Ex-mandatário disse precisar da “ajuda de terceiros” em referência ao presidente dos EUA, Donald Trump, durante evento do PL em Fortaleza
Durante participação no 2º Seminário Nacional de Comunicação do PL, realizado nesta sexta-feira (30) em Fortaleza, Jair Bolsonaro (PL) afirmou que sua volta ao cenário político brasileiro dependerá do apoio externo, com ênfase indireta aos Estados Unidos. A declaração foi feita no contexto de sua inelegibilidade até 2030, determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e do processo que responde como réu por tentativa de golpe. As informações são do jornal O Tempo.
“Com a ajuda de Deus e também com a ajuda de outro país lá do norte… Enganam-se aqueles que pensam que só nós temos condições de reverter esse sistema. Não temos. Precisamos da ajuda de terceiros”, afirmou Bolsonaro, sugerindo que o Brasil, segundo ele, não conseguiria superar as barreiras institucionais sem auxílio internacional.
O discurso, proferido durante o evento que reuniu a cúpula do Partido Liberal, reforça a retórica adotada por Bolsonaro desde que deixou a Presidência: a de que é vítima de perseguição política e jurídica. A fala também ocorre em meio à intensificação de ruídos diplomáticos entre o governo brasileiro e autoridades norte-americanas, especialmente em razão das investigações conduzidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A menção velada aos EUA coincide com declarações recentes do secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, que ventilou a possibilidade de aplicar sanções contra o ministro do STF Alexandre de Moraes, com base na Lei Magnitsky — legislação dos EUA voltada a punir estrangeiros acusados de violar direitos humanos. Moraes é o relator de investigações que envolvem Bolsonaro, incluindo a que apura uma articulação golpista após as eleições de 2022.
Em outro momento do evento, o ex-presidente fez questão de citar sua proximidade com Donald Trump, presidente dos Estados Unidos em exercício. “Muitas coisas fizemos juntos e outras ficaram para o futuro”, declarou Bolsonaro, sinalizando um possível alinhamento futuro com a gestão republicana.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Tempo
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