Simone Tebet, Geraldo Alckmin e Fernando Haddad – Foto: Reprodução
Simone Tebet (MDB) e Fernando Haddad (PT) aparecem à frente em um dos cenários testados pela pesquisa AtlasIntel para a disputa ao Senado por São Paulo em 2026.
O levantamento, divulgado nesta segunda-feira (8), mostra a ministra do Planejamento com 22,1% das intenções de voto e o ministro da Fazenda com 19,7%. Na sequência, estão Eduardo Bolsonaro (PL-SP), com 14,8%, e Guilherme Derrite (PP), atual secretário da Segurança Pública, com 14,4%.
Gráfico da pesquisa AtlasIntel mostra Simone Tebet e Fernando Haddad na liderança das intenções de voto para o Senado por São Paulo em 2026 – Foto: Reprodução
O estudo ouviu 2.059 pessoas entre 29 de agosto e 3 de setembro por meio de questionários on-line, utilizando o método de recrutamento digital aleatório (Atlas RDR). A margem de erro é de dois pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%. No mesmo cenário, Ricardo Salles (Novo-SP) soma 7,5%, Rodrigo Manga (Republicanos) aparece com 5,5% e Mara Gabrilli (PSD-SP) tem 5,4%. Robson Tuma (Republicanos) registra 0,6% e o senador Giordano (MDB-SP) aparece com 0,1%.
Ainda nesse quadro, 5,7% dos eleitores indicaram a opção “outro”, enquanto votos em branco e nulos totalizaram 3%. Além disso, 1,9% dos entrevistados não souberam responder. A pesquisa reforça que a eleição ao Senado tem regras específicas: cada estado elege dois senadores em 2026, e no total 54 das 81 cadeiras estarão em disputa.
Em outro cenário testado, Geraldo Alckmin (PSB), atual vice-presidente, lidera com 23,1% das intenções de voto. Marina Silva (Rede), ministra do Meio Ambiente, aparece em segundo lugar com 17,7%, seguida por Guilherme Derrite (PP), com 15,5%, e Ricardo Salles (Novo-SP), com 12%.
Na mesma simulação, Rodrigo Manga (Republicanos) registra 7,9%, Mara Gabrilli (PSD-SP) aparece com 4,9% e Rodrigo Garcia (sem partido), ex-governador de São Paulo, tem 4,3%. Robson Tuma (Republicanos) aparece com 1,2% e Giordano (MDB-SP) novamente com 0,1%.
Pesquisa ouviu 2.059 pessoas em São Paulo por meio da internet
Lula e Tarcísio de Freitas (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil | Marcelo S. Camargo/Governo do Estado de SP)
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), mantém índices mais altos de aprovação do que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no estado, segundo pesquisa AtlasIntel divulgada nesta segunda-feira (8). De acordo com a CNN Brasil, o levantamento aponta que, 53% dos entrevistados disseram aprovar a gestão de Tarcísio, enquanto 42% demonstraram satisfação com o governo federal sob Lula.
A pesquisa também mostrou que 43% dos paulistas desaprovam o trabalho do governador, e 4% não souberam avaliar. No caso do presidente, a desaprovação chega a 56%, restando 2% de indecisos.
Além da análise sobre os governos estadual e federal, o levantamento ouviu os entrevistados sobre a administração municipal em suas cidades. Ao todo, 44% aprovam a gestão de seus prefeitos, 45% a desaprovam e 11% não souberam responder.
O estudo foi realizado com 2.059 pessoas em São Paulo entre os dias 29 de agosto e 3 de setembro, por meio da metodologia de recrutamento digital aleatório (Atlas RDR). Os questionários foram aplicados online, com margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e nível de confiança de 95%.
Sede do Banco Central, em Brasília - 17/12/2024 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)
Por Felipe Moreira, do Infomoney - As projeções de mercado para a inflação em 2025 permaneceram estáveis nesta segunda-feira (8), após 14 semanas consecutivas de queda, segundo o Relatório Focus divulgado pelo Banco Central. A estimativa para o IPCA no ano manteve-se em 4,85%.
A mediana para o câmbio em 2025 recuou de R$ 5,56 para R$ 5,55.
Já projeção do PIB caiu de 2,19% para 2,16%.
