sexta-feira, 7 de novembro de 2025

VÍDEO: Malafaia detona tentativa de Carluxo de se candidatar por SC


          O pastor bolsonarista Silas Malafaia. Foto: reprodução

O pastor Silas Malafaia, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), questionou a estratégia do clã que lidera a extrema-direita para aumentar a participação no Senado: colocar Carlos Bolsonaro no pleito pelo estado de Santa Catarina passando por cima da deputada federal Carol De Toni (PL-SC).

“Eu tenho dúvida nessa questão”, iniciou o líder Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC). “Não sei se estrategicamente e politicamente é uma boa levar o Carlos a ser senador por Santa Catarina. Eu ainda não mensurei isso e, para ser bem honesto, não conversei ninguém lá de Santa Catarina”, ponderou.

Ainda confessando que não analisou o cenário, Malafaia argumentou que “não vislumbra que seja uma opção muito boa”, amenizando a crítica com elogios a Carluxo.

Racha na extrema-direita catarinense

Nos últimos dias, Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama e líder do PL Mulher, se envolveu na confusão ao declarar apoio público à Carol de Toni. Em meio ao impasse sobre a formação da chapa para o Senado em 2026, Michelle se posicionou nas redes sociais, afirmando estar “fechada” com Carol “independentemente da sigla partidária”, já que ela cogita deixar o partido do ex-presidente após ser preterida para a candidatura de Carluxo.

A movimentação da ex-primeira-dama expõe o racha dentro do núcleo bolsonarista, abrindo um conflito interno entre a ala política da família e o grupo feminino ligado a Michelle.

O apoio aconteceu após declarações da deputada estadual Ana Campagnolo (PL-SC), que revelou em entrevista à Rádio São Bento que a chapa ao Senado seria composta inicialmente por Esperidião Amin (PP) e Carol de Toni.

Com a entrada de Carluxo, Carol perdeu espaço e passou a avaliar deixar o partido. Campagnolo afirmou que o governador Jorginho Mello (PL) pretende destinar a segunda vaga ao Progressistas, dentro de um acordo que fortalece sua aliança com Amin.

Carlos reagiu nas redes sociais e chamou Campagnolo de “mentirosa”, alegando que ele e Carol estão “unidos pelo mesmo propósito”. Apesar da tentativa de apaziguar, a tensão aumentou. Michelle rompeu o silêncio e declarou apoio a Carol, reforçando sua influência política própria dentro do bolsonarismo.

Fonte: DCM

VÍDEO – Anitta sai em defesa da taxação dos super-ricos: “Minha responsabilidade”

A cantora Anitta. Foto: Anderson Bordê/AgNews

Durante sua passagem pelo tapete verde do prêmio Earthshot Prize, realizado nesta quarta-feira (5) no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, Anitta se posicionou em defesa da taxação dos super-ricos. A cantora afirmou que o impacto ambiental é muito maior entre os mais ricos e que as responsabilidades diante da crise climática devem ser proporcionais à renda.

“Cada um fazendo sua parte diante da sua realidade, acho que faz uma diferença imensa, principalmente quem tem mais, porque normalmente quem polui mais é quem tem mais dinheiro. A porcentagem de responsabilidade da população pobre é muito pequena em comparação com as pessoas ricas, então, isso deveria vir primeiro das pessoas ricas”, declarou.

Anitta, que vem incorporando discursos sobre sustentabilidade e justiça social em suas aparições públicas, também disse não ver problema em pagar mais impostos. Para ela, a contribuição fiscal é uma forma de exercer cidadania, independentemente da gestão dos recursos pelo Estado.

“O que o governo faz com o dinheiro não é a minha responsabilidade. A minha responsabilidade como cidadã é pagar os impostos e eu sou super a favor. Eu não vejo problema nenhum se eu tiver que pagar mais imposto”, afirmou a artista, ao comentar sobre a necessidade de políticas públicas para equilibrar desigualdades e financiar ações ambientais.


Taxação e a suposta “fuga de milionários”

As declarações da cantora contrastaram com recentes manifestações contrárias à taxação dos mais ricos. O empresário bolsonarista Luciano Hang, dono da Havan, criticou a proposta em suas redes sociais, afirmando que “mais de 1.200 milionários devem deixar o Brasil em 2025”. Ele alegou que a medida poderia gerar “menos investimentos, menos geração de renda e mais desigualdade”.

