segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

Colunista da Folha é atacada por deputado bolsonarista


           Gustavo Gayer, deputado federal bolsonarista. Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados

O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) atacou a colunista Lygia Maria, da Folha de S.Paulo, nas redes sociais no domingo (30). O motivo da reação foi um texto em que a jornalista discute supostos abusos do Supremo Tribunal Federal e afirma, já no título, que “não há justificativa para os abusos do STF”, uma formulação que, na prática, reforça a tese da extrema-direita contra a Corte.

“Canalhas!”, iniciou Gayer. “Vocês passaram os últimos 6 anos tentando convencer o Brasil que ‘há justificativas para os abusos do STF’. Na verdade chegavam ao ponto de dizer que nem sequer havia abusos”, escreveu no momento de surto.


A colunista, no entanto, reconhece que os supostos “abusos” foram essenciais para punir os golpistas comandados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas com o adendo de que seria a hora da Corte voltar à sua funcionalidade, comparando com a Operação Lava-Jato.

“Trata-se, porém, de uma ideia perigosa, já que incita a hipertrofia da mais alta corte do país —que há anos falha em sua autocontenção— e a fragilização de princípios fundamentais do Estado democrático de Direito que se alega proteger”, diz.

“Além disso, deficiências e erros no processo são capazes de reverter decisões no futuro, como mostra o desmonte da Lava-Jato promovido pelo Supremo”.

Por fim, Lygia Maria responsabiliza a imprensa e “parte da sociedade” pelas condutas do Supremo que, segundo ela, tentam “justificar os excessos”, afirmando que as “exceções tendem a virar regra”.

Fonte: DCM

Prefeito de Londres muda de ideia e aprova guaraná enviado por Janja: “Boa bebida”


      O prefeito de Londres, Sadiq Khan, que mudou de ideia com relação ao guaraná – Reprodução

O prefeito de Londres, Sadiq Khan, voltou às redes sociais neste domingo para comentar a polêmica em torno do guaraná que experimentou durante a COP30, em Belém do Pará. Depois de viralizar ao dizer que a bebida era “horrível”, ele publicou um novo vídeo afirmando ter mudado de opinião ao provar a versão tradicional enviada pela primeira-dama Janja da Silva. Com informações da Folha de S.Paulo.

Khan explicou que as latinhas de guaraná que recebeu de Janja foram fundamentais para que ele entendesse o verdadeiro sabor da bebida. Segundo ele, a equipe havia lhe servido uma versão quente e zero açúcar durante a COP30, o que contribuiu para a reação negativa que irritou milhares de brasileiros nas redes sociais.

No vídeo, ele agradece o presente e diz que seguiu as orientações dos brasileiros, que recomendaram tomar o refrigerante bem gelado e com uma rodela de laranja. Essa combinação, segundo o prefeito, foi determinante para que ele apreciasse a bebida, ao contrário da experiência anterior.

A primeira avaliação de Khan havia provocado comentários indignados e brincadeiras sobre um suposto “incidente diplomático”. Na ocasião, ele fez caretas ao experimentar o guaraná e afirmou de forma direta que “não conseguia nem fingir” que havia gostado, frase que se espalhou rapidamente pelas redes.

Mesmo criticando o guaraná, Khan já havia elogiado outros itens brasileiros durante sua passagem pelo Brasil. Ele afirmou gostar de brigadeiro, biscoito de polvilho, paçoca, pão de queijo e do Guaravita. O guaraná zero, no entanto, ficou marcado como a escolha errada, segundo o próprio prefeito.

Na nova gravação, Khan aparece vestindo uma camisa vintage da seleção brasileira e reforça que entendeu como a bebida deveria ser consumida. Ele diz claramente: “Eu gostei, eu realmente gostei”, destacando que a versão original é diferente da que provou em Belém.

Ele também comentou que a repercussão foi bem-humorada, mas intensa. O prefeito afirmou ter lido muitos comentários brasileiros e reconheceu que a temperatura e a versão do refrigerante influenciaram sua avaliação equivocada. “Aquilo que você me deu era horrível”, completou ele, se referindo à primeira latinha.

Com a nova declaração, Khan tenta encerrar a discussão causada por sua primeira reação e agradece novamente a Janja pelo envio da bebida correta. O vídeo encerra com ele brindando e dizendo que agora compreende o entusiasmo dos brasileiros com o guaraná.

Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo

Trump confirma ligação com Maduro em meio à crise entre EUA e Venezuela


       O presidente dos EUA, Donald Trump

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou neste domingo que conversou por telefone com o líder venezuelano Nicolás Maduro. A declaração foi dada a repórteres a bordo do Air Force One, durante o voo de retorno a Washington, após o feriado prolongado do Dia de Ação de Graças. Trump evitou comentar o conteúdo da conversa, limitando-se a dizer que “a resposta é sim”.

