terça-feira, 2 de setembro de 2025

Quaest: para 52%, Bolsonaro participou da tentativa de golpe; 55% consideram prisão domiciliar justa




Pesquisas recentes do instituto Quaest revelaram como os brasileiros avaliam o julgamento de Jair Bolsonaro, que começa nesta terça. Relembre

     Jair Bolsonaro (Foto: Ton Molina / STF)

Pesquisas recentes do instituto Quaest revelam como os brasileiros avaliam o julgamento de Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF). O processo, que começa nesta terça-feira (2), analisa a participação de Bolsonaro em uma trama golpista e também sua prisão domiciliar após indiciamento por coação no curso do processo, informa o g1. Os levantamentos foram encomendado pela Genial Investimentos.

Segundo o estudo, realizado entre 13 e 17 de agosto, 86% da população já estava informada sobre o julgamento. O índice representa um crescimento de 13 pontos percentuais em relação a março, quando 73% diziam saber do processo. Apenas 14% afirmaram ter tomado conhecimento do caso durante a pesquisa, contra 27% na sondagem anterior.

◈ Participação em plano golpista divide opiniões

A maioria dos entrevistados (52%) considera que Bolsonaro teve envolvimento direto na tentativa de golpe de Estado. O índice cresceu cinco pontos desde dezembro, quando 47% sustentavam essa visão. Outros 36% acreditam que ele não participou do plano — número praticamente estável em comparação ao final do ano passado. Além disso, 2% negam que tenha havido qualquer tentativa de golpe, enquanto 10% preferiram não responder.

◈ Avaliação sobre a prisão domiciliar

O instituto Quaest também perguntou sobre a medida de prisão domiciliar imposta a Bolsonaro após indiciamento por coação, ao lado do filho Eduardo Bolsonaro, em uma estratégia de pressionar autoridades e interferir na investigação. Para 55% dos entrevistados, a decisão da Justiça foi justa, contra 39% que a classificaram como injusta. Outros 6% não souberam opinar.

O apoio à prisão domiciliar se concentra principalmente entre pessoas que se identificam como de esquerda não lulista (93%), eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno de 2022 (84%) e moradores do Nordeste (65%). Já entre os que consideram a medida injusta estão os apoiadores declarados de Bolsonaro (87%), seus eleitores no último pleito presidencial (83%) e evangélicos (57%).

◈ Percepções regionais e sociais

Os recortes por renda, religião, gênero e faixa etária também indicam clivagens importantes. A medida é vista como justa por 62% dos católicos, 59% dos jovens de 16 a 34 anos e 58% das mulheres. Já a rejeição à prisão é mais elevada entre os evangélicos e bolsonaristas convictos.

A pesquisa Quaest ouviu 2.004 brasileiros com 16 anos ou mais e tem margem de erro de dois a seis pontos percentuais, a depender do segmento analisado.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

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