sábado, 16 de agosto de 2025

Padilha diz que cancelamento de visto de familiares é “ato covarde” para intimidar

Ministro afirma que a medida é uma retaliação política e acusa o clã Bolsonaro de lobby nos EUA

      Alexandre Padilha (Foto: Walterson Rosa/MS)

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), classificou, nesta sexta-feira (15), como “ato covarde” a decisão do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de cancelar os vistos de sua esposa e de sua filha. A medida ocorreu dias após o Departamento de Estado norte-americano anunciar sanções contra outros brasileiros vinculados ao programa Mais Médicos.

Em entrevista à GloboNews, Padilha afirmou que a sanção “tem a ver com tentativa de intimidar quem não baixa a cabeça para Trump, quem não bate continência para a bandeira dos Estados Unidos”.

O ministro ainda questionou a motivação do ato, afirmando que a família Bolsonaro mantém, nos EUA, um “escritório do lobby da traição” e articula retaliações contra autoridades brasileiras. “O clã Bolsonaro, que orquestra isso, tem de explicar qual risco uma criança de 10 anos pode ter ao governo americano”, disse o ministro.

Segundo os comunicados encaminhados pelo Consulado-Geral dos Estados Unidos em São Paulo, a revogação foi motivada pelo surgimento de “informações indicando” que tanto a filha quanto a esposa de Padilha “não eram mais elegíveis” para o visto. No caso do ministro, a medida não se aplicou, já que o documento dele está expirado desde 2024.

“Estou absolutamente indignado com essa atitude covarde. Fiquei sabendo por mensagem de minha esposa”, disse o chefe da pasta da Saúde.

Fonte: Brasil 247

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