Questionado pela imprensa, o presidente afirmou que não classificaria a ligação como boa ou ruim e descreveu o contato como “apenas uma chamada telefônica”. A confirmação ocorreu após o New York Times relatar que os dois haviam conversado ainda na semana anterior, segundo fontes ouvidas pelo jornal.

A revelação surge em um momento de tensão crescente entre Washington e Caracas. No sábado, Trump publicou na Truth Social que o espaço aéreo venezuelano deveria ser considerado “totalmente fechado”. A mensagem foi dirigida a companhias aéreas, pilotos e grupos envolvidos em tráfico de drogas e de pessoas.

Na publicação, Trump escreveu que todos deveriam “considerar o fechamento total do espaço aéreo sobre e ao redor da Venezuela”. A frase foi recebida como uma ameaça direta de endurecimento das restrições aéreas, ampliando a pressão diplomática exercida pelos Estados Unidos.

Donald Trump, presidente dos EUA, e Nicolás Maduro, da Venezuela. Foto: reprodução
O governo venezuelano reagiu imediatamente. Em comunicado divulgado pelo chanceler Yván Gil, Caracas classificou a fala de Trump como uma “ameaça colonialista” que viola a soberania do país. O texto afirmou ainda que a declaração representa um ato “extravagante, ilegal e injustificado” contra o povo venezuelano.

Segundo o chanceler, Trump tenta aplicar de forma extraterritorial uma jurisdição que a Venezuela considera ilegítima. O comunicado acusa os Estados Unidos de manterem uma política permanente de agressão e reforça que o país não aceitará ordens nem interferências de qualquer governo estrangeiro.

A chancelaria venezuelana acrescentou que a postura do governo americano implica também uma suspensão unilateral dos voos de repatriação de venezuelanos enviados regularmente pelos EUA. Para Caracas, a medida confirma a escalada das tensões entre os dois países.

Em sua conclusão, o governo venezuelano afirmou que continuará exercendo sua soberania sobre o espaço aéreo nacional, amparado pelo Direito Internacional. O episódio reforça o desgaste nas relações bilaterais e deve ampliar o clima de instabilidade política e diplomática entre Washington e Caracas nos próximos dias.

Fonte: DCM

Ramagem desafia Alexandre de Moraes a pedir sua extradição aos Estados Unidos

Deputado condenado pelo STF, agora foragido nos EUA, grava vídeo em que acusa o Brasil de “juristocracia” e provoca o ministro do STF

     Alexandre Ramagem (Foto: Fellipe Sampaio/STF)

O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por participação na trama golpista de 8 de janeiro e atualmente foragido nos Estados Unidos, publicou um vídeo neste domingo (30) desafiando o ministro Alexandre de Moraes a formalizar um pedido de extradição. As informações foram divulgadas originalmente pelo portal RT Brasil.

Ramagem fugiu para território norte-americano em setembro, antes da conclusão do julgamento, e passou a ser considerado fugitivo pela Justiça brasileira. No vídeo, divulgado nas redes sociais, ele afirma que uma eventual extradição levaria a Justiça dos EUA a examinar os processos que o condenaram no Brasil.

“Se o senhor Alexandre de Moraes quiser trazer algum pedido para a minha extradição, ele vai ter que remeter para análise de um juiz federal americano toda a ação do golpe que me envolve e o presidente Bolsonaro. Então, eu peço, traga para análise dos norte-americanos essa ação do golpe”, declarou.

O parlamentar também afirmou que, na visão dele, haveria por parte dos Estados Unidos “uma resposta enfática do que é uma juristocracia, uma ditadura, uma arbitrariedade que assola o Brasil agora”.

Condenação, perda de mandato e mandado de prisão

Em 25 de novembro, Moraes tornou definitiva a pena imposta ao deputado: 16 anos, um mês e 15 dias de prisão em regime inicial fechado, além de 50 dias-multa. Com a fuga, o ministro determinou a expedição do mandado de prisão, a inclusão de Ramagem no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP) e o envio de ofício à Polícia Federal para adoção das medidas cabíveis.

Moraes também decretou a perda dos cargos de delegado e de deputado federal.

