áreas de exclusão e obedeceram a ordem. Os caças atuaram no sentido de acompanhar essas aeronaves”, explicou. O oficial ressaltou que os voos eram da aviação geral e entraram inadvertidamente na zona proibida. “Talvez por uma inobservância, isso está sendo investigado, e escoltamos no sentido que saíssem das áreas previstas”, acrescentou o comandante do CGNA, de acordo com a reportagem.

    A FAB intensificou o monitoramento do espaço aéreo durante a Cúpula do BRICS, que ocorre neste domingo (6) e segunda-feira (7). A estrutura adotada segue os protocolos implementados na Cúpula do G20, realizada em 2024, incluindo o uso de armamentos reais nas aeronaves mobilizadas.

    Entre os recursos empregados estão caças F-5M equipados com mísseis — uma novidade no atual esquema de proteção. Conforme declarou o tenente-brigadeiro do Ar Alcides Teixeira Barbacovi, comandante de Operações Aeroespaciais, o objetivo é agilizar a resposta a qualquer eventual ameaça. “A medida visa reduzir o tempo de reação em caso de eventual ataque”, justificou.

    Como parte do plano de segurança, o Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) delimitou zonas de exclusão no entorno do Museu de Arte Moderna (MAM), local das reuniões da cúpula. Essas áreas foram ativadas uma hora antes e permanecerão em vigor até uma hora após os encontros.

    A zona de maior raio abrange 150 km e proíbe voos de instrução, turismo, acrobacias, pulverização agrícola, além da circulação de drones e parapentes. Outras duas zonas de restrição mais próximas ao evento também foram definidas:

  • Raio de 10 km: somente aeronaves da organização ou participantes do evento podem operar;
  • Área de 1.350 x 955 metros: localizada entre o MAM e o Aeroporto do Galeão, será acessada exclusivamente pelo helicóptero de resgate da FAB.
Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Contra privilégios e por justiça tributária, governo Lula recupera popularidade, apontam pesquisas internas

Após embate sobre IOF, avaliação positiva do presidente cresceu fora da margem de erro, segundo trackings acompanhados pelo Planalto

Luiz Inácio Lula da Silva - 02/07/2025 (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Levantamentos internos encomendados pelo Palácio do Planalto apontam uma recuperação significativa da imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) junto à população. De acordo com Bela Megale, do jornal O Globo, os chamados trackings — pesquisas diárias e não registradas oficialmente — indicam que a aprovação de Lula aumentou de forma consistente, ultrapassando a margem de erro, enquanto os índices de rejeição sofreram queda expressiva.

A melhora nas medições coincide com a intensificação do discurso do governo federal em torno da justiça tributária e da oposição entre ricos e pobres, especialmente após o Congresso Nacional derrubar o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Esse episódio foi interpretado no núcleo palaciano como um marco na comunicação do governo com a sociedade.

Segundo integrantes do governo, o embate impulsionado pelo centrão teria antecipado o clima eleitoral, obrigando Lula e seus ministros a assumirem uma postura mais combativa — o que, na prática, teria facilitado a conexão direta com os anseios populares. Um dos ministros, sob anonimato, resumiu a leitura interna: “O centrão queria usar o IOF e essa disputa para deixar o governo Lula um pato manco até a eleição. O que fizeram, porém, foi nos dar um presente”.

Nos bastidores da Esplanada, a avaliação majoritária é que o governo deve seguir firme na retórica sobre o combate aos privilégios e na defesa de um sistema tributário mais justo, em que os mais ricos contribuam proporcionalmente mais com o financiamento do Estado. A aposta é de que esse enfrentamento direto fortalece o projeto político do presidente ao estabelecer uma linha clara entre os interesses do governo e os de setores privilegiados do Congresso.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

PF avança com depoimentos no inquérito das fake news

Na semana passada, a corporação ouviu um ex-assessor de Jair Bolsonaro

Sede da PF em Brasília (DF) (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A Polícia Federal (PF) iniciou, nesta semana, uma nova rodada de depoimentos no inquérito das fake news, que investiga a disseminação de conteúdos falsos na internet e ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e a instituições democráticas. A apuração, em andamento desde 2019, é conduzida por determinação do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF. As informações são da CNN Brasil.