No entanto, estudos internacionais desmentem essa narrativa. Um relatório do Institute for Policy Studies (IPS) e da State Revenue Alliance (SRA), nos Estados Unidos, aponta que o aumento de impostos sobre grandes fortunas não gerou fuga de milionários em estados como Massachusetts e Washington.

Pelo contrário: o número de pessoas com patrimônio superior a US$ 1 milhão cresceu 38,6% em Massachusetts e 46,9% em Washington após a adoção das novas taxas.

Além disso, os dois estados arrecadaram bilhões com os tributos progressivos — US$ 2,2 bilhões em Massachusetts e US$ 1,2 bilhão em Washington —, destinando os recursos a programas de educação, alimentação escolar e transporte público.

A experiência estadunidense reforça o argumento de que políticas fiscais voltadas à equidade podem fortalecer economias locais, reduzir desigualdades e financiar ações sustentáveis. O contraste é nítido com o chamado “Grande Experimento de Corte de Impostos do Kansas”, implementado em 2012 e encerrado cinco anos depois devido a déficits e queda de investimentos.

Fonte: DCM

Disputa por vaga em Santa Catarina abre crise no bolsonarismo

Candidatura de Carlos Bolsonaro ao Senado provoca crise no PL catarinense e acusações de traição

      Caroline de Toni e Carlos Bolsonaro (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara I Divulgação)

Terceiro estado que mais deu votos a Jair Bolsonaro (PL) em 2022, Santa Catarina tornou-se o novo epicentro de uma disputa interna no grupo político do ex-presidente. O embate, que envolve lideranças bolsonaristas locais e nacionais, gira em torno da escolha de um candidato ao Senado nas eleições de 2026 e revela uma tentativa do clã Bolsonaro de se proteger politicamente.

De acordo com a Folha de S.Paulo, o conflito tem entre os protagonistas a deputada estadual Ana Campagnolo (PL), a deputada federal Caroline de Toni (PL-SC), o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL), o governador Jorginho Mello (PL) e o senador Espiridião Amin (PP-SC). A crise interna expôs divergências estratégicas, acusações de infidelidade e uma disputa pelo controle do bolsonarismo catarinense.

☉ O início do racha

Desde junho, quando Jair Bolsonaro anunciou que lançaria o filho Carlos ao Senado por Santa Catarina, ruídos tomaram conta da base bolsonarista. A direita do estado já articulava duas candidaturas: a da deputada federal Caroline de Toni e a do senador Amin. A decisão do ex-presidente de apoiar o filho mudou o cenário e foi vista como uma imposição “de cima para baixo”, priorizando interesses familiares e a tentativa de proteger Carlos de eventuais ofensivas do Judiciário.

A escolha de Santa Catarina foi estratégica: o estado é amplamente favorável ao bolsonarismo e representa terreno fértil para garantir uma eleição segura ao herdeiro político do ex-presidente. No entanto, a movimentação contrariou lideranças locais que já se preparavam para a disputa.

☉ Caroline rifada e aliados em conflito

O governador Jorginho Mello, que busca a reeleição em 2026 e tenta construir uma aliança com o PP para enfrentar o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), comunicou à deputada Caroline de Toni que ela teria de deixar o PL se quisesse manter sua pré-candidatura ao Senado. Com isso, Caroline foi retirada da disputa — decisão confirmada por aliados e interpretada como resultado direto da entrada de Carlos Bolsonaro no jogo.

Sem se pronunciar por estar no final da gravidez, Caroline teve como principal porta-voz a deputada estadual Ana Campagnolo, que criticou publicamente a manobra. “Falei com Caroline e com o governador Jorginho há pouco. Ambos confirmaram que ela será obrigada a sair do PL. Com a sua chegada, ela perdeu a vaga no partido”, escreveu Campagnolo em rede social.

☉ Reações do clã Bolsonaro

A declaração irritou os filhos do ex-presidente e provocou reação imediata. Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou um texto nas redes sociais acusando Campagnolo de infidelidade. “O que não dá é para pedir nosso apoio e, em contrapartida, negar apoio e subordinação. Não dá para querer o benefício da liderança, mas recusar o ônus que vem com ela”, afirmou. Ele classificou as falas da deputada estadual como “totalmente inaceitáveis”.

