sábado, 18 de outubro de 2025

Quem é a brasileira em coma que o marido quer trazer dos EUA em motorhome


       Fabíola da Costa está em coma nos EUA. Foto: reprodução

A trajetória de Fabíola da Costa, mineira de Juiz de Fora, tomou um rumo inesperado em 2024. Aos 32 anos, a manicure, que havia se mudado com o marido e os três filhos para os Estados Unidos em busca de melhores condições de vida, sofreu um mal súbito em casa, em Orlando, e entrou em estado vegetativo. Desde então, a família enfrenta uma rotina marcada por desafios médicos, emocionais e financeiros, longe do apoio dos parentes no Brasil.

“É uma dor na alma vê-la assim. Às vezes, parece que tudo isso é um pesadelo, uma mentira. Estamos longe da família, enfrentando desafios médicos, psicológicos e financeiros imensos”, contou o marido, Ubiratan Rodrigues, de 41 anos, que precisou deixar o trabalho como caminhoneiro para cuidar da esposa e dos filhos, e agora planeja trazê-la de volta ao Brasil em um motorhome adaptado.

Fabíola ficou sete meses internada sem que os médicos chegassem a um diagnóstico sobre o que causou o colapso. Em abril deste ano, ela recebeu alta e passou a ser cuidada em casa, em um quarto adaptado com equipamentos hospitalares.

“Ela já não está totalmente imóvel como no início. Hoje se mexe, sente dor, reage a barulhos e, às vezes, até chora. Recebemos os medicamentos pelo plano de saúde, mas todo o restante — fraldas, luvas, lenços e materiais de curativo — vem de doações. Nossa sobrevivência depende da solidariedade”, relatou Ubiratan em entrevista ao G1.

O plano agora é voltar para Juiz de Fora para que Fabíola continue o tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com fisioterapia e fonoaudiologia, e conte com o apoio da família. No entanto, os custos de um transporte aéreo médico, que exigiria uma UTI equipada e equipe especializada, são inviáveis: os orçamentos recebidos variam de US$ 50 mil a US$ 200 mil, o equivalente a mais de R$ 1 milhão.

Ubiratan Rodrigues e os filhos diante de Fabíola da Costa. Foto: reprodução


Sem condições financeiras, Ubiratan decidiu enfrentar uma jornada por terra de cerca de 50 dias, atravessando 11 países em um motorhome adaptado. “A única saída viável hoje é essa. Nossa esperança está em voltar para Juiz de Fora e contar com o apoio da família e do SUS. Estamos esgotados emocional e financeiramente. Não dá mais para esperar”, afirmou.

O veículo, avaliado em cerca de US$ 40 mil (R$ 200 mil), ainda será adquirido e receberá adaptações como cama fixa, suporte para traqueostomia, oxigênio e equipamentos médicos para garantir a segurança de Fabíola.

A viagem partirá de Orlando, na Flórida, no início de novembro. O trajeto incluirá países da América Central e do Sul, passando por México, Panamá, Colômbia, Peru e Equador, até a entrada no Brasil pelo Acre. “Com o carro certo, fixo a cama no piso e prendo os equipamentos. O mais importante é ter estabilidade e espaço para ela viajar deitada, com o tronco inclinado”, explicou o marido.

Enquanto organiza a travessia, Ubiratan segue contando com campanhas de arrecadação e o apoio da comunidade brasileira nos Estados Unidos. “Não temos familiares por perto. Tudo ficou comigo: cuidar dela, dos filhos e manter a casa. É difícil, mas Deus tem nos dado força para continuar”.

Fonte: DCM com informações do G1

Ministério se manifesta após polêmica envolvendo Flamengo e Palmeiras

Caso começou após descontentamento do Rubro-Negro com exame antidoping surpresa conduzido pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem nesta sexta


O Ministério do Esporte divulgou uma nota oficial nesta sexta-feira (17) para responder à polêmica gerada após o Flamengo reclamar publicamente de uma ação surpresa da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) em seu centro de treinamento. A entidade informou que o procedimento seguiu todos os protocolos internacionais e destacou que o Palmeiras também foi submetido ao mesmo tipo de controle no mesmo dia.


A manifestação ocorre em meio a uma intensa troca de acusações entre torcedores de Flamengo e Palmeiras nas redes sociais, a dois dias do duelo entre os clubes, no domingo (19), no Maracanã, pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro — considerado por muitos uma “final antecipada”. O Palmeiras lidera o torneio com 61 pontos, seguido de perto pelo Flamengo, que tem 58.