Enquanto isso, a previsão para taxa básica de juros neste ano ficou em 15% pela décima primeira semana seguida.
☆ Inflação
A projeção para inflação no próximo ano caiu de 4,31% para 4,30%. A projeção para 2027 saiu de 3,94% para 3,93%, enquanto para 2028, a estimativa recuou de 3,80% para 3,70%.
Para o IGP-M, as projeções para 2025 subiram de 1,14% para 1,15%, enquanto a estimativa para 2026 ficou em 4,23%. Para 2027, a projeção de inflação ficou em 4%, enquanto para 2028 caiu de 3,98% para 3,96%.
As expectativas para a variação dos preços administrados dentro do IPCA em 2025 permaneceu em 4,68%. As projeções para 2026 ficaram em 4,00%. Para 2027, a estimativa ficou em 4,00%, enquanto para 2028, a estimativa subiu de 3,69% para 3,70%.
☆ Câmbio
Para 2026, a estimativa caiu de R$ 5,62 para R$ 5,60, enquanto a projeção para 2027 também recuou de R$ 5,62 para R$ 5,60. Para 2028, a estimativa caiu de R$ 5,60 para R$ 5,56.
☆ PIB
Para o produto interno bruto (PIB), a mediana das projeções de 2026 subiu de 1,87% em 1,85%. A projeção passou de 1,89% para 1,88% em 2027. Para 2028, a projeção continuou em 2%, há 78 semanas.
☆ Selic
A projeção para 2026 ficou em 12,50%, enquanto para 2027 permaneceu em 10,50%. Para 2028, a estimativa permaneceu em 10% por 37 semanas.
Veículos internacionais destacaram o apelo a Donald Trump e a presença maciça de símbolos dos EUA nas manifestações pró-Bolsonaro
Ato extremista na paulista (Foto: Reprodução)
As manifestações de 7 de setembro realizadas em todo o Brasil tiveram forte repercussão na imprensa internacional, segundo reportagem do jornal O Globo. Jornais e agências estrangeiras registraram a mobilização de apoiadores de Jair Bolsonaro, os ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e os pedidos de apoio ao atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
De acordo com a cobertura do The New York Times, símbolos norte-americanos estiveram entre os elementos mais visíveis durante os atos. O diário destacou uma bandeira gigante dos EUA estendida na Avenida Paulista, camisetas estampadas com a imagem de Trump no Rio de Janeiro e máscaras com o rosto dele em Brasília. O jornal avaliou que, mesmo inelegível até 2030, Bolsonaro segue sendo considerado uma força política relevante por seus seguidores. “Embora o Bolsonaro tenha sido impedido de ocupar cargos públicos até 2030, manifestantes de direita ainda mantêm a esperança de que seus direitos políticos sejam de alguma forma restaurados. Muitos depositam sua fé na Casa Branca”, relatou o NYT.
☉ Apelos a Trump e críticas ao STF
O The Guardian, do Reino Unido, também deu destaque à pressão exercida pelos bolsonaristas contra o governo brasileiro e o Judiciário, além do pedido explícito de apoio internacional. Em Brasília, um manifestante afirmou ao jornal britânico: “Ele é o único que pode nos salvar... Trump é a nossa única salvação”. O periódico ressaltou ainda as críticas feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que condenou a interferência estrangeira e classificou como “traidores” os políticos de direita que buscam apoio de Washington.Já a rede de notícias Al Jazeera salientou que o julgamento de Bolsonaro no STF pode resultar em penas superiores a 40 anos de prisão. A emissora destacou a presença da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro em São Paulo e do senador Flávio Bolsonaro no Rio de Janeiro, que vestia uma camisa com a inscrição “Bolsonaro 2026”, em defesa da anistia política ao pai.
☉ Repercussão na Europa e nas agências internacionais
A Associated Press estimou que “dezenas de milhares” de manifestantes tomaram as ruas neste 7 de setembro, apontando que a data se consolidou como demonstração anual de força política da direita brasileira. A agência ressaltou ainda os ataques direcionados ao ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do processo contra o ex-presidente.Na Europa, o francês Le Monde descreveu os protestos como uma “última resistência ou contra-ataque” bolsonarista, enquanto o espanhol El País destacou a atuação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que classificou Moraes como “tirano” e defendeu a volta de Bolsonaro em 2026.
