
Carla Zambelli (PL-SP) continuará presa na Itália após participar de sua terceira audiência no Tribunal de Apelações de Roma, nesta quarta-feira (27). A deputada federal licenciada aguarda a análise do pedido de extradição feito pelo Brasil e segue detida até que a Justiça italiana apresente uma decisão definitiva.
Durante a sessão, a defesa tentou novamente que Zambelli aguardasse em liberdade, mas o pedido não foi aceito. O juiz responsável solicitou mais tempo para avaliar documentos anexados ao processo e só depois comunicará um novo posicionamento. A expectativa é que a decisão seja comunicada de forma reservada aos advogados, possivelmente ainda hoje.
Após ser ouvida, a parlamentar foi levada de volta ao Instituto Penitenciário de Rebibbia, onde está detida desde o fim de julho. Segundo o advogado Angelo Alessandro Sammarco, ela se encontra “abatida, mas combativa”.
A deputada chegou algemada à 4ª Seção Penal do Tribunal de Apelações de Roma, vestindo jeans e moletom cinza. Além dos defensores italianos, estavam presentes no local o marido de Zambelli, Aginaldo de Oliveira, e seu irmão Bruno.

Há duas semanas, Zambelli compareceu ao mesmo tribunal, mas a audiência foi adiada após ela alegar mal-estar. Uma perícia médica solicitada pela juíza, no entanto, não identificou problemas de saúde. A defesa insiste em alegações médicas para tentar a soltura e também argumenta que o governo brasileiro não fez pedido de prisão preventiva.
Em entrevista na saída da sessão em Roma, advogados da deputada disseram esperar que ela seja solta “a qualquer momento”. A Corte Suprema da Itália, porém, já decidiu que um pedido de prisão incluído na lista vermelha da Interpol — caso de Zambelli — equivale a uma ordem internacional, respaldada pelo Tratado de Extradição entre Itália e Brasil.
Condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão por invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Zambelli deixou o Brasil logo após a sentença e viajou para a Itália.
O ministro Alexandre de Moraes expediu o mandado de prisão, e a parlamentar foi detida em Roma no fim de julho. Agora, a Justiça italiana avalia sua extradição para o Brasil.
Fonte: DCM
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