Mais cedo, o Flamengo divulgou nota oficial afirmando que a ação da ABCD, realizada na manhã desta sexta no Ninho do Urubu, teria “desorganizado a rotina programada” e “exposto indevidamente a privacidade do grupo”. Segundo o clube, representantes da autoridade antidopagem assistiram “integralmente às movimentações táticas da equipe” antes do treino decisivo, interrompendo o aquecimento e atrasando as atividades.



A reação rubro-negra incendiou as redes sociais. Torcedores acusaram a ABCD de agir para “prejudicar o time” e até de “favorecer o Palmeiras”, em meio a um clima já tenso por acusações de supostas interferências da arbitragem em rodadas anteriores.

Entretanto, poucas horas depois, o jornalista André Hernan, da ESPN, revelou que o Palmeiras também recebeu a visita da ABCD na tarde desta sexta, em sua Academia de Futebol, onde foram realizados testes com atletas do elenco. Segundo ele, esta foi a quinta vez em 2025 que jogadores palmeirenses passam por exames antidoping — três da ABCD e dois da Conmebol.




Diante da repercussão, o Ministério do Esporte e a ABCD divulgaram nota conjunta nas redes sociais para reafirmar que “as ações seguem total conformidade com o Código Mundial Antidopagem, o Código Brasileiro Antidopagem (CBA) e o Padrão Internacional para Testes e Investigações da Agência Mundial Antidopagem (AMA/WADA)”.

“O teste antidopagem faz parte da carreira do atleta e deve ser reconhecido como atividade habitual. Se igualmente essas equipes são relevantes, igualmente serão tratadas, sem que seja colocado em risco o sigilo e a confidencialidade das missões”, diz o texto.

O comunicado reforça que os testes podem ser realizados a qualquer tempo e em qualquer lugar, inclusive durante treinos, “sem necessidade de aviso prévio”, com o objetivo de garantir a imprevisibilidade e a efetividade do sistema nacional antidopagem.

A ABCD também explicou que os oficiais atuam com absoluto sigilo e respeitando a privacidade dos atletas e das equipes, acompanhando os jogadores apenas até o fim do treino, “de modo a não interferir na rotina esportiva”.

A nota enfatiza ainda que os exames nacionais não substituem nem interferem nos realizados por entidades internacionais, como a Conmebol, e que o planejamento dos testes é técnico, baseado em critérios como sorteio, risco e representatividade.

Fonte: Brasil 247

Messias desponta com maior aprovação na Internet para vaga no STF

Levantamento é da consultoria digital AM4 Brasil

         Brasília (DF) - 08/05/2025 - O ministro Jorge Messias (AGU) (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

O ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, é o nome que mais aparece de forma favorável nas discussões online sobre a próxima indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá decidir o substituto do ministro Luís Roberto Barroso, que formalizou pedido de aposentadoria antecipada.

O levantamento, realizado pela consultoria digital AM4 Brasil, entre os dias 9 e 13 de outubro, teve como base mais de 3 mil menções em redes sociais e portais de notícias.

De acordo com o levantamento, o nome “Jorge Messias” registrou um aumento superior a 600% nas buscas no Google. Outros nomes ventilados, como o senador Rodrigo Pacheco (PSD), o desembargador federal Rogério Favreto, o ministro do Tribunal de Contas da União do Brasil (TCU) Bruno Dantas e o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU) Vinícius Carvalho, tiveram desempenho bem inferior, sem engajamento relevante nas redes.

Os dados mostram que 43% das menções ao nome de Messias são positivas, 19% são negativas e 38% neutras, informativas ou sem juízo de valor. Entre as publicações favoráveis, predomina a expectativa de que ele defenda, caso a indicação se concretize, o fortalecimento das leis trabalhistas, a valorização da AGU e a lealdade institucional ao presidente Lula.

Já Pacheco enfrenta alta rejeição (69%), inclusive entre eleitores de esquerda, que o associam a posturas ambíguas em pautas progressistas. Favreto, Dantas e Carvalho possuem baixa adesão e escassa discussão nas redes, sem mobilização orgânica relevante.

Segundo Rebeca Ribeiro, sócia e diretora de conteúdo da AM4 Brasil, o levantamento indica que Jorge Messias é, hoje, o candidato mais sólido e bem posicionado no âmbito digital entre os cotados para a vaga no Supremo.

