Ministro do STF afirma que Torres usou a PRF para dificultar acesso de eleitores às urnas em 2022
Moraes acusa Anderson Torres de usar a PRF para dificultar o voto e fraudar eleições de 2022. Julgamento analisa responsabilidades. (Foto: ABR)
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta terça-feira (9), durante o julgamento dos envolvidos em uma suposta trama de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder após sua derrota eleitoral para o então candidato e atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres teria utilizado sua posição no governo para comprometer o processo eleitoral de 2022.
Segundo Moraes, no segundo turno das eleições presidenciais, realizado em 30 de outubro de 2022, a pasta chefiada por Torres articulou uma operação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) com o objetivo de dificultar a chegada de eleitores aos locais de votação.
Acusação de interferência no pleito
Durante a sessão, o ministro do STF destacou a gravidade do episódio. “Em 30 de outubro [de 2022], no segundo turno das eleições, onde o Ministério da Justiça, sob coordenação do réu Anderson Torres, prepara toda uma operação para que a Polícia Rodoviária Federal impedisse ou tentasse impedir alguns eleitores e eleitoras de chegarem até as urnas. Então, aqui, o réu Anderson Torres utilizou da sua condição de ministro da Justiça e Segurança para desvirtuar a realidade”, afirmou Moraes.
A acusação reforça a tese de que o então ministro teria desviado a função institucional da pasta para atender a interesses políticos durante o processo eleitoral.
Anderson Torres, que também foi secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, responde a ações judiciais ligadas a episódios ocorridos durante e após as eleições de 2022. O julgamento no STF busca apurar responsabilidades sobre tentativas de comprometer a lisura do pleito.
Acompanhe o julgamento ao vivo pela TV 247:
Fonte: Brasil 247
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