Na última quinta-feira (3), foi ouvido Tércio Arnaud Thomaz, ex-assessor da Presidência da República durante o governo Jair Bolsonaro (PL). Tércio é apontado como um dos integrantes do chamado “gabinete do ódio” — nome atribuído a um grupo que teria atuado na produção e disseminação de desinformação, além de ataques a adversários políticos, a partir de uma estrutura instalada dentro do Palácio do Planalto. O grupo seria liderado por Carlos Bolsonaro (PL-RJ), vereador do Rio de Janeiro e filho do ex-presidente.

No depoimento à PF, Tércio negou que existisse qualquer estrutura dedicada à disseminação de fake news ou à coordenação de ataques durante o governo Bolsonaro. O ex-assessor também afirmou não reconhecer alguns dos nomes citados pelos investigadores como possíveis membros do grupo.

Tércio não será o único a prestar esclarecimentos nesta fase. A PF deverá ouvir ao menos outros dois investigados ainda nesta semana, conforme autorizado por Moraes. A expectativa é que os novos depoimentos contribuam para o encerramento do inquérito.

Em 16 de dezembro de 2023, o ministro Alexandre de Moraes prorrogou a investigação por mais seis meses. Com os novos interrogatórios, a PF espera reunir os elementos finais para esclarecer se a estrutura existiu, como funcionava, quem eram seus integrantes e de onde partia o financiamento.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

domingo, 6 de julho de 2025

Negociações para sistema próprio de pagamento do BRICS avançam

Desafios foram apontados em documento final de encontro de finanças
Dilma Rousseff, Fernando Haddad e Gabriel Galípolo (Foto: LUCAS LANDAU/MF)

Agência Brasil - As negociações para um sistema próprio de pagamento entre os países do BRICS, que dispensa a conversão para o dólar, teve avanços, mencionou o comunicado final dos ministros de Finanças e presidentes dos Bancos Centrais do grupo. Segundo o documento, houve progresso na identificação de possíveis caminhos para a “interoperabilidade” dos sistemas de pagamentos de países membros.

De acordo com o documento, os países avançaram em reconhecer formas de estimular as transações em moedas locais dos membros do BRICS e de reduzir custos nas operações. O texto, no entanto, não detalha os progressos alcançados. Isso porque as negociações continuarão no segundo semestre, antes que a Índia assuma o comando do BRICS, em 1º de janeiro de 2026.

“Seguindo a instrução de nossos líderes na Declaração de Kazan [na Rússia] para continuar a discussão sobre a Iniciativa de Pagamentos Transfronteiriços do BRICS, reconhecemos o progresso alcançado pela Força-Tarefa de Pagamentos do BRICSna identificação de possíveis caminhos para apoiar a continuação das discussões sobre um maior potencial de interoperabilidade dos sistemas de pagamentos do BRICS”, destacou o comunicado no 13º parágrafo.

Embora não detalhe os avanços no sistema de pagamentos em moedas locais, o documento cita esforços como o relatório “Sistema de Pagamentos Transfronteiriços do BRICS”, elaborado pelo Banco Central do Brasil. O documento lista as preferências dos países do bloco para facilitar “pagamentos transfronteiriços rápidos, de baixo custo, mais acessíveis, eficientes, transparentes e seguros”.

Segundo o comunicado, um sistema alternativo de pagamentos entre os países do BRICS pode “sustentar maiores fluxos de comércio e investimento”.