“Com percepção pública positiva, apoio político interno e baixo índice de rejeição, Messias reúne as condições mais favoráveis para ser indicado pelo presidente Lula, num contexto em que a opinião pública demonstra preferência por um perfil técnico e institucionalmente estável”, diz.

Fonte: Brasil 247

Sem sucessor definido, Ratinho Junior vê esquerda avançar no Paraná em 2026


        Requião Filho se transferiu do PT para o PDT. (Foto: Valdir Amaral/Divulgação Alep)

O governador Ratinho Junior (PSD) ainda não definiu quem indicará para tentar sucedê-lo nas eleições de 2026. Há vários pretendentes nessa lista, mas ninguém com o aval dele. Enquanto isso, Requião Filho (PDT), um dos principais representantes da esquerda no Paraná, avança sobre os nomes do grupo político do governador.

Requião Filho é deputado estadual e filho do ex-governador Roberto Requião. Em julho deste ano, ambos se filiaram ao PDT em um movimento para tentar reduzir a influência do PT no campo progressista no estado. O deputado foi à Justiça para conseguir a desfiliação do partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Já o pai dele havia deixado a sigla no ano passado e passou pelo nanico Mobiliza antes de se filiar ao PDT.

Essa movimentação tem se mostrado benéfica para Requião Filho, que carrega o nome do pai como legado e também se livra da alta rejeição ao PT no Paraná. E isso tem respingado sobre o maior grupo político do estado, liderado pelo governador Ratinho Junior.

Na pesquisa da Futura/Apex, divulgada nesta sexta-feira (17), o senador Sergio Moro (União Brasil) desponta como o principal candidato ao Palácio Iguaçu — sede do governo estadual — em 2026. E ele tem exatamente Requião Filho como seu principal concorrente, mesmo que com boa vantagem.

Por sua vez, o deputado estadual abre diferença sobre os representantes do PSD e postulantes a levar o espólio de Ratinho Junior para as urnas no ano que vem. Nos cenários estimulados — quando os nomes são apresentados para escolha dos entrevistados —, Requião Filho aparece à frente de Guto Silva (PSD), Alexandre Curi (PSD), Rafael Greca (PSD) e Darci Piana (PSD). Nos cenários sem Moro, Requião Filho assume a liderança, empatado tecnicamente com o deputado federal e ex-governador Beto Richa (PSDB).

Nos cenários de segundo turno, Requião Filho cresceu de julho para outubro

Nas simulações de segundo turno, ele é o mais competitivo contra Sergio Moro — 33,1% contra 55,6%. Quando o senador não entra na disputa, Requião Filho vence Alexandre Curi, Darci Piana e Guto Silva. Nos embates contra Rafael Greca e Beto Richa, ele fica numericamente à frente, mas empatado tecnicamente — 37,6% contra 32,1% e 33,3% contra 28,5%, respectivamente.

A pesquisa da Futura/Apex também fez comparações com o levantamento anterior, realizado em julho. Nos cenários de segundo turno, o deputado estadual do PDT conseguiu avançar nesse período de três meses.

Contra Sergio Moro, saiu de 28,1% para 33,1%, enquanto o senador oscilou de 55,4% para 55,6%. Na disputa com Curi, avançou de 38,7% para 42,9% ao mesmo tempo em que o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) caiu de 26,2% para 22,7%. Enfrentando Darci Piana, ele subiu de 43,3% para 48,3%, enquanto o adversário recuou de 14,5% para 10,5%. Contra Greca, Requião Filho saiu de 31,1% para 37,6%, passando à frente do adversário que tinha 42,7% e agora tem 32,1%. Na simulação com Guto Silva, ele também cresceu, de 38,6% para 43,1%, enquanto Silva oscilou de 22,0% para 18,6%.

Somente contra Beto Richa que Requão Filho não conseguiu ganhar mais terreno, oscilando de 34,1% para 33,3%, mantendo-se numericamente à frente do ex-governador, que tinha 28,6% e agora soma 28,5% no segundo turno.

Metodologia da pesquisa citada: 800 entrevistados pela Futura/Apex entre os dias 8 e 10 de outubro de 2025. Nível de confiança: 95%. Margem de erro: 3,5 pontos percentuais.

