quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

Investigado por tráfico, presidente do Miss Universo diz que candidatas são “gordas”

Raul Rocha Cantú, presidente do Miss Universo. Foto: reprodução

O mexicano Raul Rocha Cantú, presidente do Miss Universo, foi gravado pela Fiscalía General de la República (FGR) do México se referindo às participantes do concurso como “gordas”. Segundo transcrições divulgadas pela imprensa, ele também teria dito que algumas candidatas foram aceitas “só por audiência”. As gravações fazem parte de uma investigação por suposta ligação com o crime organizado, incluindo tráfico de armas.

Rocha negou as acusações em entrevista recente, mas as revelações aumentam as polêmicas que cercam a edição 2025 do concurso, vencida pela mexicana Fátima Bosch. A coroação já enfrenta alegações de fraude. Em entrevista, Fátima se defendeu: “É claro que não [vou renunciar], pois eu mereço essa coroa e mereço essa faixa”.

A próxima edição, marcada para Porto Rico em 2026, também está sob incerteza. O território solicitou uma reunião urgente com os organizadores para cobrar maior transparência. Fátima ainda relatou ter recebido ataques de ódio e ameaças de morte desde sua vitória.

Fonte: DCM

Flamengo alcança 8º título do Brasileirão com vitória no Maracanã


       Samuel Lino após gol – Divulgação/Flamengo

O Flamengo garantiu nesta quarta-feira (3) o seu nono título do Campeonato Brasileiro ao vencer o Ceará por 1 a 0 no Maracanã. A conquista recoloca o clube no topo após o título de 2020 e repete o cenário de 2019, quando o Rubro-Negro venceu simultaneamente o Brasileirão e a Libertadores.

O gol decisivo foi marcado por Samuel Lino, que confirmou o triunfo rubro-negro no Rio de Janeiro. O atacante, contratado como um dos mais caros da história do clube, vinha sendo questionado pelo baixo número de gols, mas definiu a partida que assegurou o novo título nacional.

Apesar do placar apertado, o Flamengo controlou o jogo do início ao fim. O Ceará, que precisava da vitória para escapar do rebaixamento, teve poucas oportunidades e não levou perigo ao goleiro Rossi. Com a nova conquista, o clube soma títulos brasileiros em 1980, 1982, 1983, 1992, 2009, 2019, 2020 e 2024. Os rubro-negros ainda se consideram os campeões de 1987, que a CBF atribui ao Sport.

Com a vitória de 3 a 0 sobre o Atlético, em Minas, o Palmeiras deve ficar com o vice-campeonato, podendo garantir a posição com um tropeço do Cruzeiro nesta quinta-feira (4), contra o Botafogo, ou no domingo (7), quando acontecerá a última rodada do Campeonato Brasileiro.

Fonte: DCM

Megaoperação da PCDF mira células do PCC e cumpre 50 mandados no DF

Ação conjunta da Draco e do Gaeco desarticula núcleos da facção paulista envolvidos em tráfico, extorsão e tentativa de homicídio no Distrito Federal

     Polícia Civil de São Paulo (Foto: Divulgação)

A Polícia Civil do Distrito Federal realiza, nesta quinta-feira (4), uma ampla ofensiva contra grupos associados ao Primeiro Comando da Capital (PCC). De acordo com informações divulgadas pelo Metrópoles, a ação é coordenada pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco/Decor) em parceria com o Gaeco do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

A ofensiva deu origem às operações Concórdia II e Occasus, ambas direcionadas a interromper a reestruturação de núcleos ligados à facção paulista. As investigações apontam que o PCC vinha atuando por meio de células independentes, distribuídas pelo DF, cada uma com estrutura própria, mas alinhada ao comando nacional.

Ao todo, 110 agentes foram mobilizados para cumprir 25 mandados de prisão e 25 de busca e apreensão em várias regiões administrativas, entre elas Samambaia, Santa Maria, Ceilândia, Planaltina, Recanto das Emas e Núcleo Bandeirante. Endereços em Valparaíso (GO) e unidades prisionais do Distrito Federal também foram alvo das diligências. Conforme a apuração policial, o grupo buscava ampliar sua influência sobre a massa carcerária, impor regras internas e impulsionar atividades de tráfico de drogas e armas, além de estender o controle para áreas externas aos presídios.

◉ Avanço da Concórdia II

A fase atual da Concórdia II ocorre após a análise de materiais apreendidos em abril, quando 14 suspeitos já haviam sido detidos. Nesta etapa, 18 mandados de prisão são cumpridos contra investigados por tráfico e extorsão atuantes em Brazlândia e localidades próximas, reforçando o foco na desarticulação de estruturas que vinham se reorganizando na região.

◉ Desdobramentos da Occasus

A operação Occasus, por sua vez, foi iniciada após a Draco identificar a participação de membros da facção paulista em uma tentativa de homicídio contra um rival pertencente a um grupo do Rio de Janeiro. O ataque teria ocorrido no Recanto das Emas. Nesta frente, a polícia cumpre sete mandados de prisão e sete de busca e apreensão.