Em dois anos da terceira gestão do presidente Lula (PT), cerca de 14 milhões de brasileiros superaram a linha da pobreza, segundo dados do Cadastro Único (CadÚnico). O avanço está ligado ao crescimento da renda gerada pelos lares, em meio a um cenário de baixo desemprego.
Em março de 2023, o país tinha 26 milhões de famílias em situação de pobreza. Em agosto deste ano, esse número caiu para 19,5 milhões, uma redução de 25%, representando menos da metade dos 41,1 milhões de domicílios inscritos no programa.
O levantamento mostra ainda que o contingente de baixa renda caiu 20%, enquanto o grupo com renda acima de meio salário mínimo por integrante aumentou 67%.
Para Marcelo Neri, diretor da FGV Social, os números confirmam uma melhora significativa para os mais pobres: “Há um boom trabalhista na metade mais pobre do país. É um crescimento com mais fermento para os mais pobres, o que significa redução de desigualdade”. Ele destaca que o movimento é resultado tanto da queda no desemprego quanto do aumento da escolaridade.
Vale lembrar que o orçamento do Bolsa Família tem acompanhado a ampliação do programa nos últimos anos.
Foram R$ 113,5 bilhões em 2022, ainda sob o nome Auxílio Brasil, valor que chegou a R$ 166,9 bilhões em 2023 e deve ficar em R$ 159,5 bilhões em 2025. A chamada regra de proteção garante que famílias que ultrapassem a renda de R$ 218 per capita continuem recebendo metade do benefício por um período, mecanismo ajustado recentemente para tornar a transição mais rápida e direcionar os recursos a quem mais precisa.
Pessoa segura cartão do programa Bolsa Família – Foto: Reprodução
Com o mercado de trabalho aquecido, o número de lares na faixa de proteção vem diminuindo. Em julho de 2023, 2,1 milhões de famílias estavam nessa condição, mas em dois anos mais de 1,4 milhão saíram definitivamente do programa. A redução foi acelerada após o governo encurtar o prazo da regra de proteção de dois anos para um, permitindo concentrar recursos nos mais vulneráveis.
Para o Ministério do Desenvolvimento Social, o momento reflete também maior precisão nos dados do CadÚnico, que passou a integrar informações do Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). Desde 2023, sete ações de integração atualizaram informações de renda de 33 milhões de pessoas. Segundo o secretário Rafael Osório, “a redução das famílias em situação de pobreza é reflexo da melhoria de vida da população, mas não estaríamos vendo isso se refletir no Cadastro como hoje se não fosse a integração de dados”.
Portaria da marinha que define como as mulheres devem usar seus cabelos, unhas e acessórios (crédito: Marinha do Brasil)
A Marinha do Brasil publicou um manual de vestimenta que determina em detalhes como as mulheres pertencentes à corporação devem ou não devem cortar e pentear seus cabelos, pintar e cortar suas unhas, usar ou não usar brincos, piercings, colares, relógios, pulseiras e maquiagens. São mais de 50 regras.
No mesmo manual, há ainda questões de regramento do penteado e do uso de barba e bigode por parte dos homens, com apenas oito instruções.
Tudo ganhou força de norma militar e foi publicado no Diário Oficial da União, com o nome de Portaria MB/MD Nº 51, de 30 de Julho de 2025. O novo regramento desce a detalhes jamais antes regulados. Há exigências minuciosas sobre aparência, vestimentas e cores.
Marinheiras e oficiais não podem mais, por exemplo, manter o cabelo aparado rente à cabeça, aos moldes dos penteados utilizados pelos homens da Marinha. Já franjas são permitidas (mas não topete!), desde que não cheguem às sobrancelhas. Coques, por sua vez, estão autorizados, desde que não excedam 50% do tamanho do cránio.
Marinha determina o tamanho da franja das mulheres da corporação (crédito: Marinha do Brasil)
As regras para os cabelos femininos são tão detalhadas que foram divididas em 45 subitens. Sim, há 45 normas sobre como as muheres devem usar o cabelo na marinha. Veja, abaixo, algumas delas:
– Franjas podem ser usadas, sendo que seu comprimento não deve ultrapassar a linha das sobrancelhas, bem como não deverão estar visíveis com o uso da cobertura.
