Aliados de Jair Bolsonaro articulam emenda contra aumento de tributos caso governo avance com proposta que restringe investigações
A oposição na Câmara dos Deputados ameaça barrar a cobrança de impostos sobre os chamados “super ricos” prevista no novo projeto de isenção do Imposto de Renda (IR). A ofensiva, segundo o Metrópoles, ocorre em resposta à movimentação da base governista para votar, nesta quarta-feira (27), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem, que busca restringir investigações contra parlamentares sem a autorização prévia do Congresso.
A proposta é defendida por líderes do centrão, mas enfrenta resistência da oposição vinculada a Jair Bolsonaro (PL). O grupo acusa a medida de ser uma retaliação diante das ações penais que atingem Bolsonaro e seus aliados, incluindo a investigação sobre a suposta tentativa de golpe de Estado em análise no Supremo Tribunal Federal (STF).
O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que pretende apresentar uma emenda para eliminar qualquer possibilidade de aumento de impostos no projeto relatado pelo ex-presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).
“O PL vai apresentar emenda para aumentar o desconto para R$ 10 mil e suprimir os aumentos de impostos. Vamos tentar retirar todo e qualquer aumento de impostos”, declarou Cavalcante a jornalistas.
O texto de Lira propõe isenção total de IR para rendas de até R$ 5 mil, ampliando a faixa de desconto parcial para salários de até R$ 7.350. Para compensar a renúncia fiscal, o relatório prevê a cobrança de 10% sobre rendimentos anuais entre R$ 600 mil e R$ 1,2 milhão — medida classificada pelo relator como essencial para garantir equilíbrio nas contas públicas e ampliar o alcance do benefício às classes médias.
Mais cedo, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), defendeu a PEC da Blindagem, justificando que a proposta responde ao “espírito da Casa” diante do avanço de processos judiciais contra parlamentares com foro privilegiado. Segundo ele, o projeto garante segurança institucional e preserva prerrogativas do Legislativo.
Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles
Nenhum comentário:
Postar um comentário