Fonte: Gazeta do Povo

Lula deve alertar Trump que ação militar dos EUA na Venezuela ameaça desestabilizar toda a região

Presidente brasileiro defenderá solução diplomática e alertará que intervenções externas fortalecem o crime e o tráfico na América Latina

Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente dos EUA, Donald Trump (Foto: Ricardo Stuckert/PR | Presidente dos EUA, Donald Trump)

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende advertir Donald Trump, em uma esperada reunião bilateral, de que uma ofensiva militar dos Estados Unidos contra a Venezuela poderia ter consequências graves para toda a América Latina, ampliando a instabilidade e enfraquecendo governos democráticos da região. A informação foi publicada pela Folha de S.Paulo.

Segundo um alto funcionário do governo brasileiro, Lula levará a mensagem de que qualquer ataque contra o território venezuelano provocaria desordem regional e abriria espaço para o avanço do crime organizado e do tráfico de drogas. O presidente também argumentará que uma tentativa de “mudança de regime” — eufemismo tradicional do discurso de Washington para derrubar governos considerados incômodos — teria efeito contrário ao proclamado pelos EUA.

◎ Intervenção americana reacende memórias de ingerência na região

Na última quarta-feira (15), Trump confirmou ter autorizado a CIA, agência de espionagem norte-americana com um histórico de golpes e interferências na América Latina, a realizar operações secretas na Venezuela com o objetivo de derrubar o governo de Nicolás Maduro.

Além disso, os EUA deslocaram navios de guerra para o mar do Caribe e mantêm pelo menos dez embarcações próximas à costa venezuelana, sob o pretexto de combater o “narcoterrorismo”.

O gesto reacende memórias do intervencionismo norte-americano que marcou o continente durante o século XX — do golpe de 1954 na Guatemala ao apoio à ditadura chilena em 1973. Para Brasília, esse tipo de ação representa uma ameaça direta à estabilidade regional e viola os princípios de soberania e autodeterminação dos povos, pilares da política externa defendida por Lula desde seus primeiros mandatos.

◎ Diplomacia ativa e altiva

O governo brasileiro tem buscado evitar o contágio ideológico na relação bilateral com Washington. De acordo com integrantes do Planalto, o Brasil vem sendo bem-sucedido em “descontaminar” a pauta entre os dois países, afastando interferências da política interna.

A expectativa é que a reunião entre Lula e Trump ocorra ainda este ano, possivelmente à margem da reunião da ASEAN na Malásia (26 e 27 de outubro) ou da Cúpula das Américas, marcada para dezembro em Punta Cana, na República Dominicana.

Durante a conversa, o presidente brasileiro deve insistir na via diplomática como única alternativa legítima para a crise venezuelana. Em telefonema recente com Trump, Lula já havia destacado a importância de um “diálogo político” que preserve a soberania do país vizinho e evite o agravamento das tensões regionais.

◎ Contexto regional e resistência ao bloqueio

O governo brasileiro também vê com reservas a realização da Cúpula das Américas, uma vez que, sob pressão de Washington, o governo dominicano decidiu não convidar Cuba, Venezuela e Nicarágua. O presidente colombiano Gustavo Petro já anunciou boicote ao evento em protesto contra a exclusão dos países latino-americanos.

Para o Itamaraty, essa postura dos EUA reafirma a política de isolamento e sanções que tem provocado impactos humanitários severos e resultados políticos nulos. Em vez de fortalecer a democracia, as medidas reforçam o discurso de resistência de Caracas e ampliam o sofrimento da população.

Embora a oposição venezuelana, representada por María Corina Machado, tenha ganhado visibilidade internacional ao ser laureada com o Prêmio Nobel da Paz, o governo brasileiro avalia que ela não possui representatividade real no país. Na leitura do Planalto, não há movimento político sólido capaz de substituir o chavismo-madurismo, consolidado há mais de duas décadas.

Com esse posicionamento, Lula reafirma o papel do Brasil como mediador da paz e defensor da autodeterminação dos povos, reforçando a tradição diplomática brasileira de rejeitar o uso da força e privilegiar o diálogo entre as nações.