Durante a mesma semana, outros 11 integrantes de uma facção local já haviam sido capturados em ações relacionadas à Operação Shot Caller, concluída em 2024.

Segundo a PCDF, as ações fazem parte da 3ª edição da Operação Renorcrim, iniciativa de alcance nacional coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e pela Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi), com foco no enfrentamento de facções em todo o país.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Toffoli centraliza temporariamente todas as decisões sobre o caso Master

Ministro do STF determina que novas diligências só avancem com autorização da Suprema Corte enquanto se define qual instância será responsável

      Dias Toffoli (Foto: Rosinei Coutinho/STF)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli decidiu que todas as medidas e diligências relacionadas ao caso do Banco Master deverão, de agora em diante, ser submetidas previamente ao Supremo. A decisão, divulgada pela agência Reuters, foi tomada após uma reclamação constitucional que questiona a competência da Justiça para conduzir o caso.

No despacho, Toffoli afirmou de maneira literal: "Neste sentido, qualquer medida judicial há de ser avaliada previamente por esta Corte e não mais pela instância inferior". O ministro também ressaltou que “novas diligências e medidas devem ser previamente submetidas ao crivo desta Suprema Corte, cuja competência originária se encontra estabelecida, até final decisão a respeito da presente Reclamação. Inclusive sobre outras investigações conexas".

A reclamação apresentada ao STF alega que o proprietário do Banco Master, Daniel Vorcaro, ficou 11 dias encarcerado por decisão de uma autoridade judicial que não teria competência para determinar a prisão. Vorcaro foi solto em 28 de novembro, após uma desembargadora do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) conceder habeas corpus.

A prisão ocorreu dentro da operação “Compliance Zero”, deflagrada pela Polícia Federal para investigar possíveis crimes contra o Sistema Financeiro Nacional (SFN). No mesmo período, o Banco Central decretou a liquidação extrajudicial da instituição financeira, alegando “graves violações” às normas do SFN e problemas de liquidez.

Fonte: Brasil 247

Julgamento de Bolsonaro foi o tema político mais buscado no Google em 2025

Anistia, Lei Magnitsky e programas do governo federal também aparecem em lista de itens mais buscados pelos brasileiros

      Jair Bolsonaro (Foto: Ton Molina / STF)

O levantamento anual do Google revelou os temas políticos que mais despertaram o interesse dos brasileiros em 2025, com forte predominância de assuntos ligados às crises institucionais do país. Pautas como o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, a disputa em torno da anistia para envolvidos nos atos de 8 de Janeiro e a aplicação da Lei Magnitsky pelos Estados Unidos marcaram o ano digital. A lista ainda inclui tópicos de economia, decisões do Congresso e eventos internacionais.

O julgamento do ex-presidente ganhou protagonismo após a abertura da ação penal, em setembro, envolvendo Bolsonaro e outros sete acusados de participar da tentativa de golpe. A condenação a 27 anos e 3 meses de prisão e, posteriormente, a decretação da prisão definitiva, em novembro, colocaram o tema entre os mais pesquisados do país. Bolsonaro tornou-se o quarto ex-chefe de governo preso desde a redemocratização.

No mesmo período, avançou no Congresso a articulação em torno de uma anistia para condenados pelos ataques de 8 de Janeiro. Integrantes do PL pressionaram pela votação após a prisão do ex-presidente, buscando reverter decisões judiciais e incluir Bolsonaro entre os beneficiados.

Outro ponto de grande repercussão foi a aplicação da Lei Magnitsky pelo governo do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o ministro do STF Alexandre de Moraes e sua esposa, Viviane Barci. A medida, anunciada em julho, alegou supostas violações à liberdade de expressão. Brasil e EUA registraram picos de busca sobre o tema, com o país liderando o interesse global.

Entre os assuntos legislativos, a PEC da Blindagem ganhou espaço ao ser aprovada na Câmara, em setembro, criando foro especial e proteções inéditas para parlamentares em processos criminais e civis. A reação negativa levou o Senado a arquivar a proposta após forte mobilização social.

No campo internacional, a COP30, realizada em Belém entre 10 e 21 de novembro, movimentou as pesquisas ao final do ano. O encontro resultou em um acordo que não contemplou a proposta do presidente Lula de limitar o uso de combustíveis fósseis, mas introduziu, pela primeira vez, menção específica a afrodescendentes.

Assuntos econômicos também tiveram destaque, como o aumento do IOF anunciado em maio, posteriormente ajustado após críticas de entidades empresariais e parlamentares. O ministro Alexandre de Moraes validou grande parte do decreto presidencial, barrando apenas o trecho que alterava regras do risco sacado.

A criação da Carteira Nacional Docente, lançada pelo governo Lula em setembro, entrou no radar dos internautas por oferecer identificação e benefícios culturais a professores de todo o país.

O Brics também apareceu entre os tópicos mais buscados, especialmente após a reunião realizada em julho, no Rio de Janeiro, quando o bloco condenou ataques recentes contra o Irã, mas evitou atribuir responsabilidade direta a Tel Aviv ou ao governo Trump.

