No Brasil, os municípios com os piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) seguem na parte final da fila para o recebimento de emendas parlamentares. Das 20 cidades com os menores IDHs, 15 não receberam repasses há pelo menos um ano. “As emendas nem sempre seguem a lógica da necessidade real. Temos cidades muito pobres sendo sistematicamente preteridas”, afirmou Luciana Santana, professora da UFAL.
O município de Melgaço (PA), com o pior IDH do país (0,418), recebeu apenas R$ 500 mil em abril de 2024, valor destinado ao Fundo Municipal de Saúde. Em contraste, Gurupá (PA), com um IDH superior, obteve R$ 9,3 milhões. Já Inhapi (AL), 14º no ranking, recebeu R$ 900 mil, enquanto Delmiro Gouveia (AL), próxima e com melhores índices, foi contemplada com R$ 9 milhões.
A cientista política Mayra Goulart, da UFRJ, destaca que essas emendas são vitais para as cidades mais pobres, que mal conseguem arrecadar impostos. “Muda completamente a vida dos políticos e dos cidadãos. Muitas vezes, [o valor das emendas] ultrapassa o próprio orçamento”, disse ao Globo.
Fonte: DCM
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