A sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, realizada nesta segunda-feira (2), foi marcada por um bate-boca entre a deputada Coronel Fernanda (PL-MT) e a senadora Leila Barros (PDT-DF). Após a votação de pedidos de prisão preventiva de investigados, a bolsonarista comemorou o resultado, o que levou a outra parlamentar a rebater que a base também havia apoiado a decisão.
A discussão evoluiu para troca de acusações e as duas chegaram a se levantar e se encarar no plenário. Colegas intervieram para evitar que a situação se agravasse. A cena ocorreu após a aprovação de um dos principais requerimentos da sessão, relacionado à operação Sem Desconto.
A medida aprovada prevê o encaminhamento de pedidos de prisão preventiva à Polícia Federal, responsável pela investigação. Para ser cumprida, a decisão precisa ainda da autorização da Justiça. O foco da operação é um esquema de fraudes em descontos indevidos que pode ter desviado bilhões de reais de aposentados e pensionistas do INSS.
O advogado Eli Cohen, um dos primeiros a denunciar as irregularidades, foi ouvido durante a sessão. A proposta inicial do relator era votar os pedidos ao final das perguntas dos parlamentares, mas o presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), antecipou a votação após os primeiros questionamentos.
Durante a leitura dos nomes, parlamentares da base protestaram porque o relator não incluiu Ahmed Mohamad Oliveira Andrade, ex-ministro da Previdência e ex-presidente do INSS, conhecido anteriormente como José Carlos Oliveira.
A CPMI do INSS foi instaurada para apurar denúncias de fraudes contra beneficiários e tem contado com a atuação conjunta de deputados e senadores. As discussões sobre as prisões preventivas indicam que os desdobramentos da operação Sem Desconto devem seguir em destaque nas próximas sessões.
Fonte: DCM
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