☆ Acordo de Reservas

Os ministros de Finanças e presidentes de Bancos Centrais do BRICS anunciaram a revisão do Acordo de Reservas Contingentes (ARC) para incluir novas moedas. Esse é um mecanismo de ajuda financeira mútua criado em 2014 em caso de dificuldades no balanço de pagamentos (contas externas e investimentos estrangeiros).

Após a revisão do acordo, as novas regras serão discutidas internamente pelos países do BRICS. Além disso, uma reunião no segundo semestre, ainda sem data definida, discutirá a adesão dos novos membros do BRICS ao ACR.

“Aguardamos ansiosamente essas alterações como base para discussões que visam aumentar a flexibilidade e a eficácia do mecanismo do ACR, notadamente por meio da incorporação de moedas de pagamento elegíveis e da melhoria da gestão de riscos”, destacou o comunicado.

☆ Transição ecológica

Em relação à transformação ecológica, o comunicado final informou que os países do BRICS começaram a discutir uma linha de garantia multilateral. Ativos usados para cobrir eventuais inadimplências, as garantias reduzem o risco das operações e melhoram a qualidade de crédito dos países do Sul Global.

A futura linha de garantia será desenvolvida pelo Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), conhecido como Banco dos BRICS, sem a necessidade de os países aportarem capitais adicionais à instituição financeira. Uma iniciativa piloto será elaborada em 2025 para relatar o progresso na Reunião de Cúpula do BRICS de 2026, na Índia.

Sobre a agenda climática, o comunicado final destacou que os países do BRICS acreditam que um financiamento “previsível, equitativo, acessível e economicamente viável é indispensável para transições justas” e, com ajuda do capital privado, será possível enfrentar o aquecimento global.

“Apelamos às instituições financeiras internacionais para que ampliem o apoio à adaptação [climática] e ajudem a criar um ambiente propício que incentive uma maior participação do setor privado nos esforços de mitigação [do aquecimento global]”, afirmaram os ministros de finanças e presidentes de Bancos Centrais do BRICS.

☆ Transações

O BRICS é um bloco que reúne representantes de 11 países membros permanentes: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Indonésia. Também participam os países parceiros: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Tailândia, Cuba, Uganda, Malásia, Nigéria, Vietnã e Uzbequistão.

Sob a presidência do Brasil, a 17ª Reunião de Cúpula do BRICS ocorre no Rio de Janeiro nos dias 6 e 7 de julho.

Os 11 países representam 39% da economia mundial, 48,5% da população do planeta e 23% do comércio global. Em 2024, países do BRICS receberam 36% de tudo que foi exportado pelo Brasil, enquanto compramos desses países 34% do total do que importamos.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

PT aposta em nova campanha para defender política econômica de Lula

 

O presidente Lula na comemoração dos 45 anos do PT, no Rio de Janeiro – Foto: Folhapress

Na próxima segunda-feira (7), o Partido dos Trabalhadores (PT) lançará uma nova campanha digital para promover os programas sociais e destacar os resultados da política econômica do governo Lula. A iniciativa pretende disputar a narrativa nas redes sociais, mostrando como as medidas adotadas buscam fortalecer a economia e beneficiar a população de baixa renda.

A campanha surge após a divulgação de vídeos com inteligência artificial da série “ricos contra pobres”, que defendiam a necessidade de aumentar os impostos sobre os mais ricos.

Agora, com o mote “Você cresce com o Brasil”, o partido aposta em depoimentos de microempreendedores, motoristas de aplicativo e famílias atendidas por programas como Farmácia Popular e Pé de Meia.

O vídeo, segundo a Folha, menciona a proposta de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais. A peça destaca a ideia de “justiça tributária” como parte central do projeto econômico do governo Lula, buscando aliviar a carga sobre assalariados e aumentar a contribuição dos grandes lucros e dividendos.

A campanha é organizada pelo PT em parceria com o Instituto Lula, a Fundação Perseu Abramo e movimentos sociais.