Na área de concursos públicos, o processo seletivo dos Correios mobilizou mais de 1,7 milhão de inscritos para pouco mais de 3,5 mil vagas. Outra novidade de grande impacto foi a criação do “Crédito do Trabalhador”, modelo de empréstimo consignado lançado por medida provisória que permite a contratação sem convênio entre empresas e bancos, direcionado a profissionais com carteira assinada.

Fonte: Brasil 247

Câmara conclui análise na CCJ e envia ao Senado proposta que limita decisões individuais no STF

Projeto aprovado na comissão reorganiza ações constitucionais e chega ao Senado em meio a críticas de Davi Alcolumbre ao Supremo

       CCJ da Câmara dos Deputados (Foto: Vinícius Loures-Câmara dos Deputados )


A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara concluiu nesta quarta-feira a redação final do projeto que altera as normas para decisões individuais no Supremo Tribunal Federal (STF) e reorganiza o funcionamento das ações de controle concentrado.

Segundo reportagem do jornal O Globo, o texto foi aprovado no mesmo dia em que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), criticou duramente uma decisão monocrática do ministro Gilmar Mendes, que restringiu a apresentação de pedidos de impeachment contra integrantes da Corte.

A proposta relatada por Alex Manente (Cidadania-SP) retorna agora ao Senado após um longo vaivém iniciado em setembro, quando a CCJ aprovou a primeira versão, posteriormente ajustada. A votação coincidiu com a decisão de Gilmar Mendes que determinou que apenas a Procuradoria-Geral da República pode protocolar pedidos de impedimento contra ministros do STF, reduzindo o alcance das prerrogativas do Congresso Nacional.

⊛ Reorganização do controle concentrado

O projeto aprovado unifica e moderniza o rito das principais ações usadas para contestar leis e atos do poder público no STF. Entre elas estão:

  • Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), utilizada para tentar derrubar leis incompatíveis com a Constituição;

  • Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO), acionada quando o Estado deixa de cumprir um dever constitucional;

  • Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC), destinada a confirmar a validade de normas questionadas;

  • Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), voltada a situações de violação de direitos ou princípios fundamentais por atos ou omissões do poder público.

Pelo texto, decisões urgentes tomadas de forma individual por ministros nessas ações deverão ser fundamentadas e submetidas obrigatoriamente ao colegiado na sessão subsequente. A proposta também formaliza prazos para envio de informações pelas autoridades envolvidas, amplia a participação de terceiros interessados e define novos critérios de legitimidade para apresentação dessas ações — ponto que ainda deve gerar debates no Senado.

Com a aprovação em caráter terminativo, o projeto deixa a Câmara sem necessidade de votação no plenário, seguindo diretamente para análise dos senadores.

⊛ Reação de Alcolumbre

A decisão de Gilmar Mendes de restringir os pedidos de impeachment desencadeou forte reação de Davi Alcolumbre. Segundo ele, a medida “causa preocupação” e configura uma “grave ofensa à separação dos Poderes”.

Em discurso no plenário, Alcolumbre cobrou equilíbrio nas relações institucionais: “O que eu queria apenas de todos os outros Poderes era que tratassem da mesma maneira que este presidente que vos fala trata os outros Poderes, sem agressões infundadas, sem ataques, sem ofensas. Se eu me curvar a essa metodologia deles, eu não serei o Davi”, afirmou.

O presidente do Senado citou como possíveis respostas a PEC aprovada na CCJ da Câmara e o projeto que atualiza a lei do impeachment, que tramita lentamente na CCJ do Senado. Ele também lembrou que a decisão de Gilmar é provisória e será apreciada pelos demais ministros a partir de 12 de dezembro, no plenário virtual da Corte.

Em outro trecho do discurso, Alcolumbre criticou ataques recentes ao Congresso: “Um dia desses estavam por aí, patrocinados por muitos, porque a Polícia Legislativa do Senado e da Câmara estão investigando e logo mais teremos e vamos trazer a público aqueles que fizeram aquelas agressões de ‘Congresso Inimigo do Povo’”.O senador ainda destacou que a Casa não tem contribuído para agravar tensões com outros Poderes: “Os meus dois anos de presidência do Senado, mais os quatro anos do presidente Rodrigo Pacheco, mais esses dez meses do Davi Alcolumbre aqui, Vossas Excelências sabem, conhecem e observam todos os dias o quão respeitoso às instituições brasileiras eu sou e da forma que eu trato”.

A proposta, agora sob responsabilidade do Senado, deve reacender a disputa institucional entre Legislativo e Judiciário em torno das decisões monocráticas e dos limites de atuação de cada Poder.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Decisão de Gilmar Mendes deve travar 66 pedidos de impeachment contra ministros do STF

Decisão terá como consequência o arquivamento de todas as ações pendentes no Senado contra a membros da Corte Suprema

      Sede do STF (Foto: Ag. Brasil)

A decisão liminar do ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal, deve paralisar de imediato e abrir caminho para o arquivamento dos 66 pedidos de impeachment de ministros do STF que aguardam análise no Senado, aponta reportagem do jornal O Estado de S.Paulo.