– Quando utilizando cobertura, as orelhas devem permanecer sempre à mostra, independente da arrumação ou do tipo do cabelo.
– A tintura dos cabelos deverá ser da mesma cor do cabelo apresentado na identificação da militar e restringir-se-á às cores naturais do cabelo humano (loiro, loiro escuro, ruivo, castanho, castanho escuro, preto, grisalho e branco), sendo vedada a alternância de cores na coloração artificial, exceto nas técnicas conhecidas como luzes, balaiagem ou reflexos. A coloração artificial do cabelo deve ser em tonalidades discretas e compatíveis com o uso do uniforme militar.
– É vedado raspar a cabeça ou adotar corte de cabelo com máquina inferior a nº 5, exceção feita à recomendação médica, durante a realização de curso ou estágio de caráter voluntário ou calvície.
– É vedado o uso de corte de cabelo tipo “moicano” ou “topete”, além do penteado com o cabelo levantado na parte anterior da cabeça, com ou sem gel fixador.
CLASSIFICAÇÃO DE CABELOS QUANTO À ARRUMAÇÃO
– As arrumações de cabelos autorizadas são: soltos, presos em coque, presos em “rabo de cavalo”, presos em trança única (simples ou embutida) e preso em tranças múltiplas.
– Os cabelos soltos são aqueles que se encontram em suas condições naturais, sem arrumações, presilhas, elásticos, penteados e acessórios.
– Os cabelos presos em coque devem possuir as seguintes características:
a) o cabelo deve ser preso firmemente, sem pontas soltas, devendo ser fixado por elásticos, grampos ou presilhas, bem como redes para cabelos, mantendo a tonalidade da cor do cabelo e a discrição;
b) o coque não deve ultrapassar os limites do rosto e do pescoço na vista frontal;
c) o coque deve ser centralizado, em altura que atenda ao preconizado no inciso 4.1.3;
d) é vedada a utilização de coque no topo da cabeça ou lateralizado; e
e) o volume do coque não deve ser maior que 50% da dimensão do crânio.
As seis formas de unha da mulher de bem da Marinha
De acordo com a Marinha, as unhas femininas “devem ser tratadas, mantidas permanentemente aparadas e com comprimento reduzido”.
A força naval assevera ainda que “unhas das mãos podem ser pintadas com esmalte em cores discretas ou base incolor, devendo ser evitadas as cores luminosas ou chamativas.”
É autorizada a pintura das unhas com a técnica conhecida como “francesinha” (unha com esmalte branco transparente e extremidade da unha com esmalte branco). Já quando pintadas ou com base incolor, a cor das unhas deve ser única para todos os dedos das mãos.
É vedado, ainda, o uso de adornos, como apliques desenhados, colados ou sobrepostos. Já a aplicação de esmalte nas unhas dos pés é facultada, desde que obedecido ao estipulado para as mãos.
O tamanho das unhas, tanto naturais quanto alongadas artificialmente, medido a partir da ponta dos dedos, não deverá exceder cinco milímetros.
Por fim, “são autorizados os formatos de unhas comumente conhecidos como quadrada, arredondada nos cantos, oval, redonda, amendoada e bailarina”. Veja o desenho abaixo, publicado pela Marinha.
Os formatos de unha permitidos pela Marinha (crédito: MB)
A portaria se encerra com algumas regras para o cabelo masculino, barba e bigode. Em uma delas, se lê que marinheiros e cabos estão proibidos de usar bigode. Os fios entre o nariz e a boca só podem ser cultivados por terceiros-sargentos e seus superiores hierárquicos.
Bigode não e coisa de militar de baixa patente na Marinha do Brasil (crédito: MB)
Reunião do BRICS convocada por Lula realça força do multilateralismo
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou formalmente uma reunião virtual dos líderes do BRICS para esta segunda-feira (8). A iniciativa ocorre em meio ao aumento das tarifas impostas pelos Estados Unidos, o “tarifaço de 50%”, e busca promover uma plataforma coletiva em defesa do multilateralismo. .
Apesar de não ter sido definida oficialmente como pauta única, é esperado que o encontro — articulado pelo governo brasileiro — aborde as políticas comerciais restritivas de Washington e pressione pela reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC). A cúpula deve também tratar de temas geopolíticos, como os conflitos em curso, além da COP 30.