A proposta de taxar empresas de apostas online (bets) com alíquota de 18% também é mencionada como um instrumento para financiar saúde, educação e programas sociais. Segundo a campanha, a medida também busca conter o avanço do vício em jogos de azar.

Fonte: DCM

Após Brics, Lula se reunirá com Motta e Alcolumbre para decidir a questão do IOF

 

Hugo Motta, Lula e David Alcolumbre. Foto: Fábio Pozebom/ Agência brasil
Entre terça (9) e quarta-feira (10) da próxima semana, devem ser iniciadas oficialmente as negociações sobre a crise do IOF em Brasília.

Participarão do encontro o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), numa tentativa de destravar o impasse gerado pela tentativa do governo de elevar o Imposto sobre Operações Financeiras.”

Lula permanece no Rio de Janeiro até segunda-feira (8), onde participa da cúpula dos Brics. O encontro com os líderes do Congresso deve ocorrer logo após seu retorno à capital federal e representa uma tentativa de recompor o diálogo entre Executivo e Legislativo após a reação negativa ao decreto que aumentava o IOF, posteriormente revogado pelo Congresso.

Os vídeos com o personagem “Hugo Nem Se Importa” irritaram o presidente da Câmara, Hugo Motta. Fotomontagem
Nos bastidores, o deputado Hugo Motta, pressionado pela campanha da esquerda nas redes sociais, tem sinalizado disposição para negociar. Entre as propostas está o corte de emendas e desonerações, desde que o governo desista formalmente da elevação do IOF. A medida visa acalmar a base aliada e reequilibrar as tratativas em torno da política fiscal do governo.

Parlamentares também avaliam a possibilidade de o Executivo utilizar a desistência do aumento do IOF como moeda de troca para garantir apoio à Medida Provisória que isenta do Imposto de Renda pessoas com renda de até R$ 5 mil mensais, além de prever a taxação dos super-ricos.

O governo corre contra o tempo para atingir a meta fiscal de 2025 e via no aumento do IOF uma das alternativas para elevar a arrecadação. Com a derrota no Congresso, a equipe econômica perdeu um dos pilares da estratégia de compensação orçamentária.

Diante do impasse, o caso chegou ao Supremo Tribunal Federal. O ministro Alexandre de Moraes agendou para 15 de julho uma audiência de conciliação entre Executivo e Legislativo, na tentativa de construir uma solução que evite o agravamento da crise institucional.

Fonte: DCM

Ranking: veja os 50 carros mais vendidos no Brasil em 2025


      Fiat Strada – Foto: Reprodução

O mercado de veículos no Brasil teve crescimento de 5,05% no primeiro semestre de 2025, com mais de 1,1 milhão de unidades emplacadas entre automóveis e comerciais leves. A Fiat Strada liderou o ranking nacional com folga, seguida pelo Volkswagen Polo e o SUV VW T-Cross. As picapes e os utilitários esportivos se destacaram entre os consumidores, refletindo mudanças no perfil de compra do brasileiro.

Os SUVs seguem dominando a preferência, ocupando posições de destaque na lista. Modelos como Honda HR-V, Hyundai Creta, Toyota Corolla Cross, Jeep Compass e Chevrolet Tracker marcaram presença entre os mais vendidos. Mesmo com preços elevados, esses veículos superaram até hatches populares como Fiat Argo, Onix e Mobi. Já o Renault Kwid, o carro mais barato do país, ficou apenas na 14ª posição.

Sedãs perderam espaço no ranking, enquanto híbridos e elétricos avançaram. O Chevrolet Onix Plus, sedã mais vendido, ficou na 20ª colocação, enquanto modelos como BYD Song, Dolphin Mini, GWM Haval H6 e Fiat Fastback cresceram em vendas.