Gilmar Mendes atendeu a uma ação do Solidariedade e da Associação de Magistrados Brasileiros (AMB), restringindo exclusivamente ao procurador-geral da República a prerrogativa de apresentar denúncias por crime de responsabilidade contra membros da Corte. A decisão afeta diretamente as solicitações já protocoladas, todas feitas por cidadãos, associações ou parlamentares, conforme publicou o Estadão.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), mantém sobre sua mesa 66 pedidos pendentes desde 2021. Pela Constituição, cabe apenas ao chefe da Casa decidir se arquiva ou encaminha ao plenário as solicitações de afastamento de ministros por supostos crimes de responsabilidade.

Segundo Gilmar Mendes, a limitação evita riscos institucionais envolvendo o Judiciário. “Trata-se de medida revestida de extrema urgência, dada a indispensabilidade de preservação da independência do Poder Judiciário”, escreveu o ministro ao justificar a concessão da liminar.

⊛ Especialistas veem impacto imediato nos processos

Para o professor de Direito Constitucional da USP, Rubens Beçak, a determinação do ministro atinge também os requerimentos já em tramitação. Segundo o jurista, a lógica do direito favorece a retroatividade em casos que beneficiam o acusado. “A lei só retroage em benefício do réu, nunca em sentido oposto. Se alguém está sendo acusado por meio de um processo de impeachment, é um eventual réu, então seria natural na sistemática do que é o direito ela (decisão do ministro Gilmar Mendes) retroagir”, afirmou.

O advogado Acacio Miranda, doutor em Direito Constitucional pelo IDP, segue a mesma linha e afirma que a liminar “deixa implícito o seu efeito retroativo”, o que permitiria alcançar todos os pedidos protocolados no Senado.

Ainda assim, a decisão dependerá da análise do plenário do STF, que julgará o caso no ambiente virtual entre 12 e 19 de dezembro. Apenas com a chamada modulação dos efeitos — momento em que os ministros delimitam o alcance da regra — será possível definir se os pedidos serão definitivamente invalidados.

Já o pesquisador Caio Morau, doutor em Direito pela USP, pondera que a liminar não extingue de imediato os processos, mas suspende todos até que o julgamento seja concluído. “Nenhum dos processos, por enquanto, vai poder tramitar. Eles continuam constando formalmente dos arquivos de numeração de pedidos de impeachment no Senado, mas os casos não poderiam avançar. (Por causa da decisão em medida cautelar) haverá uma suspensão dos processos”, explicou.

⊛ Cenário deve permanecer inalterado no Senado

Mesmo com a intervenção do STF, especialistas afirmam que o ambiente político no Senado já era historicamente refratário ao avanço de pedidos de impeachment contra ministros da Suprema Corte. Nunca um integrante do tribunal foi destituído por crime de responsabilidade e, em 134 anos, apenas um magistrado chegou a ser afastado.

Os próximos passos dependerão do julgamento no plenário do Supremo. Após a decisão final, caberá ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre, cumprir a determinação da Corte, definindo o destino dos 66 pedidos acumulados em sua mesa.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

CPMI do INSS ouve secretário da Conafer nesta quinta-feira

O requerimento é do presidente da CPMI, senador Carlos Viana
Waldemir Barreto/Agência Senado


Está marcada para esta quinta-feira (4), às 9h, o depoimento do secretário da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares do Brasil (Conafer), Silas da Costa Vaz, à CPMI do INSS. O requerimento para a convocação de Silas Vaz (REQ 2.147/2025) foi apresentado pelo presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG).

Segundo Viana registra em seu requerimento, um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU), após entrevistas com 1.273 beneficiários do INSS, aponta que 97,6% deles informaram não ter autorizado descontos efetuados em seus proventos. Quase 96% afirmaram não participar de associações, demonstrando, portanto, que tais descontos estariam ocorrendo de maneira indevida.

Na mesma reunião, a CPMI vai ouvir o presidente da Amar Brasil Clube de Benefícios (ABCB), Américo Monte Júnior. Segundo o autor do requerimento (REQ 1.342/2025), deputado Rogério Correia (PT-MG), a convocação de Monte Júnior é necessária “para esclarecer questões relacionadas à atuação da entidade no contexto do escândalo envolvendo o INSS, que apontou possíveis irregularidades na gestão e descontos indevidos em benefícios previdenciários”.

Requerimentos

Na parte deliberativa, está prevista a votação de 181 requerimentos. Um deles pede a convocação do ministro da Previdência, Wolney Queiroz (REQ 363/2025). O autor do requerimento é o relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (PL-AL).

O vice-presidente da comissão, deputado Duarte Jr. (PSB-MA), apresentou um requerimento para a convocação do empresário Daniel Vorcaro (REQ 1.499/2025). Vorcaro é dono do Banco Master, recentemente liquidado pelo Banco Central. Segundo Duarte Jr., o MPF e o INSS já apuram possíveis irregularidades na concessão de empréstimos consignados pelo Banco Master.