Fonte: Brasil 247

Nobel da Paz, Corina volta a defender os planos de guerra de Trump contra a Venezuela

Líder opositora ignora risco de tragédia humanitária e tenta pressionar Lula a adotar discurso intervencionista dos EUA

         María Corina Machado (Foto: Leonardo Fernandez Viloria/Reuters)

A líder opositora María Corina Machado, recém-premiada com o Nobel da Paz, concedeu entrevista à Folha de S.Paulo em que reforça o alinhamento com a agenda militar de Donald Trump contra a Venezuela, ignorando os riscos de uma nova tragédia regional. A opositora voltou a elogiar as ações militares norte-americanas no mar do Caribe, que já provocaram dezenas de mortes, e afirmou que “o presidente Trump está fazendo muito para que [a queda de Maduro] aconteça”.

Na conversa, Corina — que vive em local secreto, supostamente em território venezuelano — tenta transformar a sua premiação em instrumento político para justificar o uso da força estrangeira. Ao mesmo tempo, pressiona o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a adotar um discurso contrário à tradição diplomática brasileira.
“Seria muito útil que o presidente Lula dissesse a Maduro que chegou a sua hora de ir embora”, afirmou.

◈ Alinhamento com Trump e defesa da intervenção

Corina apoiou publicamente as operações militares dos Estados Unidos no Caribe, iniciadas sob o comando direto de Trump, que resultaram na morte de quase 30 pessoas sob a alegação de combate ao narcotráfico. Ela também minimizou a revelação de que a CIA recebeu autorização presidencial para conduzir ações secretas em solo venezuelano, alegando desconhecimento e insistindo que se trata de uma “operação antinarcóticos”.

A retórica de Corina reflete a narrativa clássica de Washington: rotular governos contrários a seus interesses como “narcoterroristas” para legitimar intervenções militares. Ao ecoar esse discurso, a nova Nobel da Paz se distancia dos princípios que a própria honraria simboliza e reforça a dependência política de parte da oposição venezuelana em relação aos EUA.

◈ O discurso da “libertação” e a negação da soberania

Na entrevista, Corina classificou o governo de Nicolás Maduro como “regime criminoso” e defendeu que “os países da região, com a liderança do presidente Trump, ponham fim a ele”. A formulação, que associa a figura de Trump à de um “libertador” do continente, revela o caráter intervencionista de sua agenda e ignora o histórico de tragédias humanitárias causadas por ações unilaterais dos EUA em outros países.

Ao insistir em que “não há lugar para neutralidade” e que “a história será implacável com o silêncio”, Corina tenta impor ao Brasil e aos países sul-americanos uma política externa de alinhamento automático com Washington — contrária ao princípio de autodeterminação dos povos que orienta a diplomacia brasileira desde o governo Getúlio Vargas.

◈ Lula defende o diálogo e a estabilidade regional

Enquanto Corina defende a escalada militar, o presidente Lula tem reiterado em diferentes fóruns internacionais a necessidade de uma saída diplomática e pacífica para a crise venezuelana, baseada na soberania e no diálogo entre as partes. O governo brasileiro rejeita qualquer solução imposta de fora e considera que o uso da força agravaria o sofrimento do povo venezuelano e ampliaria a instabilidade na América Latina.

Em conversas recentes com Trump, Lula enfatizou que qualquer ataque militar à Venezuela fortaleceria o crime organizado e o tráfico de drogas, além de provocar o colapso político de toda a região. A posição brasileira, compartilhada por governos como o da Colômbia, México e Chile, é a de que somente o diálogo e as eleições soberanas podem conduzir o país vizinho à normalidade democrática.

◈ Contradições e instrumentalização política

Apesar de afirmar que defende a “integração sul-americana”, Corina ignora que o intervencionismo estrangeiro seria justamente o maior obstáculo à reconstrução regional. Sua defesa da política belicista de Trump contrasta com o próprio discurso de defesa dos direitos humanos que a premiação do Nobel da Paz supostamente reconhece.

Ao transformar o prêmio em palanque político e justificar ações militares de uma potência estrangeira, Corina compromete o significado humanitário da láurea e enfraquece sua legitimidade como voz de oposição. Para analistas venezuelanos, seu discurso representa a tentativa de reabilitar a velha política de “mudança de regime” patrocinada por Washington, que fracassou sucessivamente em Cuba, Iraque, Líbia e Afeganistão.

Fonte: Brasil 247

Luís Roberto Barroso se despede do Supremo em clima de emoção e agradece equipe por “anos de aprendizado e amizade”

Ministro antecipou aposentadoria e afirmou à ConJur que seguirá contribuindo com o país por meio da educação e da reflexão acadêmica

         O ministro Luís Roberto Barroso em sessão plenária do STF - 09/10/2025 (Foto: Antonio Augusto/STF)

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), encerrou nesta sexta-feira (17) um ciclo de 12 anos na mais alta Corte do país com uma despedida emocionada de sua equipe. A informação foi publicada pela revista eletrônica Consultor Jurídico (ConJur), que registrou o momento em que servidores e colaboradores do gabinete se reuniram para prestar homenagem ao magistrado, que se aposentará oficialmente neste sábado (18).

Barroso havia transferido a presidência do STF ao ministro Edson Fachin em 29 de setembro e anunciou, na sessão plenária do dia 8, que anteciparia sua aposentadoria. Aos 66 anos, ele poderia permanecer no cargo até 2033, quando completaria 75 anos — idade da aposentadoria compulsória no serviço público.

⊛ Reflexão sobre o legado e novos caminhos

Em entrevista concedida à ConJur na véspera do anúncio, Barroso explicou os motivos que o levaram a encerrar sua trajetória no Supremo e revelou seus planos para o futuro. “A minha maior motivação na vida pública é pensar o Brasil e tentar contribuir para fazer um país melhor e maior, com menos pobreza e melhor distribuição de renda. São coisas que eu posso fazer a partir do Supremo ou fora do Supremo”, afirmou.

O ministro planeja seguir sua atuação intelectual e acadêmica fora do país. Ele passará um período no Instituto Max Planck, na Alemanha, e ministrará um curso na Universidade de Sorbonne, na França, em 2026. Barroso também continuará lecionando como professor titular de Direito Constitucional na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

⊛ Despedida no STF

Durante a confraternização de despedida, Barroso foi homenageado pelos servidores que o acompanharam ao longo dos anos. Em clima de gratidão e emoção, posou para fotos com os colegas e funcionários do Supremo — entre eles o garçom Deusdivam e a segurança Cristina —, símbolos da convivência diária que marcou sua passagem pelo tribunal.

As imagens da despedida, divulgadas pela ConJur, mostram o ministro celebrando com sua equipe os anos de trabalho dedicados à Corte e à consolidação de uma agenda marcada pela defesa dos direitos fundamentais, da democracia e da justiça social.

Fonte: Brasil 247 com infpormações da revista Consultor Jurídico (Conjur)

Moraes arquiva processo contra Tarcísio por articulação pró-anistia

Mais cedo, a PGR pediu o arquivamento da ação de Rui Falcão contra Tarcísio

Brasília (DF) - 29/11/2024 - O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou uma ação, apresentada à Corte pelo deputado federal Rui Falcão (PT-SP), contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em razão da articulação do bolsonarista junto a parlamentares de extrema direita pela tramitação de um projeto de anistia em favor de Jair Bolsonaro.

Bolsonaro foi condenado pelo STF a mais de 27 anos de prisão por chefiar a organização criminosa golpista que tentou derrubar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Mais cedo, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu o arquivamento da ação contra Tarcísio, ex-ministro do governo Bolsonaro. Gonet sustentou que há ilegitimidade no pedido, além de que os relatos do parlamentar não “contêm elementos informativos mínimos que indiquem suficientemente a realidade de ilícito penal, justificadora da deflagração da pretendida investigação”.

Fonte: Brasil 247

Barroso vota para descriminalizar aborto até 12ª semana e julgamento é suspenso

Análise estava parada no STF desde setembro de 2023, quando o próprio ministro havia pedido destaque, suspendendo temporariamente a votação

      Ministro do STF Luís Roberto Barroso (Foto: Gustavo Moreno/STF)

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta quinta-feira (16) a favor da descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação, em um de seus últimos atos antes de deixar a Corte. A informação foi noticiada pela Folha de S. Paulo.

Poucos minutos após a publicação do voto, o ministro Gilmar Mendes apresentou um pedido de destaque, o que interrompe o julgamento virtual e transfere o caso para o plenário físico, ainda sem data definida para retomada.

O julgamento, que trata da descriminalização do aborto em todo o país, foi retomado às 20h, após Barroso solicitar a reabertura do caso. A análise estava parada desde setembro de 2023, quando o próprio ministro havia pedido destaque, suspendendo temporariamente a votação.

Com o voto de Barroso, o placar do julgamento segue com dois votos pela descriminalização — o do próprio ministro e o da ex-presidente do STF Rosa Weber, que em 2023 também se manifestou a favor de liberar o procedimento até a 12ª semana de gravidez.

A ação, apresentada pelo PSOL em 2017, pede que o aborto até esse período deixe de ser considerado crime no Brasil. O partido argumenta que a criminalização fere princípios constitucionais, como o direito à dignidade humana, à saúde e à igualdade de gênero, e que a punição atinge de forma desproporcional mulheres negras e pobres.

A retomada da análise ocorreu no último dia de Barroso como ministro do Supremo, antes de sua aposentadoria antecipada, anunciada no início deste mês.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Janja anuncia envio de ajuda humanitária do Brasil à Faixa de Gaza e denuncia genocídio contra o povo palestino

Primeira-dama afirma em Roma que alimentos, remédios e itens essenciais serão enviados por determinação do presidente Lula

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a cerimônia de entrega de obras retomadas do Ministério da Educação na Ilha de Marajó. Orla de Breves – Pará (PA) (Foto: Ricardo Stuckert)

A primeira-dama Janja Lula da Silva anunciou nesta sexta-feira (17), em Roma, que o governo brasileiro enviará alimentos, remédios e itens de primeira necessidade à Faixa de Gaza, em resposta à grave crise humanitária que atinge o povo palestino. O pronunciamento foi feito durante a cerimônia de encerramento do Fórum Mundial da Alimentação, promovido pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura).

Segundo Janja, a iniciativa segue orientação direta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que “desde o início denunciou o genocídio na Faixa de Gaza”. A decisão reforça o compromisso do Brasil com a solidariedade internacional e com a defesa dos direitos humanos diante da escalada de violência imposta à população civil palestina.

“O governo brasileiro se juntará aos esforços de outros países para enviar ajuda humanitária à região. Um ato urgente de solidariedade e humanidade que representa esperança e recomeço para milhares de famílias”, declarou a primeira-dama.

⊛ Alerta sobre a fome e a omissão internacional

Em seu discurso, Janja fez um apelo enfático sobre o agravamento da crise humanitária no enclave palestino, destacando que a fome e a desnutrição já causaram a morte de centenas de milhares de pessoas, principalmente crianças.
Ela criticou a lentidão das respostas internacionais e advertiu que os países “não estão agindo com a pressa e a agilidade necessárias”.

A primeira-dama também reforçou a necessidade de um cessar-fogo imediato e duradouro, ao afirmar que “a única guerra em que todos sairemos vencedores é a guerra contra a fome”.

⊛ Diplomacia solidária e protagonismo brasileiro

O gesto de Janja foi interpretado como uma demonstração de que o Brasil retoma seu papel de liderança moral e diplomática no cenário internacional, ao priorizar a vida e a paz acima das disputas políticas e militares.
O governo brasileiro tem se posicionado desde o início do conflito contra a violência em Gaza e pela criação de um Estado palestino independente e soberano.

Durante os quatro dias do Fórum, Janja participou de cerca de dez atividades oficiais, em diálogo com autoridades, organizações internacionais, representantes da sociedade civil e do setor privado.
A edição de 2025, que marca os 80 anos de criação da FAO, teve como foco o debate sobre a transformação dos sistemas alimentares globais e o papel dos países em garantir segurança alimentar em tempos de guerra e crise climática.

⊛ Um gesto de esperança

A presença da primeira-dama brasileira em Roma reforça a mensagem que o presidente Lula vem sustentando desde o início do conflito: não há paz sem justiça e sem alimento na mesa de cada família.
Ao levar a voz do Brasil à FAO, Janja uniu diplomacia e compaixão — reafirmando que, enquanto potências ainda discutem o direito à vida, o Brasil age com solidariedade e humanidade.

Fonte: Brasil 247

Governo Lula amplia Farmácia Popular e inclui novos remédios gratuitos; saiba quais



    Farmácia Popular. Foto: Reprodução
O governo Lula ampliou a lista de medicamentos e itens disponíveis gratuitamente na Farmácia Popular, bastando apresentar a receita médica. Agora, pacientes com hipertensão, diabetes, asma, dislipidemia, osteoporose, rinite, glaucoma e doença de Parkinson podem retirar uma série de remédios sem custo. Além disso, anticoncepcionais, absorventes higiênicos e fraldas geriátricas também passam a ser distribuídos gratuitamente.