Campagnolo respondeu com ironia, lembrando que Eduardo já discordou do pai em momentos anteriores: “Você contrariou seu pai quando foi ventilada a hipótese dele lançar o Tarcísio à Presidência. E talvez ele lance. Como vai ser? Por que você pode manifestar sua contrariedade e os outros aliados não?”.

Carlos Bolsonaro também se manifestou, afirmando que renunciou a um “futuro estável e previsível” por lealdade a princípios. “Hoje, infelizmente, é notório que muitos daqueles que se beneficiaram dessa caminhada tratam antigos aliados como descartáveis”, declarou o vereador.

☉ Tentativas de contenção e novos apoios

A crise ganhou proporções maiores quando a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) manifestou apoio público a Caroline de Toni, reforçando o racha entre as alas do partido. Apesar do conflito, aliados tentam minimizar o impacto. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), resumiu a situação como uma “disputa por espaço e convicções”, acrescentando que “o único lugar onde todos precisam pensar igual é na ditadura. Não é o caso do PL”.

Em meio às tensões, o senador Espiridião Amin preferiu se manter distante da polêmica. “Não tem polêmicas. Não vou comentar nada. Sou pré-candidato ao Senado, dependo da minha saúde, do meu partido e da minha federação. Isso vai ser discutido ano que vem”, disse.

☉ O cálculo político

Com Jair Bolsonaro em prisão domiciliar, a movimentação para lançar Carlos ao Senado reflete mais do que uma disputa eleitoral — trata-se de uma tentativa de manter o poder da família dentro do PL e assegurar uma base fiel no Congresso. A estratégia, porém, aprofundou divisões no grupo e colocou em xeque a capacidade do bolsonarismo de manter coesão em um dos estados mais leais ao ex-presidente.

A corrida ao Senado por Santa Catarina, que poderia consolidar a influência do bolsonarismo, hoje simboliza seu maior desafio: conciliar ambições familiares e interesses políticos sem fragmentar a base que sustenta o movimento desde 2018.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Golpista foragido do 8/1 interrompe Gilmar Mendes em evento em Buenos Aires


O banqueiro André Esteves, Ivan Duque e o ministro Gilmar Mendes, em evento do IDP em Buenos Aires. Reprodução

Um foragido dos atos golpistas de 8 de janeiro interrompeu, nesta quinta-feira (6), um evento com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, em Buenos Aires. Symon Castro, réu no processo que apura os ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília, afirmou durante a intervenção que “existem pessoas de bem” entre os condenados e que muitos “não têm provas de que entraram nos prédios”. Com informações do Estadão.

O episódio ocorreu durante o Fórum de Buenos Aires, organizado pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), instituição ligada ao patrimônio de Gilmar Mendes. Castro, que diz viver atualmente na Argentina, usava um crachá oficial do evento e registrou a própria fala com o celular.

Enquanto era contido por seguranças, o foragido declarou estar há três anos sem ver os filhos, desde que deixou o Brasil. “O senhor tem feito um bom papel. Mas Alexandre de Moraes acusa outros que estão aqui no nosso meio de 14 a 17 anos de prisão sem nem ter prova de que entraram dentro dos prédios”, disse ele ao ministro do STF.

Castro também afirmou que sua fala era um pedido por justiça. “Existem pessoas de bem no meio do dia 8, sim, e que não cometeram crime”, acrescentou o réu, que gravou toda a ação.


O julgamento virtual de Symon Castro está marcado para ocorrer entre os dias 14 e 25 de novembro. Ele é acusado de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado, uso de substância inflamável contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

Durante a interrupção, Gilmar Mendes manteve silêncio e não reagiu às falas do réu. O evento foi retomado após a retirada de Castro por seguranças.

A mesa do debate também contava com o banqueiro André Esteves, dono do BTG Pactual, e o ex-presidente da Colômbia, Iván Duque. Após o incidente, Esteves deu sequência à discussão sobre economia e democracia na América Latina.

Symon Castro é um dos réus que permanecem foragidos após a série de condenações determinadas pelo Supremo Tribunal Federal desde 2023. Ele responde a processos relacionados à tentativa de golpe e à destruição de patrimônio público durante os ataques em Brasília.