Fonte: Brasil 247 com informações do RT Brasil

"Brasil tem riqueza demais concentrada nas mãos dos super-ricos", diz Lula

Presidente deixa claro que o combate à desigualdade será o principal mote da sua campanha em busca de um quarto mandato

       Lula em seu pronunciamento (Foto: Ricardo Stuckert)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em pronunciamento realizado na noite deste domingo, que o Brasil vive uma ruptura histórica ao finalmente enfrentar o que chamou de “injustiça tributária”, base estrutural da desigualdade no país. As declarações foram feitas após a sanção da lei que isenta do Imposto de Renda todos os trabalhadores que ganham até R$ 5 mil por mês, medida aprovada por unanimidade na Câmara e no Senado e que entra em vigor em janeiro de 2026.

“Mais do que uma correção da tabela do Imposto de Renda, a nova lei ataca a principal causa da desigualdade no Brasil: a chamada injustiça tributária”, disse Lula. O presidente ressaltou que dezembro de 2025 será o último mês em que trabalhadores com essa faixa salarial terão desconto de IR no contracheque.

⊛ Lula aponta distorção histórica: trabalhadores pagam mais do que rentistas

No pronunciamento, Lula destacou que a mudança corrige uma distorção enraizada há séculos no país, marcada pela concentração de privilégios numa pequena elite econômica. Ele citou que, enquanto trabalhadores pagam até 27,5% de IR, quem vive de renda desembolsa, em média, apenas 2,5%.

Segundo o presidente, esse cenário gera situações “inaceitáveis”: “Quem mora em mansão, tem dinheiro no exterior, coleciona carros importados, jatinhos particulares e jet skis, paga 10 vezes menos do que uma professora, um policial ou uma enfermeira.”

Lula classificou essa realidade como resultado de mais de 500 anos de privilégios acumulados pelas classes mais altas e transmitidos de geração em geração. “Brasil tem riqueza demais concentrada nas mãos dos super-ricos”, afirmou, lembrando que o 1% mais rico concentra 63% de toda a riqueza, enquanto metade da população detém apenas 2%.

⊛ Taxação dos super-ricos bancará isenção para milhões

A nova lei também reduz o imposto para quem recebe entre R$ 5 mil e R$ 7.350, ampliando o alívio tributário. Para quem ganha R$ 4,8 mil, a isenção representa economia anual de cerca de R$ 4 mil, “quase um 14º salário”, nas palavras de Lula.

O presidente enfatizou que o financiamento da medida não ocorrerá às custas de cortes em educação ou saúde, mas da taxação dos super-ricos que recebem mais de R$ 1 milhão por ano e hoje pagam “nada ou quase nada”. Pela nova regra, esse grupo – estimado em 140 mil pessoas, ou 0,1% da população – passará a contribuir com 10% de imposto sobre a renda.

“140 mil super-ricos pagando um pouco mais para que muitos milhões deixem de pagar”, afirmou.

⊛ Impacto econômico imediato: R$ 28 bilhões a mais no consumo

Lula também destacou que a isenção representa um estímulo direto ao consumo e à atividade econômica. Segundo cálculos da Receita Federal mencionados no discurso, a medida deve injetar R$ 28 bilhões na economia em 2026, fortalecendo comércio, indústria e serviços.

O presidente relacionou o aumento do poder de compra ao círculo virtuoso que impulsiona empregos, renda e oportunidades: “Esse alívio significa mais dinheiro no bolso, que significa maior poder de compra, que significa aumento no consumo, que faz a roda da economia girar.”

⊛ Avanços do governo e promessa de continuidade

Lula aproveitou o pronunciamento para elencar ações sociais e econômicas que marcaram seu terceiro mandato até aqui, citando a retirada do Brasil do Mapa da Fome, a volta da política de valorização do salário mínimo, o fortalecimento do Bolsa Família, a criação do Pé-de-Meia, o reajuste da alimentação escolar, a ampliação do financiamento para agricultura familiar e o lançamento dos programas Luz do Povo e Gás do Povo.

Segundo ele, mesmo com a desigualdade no nível mais baixo da história recente, ainda persiste uma concentração de riqueza “inaceitável”. A reforma do Imposto de Renda, afirmou, é apenas o primeiro passo de uma agenda maior:

“Podem ter certeza de que não vamos parar por aí. O que nós queremos é que a população brasileira tenha direito à riqueza que produz com o suor do seu trabalho.”

O discurso deixa claro que o enfrentamento às desigualdades será central na narrativa de Lula rumo à disputa pela reeleição para um quarto mandato – reforçando o tema que marcou toda a sua trajetória política.

