Piloto de Londrina sofreu grave acidente durante competição, mas sobreviveu. Foto: Reprodução/Redes Sociais/Cedidas/Armageddon
O piloto paranaense Cadu Moreira, de Londrina, sobreviveu a um grave acidente durante uma prova de arrancada no evento Armagedon 2025, realizado no autódromo Velopark, em Nova Santa Rita (RS). O carro capotou várias vezes e chegou a pegar fogo logo após a largada. Apesar da violência do impacto, Cadu conseguiu sair andando do veículo e recebeu atendimento imediato da equipe de resgate. Com informações do g1.
Ele foi encaminhado ao hospital, onde passou por raio-x, ultrassom, ressonância e outros exames, que descartaram lesões graves. Em vídeo enviado à RPC, o piloto afirmou estar “100%” e atribuiu o bom desfecho ao conjunto de segurança do carro e à rápida ação dos socorristas. Com apenas dores leves, Cadu retornou ao autódromo para acompanhar as demais baterias da competição.
Segundo o piloto, o acidente foi provocado pela quebra de uma barra de direção, que fez a roda perder estabilidade e o veículo cruzar a pista. Após bater no muro, o carro capotou repetidamente até parar em chamas. Cadu disse que nunca havia passado por um acidente dessa magnitude e classificou o episódio como um dos mais severos já registrados no arrancadão em termos de cinemática.
Mais de 140 pilotos participam do Armagedon 2025, competição conhecida por reunir veículos altamente modificados para atingir alta velocidade em poucos segundos. As provas continuam neste sábado (15) no Velopark, que concentra algumas das principais disputas do calendário nacional de arrancada.
Ministra das Relações Institucionais critica editorial do jornal O Globo e afirma que a COP30 foi organizada com competência pelo governo Lula
Gleisi Hoffmann (Foto: Gil Ferreira/SRI)
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, reagiu neste sábado ao editorial do jornal O Globo, que atacou a infraestrutura e a segurança da COP30 em Belém. O texto da publicação carioca destacou reclamações pontuais de um funcionário da ONU sobre goteiras, falhas em ar-condicionado e episódios de segurança — temas que, segundo o próprio governo, foram rapidamente resolvidos.
O Globo publicou um editorial classificando a situação como um "vexame" e questionando a escolha da capital paraense como sede da conferência climática.
● Gleisi defende Belém e lembra coragem do presidente Lula ao levar a COP para o coração da Amazônia
Por meio de um post firme nas redes sociais, Gleisi afirmou que o jornal ignorou deliberadamente o mérito histórico da realização da COP30 na Amazônia e optou por explorar problemas já solucionados. Em suas palavras:
"O Brasil se organizou para sediar em Belém o maior evento sobre clima de todos os tempos. Levar a COP para o coração da Amazônia foi uma decisão corajosa do presidente Lula, mostrou seu compromisso ambiental. E foi necessário para o mundo e todos que falam de meio ambiente conhecerem de perto a realidade da Amazônia e sua população."
A ministra criticou a postura do jornal:
"Mas tudo que o editorial do Globo resolveu destacar foi a queixa de um funcionário da ONU sobre organização da segurança, goteiras e funcionamento do ar condicionado, problemas prontamente solucionados, por sinal. É de dar vergonha alheia..."
● Reação expõe desconexão do jornal com o contexto amazônico
A crítica de Gleisi evidencia um ponto central: O Globo não contextualizou que Belém enfrenta condições climáticas extremas e previsíveis — calor intenso e chuvas diárias — e que estruturar um megaevento nessas condições exige um esforço logístico excepcional. Ainda assim, segundo o governo, falhas pontuais foram corrigidas de forma imediata.
Ao ignorar esses elementos e centrar sua narrativa em tropeços já resolvidos, o jornal adota um tom que desconsidera o simbolismo e a importância global de realizar a conferência no bioma mais estratégico do planeta.
● Editorial desperdiça oportunidade e reforça visão elitista
A postura do Globo reforça uma crítica recorrente: a tendência de parte da grande mídia de tratar a Amazônia com distanciamento, como se o Brasil profundo não pudesse sediar eventos de relevância global. Ao concentrar seu editorial em pequenas imperfeições — inevitáveis em estruturas temporárias construídas sob condições climáticas adversas — o jornal perdeu a chance de valorizar o esforço logístico, humano e político envolvido em levar a COP30 para o território amazônico.
Em vez de reconhecer que milhares de pessoas puderam vivenciar in loco a realidade da região, a publicação preferiu reproduzir uma visão elitizada e distante do país real.
● Gleisi aponta o óbvio: o país mostrou capacidade e responsabilidade
A ministra destacou aquilo que até observadores internacionais têm reconhecido: o Brasil organizou um dos maiores encontros sobre clima da história recente, demonstrando capacidade de resposta, coordenação entre governos e compromisso ambiental.
Os episódios destacados pelo editorial foram, como ela enfatizou, "problemas prontamente solucionados".
● A disputa narrativa sobre a COP30
A reação de Gleisi expõe uma disputa maior: enquanto o governo e entidades internacionais apontam a COP30 como marco simbólico e político — por ocorrer na Amazônia — parte da mídia comercial insiste em uma narrativa de fracasso, centrada em incidentes pontuais e ignorando a dimensão histórica do evento.
No contraponto, a fala da ministra demonstra que o governo está disposto a defender Belém e o simbolismo da COP30 contra ataques que, além de desproporcionais, reforçam estigmas e distorções sobre a região amazônica.
Rubro-negro carioca tenta assumir liderança enquanto o Sport joga pela sobrevivência na Série A
Emerson Royal, lateral do Flamengo, avança coma bola em jogo contra o Mirassol, válido pelo Campeoanto Brasileiro, no Maracanã - 09/08/2025 (Foto: GILVAN DE SOUZA/FLAMENGO)
O Flamengo visita o Sport na sábado (15), às 18h30, na Arena de Pernambuco, em partida adiada da 12ª rodada do Campeonato Brasileiro. O confronto opõe realidades distintas: enquanto o time carioca busca a liderança, os pernambucanos entram em campo sob risco de rebaixamento matemático.
Ainda segundo o ge, o Sport ocupa a lanterna do campeonato desde a 3ª rodada, somando apenas 17 pontos. Uma derrota para o Flamengo, ou uma vitória do Santos sobre o Palmeiras também neste sábado, pode confirmar a queda antecipada do clube para a Série B.
Onde assistir
A transmissão ao vivo será feita pelo Amazon Prime Video, e o ge acompanhará a partida em tempo real.
Sport: pressão extrema e elenco limitado
O técnico interino César Lucena deve manter a formação utilizada no duelo contra o Atlético-MG. Sem suspensos ou novos lesionados, o Sport ainda lida com baixas importantes. O volante Pedro Augusto segue em recuperação de lesão no quadril direito, e o lateral Igor Cariús trata desconforto na panturrilha esquerda.
O atacante Derik, artilheiro do time no Brasileirão com seis gols, segue fora por indisciplina, enquanto o volante Zé Lucas está com a seleção brasileira no Mundial Sub-17.
Provável escalação do Sport:
Gabriel; Matheus Alexandre, Rafael Thyere, Ramon Menezes e Luan Cândido; Rivera, Lucas Kal e Lucas Lima; Léo Pereira, Matheusinho e Pablo.
Desfalques: Derik (afastado), João Silva e Pedro Augusto (lesionados), Zé Lucas (seleção sub-17), Hereda (lesão no púbis).
Pendurados: Gabriel, Caíque França, Matheus Alexandre, Rafael Thyere, Kévyson, Igor Cariús, Sérgio Oliveira, Hyoran, Barletta, Derik.
Flamengo: elenco desfalcado e mudanças forçadas
O técnico Filipe Luís convive com 12 desfalques para o duelo no Recife. Sete jogadores estão servindo suas seleções — Carrascal, Arrascaeta, Varela, Viña, Plata, Alex Sandro e Danilo. Outros cinco estão sob cuidados do departamento médico: Léo Ortiz, De la Cruz, Jorginho, Allan e Pedro.
Em meio às ausências, a principal novidade deve ser o jovem João Victor na defesa. No meio-campo, o treinador pode precisar improvisar para montar a equipe.
Provável escalação do Flamengo:
Rossi; Emerson Royal, João Victor, Léo Pereira, Ayrton Lucas; Pulgar, Saúl, Wallace Yan (ou Cebolinha); Luiz Araújo, Samuel Lino e Bruno Henrique.
Desfalques: Carrascal, Arrascaeta, Varela, Viña, Plata, Alex Sandro, Danilo (convocados); Léo Ortiz, De la Cruz, Jorginho, Allan e Pedro (lesionados).
O árbitro da partida será Rafael Rodrigo Klein (RS), auxiliado por Maira Mastella Moreira (RS) e Michael Stanislau (RS). O quarto árbitro será Jose Mendonça da Silva Junior (PR). No VAR, atuará Rodrigo D’Alonso Ferreira (SC), com Johnny Barros de Oliveira (SC) como AVAR.