Confira a lista:

Hipertensão arterial

  • Atenolol 25 mg
  • Bensilato de Anlodipino 5 mg
  • Captopril 25 mg
  • Cloridrato de Propranolol 40 mg
  • Espironolactona 25 mg
  • Furosemida 40 mg
  • Hidroclorotiazida 25 mg
  • Losartana Potássica 50 mg
  • Maleato Enalapril 10 mg
  • Succinato de Metoprolol 25 mg

Diabetes

  • Cloridrato de Metformina 500 mg
  • Cloridrato de Metformina 500 mg – Ação Prolongada
  • Cloridrato de Metformina 850 mg
  • Glibenclamida 5 mg
  • Insulina Humana NPH 100 UI/ml – suspensão injetável, frasco-ampola 10 ml
  • Insulina Humana NPH 100 UI/ml – suspensão injetável, frasco-ampola 5 ml
  • Insulina Humana NPH 100 UI/ml – suspensão injetável, refil 1,5 ml (carpule)
  • Insulina Humana NPH 100 UI/ml – suspensão injetável, refil 3 ml (carpule)
  • Insulina Humana NPH 100 UI/ml
  • Insulina Humana Regular 100 UI/ml – solução injetável, frasco-ampola 10 ml
  • Insulina Humana Regular 100 UI/ml – solução injetável, frasco-ampola 5 ml
  • Insulina Humana Regular 100 UI/ml
  • Insulina Humana Regular 100 UI/ml – solução injetável, refil 1,5 ml (carpule)
  • Insulina Humana Regular 100 UI/ml – solução injetável, refil 3 ml (carpule)
Tem diabetes? Parar de tomar metformina pode prejudicar seu cérebro; entenda
Cloridrato de Metformina 500 mg. Foto: Reprodução

Asma

  • Brometo de Ipratrópio 0,02 mg 1 (uma) dose
  • Brometo de Ipratrópio 0,25 mg 1 (um) mililitro
  • Dipropionato de Beclometasona 200 mcg/cápsula – Administração pulmonar, cápsulas inalantes 1 (uma) cápsula
  • Dipropionato de Beclometasona 200 mcg/dose – Administração pulmonar, inalador doseado 1 (uma) dose
  • Diproprionato de Beclometasona 250 mcg 1 (uma) dose
  • Diproprionato de Beclometasona 50 mcg 1 (uma) dose
  • Sulfato de Salbutamol 100 mcg 1 (uma) dose
  • Sulfato de Salbutamol 5 mg 1 (um) mililitro

Anticoncepcionais

  • Enantato de noretisterona 50 mg + valerato de estradiol 5 mg, ampola 1 (uma) ampola
  • Noretisterona 0,35 mg, comprimido – cartela com 35 comprimidos 1 (uma) cartela
  • Etinilestradiol 0,03 mg + levonorgestrel 0,15 mg, comprimido – cartela com 21 comprimidos 1 (uma) cartela
  • Acetato de medroxiprogesterona 150 mg, ampola 1 (uma) ampola

Osteoporose

  • Alendronato de Sódio 70 mg

Dislipidemia (colesterol e triglicerídeos altos)

  • Sinvastatina 10 mg comprimido 1 (um) comprimido
  • Sinvastatina 20 mg comprimido 1 (um) comprimido
  • Sinvastatina 40 mg comprimido

Rinite

  • Budesonida 32 mcg/dose – Administração tópica nasal doseada 1 (uma) dose
  • Budesonida 50 mcg/dose – Administração tópica nasal doseada 1 (uma) dose
  • Dipropionato de Beclometasona 50 mcg/dose – Administração tópica nasal doseada

Doença de Parkinson

  • Carbidopa 25 mg + Levodopa 250 mg 1 (um) comprimido
  • Cloridrato de Benserazida 25 mg + Levodopa 100 mg

Glaucoma

  • Maleato de Timolol 0,25% – Solução Oftalmológica 1 (um) mililitro
  • Maleato de Timolol 0,50% – Solução Oftalmológica

Dignidade menstrual

  • Absorvente higiênico

Recebimento de Fraldas geriátricas

Para a obtenção de fraldas geriátricas para incontinência, o paciente deverá ter idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos ou ser pessoa com deficiência, e deverá apresentar prescrição, laudo ou atestado médico que indique a necessidade do uso de fralda geriátrica, no qual conste, na hipótese de paciente com deficiência, a respectiva Classificação Internacional de Doenças (CID).

       Fraldas geriátricas. Foto: Reprodução

Fonte: DCM