Fonte: DCM com informações do Estadão

Amigo de Manga preso pela PF mandou dinheiro mofado à mulher do prefeito


O empresário Marcos Mott, preso nesta quinta-feira (6), em agência bancária onde depositou valores em espécie contestados pela PF. Foto: Reprodução/Polícia Federal

O empresário Marcos Silva Mott, preso pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (6), enviou R$ 214 mil à empresa de Sirlange Maganhato, mulher do prefeito afastado de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), conforme informações da Folha de S.Paulo.

Segundo o relatório da Operação Copia e Cola, parte do dinheiro veio de depósitos em espécie com notas úmidas, mofadas e com mau cheiro, feitos em contas do próprio Mott entre 2021 e 2022. Ele depositou R$ 237 mil em notas de R$ 2, R$ 5, R$ 10 e R$ 20.

De acordo com o inquérito, o estado das cédulas indica “acondicionamento por certo tempo de maneira inadequada, sugerindo a ilicitude de sua origem”.

A investigação aponta que a empresa 2M Comunicação e Assessoria, registrada em nome de Sirlange, recebeu valores compatíveis com os depósitos feitos por Mott, “sem relação com o ramo de atuação da empresa da investigada”, que atua na área de edição de jornais diários.

O prefeito afastado de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), e sua esposa, Sirlange Maganhato. Foto: Reprodução
A operação apura suspeitas de corrupção ativa e passiva, peculato (desvio de dinheiro público), fraude em licitação, lavagem de dinheiro, contratação direta ilegal e organização criminosa. O empresário é apontado como operador financeiro do esquema e amigo próximo de Manga, que também foi afastado do cargo por decisão judicial no âmbito da mesma operação.

◉ Negócios sob suspeita

Além das transferências, a investigação identificou negociações imobiliárias suspeitas envolvendo Sirlange e o prefeito. O casal comprou uma casa em condomínio fechado por R$ 1,5 milhão, com entrada de R$ 182 mil paga em espécie.

Outro imóvel, um apartamento em Votorantim, foi adquirido pela mãe de Manga e doado no mesmo dia à esposa dele. Segundo a PF, o valor declarado, de R$ 55 mil, é “irreal e fora do mercado”, já que avaliações apontam preço superior a R$ 200 mil.

◉ Defesas rebatem acusações

A defesa de Mott afirmou que a prisão é “desnecessária” e baseada em “conjecturas e suposições”, ressaltando que ele “sempre esteve à disposição das autoridades”. Já os advogados de Manga classificaram a operação como “nula e temerária”, dizendo que os fatos remontam a 2021 e não têm relação com o exercício atual do mandato.

A defesa de Sirlange Maganhato declarou que “todas as operações financeiras mencionadas na investigação são lícitas, corroboradas por documentação e devidamente declaradas no imposto de renda”. Disse ainda que ela “não foi intimada a prestar depoimento”, mas já demonstrou a regularidade das transações.

Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo

COP30 propõe taxar jatinhos, super-ricos e moda de luxo para financiar transição energética

A medida pode arrecadar até US$ 223 bilhões, de acordo com a presidência brasileira da COP30

Reunião da COP30 - Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (Foto: Antonio Scorza/COP30)

A Presidência da COP30 sugeriu nesta quarta-feira (5) a taxação global de transporte particular aéreo ou marítimo, como jatinhos e iates, para alcançar as metas de financiamento da transição energética e de adaptação às mudanças climáticas. A medida pode arrecadar até US$ 223 bilhões. Artigos de moda de luxo, produtos militares e tecnologia também podem ser taxados, com potencial de até US$ 112 bilhões em arrecadação.

Chamado de “Mapa do Caminho”, o texto foi lançado em parceria com a presidência da COP29 e afirmou ser necessário US$ 1,3 trilhão por ano para ajudar no abandono de combustíveis fósseis, como petróleo, gás e carvão. A ideia é incentivar o uso de fontes renováveis, além de investir em estruturas para conter o impacto das mudanças climáticas.

Uma sugestão é um imposto sobre grandes fortunas, já adotado em alguns países europeus e defendido pelo presidente Lula. Outra recomendação é que países desenvolvidos façam um aporte de 0,7% da Renda Nacional Bruta (RNB) para financiar a transição energética.

