Bruna foi encontrada morta na manhã de 27 de setembro de 2023 em sua casa
O cantor sertanejo João Vitor Malachias foi condenado a 35 anos, 10 meses e 14 dias de prisão em regime fechado pelo assassinato da dentista Bruna Viviane Angleri, de 40 anos, ocorrido em setembro de 2023, em Araras, no interior de São Paulo. A sentença foi proferida nesta terça-feira (16/7) após julgamento por júri popular. A informação é do Metrópoles.
A decisão foi assinada pelo juiz Djalma Moreira Gomes Junior, da Vara Criminal de Araras, e inclui penas pelos crimes de homicídio qualificado, furto e destruição de cadáver. O magistrado também determinou que João Vitor não poderá recorrer em liberdade.
O advogado do cantor, Diego Emanuel da Costa, afirmou que pretende apresentar recurso. “Vamos trabalhar em cima da fragilidade probatória e da observação da pena aplicada, que foi maior do que deveria, acima da média”, declarou à reportagem.
O crime chocou a cidade de Araras pela crueldade. Bruna foi encontrada morta na manhã de 27 de setembro de 2023 em sua casa, no bairro Distrito Industrial. Parte do seu corpo estava carbonizado sobre a cama. Quando a Polícia Militar chegou ao local, o cômodo ainda estava em chamas, e o fogo foi controlado com o auxílio do Corpo de Bombeiros. A vítima estava sozinha no imóvel.
Bruna Angleri era mãe de uma menina de 6 anos e havia solicitado medidas protetivas contra João Vitor Malachias, seu ex-namorado. A existência da medida indica que a dentista já vinha sendo alvo de ameaças ou episódios de violência doméstica antes de ser assassinada.
O caso foi tratado como feminicídio e mobilizou investigações intensas por parte da Polícia Civil. Imagens registradas durante as diligências mostraram o cantor carregando objetos embrulhados que, segundo os investigadores, estavam ligados à cena do crime. A brutalidade do assassinato e o perfil público do condenado, que atuava como cantor sertanejo, deram grande repercussão ao caso.
A condenação de João Vitor Malachias representa um passo importante no combate à impunidade em crimes de violência contra a mulher, especialmente quando envolvem autores com algum nível de visibilidade pública. O processo segue agora para análise em instância superior, caso a defesa leve adiante o recurso anunciado.
Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles
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