Também consta da pauta o pedido de quebra de sigilo bancário e fiscal da Zema Crédito Financeira (REQ 2.744/2025). De acordo com o autor do requerimento, deputado Rogério Correia, é preciso apurar "a eventual vinculação entre decisões administrativas do governo federal, interesses eleitorais e as atividades da Financeira Zema". A financeira tem ligações com a família do governador de Minas Gerais, Romeu Zema. Outro requerimento, também de Rogério Correia, pede a convocação do próprio governador (REQ 2.827/2025).

Fonte: Agência Senado

quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

Prefeitura de Apucarana injeta mais de R$ 35 milhões na economia com a antecipação dos salários de dezembro, do 13º e do abono

Gestão reforça responsabilidade fiscal, valoriza o servidor e fortalece o comércio no fim de ano


O prefeito de Apucarana, Rodolfo Mota, anunciou nesta quarta-feira que a prefeitura vai pagar, no próximo dia 15 de dezembro, a segunda metade do décimo terceiro salário dos 3.675 servidores municipais. Mota também confirmou a antecipação da folha de dezembro, que será depositada no dia 23, juntamente com o abono de R$ 250 aos servidores. Somados, os três pagamentos totalizam R$ 35.583.594,74 em valores brutos, que serão injetados diretamente na economia do município.

O prefeito destacou que a medida é resultado direto do esforço conjunto entre gestão e funcionalismo. “Mesmo com grandes desafios financeiros, honramos a primeira metade do décimo terceiro em julho. E agora, graças à continuidade das ações administrativas e da colaboração dos servidores, que atuaram conosco em uma política de economia e eficiência, estamos pagando a segunda metade. Reconheço o trabalho de cada servidor ao longo deste ano. A antecipação é um gesto de respeito e reafirma nossa gestão sólida, que honra quem trabalha e mantém o foco no que realmente importa: servir bem a população”, afirmou Rodolfo Mota.

O secretário municipal de Fazenda, professor Rogério Ribeiro, detalhou os valores envolvidos na operação financeira. A folha antecipada de dezembro soma R$ 23.481.130,84, enquanto a segunda parcela do décimo terceiro representa R$ 11.183.713,90. O abono de R$ 250 destinado aos 3.675 servidores adiciona mais R$ 918.750,00 ao montante final. “Esse movimento planejado e sustentado por responsabilidade fiscal injeta mais de R$ 35 milhões na economia de Apucarana. Mantivemos rigor absoluto no controle das despesas e garantimos previsibilidade ao servidor, fechando 2025 com equilíbrio, transparência e entregando resultados concretos na ponta”, ressaltou.

O secretário de Gestão Pública, Robson de Souza Cruz, destacou o trabalho integrado das equipes técnicas. “As antecipações da segunda parcela do 13º para o dia 15 e do salário de dezembro para o dia 23 — que incluirá também o abono de R$ 250, o maior já pago — garantem que o servidor possa planejar melhor suas compras de fim de ano. O Departamento de Recursos Humanos atuou intensamente para deixar toda a documentação em ordem, enquanto a Secretaria da Fazenda realizou um esforço robusto para viabilizar recursos suficientes, equivalentes a praticamente uma folha e meia. É gestão integrada, cada área cumprindo seu papel, garantindo compromissos honrados e total organização”, afirmou.

Com a antecipação dos pagamentos e a circulação de mais de R$ 35 milhões no município, a administração municipal reforça o compromisso com responsabilidade fiscal, valorização do servidor e estabilidade financeira. O volume adicional de recursos deve impulsionar ainda mais o comércio de Apucarana, especialmente neste período em que as lojas passam a atender à noite a partir de 8 de dezembro, fortalecendo as vendas e movimentando ainda mais a economia no fim do ano.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Estádio Olímpio Barreto recebe neste domingo a grande final do Supercampeonato Amador de Apucarana

Entrada será gratuita e a expectativa é de um bom público para prestigiar o encerramento da competição municipal que reuniu 21 equipes de várias regiões da cidade


A Secretaria de Esportes da Prefeitura de Apucarana promove neste domingo (07/12), às 10 horas, no Estádio Municipal Olímpio Barreto, a grande final do Supercampeonato Municipal Amador de Futebol de Campo. O título da primeira edição da competição será decidido pelas equipes JPG FC, melhor equipe da etapa classificatória, e Pinheirão, do Distrito de Correia de Freitas. A entrada é gratuita.

A movimentação no estádio, porém, terá início mais cedo, com a disputa do terceiro e quarto lugar, a partir das 8h15, entre as equipes Supermercado Viana e Adriano Correia. Iniciado em 14 de outubro, o campeonato reuniu 21 equipes, divididas em seis grupos, com jogos nas noites de terça e quinta, além da tradicional rodada nos domingos de manhã. Os confrontos aconteceram em quatro praças esportivas que foram revitalizadas pela Prefeitura recentemente: Estádio Municipal Olímpio Barreto, campos Hairton Santos (Zé Rico), Sesi e UTFPR.

Entusiasta do esporte amador, o prefeito Rodolfo Mota convida a população para prestigiar a partida final. “Foram semanas de competição em praças esportivas revitalizadas, com jogos disputados e um clima de verdadeira integração das nossas comunidades. Quero convidar todas as famílias de Apucarana para prestigiar esta decisão e celebrar o esporte amador, que é parte da nossa identidade e do nosso compromisso de cuidar das pessoas”, disse o prefeito.