Fonte: Brasil 247

Maduro desafia EUA e diz que Venezuela seguirá "imperturbável"

Presidente afirma que país continuará firme na defesa da soberania e denuncia manobras militares dos EUA no Caribe

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro - Caracas, Venezuela - 15 de setembro de 2025 (Foto: REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria)

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta quinta-feira (6) que o país não se deixará intimidar pelas movimentações militares dos Estados Unidos no mar do Caribe. Durante uma visita à Comuna Rural Parque Caiza, no estado de Miranda, o mandatário declarou que, mesmo diante das ameaças, a nação continuará avançando em seu projeto político e social.

Segundo informações divulgadas pela teleSUR, Maduro denunciou que há 14 semanas a presença norte-americana na região tem se intensificado, com o envio de 15 navios, 2,6 mil mísseis e 100 aviões. “E agora vem o maior porta-aviões do mundo, o USS Gerald Ford. Que os gringos façam o que quiserem, nós somos imperturbáveis”, afirmou o presidente, reforçando que “ninguém vai nos tirar do caminho de produzir, trabalhar, construir a democracia direta e verdadeira e a paz perpétua, bendita e sagrada da Venezuela".

O líder venezuelano destacou ainda que o país está preparado para responder a qualquer tentativa de agressão estrangeira. “Temos um modelo militar original, um conceito de Defesa Integral venezuelano; além disso, contamos com o Sistema de Defesa Integral da Nação, que colocamos à prova durante todas essas semanas”, afirmou.

Maduro reiterou que o modelo político, econômico e social implantado pela Revolução Bolivariana, sob o legado de Hugo Chávez, permanece sólido. Segundo ele, “apesar de todas as agressões do império norte-americano, na Venezuela continuaremos trabalhando para seguir avançando rumo ao desenvolvimento integral de todos os setores da população".

O presidente também criticou a postura das elites norte-americanas, que, segundo ele, agem movidas por um sentimento de superioridade em relação aos povos latino-americanos. “As elites norte-americanas se acham superiores a nós — colombianos, mexicanos, brasileiros, venezuelanos e a todos os latino-americanos e caribenhos —, elas se consideram superiores”, afirmou.

Maduro ainda ironizou a forma como o imperialismo representa a América Latina na cultura popular dos Estados Unidos. “O imperialismo acredita que a vida é um filme ruim de Hollywood, em que eles — os supremacistas, os Rambo — sempre vencem, e nós somos sempre os vilões. Que fiquem eles com o seu filme ruim; aqui, nós renascemos como um milagre poderoso, guiados pela visão de Deus Pai Todo-Poderoso”, concluiu o presidente.

Fonte: Brasil 247 com informações da TeleSUR

Coronel é expulso do Exército por fraude em contratos de alimentação

Superior Tribunal Militar confirma perda de posto e patente de oficial condenado por desvio de recursos

      Militares do Exército Brasil (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

Um tenente-coronel do Exército Brasileiro foi oficialmente expulso das Forças Armadas após decisão unânime do Superior Tribunal Militar (STM). A Corte considerou que o militar participou de um esquema de fraudes em licitações para o fornecimento de alimentos destinados às tropas. Segundo o Metrópoles, trata-se de Omar Santos, que atuava na Seção de Veteranos e Pensionistas da 4ª Brigada de Infantaria Leve de Montanha.

O caso foi revelado pela Operação Saúva, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em 2006. A investigação identificou irregularidades em contratos de aquisição de alimentos para unidades do Exército em diferentes regiões do país. A sentença que determinou a perda de posto e patente do oficial foi publicada no dia 24 de outubro.

◉ Esquema de fraudes e prejuízo ao Exército

O Ministério Público Militar (MPM) concluiu que o tenente-coronel integrava um núcleo de corrupção ligado à Diretoria de Suprimentos do Exército, responsável por liberar recursos de forma irregular. Esses desvios beneficiavam oficiais envolvidos em troca de vantagens financeiras ilícitas.

As investigações da PF apontaram a existência de um grupo criminoso no 12º Batalhão de Suprimento (12º B Sup), em Manaus, que manipulava licitações, combinava previamente os vencedores e adulterava documentos de concorrentes. O grupo também era acusado de receber produtos em quantidades e qualidades inferiores, pagar antecipadamente por itens não entregues e superfaturar contratos.

Essas práticas, segundo o MPM, causaram prejuízo direto ao patrimônio militar e comprometeram a logística essencial das Forças Armadas, especialmente na Amazônia. Em São Paulo, foi descoberta outra irregularidade: o desvio de 33 toneladas de peito de frango, que deveriam abastecer o Batalhão de Manaus, mas foram desviadas para o 21º Batalhão de Suprimentos, em um esquema que envolvia pagamentos indevidos a fornecedores.

◉ Condenação e expulsão definitiva

Na esfera penal, Omar Santos foi condenado em primeira instância a oito anos de reclusão, pena confirmada posteriormente pelo STM. O processo de expulsão teve origem em um Conselho de Justificação instaurado pelo comando do Exército, que avaliou a incompatibilidade da permanência do oficial na carreira militar.

O relator do caso, ministro Leonardo Puntel, destacou na decisão que a conduta do tenente-coronel “atingiu de forma direta e sensível a imagem e a credibilidade das Forças Armadas”. Ele ressaltou ainda que a “vinculação pessoal e econômica com empresários interessados em licitações militares compromete a impessoalidade e a transparência da Administração Pública, minando a confiança social na Instituição e ferindo princípios essenciais da ética e da disciplina castrenses”.

Puntel afirmou que o Conselho de Justificação respeitou todos os princípios legais, como o contraditório e a ampla defesa, e concluiu que as provas “demonstraram a incompatibilidade da permanência do oficial nas fileiras do Exército”.

A decisão final foi tomada por unanimidade pelo plenário do STM, confirmando a perda definitiva de posto e patente de Omar Santos. A reportagem do Metrópoles informou que tentou contato com a defesa do ex-militar, mas não obteve retorno.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Haddad vai rodar o Brasil divulgando vitória de Lula com isenção do IR

Movimento já mira 2026: proposta do governo aprovada pelo Congresso é principal aposta para alavancar a popularidade de Lula

    Fernando Haddad (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), prepara uma série de viagens pelo país para destacar a aprovação do projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil mensais. A proposta, uma das principais promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é considerada uma aposta estratégica do governo para impulsionar sua imagem antes das eleições de 2026.

O projeto foi aprovado pelo Senado na quarta-feira (5) e agora aguarda sanção presidencial. Além da isenção, o texto estabelece descontos progressivos para contribuintes com renda entre R$ 5 mil e R$ 7.350. O Palácio do Planalto pretende usar a medida como símbolo da agenda de “justiça tributária”, bandeira central da política econômica de Haddad, segundo a Folha de S.Paulo.

● Estratégia de comunicação e fortalecimento político

A equipe do ministro avalia que as viagens servirão não apenas para divulgar o novo modelo do IR, mas também para dar visibilidade a outras iniciativas do governo que buscam reduzir desigualdades. Um aliado próximo de Haddad afirmou que a aprovação do projeto “recoloca a agenda de justiça fiscal no centro do debate público” e ajuda o governo a reconquistar espaço político em meio a críticas sobre segurança pública e economia.

Em vídeo publicado nas redes sociais, Haddad afirmou que a medida abre caminho para novos avanços. “É uma avenida que vai se abrir”, disse o ministro. “Todo mundo vai ganhar com esse projeto, até aqueles do andar de cima, que vão pagar um pouquinho mais. Nós vamos ganhar uma sociedade melhor, mais justa, que distribui melhor as oportunidades".

● Recuperação de imagem e agenda positiva

Integrantes do governo acreditam que a medida também ajudará a melhorar a imagem de Haddad, que foi alvo de críticas por medidas fiscais consideradas impopulares no início da gestão. A oposição chegou a apelidá-lo de “Taxad”, em referência a propostas de aumento de tributos. Agora, a equipe econômica busca inverter essa percepção, apresentando o ministro como o responsável por uma das principais conquistas sociais do governo.

O Palácio do Planalto planeja uma cerimônia de sanção da proposta com a presença de autoridades e representantes da sociedade civil, prevista para depois do retorno de Lula da COP30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas, em Belém. Em vídeo publicado ao lado do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), Lula confirmou a intenção de sancionar o texto em evento público.

“Estou cumprimentando o presidente Alcolumbre pela rapidez que o Senado votou a questão do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. Foi uma coisa extraordinária e já está na minha mesa para sancionar. Eu vou sancionar quando voltar, a partir do dia 11, com a presença dele, porque o povo vai ficar orgulhoso de ter sido isento de pagar IR”, afirmou o presidente.

● Campanha de comunicação e apelo social

A Secretaria de Comunicação Social (Secom) e o PT devem lançar campanhas na televisão e nas redes sociais para destacar a medida, reforçando a narrativa de que o governo cobra mais dos ricos para beneficiar os mais pobres. A estratégia faz parte do esforço de reconstruir o discurso político do governo, ampliando seu alcance para além da base tradicional da esquerda.

Para o núcleo político do Planalto, a pauta tributária representa um instrumento importante de reconexão com a classe média e os trabalhadores. A expectativa é que a isenção do IR alcance milhões de brasileiros e sirva de base para consolidar a popularidade de Lula e fortalecer o papel de Haddad como um de seus principais nomes na corrida sucessória de 2026.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Bolsonaro já está conformado com a Papuda

Jair Bolsonaro vê como inevitável ser transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda

       Jair Bolsonaro e presídio da Papuda (Foto: Reuters | Reprodução)

Jair Bolsonaro (PL) passou a considerar como inevitável ser levado à Penitenciária da Papuda, em Brasília. Segundo Bela Megale, do jornal O Globo, aliados que o visitaram recentemente afirmam que Bolsonaro demonstrou resignação e descrença em reverter o cenário, ao menos por enquanto.

Em conversas reservadas, Bolsonaro se disse “injustiçado” e “perseguido”, atribuindo a responsabilidade direta ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Pessoas próximas relatam que o ex-presidente e seu entorno político já especulam até uma data para o possível cumprimento da pena: 14 de novembro.

⊛ Governo do DF pede laudo médico

Nesta semana, o Governo do Distrito Federal enviou ao ministro Alexandre de Moraes um ofício solicitando a realização de um laudo médico sobre as condições clínicas de Bolsonaro. O objetivo é avaliar se ele está apto a ser transferido para uma unidade prisional comum.

O ex-presidente foi condenado a 27 anos de prisão pelo envolvimento na tentativa de golpe de Estado. A decisão final sobre o local da prisão será tomada por Moraes, após o esgotamento dos recursos no processo, o que deve ocorrer até o fim do ano.

⊛ Papuda ou sala da Polícia Federal

Entre os possíveis destinos do capitão reformado estão a Penitenciária da Papuda, que abriga detentos comuns e políticos, e uma sala especial na sede da Polícia Federal, em Brasília. Segundo fontes próximas, Bolsonaro teme as condições da Papuda, mas vê poucas chances de evitar o cumprimento da pena no presídio.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

STF analisa recurso e Moraes terá a palavra final sobre prisão de Bolsonaro

 

Celso Vilardi e Jair Bolsonaro durante depoimento a Alexandre de Moraes no STF. Foto: Gustavo Moreno/STF
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal julga os embargos de declaração apresentados por Jair Bolsonaro e outros condenados na trama golpista de 2022. O julgamento ocorre no plenário virtual, com voto inicial do relator, ministro Alexandre de Moraes, seguido dos demais ministros até o dia 14, etapa que analisa possíveis omissões, contradições ou pontos obscuros do acórdão. Com informações da Folha de S.Paulo.

Há dúvidas internas no STF sobre o momento em que Bolsonaro poderá começar a cumprir a pena de 27 anos e três meses. O impasse envolve a aplicação do princípio da unirrecorribilidade e a definição sobre quando o processo se encerra após o julgamento dos embargos. Integrantes do tribunal avaliam que a votação deve ser rápida, com tendência de rejeição aos pedidos apresentados pela defesa.

Como relator do caso, Alexandre de Moraes é o responsável por executar a decisão após o julgamento dos recursos. Cabe a ele definir onde a pena será cumprida, escolher a unidade prisional ou militar adequada, estabelecer condições da custódia e analisar eventuais pedidos da defesa, como questões de saúde ou solicitações de cumprimento em regime domiciliar.