Veja lista completa:

  • Fiat Strada
  • VW Polo
  • VW T-Cross
  • Fiat Argo
  • Hyundai HB20
  • Chevrolet Onix
  • Fiat Mobi
  • Honda HR-V
  • Hyundai Creta
  • Toyota Corolla Cross
  • VW Saveiro
  • Jeep Compass
  • Chevrolet Tracker
  • Renault Kwid
  • Fiat Fastback
  • Fiat Toro
  • Nissan Kicks
  • Toyota Hilux
  • VW Nivus
  • Chevrolet Onix Plus
  • Jeep Renegade
  • Fiat Pulse
  • Toyota Corolla
  • BYD Song (Pro, Plus e Premium)
  • VW Virtus
  • Ford Ranger
  • Hyundai HB20S
  • Fiat Cronos
  • Caoa Chery Tiggo 7
  • Chevrolet S10
  • BYD Dolphin Mini
  • GWM Haval H6
  • RAM Rampage
  • Chevrolet Spin
  • Renault Kardian
  • Chevrolet Montana
  • Citroën Basalt
  • Renault Duster
  • VW Taos
  • Honda City
  • Toyota SW4
  • Caoa Chery Tiggo 8
  • Honda City hatch
  • Jeep Commander
  • Peugeot 2008
  • Citroën C3
  • BYD Dolphin
  • BYD King
  • Renault Oroch
  • Caoa Chery Tiggo 5X

Fonte: DCM

Cúpula do Brics 2025 começa no Brasil com foco em clima e economia global

 

Lula recebe o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, na cerimônia de abertura da 17ª Cúpula do Brics no Rio de Janeiro – Foto: Reprodução

Neste domingo (6), chefes de Estado e representantes de mais de 30 países participam da 17ª Cúpula de Líderes do Brics, no Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio de Janeiro.

O encontro acontece sob a presidência brasileira e tem como objetivo discutir temas prioritários da política internacional, com foco em desenvolvimento sustentável, cooperação global e governança.


Entre os assuntos centrais da reunião está a proposta de uma declaração conjunta defendendo o multilateralismo, a reforma de organismos internacionais como a ONU e medidas concretas para o combate às mudanças climáticas.

A cúpula também deve abordar temas como inteligência artificial, financiamento climático e erradicação de doenças.
Brics: composição e objetivo

O Brics é composto por 11 países: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. Além disso, há dez países parceiros, como Cuba, Vietnã e Bolívia.

O bloco busca ampliar a cooperação econômica e política, fortalecendo a atuação conjunta dos países em desenvolvimento.

Presidência brasileira

A presidência do Brasil definiu seis temas prioritários para o evento: saúde global, finanças e comércio, mudanças climáticas, inteligência artificial, segurança multilateral e fortalecimento institucional do grupo.

O governo Lula pretende apresentar avanços nessas áreas por meio de propostas coordenadas com os demais líderes.

Próximos passos

Na segunda-feira (7), último dia do evento, a agenda será voltada para temas ambientais, como a preparação para a COP30, e a saúde global.

A expectativa é que o grupo chegue a um consenso em pautas sensíveis, como a reforma do Conselho de Segurança da ONU e o conflito na Palestina, consolidando um documento final com propostas alinhadas.

Fonte: DCM

Pai de seis filhos americanos, brasileiro deixa os EUA por medo de deportação

 

Frilei Brás se despede da família nos EUA antes de embarcar de volta ao Brasil – Foto: The Boston Globe

Frilei Brás decidiu deixar os Estados Unidos após quase duas décadas vivendo no país. Pai de seis filhos americanos e casado com uma brasileira, ele se apresentou voluntariamente às autoridades migratórias em maio, como fazia todos os anos. No entanto, desta vez, recebeu uma ordem de deportação com prazo de apenas 15 dias para sair. “Fui obrigado a acatar e comprei a passagem. Não tinha escolha”, afirmou Brás, que hoje vive em Central de Minas (MG).