Entre os participantes previstos estão presidentes e primeiros-ministros de países-membros do BRICS, incluindo o presidente chinês, Xi Jinping, o presidente russo, Vladimir Putin e o primeiro-ministro indiano Narendra Modi ou seu representante diplomático de alto nível.
Essa convocação evidencia a relevância estratégica do multilateralismo, especialmente contra a crescente postura unilateral dos EUA sob o governo de Donald Trump. O encontro reforça o papel do BRICS como um importante fórum de países emergentes que buscam equilíbrio geopolítico e cooperação institucional.
Significado geopolítico
A reunião reforça a visão do Brasil liderando esforços pelo multilateralismo e pela cooperação entre economias emergentes, sinalizando resistência às políticas protecionistas e unilaterais de Washington. A estratégia também visa preparar posicionamentos conjuntos para eventos internacionais relevantes, como a Assembleia Geral da ONU (setembro), a COP 30 e a cúpula do G20.
Além disso, demonstra como o BRICS segue consolidando-se como canal significativo de diálogo Sul-Sul e como plataforma diplomática com influência crescente frente ao desequilíbrio do sistema internacional.
A convocação da reunião virtual do BRICS pelo presidente Lula para esta segunda-feira configura-se como um dos acontecimentos diplomáticos mais expressivos da semana. Ela marca a intensificação de ações multilaterais em contraponto às medidas protecionistas dos EUA sob o governo de Donald Trump, presidente dos EUA. Com a participação de líderes como Putin, Xi Jinping e Modi (mesmo que via representante), o encontro destaca o protagonismo do BRICS no cenário global e sua relevância na defesa de uma ordem internacional multipolar mais equilibrada e cooperativa.
Cristina Kirchner aparece na sacada de sua casa em Buenos Aires comemorando a vitória do peronismo nas eleições legislativas – Foto: Reprodução
Cristina Kirchner foi flagrada comemorando a vitória arrasadora do peronismo nas eleições legislativas de Buenos Aires. Da sacada de seu apartamento, onde cumpre prisão domiciliar, a ex-presidente da Argentina acenou e celebrou junto a apoiadores que se reuniram diante de sua residência para festejar o resultado.
O Fuerza Patria, partido peronista de oposição, conquistou 46,95% dos votos na província de Buenos Aires, contra 33,86% do La Libertad Avanza, legenda de Javier Milei. O Somos Buenos Aires alcançou 5,41% e o Fuerza de Izquierda 4,37%, segundo dados preliminares da apuração. A vitória fortaleceu a base peronista e isolou o governo central em um segundo lugar distante.
Nas redes sociais, Cristina Kirchner publicou uma mensagem direta a Milei: “Você viu, Milei? Banalizar e vandalizar o ‘Nunca Mais’, que representa o período mais negro e trágico da história argentina, não sai de graça. Rir da morte e da dor dos seus oponentes, também não”.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução
O PSOL protocolou na Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo um pedido de investigação contra o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) por declarações em que coloca em dúvida a confiabilidade do Judiciário e defende um eventual indulto a Jair Bolsonaro (PL), conforme informações da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.
O ofício foi assinado na última sexta-feira (4) pelo deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL-SP), pela deputada federal Luciene Cavalcante (PSOL-SP) e pelo vereador paulistano Celso Giannazi (PSOL).
Em entrevista ao Diário do Grande ABC, Tarcísio comentou o julgamento de Bolsonaro, acusado de tentar um golpe de Estado, e disse não poder confiar na Justiça. “Não acredito em elementos para ele ser condenado, mas infelizmente hoje eu não posso falar que confio na Justiça, por tudo que a gente tem visto”, afirmou.
O governador também declarou que, se eleito presidente, concederia perdão imediato a Bolsonaro. “Na hora. Primeiro ato. Porque eu acho que tudo isso que está acontecendo é absolutamente desarrazoado”, disse.
No documento enviado ao Ministério Público, os parlamentares afirmam que as falas representam “obstrução à Justiça” e “ataque às instituições do Poder Judiciário”. Eles ainda questionam a postura do governador.
“Se o governador não acredita na Justiça, acredita em quê? Em milícia, nos golpistas e criminosos? Não é aceitável que um governador do estado questione a seriedade, a integridade e a confiabilidade no Poder Judiciário”, diz o documento.
