"Tarcísio não é nada mais que um serviçal do Bolsonaro", diz Lula

O governador de São Paulo "não tem personalidade própria”, afirma o presidente

Lula e Tarcísio de Freitas (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil | Marcelo S. Camargo/Governo do Estado de SP)

Em entrevista à TV Band repercutida pelo UOL, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar duramente o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O chefe do Executivo classificou o aliado de Jair Bolsonaro (PL) como alguém sem autonomia política. “O que o Tarcísio demonstrou ali? Demonstrou que não é nada mais, nada menos que um serviçal do Bolsonaro. Ou seja, ele faz o que o Bolsonaro quiser. Ele não tem personalidade própria”, afirmou Lula ao comentar o discurso do governador na manifestação do último dia 7 de setembro na Avenida Paulista.

O presidente relatou que já teve encontros pessoais com o governador, mas destacou uma incoerência no comportamento dele. “Ele comigo fala uma coisa, é muito simpático e tudo, e por detrás ele só fala mal”, disse Lula, em referência a reuniões no Palácio da Alvorada.

◈ Candidatura em 2026 e legado

Ao comentar a possibilidade de disputar a Presidência novamente em 2026, Lula declarou que ainda não tomou uma decisão. “Eu ainda não me defini como candidato”, ressaltou, lembrando que completará 80 anos em outubro. Segundo ele, sua prioridade é manter a saúde em dia para continuar ativo politicamente.

Apesar de não confirmar uma nova candidatura, o presidente reforçou o que considera seu legado econômico. “Este país fazia 15 anos que não crescia acima de 3%. Precisou eu voltar para ele crescer”, destacou.

Para Lula, a diferença central de sua política econômica é a distribuição de renda. “Muito dinheiro, na mão de poucos, significa a pobreza do país; pouco dinheiro, na mão de todos, significa distribuição de riqueza. E é isso que eu quero”, declarou.

◈ Defesa da democracia e recado à extrema direita

O presidente garantiu que, mesmo sem definição sobre seu futuro eleitoral, a prioridade é impedir o retorno da extrema direita ao comando do país. “Se eu estiver do jeito que eu estou hoje, a extrema-direita jamais voltará a governar este país. Democracia sempre”, afirmou.

Lula também ressaltou que, caso não dispute, o PT ou outras siglas de sua base podem apresentar nomes viáveis. “Não sou candidato de mim mesmo. O PT pode encontrar um candidato, os partidos que estão comigo podem encontrar um candidato, não tem problema nenhum”, disse.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL