segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Horário de verão pode voltar em 2025? Conheça a posição do governo

O verão no Brasil e seus horários ajustados. Foto: Divulgação

O governo brasileiro avalia a possibilidade de reintroduzir o horário de verão a partir de 2025. A medida, que foi extinta em 2019, voltou a ser discutida por causa das preocupações com a capacidade do sistema elétrico nacional diante do crescimento da demanda. Com informações do Diário do Comércio.

Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o risco de sobrecarga exige novas soluções para equilibrar a geração e o consumo, especialmente nos períodos de maior uso de energia. O Plano de Operação Energética (PEN) 2025, divulgado pelo ONS, ressalta que ainda não há decisão final sobre a volta do horário de verão.

No entanto, técnicos do setor destacam que a mudança poderia ajudar a reduzir a pressão sobre a rede elétrica ao deslocar os horários de pico de consumo. Essa estratégia é vista como um recurso eficiente para evitar a necessidade de acionamento de usinas termelétricas, que encarecem a produção e aumentam a emissão de poluentes.

Na prática, a medida busca aproveitar melhor a luz natural em regiões do país, aliviando o uso de energia em horários críticos. Além de reduzir custos operacionais, a reintrodução do horário de verão poderia contribuir para preservar os reservatórios das hidrelétricas, que sofrem maior pressão em períodos de estiagem prolongada.

Esse é um dos principais argumentos dos defensores da mudança, que consideram a proposta uma forma de garantir maior segurança energética. O crescimento da geração por fontes renováveis, como solar e eólica, também entra na equação.

Energia sustentável, como a solar e a eólica. Foto: Divulgação

Apesar de representarem uma fatia cada vez maior da matriz elétrica, essas fontes têm caráter intermitente e não suprem completamente a demanda noturna. O horário de verão, segundo especialistas, poderia ajudar a suavizar essas oscilações, funcionando como complemento às políticas de diversificação energética já em andamento no Brasil.

No cenário internacional, o debate é semelhante. Países da União Europeia, por exemplo, mantêm a alternância entre horário de verão e horário de inverno. O ajuste é realizado no último domingo de março e no último domingo de outubro, quando os relógios são adiantados ou atrasados em uma hora.

A justificativa histórica sempre esteve ligada à economia de energia e ao melhor aproveitamento da luz solar, ainda que especialistas apontem que, hoje, o impacto real seja menor devido ao avanço da eficiência energética. O histórico mostra que a prática não é recente.

O conceito foi sugerido ainda no século XVIII, por Benjamin Franklin, como forma de poupar óleo e velas. Ganhou força durante a Primeira Guerra Mundial e foi adotado de forma regular em vários países após a crise energética dos anos 1970. No Brasil, o horário de verão vigorou por décadas até ser encerrado em 2019, quando estudos apontaram que a economia gerada já não compensava os impactos na saúde da população.

Fonte: DCM com informações do Diário do Comércio

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