O mineiro chegou aos EUA em 2005 e mantinha uma vida ativa na comunidade brasileira. Tinha empresa registrada, pagava impostos, liderava um programa de rádio e mantinha uma escolinha de futebol. Em 2018, foi notificado pelas autoridades, mas continuava em liberdade por não ter antecedentes criminais. Apesar disso, com a política migratória do governo Trump, passou a ser pressionado a sair do país. “Na sala, colocaram tornozeleira e disseram que eu deveria me considerar sortudo por não ser levado preso”, contou.

Durante o processo, Brás relatou que as informações dos agentes eram confusas. “Disseram que eu teria dois meses, depois mudaram para 15 dias”, relatou. Um dos momentos mais difíceis foi a despedida da família. “Reuni todos na sala de casa para uma oração antes de ir para o aeroporto”, disse.

No voo de volta, Brás teve uma crise de choro. “Não sei quando vou ver minha família de novo”, desabafou. Sua esposa, que tem problemas de saúde, e os filhos, com idades entre 1 e 19 anos, continuam nos EUA e recebem ajuda de amigos enquanto ele tenta se reestruturar no Brasil. “Um agente ameaçou deportar todo mundo, mas eles são cidadãos americanos. Foi uma pressão psicológica enorme”, relatou.

Segundo Brás, o tratamento dado aos imigrantes é impessoal e baseado em metas. “Disseram que têm que fazer 3 mil prisões por dia. Não importa sua história, você vira apenas um número”, criticou. Ele afirma que muitos brasileiros estão optando por voltar ao Brasil diante do medo e da insegurança. “Conheço gente que comprou passagem por conta própria. É uma crise de ansiedade coletiva”, disse.

Fonte: DCM

“Pode Espalhar”: programa do PT dará apoio jurídico à militância virtual do partido

 

O presidente Lula em cerimônia de lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)


O Partido dos Trabalhadores (PT) lançou nesta semana o projeto “Pode Espalhar”, voltado à formação de uma rede de influenciadores digitais que apoiem o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas redes sociais. A iniciativa prevê o oferecimento de suporte jurídico aos criadores de conteúdo que atuarem publicamente na defesa do partido e da atual gestão federal. Com informações da Veja.

A ação é coordenada pela Fundação Perseu Abramo, entidade ligada ao PT e financiada com recursos públicos oriundos do fundo partidário. Segundo o comunicado oficial, advogados e orientadores jurídicos estarão à disposição especialmente durante o período eleitoral, com o objetivo de garantir respaldo legal aos militantes digitais alinhados com a narrativa do governo.

O projeto visa organizar e ampliar a atuação de apoiadores nas redes, reunindo aqueles que já produzem conteúdo favorável ao governo Lula. A proposta é criar o “Clube de Influência do Time Lula”, uma rede com acesso a conteúdo direcionado e orientação jurídica. A campanha adotará como principal mote a ideia de um embate entre os 99% da população e o 1% mais rico.

O secretário nacional de Comunicação, Jilmar Tatto,quando foi candidato à prefeitura de São Paulo. Foto: Divulgação/PT
Segundo o presidente da Fundação Perseu Abramo, Paulo Okamotto, os influenciadores poderão expressar apoio direto ao governo sem que isso caracterize campanha eleitoral antecipada. “Se precisar de advogado, vocês podem acionar a nossa rede que vamos tentar providenciar orientação ou defesa”, afirmou. A estrutura jurídica, segundo ele, estará preparada para responder a eventuais processos ou notificações.

A iniciativa contou com o aval da cúpula petista, incluindo o presidente nacional do PT, Humberto Costa (PE), e o secretário nacional de Comunicação, Jilmar Tatto (SP). A ideia é consolidar uma base digital que responda rapidamente a ataques ou críticas contra o governo, e que dissemine o discurso de enfrentamento à elite econômica.