O secretário municipal de Esportes, Bruno Marchi, afirma que a organização encerra neste domingo a primeira edição do Supercampeonato Amador com a sensação de missão cumprida. “Reunimos 21 equipes em uma competição equilibrada, marcada pela disciplina, pelo espírito esportivo e por partidas de excelente qualidade técnica. Tudo transcorreu com tranquilidade, graças ao comprometimento dos atletas, das comissões técnicas e das nossas equipes de apoio. A final entre JPG FC e Pinheirão representa bem o nível que alcançamos, e esperamos todos no Olímpio Barreto para essa grande decisão”, diz o secretário.

O coordenador da competição, professor Ângelo Danilo, assinala que também haverá premiação para o artilheiro e o goleiro menos vazado. “Além da disputa pelo título, teremos também a entrega dos troféus de artilheiro e de goleiro menos vazado, reconhecendo o desempenho individual dos atletas que se destacaram ao longo de toda a competição. É uma forma de valorizar o comprometimento, a regularidade e o talento que vimos em campo durante o campeonato”, assinala o coordenador. De acordo com ele, o grande favorito a artilheiro é o atleta Luís Guilherme Sartori, que já marcou 13 gols. “Para definição do goleiro menos vazado temos que esperar as duas últimas partidas para realizar o cálculo gols sofridos/partidas jogadas”, explica Ângelo.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

Cinco condenados pelo 8/1 serão extraditados de Buenos Aires, decide Justiça argentina


       Bolsonaristas nos atos golpistas do 8/1. Foto: reprodução

A Justiça da Argentina decidiu, nesta quarta-feira (3), autorizar a extradição de cinco bolsonaristas condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023. A decisão foi tomada pelo juiz Daniel Rafecas, da 3ª Vara Federal de Buenos Aires, após análise do pedido enviado pelo ministro Alexandre de Moraes. Com a determinação, Ana Paula de Souza, Wellington Firmino, Rodrigo de Freitas, Joelton Gusmão Oliveira e Joel Borges Corrêa deverão ser entregues às autoridades brasileiras para cumprir as penas estabelecidas pela Corte.

Os cinco estavam foragidos desde o período de julgamento no STF e foram presos no fim de 2024 pela polícia argentina. Ao entrarem no país, todos solicitaram refúgio à Comissão Nacional para os Refugiados (Conare), mas não obtiveram resposta até o momento das detenções.

Mesmo com a decisão judicial favorável à extradição, o processo ainda precisa passar pela análise do próprio Conare, que reúne representantes dos ministérios do Interior, Justiça, Segurança e Relações Exteriores. A palavra final caberá ao presidente argentino, Javier Milei.

A audiência conduzida por Rafecas contou com a participação dos advogados dos brasileiros, do promotor responsável pelo caso e de representantes da Advocacia-Geral da União (AGU), que atuaram em nome do governo brasileiro.

O juiz não examinou o mérito das condenações proferidas pelo STF, mas avaliou critérios técnicos: se os crimes atribuídos aos réus têm correspondência no Código Penal argentino e se o procedimento respeita o tratado de extradição firmado entre os dois países.

O 5 golpistas que serão extraditados. Foto: reprodução
O STF condenou os cinco a mais de 14 anos de prisão pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa armada. O conjunto de penas já começou a ser executado no Brasil para outros condenados presentes no país, e a extradição dos foragidos é considerada um passo significativo na cooperação entre Brasília e Buenos Aires no combate a crimes antidemocráticos.

Apesar da decisão, a defesa ainda pode recorrer à Suprema Corte da Argentina, última instância possível para tentar impedir o envio dos condenados ao Brasil. O julgamento de eventuais recursos, segundo fontes jurídicas em Buenos Aires, pode levar semanas.

A estratégia dos brasileiros em pedir refúgio foi inicialmente vista como um possível obstáculo para a extradição. No entanto, mudanças recentes na legislação argentina alteraram o cenário.

Em outubro de 2024, uma nova norma determinou que o status de refugiado não pode ser concedido a pessoas condenadas por crimes graves, incluindo atos terroristas, ataques contra a ordem institucional ou violações de direitos humanos.

Esse novo marco legal acabou fortalecendo o entendimento do Judiciário argentino e abrindo caminho para o atendimento ao pedido brasileiro.

A cooperação entre os dois países já vinha sendo tratada antes da decisão desta quarta-feira. Em junho, o governo argentino enviou ao Ministério das Relações Exteriores do Brasil uma lista com os nomes dos cidadãos que haviam solicitado refúgio após suas condenações, indicando desde então disposição em colaborar com a extradição.

Fonte: DCM

Rodrigo Bacellar tinha R$ 90 mil em dinheiro vivo no carro quando foi preso, diz PF


      Dinheiro encontrado no carro de Rodrigo Bacellar. Foto: reprodução

A operação que levou à prisão do deputado estadual Rodrigo Bacellar (União Brasil), presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), trouxe novos elementos para a investigação da Polícia Federal. Durante o cumprimento dos mandados nesta quarta-feira (3), agentes encontraram R$ 90,8 mil em espécie no carro do parlamentar, além de três celulares que serão submetidos à perícia criminal.

