Reunião de líderes deve definir destino da PEC do foro privilegiado e do PL da Anistia, alvo de resistência da base governista
Uma semana depois da ocupação do plenário da Câmara por parlamentares bolsonaristas, que protestavam contra a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL), a reunião de líderes partidários desta terça-feira (12) promete ser marcada por forte pressão da oposição sobre o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB). O objetivo, segundo a coluna Radar, da revista Veja, é acelerar a votação de propostas defendidas pelos aliados do ex-mandatário.
O encontro, previsto para às 10h, ocorre após a rebelião que paralisou os trabalhos na volta do recesso. A crise foi contornada quando o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) interveio e, segundo relatos, articulou com líderes um compromisso para que Motta colocasse em pauta a PEC que extingue o foro privilegiado e o PL da Anistia, desde que houvesse maioria para apreciar os textos.
Motta, no entanto, nega a existência de qualquer acordo. Em entrevista ao programa Ponto de Vista da TV VEJA+, na segunda-feira (11), o presidente da Câmara classificou a suposta negociação como “narrativa” e reiterou que só levará a plenário propostas que tiverem apoio da maioria.
A oposição chega à reunião com a meta de conquistar esse apoio e viabilizar a votação das matérias. Aliados de Motta consideram possível que a PEC do fim do foro privilegiado avance, mas avaliam que o PL da Anistia enfrenta maior resistência. Segundo essa ala, ainda é preciso encontrar uma formulação que não pareça legitimar ou “patrocinar” o perdão aos envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023.
Já integrantes da base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planejam atuar contra as pautas bolsonaristas e tentar convencer outros líderes a priorizar a votação da reforma do imposto de renda. Também pretendem reforçar a defesa de punições aos deputados que participaram do motim da semana anterior.
Fonte: Brasil 247 com informações da coluna Radar da revista Veja
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