Jilmar Tatto revelou que a criação do “Pode Espalhar” foi motivada pela recente derrubada no Congresso de um projeto do presidente Lula que previa o aumento do IOF sobre os mais ricos. Para o dirigente, a resistência parlamentar ao projeto evidenciou os interesses das camadas mais privilegiadas da sociedade e motivou a necessidade de comunicação mais ativa nas redes.

A campanha pretende evidenciar quem paga e quem se beneficia no atual modelo tributário brasileiro. Segundo Tatto, a proposta barrada no Legislativo afetaria cerca de 150 mil pessoas com aumento de impostos, para ampliar a distribuição de renda a mais de 30 milhões de brasileiros. “Queremos mostrar quem paga a conta no Brasil”, disse o secretário.

Fonte: DCM com informações do revista Veja

VÍDEO: Jornalista viraliza ao defender o Nordeste e a distribuição de renda na CNN

 

Elisa Veeck em comentário na CNN Brasil. FOTO: Reprodução/CNN

Durante sua participação na programação da CNN Brasil, a jornalista Elisa Veeck fez um discurso contundente em defesa dos nordestinos, ao abordar a xenofobia enfrentada por essa população. O vídeo com os comentários viralizou nas redes sociais após ser exibido no início desta semana, diretamente dos estúdios em São Paulo.

Elisa denunciou o preconceito estrutural e recorrente contra o povo nordestino, especialmente em grandes centros urbanos do Sudeste. Ela rebateu estigmas alimentados por setores da extrema direita e criticou com veemência a criminalização de programas de distribuição de renda.

A jornalista destacou a resistência e o esforço diário do trabalhador nordestino, sugerindo que os críticos passassem um dia no sertão, lidando com a seca e o trabalho árduo no campo. “Gostaria que você tivesse calos nas mãos por ficar o dia inteiro com uma enxada, tentando fazer nascer do chão algo para o seu filho comer”, afirmou.

Ao rebater o argumento de que nordestinos não buscam emprego, Elisa lembrou que São Paulo abriga cerca de 4 milhões de pessoas vindas do Nordeste, que migraram em busca de oportunidades. “Você acha que eles vieram para cá a passeio?”, questionou, com firmeza.

SENSACIONAL: Elisa Veeck sobre a xenofobia diária sofrida pelos nordestinos e o estigma criado pela extrema direita sobre os programas de distribuição de renda pic.twitter.com/z9A6nUGOtf


A jornalista também lembrou o papel central da mão de obra nordestina no crescimento econômico do Sudeste, especialmente na construção civil e em outras áreas essenciais. Segundo ela, boa parte da infraestrutura da região foi erguida com o suor de trabalhadores que deixaram suas terras em busca de sustento.

Outro ponto marcante de sua fala foi a crítica aos que desqualificam os programas de transferência de renda. Para ilustrar, Elisa citou a história de Maria, uma mulher nordestina que perdeu a filha de quatro meses por falta de recursos até para um caixão. A bebê foi enterrada em uma caixa de tomate.

Elisa concluiu que, se políticas públicas de apoio à população de baixa renda já estivessem implementadas à época, a filha de Maria estaria viva e teria 26 anos. A jornalista usou o exemplo para mostrar o impacto direto e humano das decisões econômicas e sociais. Recentemente, a mesma profissional também teve um comentário seu repercutindo amplantamente nas redes, no qual ela defendia a ideia de que “igualdade incomoda”.

Defesa do Bolsa Família

A profissional fez ainda uma firme defesa das políticas de distribuição de renda, como o Bolsa Família, ao citar um caso emblemático que acompanhou de perto: “Maria enterrou a filha de 4 meses… aliás, ela não enterrou, porque não tinha dinheiro para comprar um caixão. A filhinha dela foi levada numa caixinha de tomate.” Em seguida, concluiu: “Fala para ela que programa de distribuição de renda não tem sentido. Se já existisse na época, a filha da Maria estaria viva e teria 26 anos.”

Fonte: DCM