segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Motta diz que plano contra tarifaço de Trump terá prioridade na Câmara

Pacote do governo Lula busca proteger empregos e compensar perdas de R$ 22 bilhões com medidas emergenciais

Hugo Motta (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou à CNN Brasil que o Legislativo dará prioridade ao plano de contingência do governo federal contra o tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. As medidas, ainda em elaboração pelo Palácio do Planalto, têm como objetivo reduzir o impacto econômico estimado em R$ 22 bilhões e preservar 146 mil postos de trabalho na indústria e no agronegócio brasileiros. As informações são da CNN Brasil.

Segundo o governo, o pacote deve incluir a proibição temporária de demissões, o adiamento do pagamento de tributos federais e a ampliação das compras públicas de alimentos, como carne e café. “Essa pauta ainda não chegou [no Poder Legislativo]. Caso seja encaminhada, daremos prioridade”, declarou Motta. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), também já se comprometeu com a tramitação rápida, para que as medidas sejam aprovadas em agosto e entrem em vigor a partir de setembro.

A estratégia do Executivo inclui ações paralelas no comércio internacional para diversificar mercados e compensar perdas. Países como México, Índia, China, Rússia, Vietnã, Japão e Indonésia estão na lista de potenciais parceiros. A China já sinalizou interesse em ampliar as compras de carne e café, enquanto o vice-presidente e Ministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, Geraldo Alckmin, deve viajar ao México ainda neste mês, com possibilidade de buscar encontros nos Estados Unidos para tentar negociar novas exceções para produtos brasileiros.

Além de Alckmin, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também atua na frente diplomática. Na próxima quarta-feira (13), ele terá uma reunião com o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, para discutir alternativas que minimizem o impacto das tarifas e fortaleçam o comércio bilateral.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Nenhum comentário:

Postar um comentário