Fonte: Brasil 247

domingo, 30 de novembro de 2025

STF determina à defesa que apresente documentos que comprovem histórico clínico do general Heleno

Medida do ministro Alexandre de Moraes visa subsidiar análise do pedido de prisão domiciliar humanitária do condenado, que cumpre pena pela tentativa de golpe de Estado

       Foto: Fellipe Sampaio/STF

Em despacho assinado neste sábado (29), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a defesa do general da reserva Augusto Heleno apresente, em cinco dias, toda a documentação médica que comprove o histórico clínico alegado para embasar o pedido de prisão domiciliar humanitária. Como a condenação transitou em julgado (fim da possibilidade de recursos) na última terça-feira (25), o general começou a cumprir a pena de 21 anos de prisão, fixada na Ação Penal (AP) 2668, por crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado.

A defesa requereu, em caráter de urgência, a concessão de prisão domiciliar humanitária ao condenado, em razão de seu estado de saúde e da idade avançada. Sustenta que o general, de 78 anos, possui diagnóstico de demência mista (Alzheimer e vascular), com sintomas psiquiátricos e cognitivos desde 2018, além de limitações físicas decorrentes de outras comorbidades. No entanto, o ministro Alexandre verificou que não há nos autos qualquer documento que comprove sintomas anteriores a 2024, ano em que foram realizados os exames apresentados.

Portanto, visando complementar as informações necessárias à análise do pedido, o ministro determinou que a defesa apresente relatórios, exames, avaliações médicas e prontuários desde 2018, bem como esclareça se houve comunicação do alegado diagnóstico aos serviços de saúde da Presidência da República ou de órgãos vinculados, em razão de o general ter ocupado, entre 2019 e 2022, o cargo de ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou-se favoravelmente ao pedido de prisão domiciliar humanitária.


Fonte: STF

Bolsonaro diz não lembrar endereço após meses em prisão domiciliar


       O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – Reprodução

Na audiência de custódia realizada nesta quarta-feira (27), um ponto chamou atenção logo no início do procedimento envolvendo Jair Bolsonaro (PL), que nesta semana passou a cumprir pena de 27 anos de prisão em regime fechado pela tentativa de golpe de Estado. Ao ser solicitado a informar dados pessoais básicos, o ex-presidente não conseguiu responder qual era o próprio endereço. Com informações do blog de Ancelmo Gois, do Globo.

Bolsonaro afirmou não se lembrar do local onde vivia, apesar de permanecer havia meses em prisão domiciliar em Brasília. A pergunta sobre endereço faz parte do protocolo padrão das audiências de custódia, que exigem a checagem de dados como filiação, estado civil e data de nascimento.

No momento da verificação, Bolsonaro respondeu de forma vacilante e disse que não recordava o endereço da residência onde cumpria medida cautelar antes da transferência para o sistema prisional. A informação ficou registrada na ata da audiência.

Após o procedimento, a defesa de Bolsonaro passou a organizar a documentação necessária para enquadrá-lo nas atividades oferecidas pelo sistema penal, entre elas a remição de pena por leitura. Esse mecanismo está previsto na legislação brasileira e permite a redução de dias da pena mediante a leitura de obras literárias, científicas ou filosóficas, desde que cada livro seja acompanhado de uma resenha escrita e aprovada pela administração prisional.

Graciliano Ramos lendo Vidas Secas em foto em preto e branco
Graciliano Ramos lendo Vidas Secas – Reprodução

A lista inicial de obras que podem ser disponibilizadas inclui títulos nacionais amplamente adotados nos programas de remição, como “Capitães da Areia”, de Jorge Amado, “O Alienista”, de Machado de Assis, e “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos. Também constam obras estrangeiras de domínio público, como “1984”, de George Orwell, e “A Revolução dos Bichos”, do mesmo autor. A seleção final depende de autorização da unidade prisional responsável.

Em programas de remição por leitura, os livros devem ter conteúdo compatível com as normas internas do sistema penal e precisam ser entregues em exemplares físicos registrados no protocolo da unidade. Cada obra lida e avaliada pode reduzir até quatro dias de pena, respeitado o limite anual previsto em regulamento. O procedimento exige avaliação individualizada e assinatura do preso ao entregar a resenha.

A administração prisional ainda definirá o calendário de entrega de obras e os prazos de avaliação para Bolsonaro. A defesa deve encaminhar os pedidos ao setor pedagógico do presídio, que organiza as atividades educacionais. As movimentações referentes à leitura, assim como os registros da audiência, serão anexadas ao processo de execução penal.

Fonte: DCM com informações do jornal O Globo

STF define data para julgamento final do núcleo 2 da tentativa de golpe; confira


       STF – Reprodução

O STF julgará em dezembro o núcleo 2 da ação penal sobre a tentativa de golpe de Estado. As sessões foram marcadas para os dias 9, 10, 16 e 17 de dezembro, último bloco pendente no processo que será concluído antes do recesso do Judiciário. O núcleo reúne seis réus e integra a etapa final de análise dos quatro segmentos definidos pelos ministros. Com informações da CNN.