Outro ponto de atenção é a situação do ministro Luiz Fux, que divergiu no julgamento original, mas não formalizou pedido para participar da fase atual após migrar para a Segunda Turma. Caso estivesse no colegiado, poderia haver risco de empate, cenário que, conforme precedentes, favoreceria os réus ou levaria à suspensão da análise. Com sua ausência, a votação ocorre com quatro ministros.

Núcleo 1 do golpe: Jair Bolsonaro, Braga Netto, Augusto Heleno, Anderson Torres, Mauro Cid, Alexandre Ramagem, Almir Garnier Santos e Paulo Sérgio Nogueira. Foto: reprodução

Os embargos de declaração não modificam o resultado da condenação, embora possam ajustar trechos da decisão ou reduzir parte da pena. As defesas pretendem apresentar embargos infringentes, recurso que só é admitido quando há dois votos favoráveis ao réu no julgamento original. Como Bolsonaro teve apenas um voto favorável, Moraes pode rejeitar o pedido individualmente, mantendo o prazo suspenso até o fim da fase atual.

A defesa sustenta que o acórdão possui oito omissões, incluindo questionamentos sobre provas, procedimentos e pontos relacionados à delação de Mauro Cid. Também apresentou a tese de desistência voluntária, sob o argumento de que Bolsonaro teria interrompido eventuais planos golpistas no fim de 2022. O grupo jurídico afirma que o voto divergente de Fux deveria ter motivado discussão mais detalhada sobre esse tema.

Os demais condenados devem cumprir pena em presídios comuns, como o Complexo da Papuda, ou em salas especiais de unidades militares. Mauro Cid, por ter firmado acordo de colaboração premiada, recebeu pena de dois anos em regime aberto e não cumprirá prisão em regime fechado pela trama golpista.

Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo

quinta-feira, 6 de novembro de 2025

VÍDEO – Prefeito “tiktoker” de Sorocaba se pronuncia após afastamento: “Não vou desistir”

O prefeito afastado de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos). Foto: Reprodução

O prefeito de Sorocaba (SP), Rodrigo Manga (Republicanos), publicou um pronunciamento após ser afastado do cargo. Em vídeo publicado nas redes sociais, ele alegou que a medida ocorreu por motivações políticas e declarou que não pretende abandonar a cidade.

No pronunciamento, Manga disse que estava em Brasília quando recebeu a notícia e relatou ter sido alertado por parlamentares de que estaria “aparecendo demais”. Segundo ele, esse protagonismo o transformou em alvo.

“Acredite se quiser, me afastaram do cargo de prefeito. Eu aqui em Brasília, ontem eu fui em frente o Palácio da Justiça, falei que tem que colocar o Exército na rua, rodei o Congresso, os deputados me receberam super bem, falando: ‘Manga, cuidado, está aparecendo muito, estão tentando aí'”, disse Manga no vídeo.

Ele afirmou que recebeu um recado nos bastidores de que “os caras tentam tirar do jogo qualquer um que ameace a candidatura deles” e que ele estaria “ameaçando” políticos no Senado Federa e em outros cargos: “Não deu outra”.

“Mas eu quero dizer para vocês, que eu não vou desistir de Sorocaba, não vou desistir do Brasil. Isso que eles estão tentando fazer vai fazer o nosso nome soprar ainda mais, porque o Deus do impossível não falha”, completou.

A Polícia Federal executou dois mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão em Sorocaba. A ação investiga irregularidades em contratos da saúde da Prefeitura, além de possível envolvimento de servidores, empresários e organizações responsáveis pela gestão de unidades de atendimento.

A Justiça determinou ainda o bloqueio de aproximadamente R$ 6,5 milhões em bens dos investigados e impôs medidas cautelares como suspensão de função pública e restrição de contatos. Os alvos poderão responder por corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitação, lavagem de dinheiro e contratação direta ilegal.

A investigação começou em 2022 e já havia atingido Manga em abril, quando a PF cumpriu buscas em sua casa e na sede da Prefeitura. Segundo a corporação, o novo avanço do inquérito deriva da análise de materiais apreendidos na primeira fase, que identificou outras pessoas físicas e jurídicas supostamente ligadas ao esquema.

Fonte: DCM