A apreensão reforça, na visão dos investigadores, o risco de fuga apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que classificou a “situação financeira” de Bacellar como um dos fatores que justificariam a prisão preventiva. A imagem dos maços de dinheiro foram cedidos pela PF ao Uol.

Bacellar foi detido no âmbito da Operação Unha e Carne, que apura o vazamento de informações sigilosas relacionadas à Operação Zargun. Essa fase anterior investigava a atuação do ex-deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, o TH Joias, suspeito de atuar como intermediário do Comando Vermelho.

Segundo a PF, mensagens obtidas durante as investigações indicam que Bacellar teria orientado TH Joias a retirar objetos da residência horas antes da operação que resultaria em sua prisão, em setembro.

As conversas reveladas pela polícia mostram que, um dia antes da ação, TH avisou Bacellar sobre a troca de telefone e discutiu estratégias para esvaziar a casa.

Para os investigadores, os indícios sugerem tentativa de obstrução da Justiça e uso da influência política do presidente da Alerj para proteger aliados. A PGR também apontou que o parlamentar, por sua projeção no estado e capacidade financeira, poderia interferir na produção de provas caso permanecesse em liberdade.

Rodrigo Bacellar e Jair Bolsonaro. Foto: reprodução

Cotado para disputar o governo do Rio de Janeiro em 2026, Bacellar tem trajetória marcada por passagens por diferentes partidos e cargos relevantes. Ele foi eleito deputado estadual em 2018 pelo Solidariedade, reeleito em 2022 pelo PL e, posteriormente, migrou para o União Brasil.

Também foi secretário de Estado de Governo em 2021 e alcançou a presidência da Alerj por unanimidade. Essa ascensão política, agora colocada sob questionamento, ocorre no momento em que aliados do governador Cláudio Castro (PL) tentam se afastar da crise.

A Alerj afirmou, em nota, que ainda não recebeu comunicação oficial sobre a operação e que adotará “as medidas cabíveis” quando tiver acesso integral às informações. Já a defesa do parlamentar classificou a prisão como “totalmente desproporcional”.

O advogado Bruno Borragine declarou que Bacellar está “confiante” na reversão da medida pelos próprios deputados e reforçou que o cliente respondeu “tudo o que lhe foi perguntado” pela Polícia Federal. Em nota, os advogados afirmaram: “Bacellar também refuta qualquer acusação de que vazou informações a potenciais alvos de operações”.

Fonte: DCM com informações do UOL

VÍDEO: Flávio surta após decisão de Gilmar e atira para todos os lados


   O senador Flávio Bolsonaro. Foto: reprodução

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) protagonizou um discurso histérico no Congresso nesta quarta-feira (3), ampliando o clima de tensão que envolve o núcleo bolsonarista desde a prisão do pai, Jair Bolsonaro, e a crise interna no PL. A semana, que já havia começado mal para o parlamentar, ficou ainda mais crítica após a detenção do aliado Rodrigo Bacellar (União Brasil), presidente da Alerj, e o recuo público diante da madrasta, Michelle Bolsonaro, na disputa sobre o apoio do PL à candidatura de Ciro Gomes no Ceará.

Mas o estopim da reação mais dura do senador foi a decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que limitou a atuação do Senado em pedidos de impeachment contra ministros da Corte. A partir da liminar, apenas a Procuradoria-Geral da República (PGR) pode apresentar essas denúncias.

Visivelmente irritado, Flávio subiu à tribuna e direcionou ataques à imprensa e ao STF. “A imprensa que está me ouvindo, prestem muita atenção. O que é que vocês não entenderam, que o próximo a ser internado no Manicômio de Itaguaí são vocês?”, afirmou, em uma referência à obra “O Alienista”, do Machado de Assis.

Ele ainda acusou os veículos de comunicação de terem contribuído para o desgaste do pai. “Já conseguimos enterrar o Bolsonaro vivo. Agora deu, tá na hora do Supremo parar de blasfemar isso”.



Em outro trecho, atacou diretamente o Judiciário e falou em arbitrariedade. “Se os caras acordarem de mau humor, vão tomando dinheiro do Judiciário contra esses veículos de imprensa. Porque estão atentando contra a democracia. Duvidam?”, questionou.

O senador também estabeleceu paralelos com regimes autoritários, citando a Venezuela como exemplo do que, segundo ele, estaria em curso no Brasil. “Olha para a Venezuela. Ninguém começa a implantar uma ditadura da noite para o dia rápido. É aos pouquinhos, vão retirando a nossa liberdade pouco a pouco”, disse.

Ele criticou ainda projetos de regulação da internet, afirmando que há uma tentativa de controlar o ambiente digital: “Não caia nessa falácia de dizer que a internet é uma terra de lei, porque não é”.