“Não vamos aceitar a ditadura de um Poder sobre o outro. Chega”, discursou o governador. Ao ouvir o coro de “fora, Moraes” vindo do público, reforçou os ataques: “Talvez porque ninguém aguente mais. Ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes. Ninguém aguenta mais o que está acontecendo neste país”.
Governador de São Paulo adota postura “Bolsonaro acima de tudo”, de olho nas eleições de 2026
Michelle Bolsonaro e Tarcísio de Freitas (Foto: Reuters/Amanda Perobelli)
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), reforçou sua submissão política a Jair Bolsonaro (PL) em discurso na Avenida Paulista, no domingo (7). Segundo Andréia Sadi, do g1, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliaram que o gesto equivale a um slogan informal de “Bolsonaro acima de tudo”, interpretado como sinal de vassalagem em busca do apoio do ex-presidente para a disputa presidencial de 2026.
Tarcísio tem radicalizado o discurso contra a Corte, sobretudo contra o ministro Alexandre de Moraes, relator de investigações que envolvem Bolsonaro e aliados. No evento, o governador chamou Moraes de “tirano”, declaração que gerou forte reação no STF, inclusive entre magistrados que até então mantinham boa relação com ele.
☉ Estratégia eleitoral e articulações de bastidores
A leitura de ministros do Supremo é de que Tarcísio partiu para uma aposta de “tudo ou nada” ao alinhar-se de forma explícita a Bolsonaro, com o objetivo de consolidar-se como candidato da direita em 2026. Esse movimento, avaliam, não se restringe a uma submissão a Bolsonaro, mas também simbolizaria uma “vassalagem” diante dos Estados Unidos, que impuseram tarifas com impacto direto na economia paulista em reação ao julgamento de Bolsonaro pelo STF.
Nos bastidores, aliados de Tarcísio confirmam que sua pré-candidatura já está em curso, em articulação conduzida pelo presidente do PP, Ciro Nogueira. Um interlocutor próximo afirmou: Ele já é candidato. A operação está em andamento. A resistência maior não é de Jair, mas do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). "Mas vai ser goela abaixo, porque o centrão está fechado com ele”.
☉ Disputa pelo vice e possíveis rumos partidários
De acordo com líderes do centrão ouvidos pelo portal, a escolha do vice ainda está em aberto. Caso se confirme a candidatura presidencial, Tarcísio deve migrar para o PL, conforme sinalizou Valdemar Costa Neto em entrevista na semana passada. Nesse cenário, a vaga de vice será negociada entre PP e União Brasil, que formam federação.
O discurso na Paulista também reforçou o alinhamento de Tarcísio às pautas defendidas pelos bolsonaristas, como a anistia para investigados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. A presença do governador no ato consolidou a percepção de que ele definitivamente vestiu o figurino de candidato nacional.
A ofensiva política, no entanto, tem provocado reações negativas entre ministros do STF, que veem no movimento um risco de tensionamento institucional e um sinal claro de que Tarcísio está disposto a radicalizar em busca de espaço na corrida presidencial.
Segundo aliados do presidente do Senado, ele também não cederá a pedidos de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF
Davi Alcolumbre (Foto: Gustavo Moreno/STF)
Aliados do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), consideram pouco provável que as manifestações do 7 de Setembro provoquem qualquer mudança em sua postura no comando da Casa. A avaliação foi publicada por Igor Gadelha, do Metrópoles, que ouviu interlocutores próximos ao parlamentar sobre a possibilidade de o movimento pressionar pela abertura de pedidos de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Mesmo com a pressão das ruas, Alcolumbre mantém a decisão de não dar andamento aos processos que pedem a derrubada de Moraes. Fontes ligadas ao senador dizem que sua posição é definitiva e que não será alterada pela mobilização de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL).
◎ Anistia
Além de rejeitar os pedidos de impeachment, aliados avaliam que Alcolumbre também não deve ceder em relação à anistia a Bolsonaro e outros acusados de participação na tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023. De acordo com essas fontes, o máximo que o senador admite é discutir a redução de penas para manifestantes de menor envolvimento, sem incluir o núcleo considerado central das investigações, no qual Bolsonaro está inserido.
◎ Pressão bolsonarista
Do lado oposto, parlamentares ligados a Bolsonaro entendem que a rejeição de Alcolumbre não encerra o debate. Para eles, o tema da anistia deve ganhar força no Congresso. O líder do PL no Senado, Carlos Portinho (RJ), afirmou:
“A cabeça do presidente Davi Alcolumbre, nesse momento, é o que menos importa. Ele apenas reagiu ao que percebeu que estava acontecendo: será inevitável a aprovação da anistia. Então ele já reage fora do tempo, o assunto está na Câmara. Me parece que esse tema, pelas ruas, vai ganhando cada vez mais eco, mais apoio”.
◎ Relação com o governo
Embora o União Brasil tenha anunciado oficialmente o desembarque da base governista, Alcolumbre mantém proximidade com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O senador tem influência sobre dois ministérios estratégicos: Integração Nacional, comandado por Waldez Góes, e Comunicações, sob Frederico Siqueira.
Mesmo após a saída formal do partido da coalizão, a expectativa é de que os dois aliados de Alcolumbre permaneçam em seus cargos na Esplanada, reforçando o peso político do senador no tabuleiro do governo federal.
Tarcísio parte para o ‘tudo ou nada em busca da bênção do Bolsonaro para concorrer à Presidência’, afirmam os magistrados
Tarcísio de Freitas (Foto: Reprodução Youtube)
Os ataques feitos pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ao ministro Alexandre de Moraes durante o ato de 7 de Setembro na Avenida Paulista foram interpretados como um marco negativo na relação entre ele e o Supremo Tribunal Federal (STF), relata Bela Megale, do jornalO Globo.
Pelo menos três ministros da Suprema Corte consideraram que Tarcísio ultrapassou "limites institucionais" ao classificar Moraes como “ditador” e “tirano” em seu discurso. Um dos magistrados avaliou: “Ele foi para o tudo ou nada. Um ataque tão virulento dirigido ao ministro Alexandre de Moraes atinge todo o tribunal. Tarcísio passou dos limites institucionais, e isso tem consequências. Certamente, o diálogo dele fica prejudicado com uma boa parcela dos ministros”.
◆ Movimentos políticos e cálculo eleitoral
Dentro do STF, a leitura é de que o governador radicalizou seu discurso como parte de uma estratégia política. Segundo outro integrante da Corte, a postura de Tarcísio visa agradar a Jair Bolsonaro (PL) e consolidar-se como o nome da direita na disputa presidencial de 2026. “Obviamente, o discurso do Tarcísio não é um sinal de quem queira construir diálogo com o Judiciário. O que eu vejo é ele radicalizando em busca da bênção do Bolsonaro para concorrer à Presidência”, afirmou.
◆ A reação do STF
Após as declarações de Tarcísio, o decano do Supremo, ministro Gilmar Mendes, reagiu publicamente pelas redes sociais. Ele rechaçou a acusação de “ditadura da toga” e defendeu a atuação da Corte: “Não há no Brasil ditadura da toga, tampouco ministros agindo como tiranos. O STF tem cumprido seu papel de guardião da Constituição e do Estado de Direito, impedindo retrocessos e preservando as garantias fundamentais”.
Mendes destacou ainda que as ameaças à democracia não vieram do Judiciário, mas de episódios recentes da política nacional. Ele citou a negligência na condução da pandemia, a mobilização em frente a quartéis pedindo intervenção militar e a tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023. “Se quisermos falar sobre os perigos do autoritarismo, basta recordar o passado recente de nosso país: milhares de mortos em uma pandemia, vacinas deliberadamente negligenciadas por autoridades, ameaças ao sistema eleitoral e à separação de Poderes, acampamentos diante de quartéis pedindo intervenção militar, tentativa de golpe de Estado com violência e destruição do patrimônio público, além de planos de assassinato contra autoridades da República”, reforçou o ministro.
◆ Isolamento político no horizonte
A avaliação predominante entre os ministros do STF é de que, ao adotar uma postura de confronto direto com Alexandre de Moraes e, por extensão, com a Corte, Tarcísio de Freitas pode enfrentar dificuldades para manter interlocução institucional com o Supremo. O gesto, visto como um movimento de cálculo eleitoral, amplia sua identificação com a base bolsonarista, mas tende a restringir canais de diálogo em Brasília em um momento crucial de articulações para 2026.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo