sábado, 7 de junho de 2025

Preço da gasolina cai menos que o esperado e repasse ao consumidor ainda é tímido

Petrobras estimava redução de R$ 0,12 por litro, mas pesquisas da ANP e ValeCard mostram que queda real nos postos foi bem inferior na primeira semana

         Posto de combustíveis da Petrobrás (Foto: Agência Brasil )

Apesar do corte anunciado pela Petrobras no início da semana, o preço da gasolina ainda não apresentou a redução esperada nas bombas. Segundo levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), divulgado nesta sexta-feira (7), o preço médio do litro caiu apenas R$ 0,02, chegando a R$ 6,25 — bem abaixo dos R$ 0,12 por litro estimados pela estatal como impacto do reajuste. O dado é corroborado por pesquisa da ValeCard, empresa especializada em gestão de frotas, que identificou queda nos preços apenas em dez estados, sendo superior a R$ 0,05 em apenas três deles.

A informação foi publicada pela Folha de S.Paulo e expõe um impasse antigo entre os diferentes elos da cadeia de combustíveis: a Petrobras alega que a redução nos preços demora a chegar ao consumidor, enquanto sindicatos de postos afirmam que o problema está nas distribuidoras. “Em reduções recentes do diesel, as principais distribuidoras não repassaram a baixa na íntegra”, declarou o Paranapetro, sindicato dos postos do Paraná, em nota divulgada após o anúncio da Petrobras. A entidade afirma que a velocidade do repasse depende dessas empresas intermediárias.

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, também tem pressionado o setor. Nesta semana, ela incentivou os consumidores a cobrarem diretamente os postos por reduções mais rápidas no preço da gasolina. As críticas da executiva se somam a outras feitas anteriormente, quando houve demora semelhante na queda do preço do diesel após cortes promovidos pela empresa.

De acordo com a ANP, desde o pico de R$ 5,72 por litro registrado no início de fevereiro, o preço médio do diesel vendido pelas distribuidoras caiu R$ 0,37. No entanto, nos postos, a queda acumulada desde o fim daquele mês é de apenas R$ 0,39, mostrando que boa parte da redução de preço só chega ao consumidor final de forma parcial e com atraso.

Na última semana, o ritmo de redução foi ainda mais tímido. O diesel S-10, por exemplo, teve queda de apenas R$ 0,01, sendo vendido a R$ 6,05 por litro. O etanol hidratado também teve leve recuo de R$ 0,03, fechando a semana a R$ 4,24 por litro. O preço do biocombustível tem sido influenciado pela entrada da safra de cana-de-açúcar no mercado.

A lentidão no repasse tem implicações macroeconômicas. Como a gasolina tem grande peso no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), sua redução afeta diretamente o índice oficial de inflação. O economista André Braz, da Fundação Getulio Vargas (FGV), avalia que, se a queda de R$ 0,12 estimada pela Petrobras for de fato sentida nos postos, o impacto pode ser de -0,10 ponto percentual no IPCA.

O cenário, porém, continua incerto. Diante da cadeia complexa e descentralizada de distribuição de combustíveis no Brasil, o repasse dos cortes anunciados pela Petrobras pode demorar mais do que o desejado — ou nem acontecer integralmente. Enquanto isso, consumidores seguem pagando quase os mesmos valores de antes do reajuste, e o potencial de alívio nos preços permanece travado entre distribuidoras e revendedores.

Fonte: Brasil 247

Gleisi afirma que governo Lula mantém apoio sólido e que agenda positiva chegará à população

Em entrevista, ministra defendeu que todos os quadros do governo que tenham potencial eleitoral devem disputar em 2026: “Precisamos ter chapas fortes"

          Gleisi Hoffmann (Foto: Ricardo Stuckert)

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue com apoio consistente da população e que há tempo para reverter a atual rejeição até as eleições de 2026. Em entrevista à Folha de S.Paulo, Gleisi destacou que a aprovação de 40% ao governo é uma base eleitoral expressiva e suficiente para uma disputa competitiva. Segundo ela, com mais presença de Lula pelo país e melhora na comunicação, a percepção popular tende a mudar.

“Tenho certeza que o governo vai melhorar. É mostrando o que está acontecendo para a população, os feitos do governo. Temos tempo para isso”, disse a ministra. Apesar de reconhecer falhas de comunicação, Gleisi afirma que episódios como as crises envolvendo o Pix e o INSS prejudicaram a divulgação de políticas públicas. Ainda assim, ela considera que o governo tomou todas as medidas necessárias, inclusive iniciando investigações desde o ano passado. “Esse esquema foi montado no governo passado. Vamos ressarcir os aposentados e mostrar a diferença de postura entre os governos”, disse.

A ministra da articulação política do governo também defendeu a atuação da base governista no Congresso, mesmo diante de votações apertadas. Ela explicou que o governo já sabia da complexidade da aliança construída, formada por setores de partidos diversos. “Não adianta querer que agora venham 100% dos votos. A articulação com o Congresso tem sido excelente, pautada pelo compartilhamento de responsabilidades institucionais”, afirmou.

Gleisi minimizou a possível instalação da CPMI do INSS e disse que o governo não teme investigações: “O que alertei é que pode haver impacto sobre a investigação da polícia, mas não temos problema com isso”. Sobre a permanência ou candidatura de ministros em 2026, a ministra defendeu que todos que tenham potencial eleitoral devem disputar: “Precisamos ter chapas fortes”.

Ao comentar possíveis adversários do presidente Lula, Gleisi evitou personalizar a disputa, mas ironizou a falta de unidade da oposição: “Eles estão divididos, inclusive dentro da família. Temos um candidato único, que é Lula, e que é o melhor candidato”.

Ela também criticou o apoio explícito de figuras como o governador Tarcísio de Freitas ao ex-presidente Donald Trump, chamando o gesto de “vergonhoso” e antinacionalista. E reforçou o papel da primeira-dama Janja no governo, rejeitando ataques machistas e dizendo que ela “cumpre um papel importante e deve ser respeitada”.

Por fim, Gleisi celebrou o enfraquecimento do projeto de anistia a golpistas de 8 de janeiro, considerando o recuo no Congresso uma “derrota de Bolsonaro”: “Ele vai sentar no banco dos réus, que é onde merece estar no Estado democrático de Direito”.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Brasil considera cláusula agrícola inaceitável no acordo com a União Europeia

Governo brasileiro vê proposta francesa como estratégia para barrar o pacto com Mercosul e alerta para riscos à soberania nas regras de exportação agrícola

Lula e o presidente da França, Emmanuel Macron, durante Cerimônia oficial de boas-vindas. Esplanada dos Inválidos, em Paris (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

O governo brasileiro não aceitará a principal condição imposta pelo presidente francês Emmanuel Macron para destravar o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul. A exigência de Paris, considerada "inviável" por autoridades brasileiras, é a inclusão de uma cláusula de salvaguarda que obriguaria os países do Mercosul a se adequarem automaticamente às futuras mudanças nas normas sanitárias, ambientais e de produção da Europa. A informação foi revelada em reportagem publicada pelo colunista Jamil Chade no UOL.

De acordo com fontes do alto escalão em Brasília, a proposta francesa seria um artifício para inviabilizar a aprovação do tratado, firmado em 2024, após mais de duas décadas de negociações. “Essa manobra é apenas um pretexto para buscar compensações e evitar a ratificação do acordo nos moldes atuais”, apontaram interlocutores ouvidos por Chade. A leitura do governo brasileiro é de que a União Europeia não impôs esse tipo de condicionante em acordos similares com Estados Unidos, Índia ou Indonésia, o que reforça a percepção de tratamento desigual.

Apesar da resistência da França, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou, durante passagem recente por Paris, seu compromisso com a conclusão do acordo no segundo semestre de 2025, quando o Brasil assume a presidência rotativa do Mercosul. “Abra o seu coração”, pediu Lula a Macron, em apelo público ao colega francês. O gesto foi interpretado por diplomatas como uma tentativa de reabrir o diálogo, apesar dos impasses.

A proposta de Macron prevê que qualquer mudança futura nas leis europeias relacionadas à produção agrícola obrigue o Mercosul a seguir os mesmos parâmetros, sob pena de seus produtos perderem acesso livre ao mercado europeu. Para o Brasil, tal mecanismo representaria um risco constante de fechamento repentino do mercado europeu, especialmente em setores sensíveis como carne bovina, soja e açúcar.

Em paralelo às conversas com Lula, o governo francês intensificou articulações com outros países europeus para angariar apoio à sua posição. Em Budapeste e Viena, a ministra da Agricultura e Soberania Alimentar da França, Annie Genevard, reuniu-se com representantes da Hungria e da Áustria, que também expressaram reservas em relação ao acordo. “Grandes quantidades de produtos importados, produzidos com padrões mais baixos, podem prejudicar severamente os agricultores europeus”, declarou o ministro húngaro da Agricultura, István Nagy.

Internamente, o governo brasileiro avalia que, embora Macron não tenha votos suficientes para barrar o tratado sozinho no Conselho Europeu, dificilmente a UE levaria adiante um acordo desse porte sem o apoio da França, um de seus membros fundadores. Por isso, a diplomacia brasileira busca uma saída negociada, mas sem abrir mão da soberania sobre suas normas de produção.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Eduardo Bolsonaro ignora PF e não responde a contatos sobre inquérito no STF

Deputado licenciado foi procurado por e-mail, telefone e WhatsApp, mas não atendeu à Polícia Federal sobre investigação de sua atuação nos EUA

        Eduardo Bolsonaro (Foto: Reprodução)

A Polícia Federal informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ignorou todas as tentativas de contato feitas pela corporação para prestar esclarecimentos no inquérito que apura sua atuação nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (6) e repercutida pela Sputnik Brasil.

De acordo com a PF, foram enviados e-mails a dois endereços vinculados ao parlamentar, ligações telefônicas por números disponibilizados pela Câmara dos Deputados e até uma mensagem pelo WhatsApp pessoal de Eduardo. Segundo o relatório, os sistemas de correio eletrônico confirmaram o recebimento das mensagens: “Comprovantes automáticos gerados pelo sistema de correio eletrônico mostram que as mensagens foram devidamente recebidas pelos destinatários, conforme registros de entrega”. No caso do WhatsApp, no entanto, não foi possível verificar a confirmação da leitura.

O inquérito é conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, relator no STF, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), e investiga possíveis tentativas do deputado de coagir autoridades brasileiras no exercício de suas funções. Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (2019–2023), Eduardo está licenciado do mandato e mora nos Estados Unidos desde fevereiro deste ano. A licença parlamentar termina em julho.

De acordo com a PGR, há indícios de que o deputado tentou pressionar ministros do STF em articulações realizadas no exterior. Em solo norte-americano, Eduardo se reuniu com congressistas republicanos e defendeu a adoção de sanções contra Alexandre de Moraes. Ele já declarou publicamente que só retornará ao Brasil quando o ministro for punido pela Casa Branca.

Na quinta-feira (5), Jair Bolsonaro prestou depoimento à Polícia Federal no âmbito da mesma investigação. Ao comentar sobre o caso, o ex-presidente afirmou que a atuação do filho nos EUA visa defender a democracia brasileira: “A perseguição continua. O trabalho que ele [Eduardo] faz lá [nos EUA] é pela democracia no Brasil. Não existe lobby para sancionar quem quer que seja no Brasil”, disse. Bolsonaro também confirmou que transferiu recursos para Eduardo: “Eu botei R$ 2 milhões na conta dele”, declarou.

O caso insere-se em um contexto mais amplo de investigações que envolvem membros da família Bolsonaro e aliados políticos, sob suspeita de tentativas de desestabilização institucional e ataques ao sistema democrático. O STF ainda avalia quais medidas serão adotadas diante da recusa de Eduardo em colaborar com as investigações.

Fonte: Brasil 247 com Sputnik Brasil

Alexandre de Moraes conduz interrogatório de Bolsonaro e demais réus do plano golpista; saiba como será

Sessão começa nesta segunda-feira, será transmitida ao vivo e terá Mauro Cid como primeiro a depor, ao lado do ex-presidente na sala da Primeira Turma

Alexandre de Moraes, invasores em Brasília em 8 de janeiro e Bolsonaro (Foto: Carlos Moura/SCO/STF | ABr | REUTERS/Marco Bello)

O Supremo Tribunal Federal (STF) dará início nesta segunda-feira, 9, ao interrogatório do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de mais sete réus na ação penal que investiga a tentativa de golpe de Estado. A audiência, conduzida pelo ministro relator Alexandre de Moraes, colocará o ex-presidente cara a cara com o magistrado. A informação é do jornal O Estado de S.Paulo.

A sessão terá início às 14h e será transmitida ao vivo, inclusive pela TV PT. O evento deverá atrair a atenção tanto de apoiadores de Bolsonaro quanto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na sexta-feira, 6, o ex-mandatário convocou seus seguidores a acompanharem a audiência. “Vale a pena assistir. Conto com a audiência de vocês. Não vou lá para lacrar, para desafiar quem quer que seja”, afirmou Bolsonaro em vídeo publicado nas redes sociais.

O ex-ajudante de ordens Mauro Cid, delator no processo, será o primeiro a prestar depoimento e ficará sentado ao lado de Bolsonaro durante a sessão. Dos oito réus, sete comparecerão presencialmente à sala da Primeira Turma do STF, em Brasília. O general Walter Braga Netto, que está preso preventivamente no Rio de Janeiro, participará por videoconferência.

A segurança no Supremo será reforçada, e o ambiente contará com a presença de Moraes, do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e de ministros da Primeira Turma. Após as perguntas do relator, tanto o Ministério Público quanto as defesas dos réus poderão intervir com questionamentos.

A ordem dos interrogatórios seguirá a ordem alfabética. Após Mauro Cid, serão ouvidos: o deputado Alexandre Ramagem (ex-diretor da Abin), o ex-comandante da Marinha Almir Garnier, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o general Augusto Heleno (ex-GSI), Jair Bolsonaro, o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e, por fim, Braga Netto.

Como prevê a legislação, os réus têm o direito de permanecer em silêncio para não produzirem prova contra si mesmos. No caso de Mauro Cid, que firmou acordo de colaboração premiada, um eventual silêncio poderá ser avaliado por Moraes e pela Procuradoria-Geral da República como possível quebra do pacto firmado.

Inicialmente, os interrogatórios abordarão aspectos pessoais e da vida pregressa dos réus. Em seguida, eles responderão sobre o conhecimento dos fatos narrados na acusação, das provas, testemunhas e demais envolvidos. A expectativa é de que a sessão se estenda até as 20h, com possibilidade de continuidade nos dias seguintes. Moraes reservou horários até a sexta-feira para concluir os interrogatórios, caso não seja possível ouvir todos os réus nesta segunda.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Estado de S. Paulo

sexta-feira, 6 de junho de 2025

Preço da cesta básica cai em 15 de 17 capitais pesquisadas

Altas foram registradas em Florianópolis, 0,09%, e Belém, 0,02%

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O preço da cesta básica de alimentos diminuiu em 15 capitais do país no mês de maio, em comparação a abril. As maiores quedas foram registradas no Recife (-2,56%), em Belo Horizonte (-2,50%) e Fortaleza (-2,42%). As duas altas foram registradas em Florianópolis (0,09%) e Belém (0,02%).

Os dados, divulgados nesta sexta-feira (6), são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que pesquisa mensalmente o preço da cesta de alimentos em 17 capitais.

São Paulo foi a capital em que o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo: R$ 896,15, seguida de Florianópolis (R$ 858,93), Rio de Janeiro (R$ 847,99) e Porto Alegre (R$ 819,05). Os menores valores foram registrados em Aracaju (R$ 579,54), Salvador (R$ 628,97), Recife (R$ 636,00) e João Pessoa (R$ 636,73). Nas regiões Norte e Nordeste, a composição da cesta é diferente, geralmente com produtos mais baratos.

Comparando o preço da cesta básica de maio deste ano com a do mesmo mês de 2024, houve alta em 16 das 17 capitais pesquisadas, com variações que oscilaram entre 0,77%, em Natal, e 8,43%, em Vitória. Na capital sergipana, não houve variação.

No acumulado dos cinco primeiros meses do ano (de janeiro a maio), o custo da cesta básica aumentou em todas as capitais pesquisadas, com taxas que oscilaram entre 2,48%, em Campo Grande, e 9,09%, em Belém.

São Paulo registrou a cesta mais cara em maio. E, levando em consideração a determinação constitucional de que o salário mínimo deveria ser suficiente para suprir as despesas de uma família, de quatro pessoas, com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estimou que o valor do salário mínimo necessário, no quinto mês do ano, deveria ser de R$ 7.528,56 ou 4,96 vezes o mínimo reajustado em R$ 1.518.

Produtos

Em maio de 2025, o preço da carne de primeira subiu em 14 das 17 cidades pesquisadas, com destaque para Curitiba (alta de 3,91% em comparação a abril) e Florianópolis (2,68%).

Houve redução de preço em três cidades: São Paulo (-0,82%), Fortaleza (-0,65%) e Porto Alegre (-0,04%). No acumulado de 12 meses, o preço da carne subiu em todas as 17 capitais pesquisadas. As elevações ficaram entre 7,43%, em Aracaju, e 28,86%, em Brasília.

O preço do quilo do café em pó aumentou em 16 capitais em maio, na comparação com o mês anterior. Destaque para as variações de Aracaju (10,70%), São Paulo (8,49%) e João Pessoa (7,98%). Houve redução de valor em Goiânia (-1,71%). No acumulado de 12 meses, o preço do café apresentou alta em todas as 17 cidades pesquisadas. As elevações ficaram entre 75,5% (em São Paulo) e 127,89% (em Vitória).

O preço do arroz agulhinha caiu nas 17 capitais pesquisadas. As baixas variaram entre -12,91%, em Vitória, e -1,80%, em Belo Horizonte. No acumulado de 12 meses, houve, também, diminuição do preço em todas as capitais pesquisadas, com variações entre -29,17%, em Vitória, e -3,57%, em São Paulo.

O preço do tomate também ficou menor nas 17 capitais da pesquisa. As quedas variaram entre -20,85%, em Belo Horizonte, e -1,64%, em Aracaju. No acumulado de 12 meses, apenas Vitória (11,41%) apresentou taxa positiva. Nas demais capitais, o valor caiu, com destaque para João Pessoa (-32,22%), Natal (-27,87%) e Recife (-25,33%).

Editado por: Aécio Amado
Conteúdo originalmente publicado em Agência Brasil

Eduardo Bolsonaro não é encontrado pela PF para ser notificado pelo STF

           Eduardo Bolsonaro durante evento de extrema-direita nos EUA. Foto: Elizabeth Frantz/Reuters

Nesta sexta-feira (6), a Polícia Federal comunicou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) não respondeu aos contatos iniciais para prestar esclarecimentos no inquérito que investiga sua atuação nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras. Segundo relatório enviado à corte, a PF tentou contato por diversos meios sem obter retorno.

De acordo com a PF, foram feitas tentativas pelo e-mail funcional do parlamentar, por um endereço eletrônico pessoal, via aplicativo de mensagens no celular e pelo telefone do gabinete em Brasília.

A corporação afirmou que, segundo “comprovantes automáticos gerados pelo sistema de correio eletrônico, as mensagens foram devidamente recebidas pelos destinatários”. No entanto, destacou que “até a presente data, não houve qualquer retorno, manifestação ou resposta por parte do destinatário”.

Eduardo Bolsonaro (PL-SP) rindo sem olhar para a câmera
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) – Reprodução
O ministro Alexandre de Moraes havia autorizado que Eduardo prestasse esclarecimentos por escrito, considerando que o deputado se encontra nos Estados Unidos. O inquérito foi aberto a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que aponta indícios de que o parlamentar estaria tentando influenciar o governo de Donald Trump a impor sanções contra ministros do STF.

A PGR sustenta que as ações do terceiro filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no exterior teriam como objetivo interferir nas investigações sobre a suposta tentativa de golpe de Estado, processo no qual seu pai figura como réu.

A denúncia cita postagens em redes sociais e entrevistas do deputado como base para as suspeitas de crimes como coação, obstrução de investigações sobre organizações criminosas e abolição violenta do estado de direito.

Na quinta-feira (5), Bolsonaro foi ouvido pela PF nesta mesma investigação. Durante o depoimento, revelou ter transferido R$ 2 milhões para o filho via Pix, alegando que o valor seria para que Eduardo “não passasse necessidade” nos Estados Unidos. O réu por golpismo confirmou a declaração em coletiva após a oitiva na sede da PF em Brasília.

Fonte: DCM

"Já superamos", diz Wellington Dias sobre a alta no preço dos alimentos

Ministro atribuiu a recente queda na aprovação do presidente Lula, entre os brasileiros de menor renda, à inflação dos alimentos

        Wellington Dias (Foto: Roberta Aline/MDS)


O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, atribuiu a recente queda na aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre os brasileiros de menor renda à alta no preço dos alimentos. Segundo pesquisa Quaest divulgada nesta semana, o apoio ao governo caiu de 52% para 50% entre os que ganham até dois salários mínimos.

“Nós tivemos uma situação lá atrás de um aumento do preço dos alimentos no Brasil”, disse, ao ser questionado sobre os resultados da pesquisa.

Em conversa com jornalistas após reunião do Mercosul em Buenos Aires, nesta sexta-feira (6), Dias reconheceu que “a inflação impacta principalmente os mais pobres” e destacou que o aumento do preço dos alimentos já foi superado. “A política de produção alimentar do Brasil, a importação de produtos, inclusive produtos do Paraguai, como leite, tudo isso permitiu que pudéssemos ter contido o preço dos alimentos”, afirmou.

Apesar da oscilação entre os mais pobres, o ministro ressaltou que a pesquisa também mostrou uma melhora na avaliação do petista por parte da classe média.

Fonte: Brasil 247

“Tenho vergonha de receber penduricalho”, diz Bruno Dantas, ministro do TCU

“É preciso que haja um pacto coletivo”, disse o magistrado

       Ministro Bruno Dantas (Foto: TCU)

O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas afirmou nesta sexta-feira (6) que tem “vergonha” de receber penduricalho e defendeu o corte de supersalários.

“Acredito muito na boa fé das pessoas que governam o nosso país. Estou falando de Executivo, estou falando de Legislativo, estou falando de Judiciário também. E eu acredito que nós, a essa altura, temos maturidade para tomar uma decisão compartilhada. É preciso cortar supersalário. Eu tenho vergonha de receber penduricalho”, afirmou Dantas em fala durante painel do Fórum Esfera no Guarujá (SP), aplaudida pela plateia.

“É preciso que haja um pacto coletivo. O que não é possível é que o TCU corte penduricalho e todos os outros tribunais do Brasil paguem penduricalho, porque aí eu rebaixei o Tribunal de Contas da União. É preciso um pacto coletivo”.

Fonte: Brasil 247

Procurador que matou esposa e bebê era bolsonarista, “pró-vida” e defendia armar a população


O procurador jurídico Rafael Horta, a esposa Cristiane Laurito e o bebê: assassinados

O procurador municipal de Limeira (SP) Rafael Horta, 40, que matou a esposa e o filho de dois meses nesta sexta-feira (6), e se suicidou logo depois, utilizou uma arma legalizada para cometer os crimes.

Ele era CAC (colecionador de armas), bolsonarista convicto, defensor do ex-juiz Sergio Moro e do direito do cidadão de bem de portar armas para defender sua própria família e manifestamente contra o aborto, por entender que “a vida é sagrada desde a sua concepção”.

De acordo com o delegado da Polícia Civil de São Paulo João Vasconcelos, responsável pelas investigações, os homicídios ocorreram na manhã desta sexta, antes das 7h.

Quem primeiro avistou a cena dos crimes foi o pai de Horta. Ele afirmou à polícia ter ido até a casa da família assassinada para buscar o neto para uma consulta médica.

No local, o avô disse ter percebido que a família não atendia à campainha, tendo decidido então entrar no domicílio (ele não esclareceu se tinha a chave ou se a porta estava destrancada), onde encontrou a cena do crime em um dos quartos.

Ainda segundo a autoridade policial, a suspeita é de que as mortes tenham sido causadas por disparos de arma de fogo. Um revólver foi encontrado ao lado da cama onde estava a família morta. A arma, agora, será periciada pela Polícia Civil de São Paulo. Os corpos passarão por autópsia.

O que já se sabe, porém, conforme o DCM apurou, é que o procurador municipal possuía arma de fogo legalizada, era um colecionador de armamentos e defendia publicamente o “direito do cidadão de portar armas para defender sua família”.

Além disso, para Horta (pelo menos, em teoria), a vida era sagrada desde a concepção, motivo pelo qual ele era contra a legalidade do aborto.

O procurador costumava defender em suas redes sociais os posicionamentos da direita brasileira e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ). Acusava o STF (Supremo Tribunal Federal) de estar em busca de construir uma ditadura no Brasil. Afirmava que “Supremo é o povo” (em oposição ao STF). Defendia o ex-juiz Sergio Moro e o coach Pablo Marçal. Acreditava que a teoria de que o planeta Terra é plano era “uma questão de escolha”.

Veja, abaixo, algumas das publicações de Rafael Horta em suas redes sociais, que ainda estavam no ar até a publicação desta reportagem.

 

Para o procurador bolsonarista que matou sua família com a arma que possuía, casar -se com alguém que possui arma legalizada é um fator de segurança (crédito: reprodução)
“Supremo é o povo”, dizia o procurador que matou a família e se suicidou (crédito: reprodução)
Para o procurador que matou a família, a vida é sagrada desde a concepção (crédito: reprodução)
Rafael Horta era apoiador de Pablo Marçal (crédito: reprodução)
Procurador municipal que matou a família era apoiador do ex-juiz Sergio Moro (crédito: reprodução)

 

Durante o governo Bolsonaro, Rafael Horta era crítico à oposição e apoiador do então presidente  (crédito: reprodução)
 
Se a Terra é plana ou não, é questão de opinião (crédito: reprodução)
 
O que são os direitos trabalhistas, segundo Rafael Horta (crédito: reprodução)
 
Na dúvida, melhor ser coxinha, dizia Rafael Horta (crédito: reprodução)

 

Fonte: DCM

Zambelli diz que vai se apresentar à Justiça italiana: “Estou aqui de boa-fé”


            A deputada federal Carla Zambelli, foragida após a decretação de sua prisão preventiva. Reprodução

A deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) afirmou nesta sexta-feira (6) que pretende se apresentar voluntariamente às autoridades italianas, em meio ao processo que pode resultar em sua extradição para o Brasil. Com informações da CNN Brasil.

“Vou declarar os meus dados para pegar os documentos. Estou aqui de boa-fé, por conta de uma perseguição política. Vou provar isso”, disse a deputada. “Fui condenada sem provas. Na outra condenação, de cinco anos, foi ridícula, porque eu tinha porte legal. Eles me condenaram por porte ilegal. Quero provar isso aqui e buscar refúgio na Itália.”

Zambelli também afirmou respeitar a Justiça italiana, mas disse não reconhecer as decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). “Quero mostrar meu compromisso com a Justiça italiana e fazer tudo dentro da legalidade. Respeito as leis brasileiras, mas não aceitarei mais os abusos cometidos por Moraes”, declarou.

Ela ainda demonstrou temor quanto a uma eventual extradição. “Tenho receio, porque levo a sério a Justiça italiana. Mas confio em Deus, acredito que Ele não permitirá que isso aconteça”, disse.

O ministro Alexandre de Moraes deve expedir na próxima segunda-feira (9) o mandado de prisão definitiva da parlamentar. Caso Zambelli seja detida na Itália e extraditada, deverá cumprir a pena de dez anos de prisão no Brasil e terá o mandato cassado.

A 1ª Turma do STF ratificou a decisão de condenação de Carla Zambelli nesta 6ª (6). Reprodução

Apesar da reza brava, Zambelli provavelmente será extraditada, conforme avaliação da ex-parlamentar italiana e advogada internacional Renata Bueno. De acordo com a especialista, a Constituição Italiana, em seu artigo 26, permite a extradição de cidadãos daquele país, salvo em casos de crimes políticos.

“A jurisprudência do caso Pizzolato demonstra que a cidadania não é um escudo automático. A Justiça italiana pode autorizar a extradição ou, alternativamente, iniciar um processo local com base nos crimes cometidos no Brasil, se estes forem reconhecidos pelo Código Penal italiano”, afirma Renata, ex-vereadora de Curitiba.

A advogada também destaca que Zambelli pode ser mantida detida na Itália: “Ambos os crimes podem ser agravados se houver danos ao serviço público. A inserção de mandados falsos no sistema do CNJ, como no caso de Zambelli, pode ser enquadrada nessas tipificações, o que abriria caminho para uma ação judicial na Itália”.

Nesta sexta-feira (6), a Primeira Turma do STF rejeitou, por unanimidade, o recurso da defesa de Zambelli, mantendo a condenação por invasão aos sistemas eletrônicos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A decisão autoriza o início imediato da execução da pena.

O hacker Walter Delgatti, também condenado no caso, recebeu pena de oito anos de reclusão pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. O Supremo determinou que ele e Zambelli paguem, solidariamente, uma indenização de R$ 2 milhões.

A perda do mandato da deputada será efetivada após o trânsito em julgado da ação, quando não houver mais possibilidade de recurso.

Na última quarta-feira (4), Moraes decretou a prisão preventiva de Zambelli, atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), com base nas declarações da parlamentar sobre sua saída do Brasil e a intenção de buscar refúgio na Itália.

Fonte: DCM com informações da CNN Brasil

Ministério Público pede à Justiça a inelegibilidade de Carlos Jordy por oito anos até 2032

Parecer do Ministério Público Eleitoral aponta abuso do poder econômico e de meios de comunicação para interferir nas eleições para a Prefeitura de Niterói

       Carlos Jordy (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

O Ministério Público Eleitoral pediu à Justiça a declaração de inelegibilidade por oito anos do deputado federal Carlos Jordy (PL) por uso indevido dos meios de comunicação social durante as eleições para a Prefeitura de Niterói, em 2024.

De acordo com parecer da Procuradoria Regional Eleitoral do Rio de Janeiro desta quinta-feira (5), ficou demonstrado que o jornal O Fluminense foi usado para atacar sistematicamente a imagem do então candidato Rodrigo Neves (PDT), distorcendo fatos e promovendo uma cobertura claramente favorável ao candidato adversário Carlos Jordy.

Em dezembro de 2018, o tradicional Jornal O Fluminense foi comprado por empresário do ramo de roupas da Baixada Fluminense, que aparece como sócio de outras 36 empresas. A edição impressa do jornal, que já não era publicada de forma periódica, passou a ser distribuída gratuitamente com milhares de exemplares nas ruas diariamente, no ano eleitoral de 2024.

“A análise detida das publicações revela que o Jornal O Fluminense ultrapassou os limites do jornalismo informativo e plural, assumindo postura escancaradamente favorável ao candidato Carlos Jordy, com reiteradas manifestações positivas à sua candidatura e sistemáticos e veementes ataques ao então candidato Rodrigo Neves", destaca o procurador do Ministério Público Federal, Flávio Paixão de Moura.

De acordo com a ação, mais de dez matérias contra Rodrigo Neves foram publicadas na capa de O Fluminense entre junho e setembro de 2024, no veículo impresso, no portal do jornal e em suas redes sociais, que somam mais de 350 mil seguidores. Ao mesmo tempo, diversas matérias enaltecendo Carlos Jordy foram veiculadas, criando um desequilíbrio de forças na campanha.

Em um dos exemplos citados, o parecer destaca que Carlos Jordy publicou em suas redes sociais uma capa de O Fluminense antes mesmo de sua veiculação oficial no dia seguinte, o que, para o Ministério Público, indica “acesso privilegiado e conluio entre o candidato e o veículo de imprensa”. O parecer pede também apontou a inelegibilidade do sócio administrador do jornal, Lindomar Alves Lima, por oito anos.

Em outro trecho do documento, o procurador informa que é possível afirmar que Carlos Jordy concorreu ativamente para a prática de abuso dos meios de comunicação social instrumentalizada pelo jornal.

“Some-se a este cenário o sistemático compartilhamento que Jordy fez em suas redes sociais, o que ampliou ainda mais o alcance das matérias, circunstância, aliás, que o coloca, não apenas como mero beneficiário do ilícito, mas sim como alguém que, intencional e sistematicamente, contribuiu para o abuso dos meios de comunicação visto no caso”, destaca o documento.

A ação judicial foi proposta pela coligação “Por Amor a Niterói” e por Rodrigo Neves, que foi eleito prefeito de Niterói para o mandato de 2025 a 2028. A decisão agora está nas mãos do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, que julgará o caso e tomará a decisão nos próximos dias.

Fonte: Brasil 247