De acordo com a PGR, os acusados do núcleo 2 são apontados por “gerenciamento de ações” voltadas a manter Jair Bolsonaro no poder após a derrota eleitoral. Caso o plenário entenda que há provas suficientes, eles se somarão aos 24 envolvidos já condenados pelo tribunal ao longo das etapas anteriores do processo.

Entre os julgados até agora, o único absolvido foi o general Estevam Cals Theophilo, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres. Os ministros entenderam que não havia elementos suficientes para condená-lo. Outros dois réus foram responsabilizados apenas por associação criminosa, com penas que permitem acordo com o Ministério Público.

   Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, general do Exército. Foto: Alberto César Araújo/Aleam

As punições já aplicadas pelo STF variam de 1 ano e 11 meses a 27 anos e 3 meses, pena atribuída ao ex-presidente Bolsonaro, identificado no processo como líder da organização criminosa. As sentenças foram definidas ao longo deste ano, em votações presenciais e virtuais.

Em agosto, na reabertura dos trabalhos do tribunal, o ministro Alexandre de Moraes informou que o STF encerraria ainda neste semestre todos os núcleos relacionados à tentativa de golpe. Na mesma sessão, ele citou as sanções impostas pelos Estados Unidos e afirmou que o tribunal não admitiria interferências externas.

Além da etapa final sobre o núcleo 2, os ministros também estão prestes a concluir a análise envolvendo a antiga cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal. O caso tramita no plenário virtual, e Moraes já votou pela condenação de cinco acusados por omissão durante os ataques de 8 de janeiro. Com o trânsito em julgado do núcleo 1, concluído na semana passada, Bolsonaro e outros seis aliados foram presos após o fim das possibilidades de recurso.

Os réus do Núcleo 2 são:

• Filipe Martins (ex-assessor de assuntos internacionais de Bolsonaro);
• Marcelo Câmara (ex-assessor de Bolsonaro);
• Silvinei Vasques (ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal);
• Mário Fernandes (general do Exército);
• Marília de Alencar (ex-subsecretária de Segurança do Distrito Federal);
• Fernando de Sousa Oliveira (ex-secretário adjunto da Secretaria de Segurança do Distrito Federal).

Fernando de Sousa Oliveira; Filipe Martins; Marcelo Costa Câmara; Marília Ferreira de Alencar; Mário Fernandes; Silvinei Vasques: os integrantes do ‘núcleo 2’ da trama golpista. Fotos: Marcello Casal Jr/Agência Brasil; Divulgação; Reprodução/LinkedIn; CLDF; Reprodução; Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Manuela d'Ávila ingressa no Psol e irá disputar o Senado em 2026

Após deixar o PCdoB, ex-deputada se filia ao Psol e surge como favorita ao Senado pelo Rio Grande do Sul

      Manuela D'Ávila (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)


O Psol oficializou, no sábado (29), a filiação da ex-deputada Manuela d’Ávila, que deve disputar uma vaga ao Senado pelo Rio Grande do Sul nas eleições de 2026, segundo a CNN Brasil. Manuela encerrou em 2023 uma trajetória de mais de duas décadas no PCdoB e agora inicia um novo ciclo no Psol, partido que, segundo ela, representa renovação e compromisso com mudanças profundas na sociedade.

◎ Mudanças estruturais e posicionamento político

Em publicação nas redes sociais, Manuela afirmou ter encontrado no novo partido um projeto alinhado ao que defende. “Encontrei no Psol o compromisso profundo com mudanças estruturais e o brilho das novas gerações”, escreveu.

A ex-deputada ressaltou ainda sua motivação para continuar atuando na transformação das condições sociais do país. “Quero grandes transformações. Não me conformo que essa realidade de desigualdade seja o destino final da humanidade. Sinto que faço parte dessa corrente centenária que empurra a história rumo a um mundo mais justo. Por isso me decidi me filiar ao Psol”, declarou.

Em outro trecho, defendeu a união das forças progressistas diante do avanço da extrema direita: “A esquerda brasileira é diversa — e essa diversidade é uma força. O desafio é combiná-la com a unidade necessária diante do fascismo. A partir do Psol, estarei junto de todas e todos que enfrentam a ultra-direita e defendem o nosso povo e o nosso país”, afirmou.

◎ Cenário eleitoral e pesquisas

Dados do instituto Real Time Big Data, divulgados em 25 de novembro, mostram Manuela entre os nomes mais competitivos na disputa para o Senado em 2026 no Rio Grande do Sul. Ela figura ao lado do governador Eduardo Leite (PSD) entre os favoritos para uma das duas vagas que estarão abertas no próximo pleito nacional. Ainda de acordo com a reportagem, o lançamento oficial da pré-candidatura de Manuela está marcado para 9 de dezembro, reforçando sua presença no cenário eleitoral gaúcho.

◎ Trajetória e experiência pública

Jornalista e escritora, Manuela Pinto Vieira d’Ávila, de 44 anos, iniciou sua atuação política no movimento estudantil. Em 2004, aos 23 anos, tornou-se a vereadora mais jovem da história de Porto Alegre.

Foi eleita deputada federal em 2006 e reeleita em 2010. Em 2014, assumiu mandato como deputada estadual no Rio Grande do Sul. Em 2018, compôs a chapa presidencial ao lado de Fernando Haddad (PT) como candidata a vice-presidente. Manuela também disputou a Prefeitura de Porto Alegre em três ocasiões — 2008, 2012 e 2020.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

Inflação menor reduz previsão do salário mínimo para 2026

Confirmação será feita após divulgação do INPC, que deve manter valor próximo a R$ 1.627, aumento de cerca de 7,2% sobre o valor atual

     Moedas de reais (Foto: Reuters/Bruno Domingos)

O governo baixou a projeção para o salário mínimo de 2026, que agora está estimado em R$ 1.627. A mudança, segundo o g1, se deve à desaceleração da inflação, indicador central na fórmula de correção do piso nacional.Os preços de bens e serviços avançaram menos do que o previsto, o que deve resultar em um Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) inferior ao projetado inicialmente. Esse comportamento reduz o reajuste anual e, consequentemente, a previsão do salário mínimo para o próximo ano.

◈ Reajuste previsto deve ficar em torno de 7,2%

Se confirmada, a nova estimativa representará um aumento de aproximadamente 7,2% sobre o valor atual, de R$ 1.518. A definição oficial depende da divulgação do INPC acumulado em 12 meses até novembro, prevista para os próximos dias.

A regra que orienta o cálculo do salário mínimo considera a inflação medida pelo INPC e o crescimento econômico do ano anterior, com limite de até 2,5% acima da inflação, conforme previsto no arcabouço fiscal.

◈ Efeitos sobre o Orçamento e as despesas públicas

O salário mínimo serve de referência para gastos federais como aposentadorias, pensões, seguro-desemprego e abono salarial. Apesar da revisão para baixo, o Ministério do Planejamento não solicitou ao Congresso redução imediata dessas despesas ao encaminhar as novas projeções econômicas.

"De todo modo e tudo o mais constante, a projeção menor tem o efeito de reduzir os gastos com aposentadorias, pensões e outros benefícios. No entanto, a atualização da projeção depende de outros fatores, como a variação da base de beneficiários, cabendo ao Congresso avaliar a conveniência e oportunidade de alterar as estimativas dos gastos previdenciários e sociais durante a tramitação do PLOA", disse a pasta em nota, de acordo com a reportagem. Segundo o governo, eventuais ajustes dependerão do debate parlamentar durante a análise do Projeto de Lei Orçamentária Anual.

◈ Divulgação do INPC deve confirmar estimativa revisada

A equipe econômica avalia que o índice oficial de inflação não deve trazer grandes surpresas e tende a sustentar a projeção de R$ 1.627. A expectativa é de pouca variação entre o valor estimado e o reajuste final que valerá para salários, benefícios e programas vinculados ao mínimo a partir de janeiro de 2026.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Brasil iguala Argentina no topo da Libertadores, com 25 títulos

Tetra do Flamengo é a sétima vitória consecutiva do país

   Troféu da Libertadores no Estádio Monumental, em Lima, no Peru (Foto: Reprodução/Conmebol)

Lincoln Chaves, repórter da EBC - O título do Flamengo, conquistado neste sábado (29) no Estádio Monumental de U, em Lima (Peru), sobre o Palmeiras, colocou o Brasil no topo do ranking de conquistas da Libertadores ao lado da Argentina. Os dois países acumulam 25 troféus do mais importante torneio interclubes da América do Sul.

O Brasil volta a ocupar o posto depois de 61 anos. Em 1963, quando o Santos ganhou a Libertadores pela segunda vez, o futebol brasileiro se igualou ao Uruguai, vencedor em 1960 e 1961 com o Peñarol. Em 1964 e 1965, graças ao Independiente, a Argentina também foi a duas conquistas.

Em 1966, o Peñarol foi tricampeão e recolocou o Uruguai, de forma isolada, no topo de países com mais títulos, tirando o Brasil da ponta. A liderança charrua, porém, durou somente até 1968, quando o Estudiantes levantou a quarta taça dos argentinos - a terceira, que os igualou aos uruguaios, veio em 1967, com o Racing.

De lá para cá, os hermanos mantiveram, sozinhos, o status de país com mais Libertadores. Nos últimos anos, porém, a diferença para os argentinos, construída nos anos 1960 e 1970, foi caindo drasticamente. Desde 2019, apenas clubes brasileiros levantaram o troféu. São sete títulos em sequência, um recorde no torneio.

Os maiores campeões da Libertadores ainda são argentinos. O Independiente lidera a estatística, com sete títulos, seguido pelo Boca Juniors, com seis, e o intruso uruguaio Peñarol, com cinco. Ainda há River Plate e Estudiantes com os mesmos quatro títulos que o Flamengo igualou neste sábado.

Em número de campeões, o Brasil lidera com folga. São 12 clubes diferentes a terem erguido a taça, com o Rubro-Negro assumindo o posto de maior vencedor do país com o título em Lima. Na Argentina, são oito equipes. Apenas Peru, Bolívia e Venezuela nunca tiveram um time que conquistou a América, sendo que somente os peruanos já estiveram em finais. Em 1972, o Universitário foi derrotado pelo Independiente, enquanto em 1997 o Sporting Cristal foi vice para o Cruzeiro.

Considerando as cidades, Buenos Aires é a mais laureada, com as 13 conquistas de Boca Juniors, River Plate, Argentinos Juniors, San Lorenzo e Vélez Sarsfield. A também argentina Avellaneda aparece na sequência, com oito taças (sete do Independiente e uma do Racing). Graças ao tetra do Flamengo, o Rio de Janeiro se igualou a São Paulo, ambas com sete títulos - Fluminense, Vasco e Botafogo têm um troféu cada.

Fonte: Brasil 247

Comunidade internacional denuncia arrogância colonial de Donald Trump ao fechar espaço aéreo da Venezuela

Estados Unidos ampliam pressão contra Caracas, com o objetivo de se apoderar das maiores reservas de petróleo do mundo

Nicolás Maduro, Donald Trump, navio anfíbio USS Iwo Jima navegando no mar do Caribe e o mapa da América do Sul ao fundo (Foto: Divulgação I Logan Goins/Marinha dos Estados Unidos)

Organizações políticas, movimentos sociais e governos de diversas regiões do mundo condenaram neste sábado (30) a decisão unilateral do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de declarar “fechado” o espaço aéreo da Venezuela, medida que amplia a escalada de tensões no Caribe e gera preocupação sobre a segurança aeronáutica internacional. As informações foram divulgadas inicialmente pelo teleSUR, que reuniu reações de entidades da América Latina, do Caribe, da África e do Oriente Médio.

Segundo a reportagem, a decisão de Trump inclui também a suspensão dos voos regulares para o retorno de migrantes venezuelanos aos Estados Unidos e está acompanhada de um reforço militar norte-americano na região, além da autorização para operações encobertas da CIA.

◈ Condenações na América Latina: ataques à soberania e alerta sobre risco para a paz

O Partido Comunista do Uruguai (PCU) classificou a medida como “ilegal e irresponsável”, afirmando que ela “agrava mais a tensão no Caribe, onde os EUA têm uma força militar de enorme poder destrutivo”. A sigla denunciou ainda ações encobertas e ataques contra embarcações venezuelanas realizados sem qualquer prova, tanto no Caribe quanto no Pacífico.

Em nota contundente, o PCU afirmou: “A desculpa do combate ao narcotráfico se cai por si só quando o próprio Trump e seus principais chefes militares e diplomáticos reconhecem publicamente que querem derrubar o Governo venezuelano, e congressistas yanquis falam abertamente da necessidade de ficar com o petróleo venezuelano.”

A organização uruguaia recordou a longa trajetória de intervenções dos Estados Unidos na região e reforçou que América Latina e Caribe devem permanecer como uma zona de paz, conforme estabelecido pelo Tratado de Tlatelolco e pela declaração da Celac, instrumentos que, segundo o PCU, estão sendo violados por Washington.

◈ Internacional Antifascista da República Democrática do Congo denuncia “barbárie”

Da África, a Internacional Antifascista – RD Congo também condenou o ato de Trump, considerando-o “inicuo e ilegal” e apontando que a medida viola a Carta das Nações Unidas e princípios básicos da convivência pacífica.

Segundo a entidade: “É expressão da barbárie da Administração Trump, que não respeita a lei nem a coexistência pacífica entre os povos.”

