Bolsonaristas tentaram boicotar patrocinadores, principalmente a Coca-Cola, do XXVI Congresso Nacional do Ministério Público após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), palestrar no evento realizado entre 11 e 14 de novembro, em Brasília.
Perfis alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) miraram empresas conhecidas que apoiaram o congresso e questionaram, nas redes sociais, a participação delas em um evento “com um ministro sancionado pela Lei Magnitsky dos Estados Unidos”.
Um apoiador de Bolsonaro chegou a publicar no X um post marcando Donald Trump e o secretário de Estado Marco Rubio: “Uma pergunta: todas essas empresas estão tendo envolvimento com uma pessoa sancionada pela Lei Magnitsky? Isso é certo, Marco Rubio e Trump?”.
Entre as empresas patrocinadoras do evento, além da Coca-Cola Brasil, estão PicPay, BRB, Sebrae, Banco do Nordeste, Caixa Econômica Federal, BNDES, Ipiranga, FEBRABAN, Sabesp, Vinícola Brasília e laboratórios, cooperativas e entidades do setor produtivo.
Outras apoiadoras institucionais incluíam o Governo do Distrito Federal, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios e a Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp).
Outro bolsonarista disparou: “É necessário informar a embaixada dos Estados Unidos no Brasil e o Departamento de Estado dos EUA sobre esta decisão equivocada da Coca-Cola”.
Moraes foi incluído na lista da Lei Magnitsky em julho, após Rubio acusá-lo de “abusos de direitos humanos”, mencionando bloqueio de contas digitais de opositores e detenções preventivas. Em seguida, o Departamento do Tesouro ampliou as sanções para a esposa do ministro, Viviane Barci de Moraes, e para o instituto Lex.
Congresso debateu temas estruturais do MP
O evento promovido pela Conamp reuniu membros do Ministério Público de diversos estados sob o tema “O MP do Futuro: Democrático, Resolutivo e Inovador”.
Ao longo dos debates, foram discutidos assuntos que permeiam a atuação cotidiana da instituição, como saúde pública, saneamento básico, defesa do Estado de Direito, combate à criminalidade, Ministério Público resolutivo e justiça negociada.
Também estiveram em pauta temas ligados à revolução digital, feminicídio, violência e perspectiva de gênero, processos estruturais, tutela democrática dos direitos fundamentais, proteção de grupos vulneráveis e minoritários, além da atenção à saúde mental e outras questões relevantes para os desafios da sociedade atual.
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Fonte: DCM
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