No momento mais tenso, Flávio cobrou reação dos colegas. “Cadê os 81 senadores subindo aqui nessa tribuna para se posicionar? … Tem a ombridade de vir aqui rever a sua própria sobrevivência”. Ele afirmou que brasileiros estariam “exilados” em diversos países e enfrentando dificuldades financeiras. “Tem um monte de gente fora do Brasil exilada passando fome nos Estados Unidos, na Itália, na Argentina, no Paraguai”.

O senador encerrou reforçando que, na sua visão, há risco institucional. “Agora vamos lá para falar que a democracia tá ameaçada, me desculpa. Democracia está ameaçada”.

Fonte: DCM

AGU pede que Gilmar recue de decisão que limita à PGR pedidos de impeachment de ministros do STF

AGU afirma que limitar pedidos à PGR afronta a separação de Poderes

  Ministro do STF Gilmar Mendes. (Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF)

A Advocacia-Geral da União (AGU) enviou ao ministro Gilmar Mendes um pedido para que ele reconsidere a decisão que limita exclusivamente ao procurador-geral da República a apresentação de denúncias por crimes de responsabilidade contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o G1, a AGU também pediu a suspensão dos efeitos da medida cautelar até o julgamento definitivo pelo plenário do STF, previsto para começar no dia 12 no formato virtual.

◉ Disputa jurídica sobre o alcance da Lei do Impeachment

A controvérsia envolve trechos da Lei do Impeachment, de 1950, que autorizam qualquer cidadão — parlamentar ou não — a denunciar ministros do Supremo e o procurador-geral da República por possíveis crimes de responsabilidade. A Constituição estabelece que o Senado é o órgão encarregado de processar e julgar tais delitos, ainda que não haja previsão específica de impeachment para integrantes da Corte.

Na decisão contestada, Gilmar Mendes considerou que "somente o Procurador-Geral da República pode formular denúncia em face de membros do Poder Judiciário pela prática de crimes de responsabilidade". Para o ministro, a possibilidade de denúncias amplas poderia favorecer "a intimidação do Poder Judiciário por meio do impeachment abusivo", comprometendo a segurança jurídica e a independência institucional.

◉ AGU rebate tese de intimidação e defende soberania popular

No documento enviado ao STF, o advogado-geral da União, Jorge Messias, afirmou que a apresentação de pedidos de impeachment por cidadãos não representa qualquer risco às funções do Judiciário. Segundo ele, "o controle do exercício do poder pelos cidadãos decorre da soberania popular inscrita no artigo 1º, parágrafo único, da Constituição Federal, ao estatuir que: todo o poder emana do povo".

Messias argumentou ainda que restringir a legitimidade das denúncias ao procurador-geral da República poderia distorcer o papel institucional do STF. O texto sustenta que "o acolhimento de tal pedido implicaria atuação dessa Suprema Corte como uma espécie de legislador substitutivo, tutela que não se admite no ordenamento pátrio, sob pena de vulneração ao postulado da separação dos Poderes".

◉ Decisão final caberá ao plenário do Supremo

Com a manifestação da AGU, o caso agora será analisado pelo plenário virtual do STF, que decidirá se mantém ou revê a interpretação do ministro Gilmar Mendes sobre a Lei do Impeachment e a legitimidade para apresentação de denúncias por crimes de responsabilidade.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Moro chama de fantasiosa operação da PF na Vara da Lava-Jato

Senador critica decisão de Dias Toffoli após nova ação da PF em investigação ligada ao caso Tony Garcia

       Sergio Moro (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

O senador Sérgio Moro (União-PR) reagiu nesta quarta-feira (3) à decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou uma operação de busca e apreensão na 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelos processos da Lava-Jato. Moro classificou como “fantasioso” o relato que embasou a medida.

A ação integra uma investigação aberta após acusações feitas pelo ex-deputado estadual Tony Garcia, que afirma ter sido coagido, em procedimento anterior à Lava-Jato, a realizar gravações ilegais por determinação do então juiz Sergio Moro — o que o senador nega.

A defesa de Moro reiterou que não houve qualquer irregularidade no caso. Em nota, afirmou: “Não houve qualquer irregularidade no processo de quase 20 anos atrás que levou à condenação de Tony Garcia por ter se apropriado de recursos de consorciados do Consórcio Garibaldi. Como o próprio PGR afirmou, não há causa para competência do STF no inquérito, já que não há sob investigação ato praticado por Sergio Moro na condição de senador ou ministro”.

A decisão de Toffoli não foi o primeiro movimento judicial relacionado ao caso. Em outubro, o ministro já havia autorizado diligências para coleta de documentos no mesmo local, também no contexto das acusações feitas por Garcia.

A 13ª Vara de Curitiba está sob investigação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) desde o ano passado. Em junho, o plenário do órgão aprovou um relatório apontando suspeitas de peculato, corrupção e prevaricação envolvendo magistrados e procuradores que atuaram na operação. O documento também indicou a possibilidade de desvio de recursos públicos e de articulação entre juízes e membros do Ministério Público que teria levado à prática de atos irregulares.

O relatório foi elaborado pelo ministro Luís Felipe Salomão, então corregedor nacional de Justiça, e encaminhado para a Procuradoria-Geral da República e para o Supremo Tribunal Federal, ampliando o alcance das apurações.

Fonte: Brasil 247