A organização convocou as forças progressistas do mundo a defenderem a soberania da Venezuela, afirmando que o imperialismo “submerge novamente o planeta na bestialidade de outra época”.

◈ Movimento paraguaio fala em “arrogância colonial” e “embestida imperial”

No Paraguai, o Movimento Paraguayo de Solidaridad con la Revolución Bolivariana afirmou que “nem Trump nem ninguém tem autoridade para ameaçar a Venezuela” e classificou a ação como “nova embestida imperial de Donald Trump”.

Em tom direto, a entidade declarou que Trump age em um “arrebato de arrogancia colonial” ao tentar ditar ordens sobre o espaço aéreo venezuelano. Para o movimento, a ameaça do presidente dos Estados Unidos é “absurda e desesperada”, demonstrando que “o imperialismo estadunidense segue empenhado em impor seu domínio a força de mentiras, chantagens e provocações”.

A organização completou: “Não é e não será jamais o seu pátio traseiro.”

◈ Irã e Cuba alertam para riscos à segurança internacional

O Ministério de Relações Exteriores do Irã classificou a ação como “arbitrariedade” e alertou para as “consequências perigosas” do fechamento unilateral do espaço aéreo venezuelano. Para o porta-voz Ismail Baqai, trata-se de uma ameaça sem precedentes à segurança aeronáutica global.

“É uma arbitrariedade e uma ameaça sem precedentes para a segurança aeronáutica internacional”, afirmou.

Cuba também reagiu com firmeza. Segundo o chanceler Bruno Rodríguez Parrilla, a medida é um “ato agressivo para o qual nenhum Estado tem autoridade fora de suas fronteiras nacionais”. Em sua mensagem, o ministro acrescentou: “É uma gravíssima ameaça ao direito internacional e um incremento da escalada da agressão militar e da guerra psicológica contra o povo e o Governo venezuelanos.”

Rodríguez pediu que a comunidade internacional denuncie o que chamou de “prelúdio de um ataque ilegítimo”.

Fonte: Brasil 247

Trump ameaça derrubar Maduro se ele não sair voluntariamente

Objetivo da Casa Branca é se apoderar das reservas de petróleo da Venezuela

Donald Trump e Nicolás Maduro (Foto: Manaure Quintero/Reuters I Piroschka Van De Wouw/Reuters)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elevou drasticamente a pressão sobre o líder venezuelano Nicolás Maduro, ao afirmar que Washington poderia recorrer ao uso da força caso ele não deixe o poder de forma voluntária. A informação foi divulgada pelo The Wall Street Journal e consta em reportagem da agência russa TASS, citada no segundo parágrafo como fonte original.

Segundo o jornal norte-americano, que ouviu fontes com conhecimento direto da conversa telefônica, Trump disse a Maduro que “se ele não deixasse o poder voluntariamente”, os Estados Unidos passariam a considerar “várias opções contra a Venezuela, incluindo o uso da força”.

Ainda de acordo com o WSJ, os dois líderes discutiram até mesmo a possibilidade de uma anistia para Maduro e seus colaboradores mais próximos, como parte de uma eventual negociação de saída do governo.

Foco no petróleo

A escalada de tensão ocorre num contexto em que, desde seu primeiro mandato, Trump adotou medidas mais agressivas contra Caracas. Em março de 2020, os EUA indiciaram Maduro por narcoterrorismo e anunciaram inicialmente uma recompensa de US$ 15 milhões por informações que levassem à sua captura ou condenação. Em agosto deste ano, Washington elevou o valor para US$ 50 milhões, reforçando a narrativa de que o presidente venezuelano seria, segundo o Departamento de Justiça, “um dos maiores traficantes de drogas do mundo” e representaria “uma ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos”. Este pretexto, no entanto, encobre o real objetivo, que é se apoderar das reservas de petróleo do mundo – as maiores do mundo.

A imprensa norte-americana tem noticiado de forma recorrente que ataques militares contra a Venezuela vêm sendo discutidos dentro do governo Trump. Na quinta-feira anterior à reportagem, Trump afirmou que Washington “muito em breve” iniciaria ações diretas de combate ao narcotráfico a partir do território venezuelano, embora não tenha detalhado como essas operações ocorreriam.

No sábado, Trump voltou a tensionar o cenário ao defender que o espaço aéreo da Venezuela – e áreas no entorno – fosse considerado “completamente fechado”, em mais um recado que evidencia o objetivo estratégico da Casa Branca: controlar as reservas de petróleo venezuelanas, as maiores do mundo, e ampliar o domínio norte-americano sobre a região.

Fonte: Brasil 247 com informações do The Wall Street Journal