Repercussão
Dados do Google Trends demonstram interesse para a partida concentrado em estados do nordeste, como Pernambuco,
Com objetivos distintos e pressão elevada dos dois lados, o duelo no Recife promete clima tenso: o Flamengo busca a liderança, enquanto o Sport luta para evitar um desfecho precoce em sua campanha na Série A.
A seleção brasileira voltou a campo neste sábado (15) com a missão de dar uma resposta após a traumática derrota para o Japão, sofrida um mês antes. O revés por 3 a 2 havia exposto fragilidades coletivas e individuais, colocando o time sob questionamentos. Em Londres, diante de 58.657 torcedores no Emirates Stadium, o Brasil apresentou uma postura mais sólida e ofensiva ao vencer Senegal por 2 a 0.
A partida mostrou que as falhas vistas contra os japoneses influenciaram diretamente as escolhas de Carlo Ancelotti. O treinador abandonou o 3-2-5, recorrendo ao 4-2-4, que contou com Éder Militão atuando pela primeira vez como lateral-direito. O ajuste também buscava corrigir o desempenho defensivo: até o tropeço para o Japão, a equipe havia sofrido apenas um gol sob o comando do italiano — na derrota para a Bolívia, pelas Eliminatórias.
Do meio para a frente, o quarteto formado por Vinicius Junior, Rodrygo, Matheus Cunha e Estêvão funcionou com fluidez. Todos conseguiram infiltrar a defesa adversária, e o jovem do Chelsea teve papel decisivo ao abrir o placar. Aos 27 minutos, após um desvio na zaga senegalesa em lance iniciado por Casemiro, Estêvão aproveitou a sobra e bateu colocado para fazer 1 a 0.
Pouco depois, aos 35, Casemiro voltou a aparecer como elemento surpresa na área. Após cobrança de falta executada por Rodrygo, o volante dominou com tranquilidade e finalizou com precisão, ampliando o marcador. Senegal tentou pressionar no fim da primeira etapa, mas o Brasil manteve o controle e levou a vantagem para o intervalo.
Na volta para o segundo tempo, os senegaleses intensificaram sua presença no ataque e quase diminuíram após erro de Ederson. Iliman Ndiaye ficou com a bola, mas desperdiçou a chance aos seis minutos. Ancelotti manteve a serenidade e só mexeu no time quando Gabriel Magalhães sofreu lesão, sendo substituído por Wesley. A pausa também serviu para a entrada de João Pedro no lugar de Matheus Cunha.
Sem alterações drásticas, o treinador evitou que a equipe se desorganizasse, como ocorreu no jogo anterior. O Brasil manteve o volume ofensivo, embora tenha faltado precisão para transformar as ocasiões criadas em mais gols. Os contra-ataques foram constantes, mas o placar permaneceu em 2 a 0. A defesa, por outro lado, não deu margem para reação senegalesa.
Este foi o segundo encontro entre as seleções nesse ciclo. Em junho de 2023, ainda sob o comando interino de Ramon Menezes, o Brasil havia perdido por 4 a 2 para Senegal em Lisboa, em noite inspirada de Sadio Mané.
A seleção brasileira volta a campo na terça-feira (18), novamente em Londres, para enfrentar a Tunísia às 16h30 (horário de Brasília). Depois, só retornará em março de 2026, na última Data Fifa antes da convocação para a Copa do Mundo, quando enfrentará França e Croácia — ambas classificadas nesta semana para o Mundial que ocorrerá nos Estados Unidos, Canadá e México.
O Santos enfrenta o Palmeiras na Vila Belmiro em um confronto determinante do Campeonato Brasileiro. As equipes chegam ao clássico com objetivos diferentes, mas ambas tratam o duelo como crucial para a sequência da temporada.
As informações sobre horário, transmissão e prováveis escalações foram publicadas originalmente pelo Extra.
O jogo, adiado da 13ª rodada, será disputado neste sábado (15), às 21h (de Brasília), com transmissão do SporTV e do Premiere. A partida marca um momento de pressão para os donos da casa e de disputa direta por posições para o time alviverde.
Onde assistir
A transmissão ao vivo será feita pelo SporTV, na TV fechada, e pelo Premiere, no sistema pay-per-view.
Provável escalação do Santos
A equipe comandada por Juan Pablo Vojvoda deve entrar em campo com:
Gabriel Brazão; Igor Vinicius, Zé Ivaldo, Adonis Frías, Souza; Willian Arão, Zé Rafael, Victor Hugo, Barreal; Guilherme e Neymar.
Provável escalação do Palmeiras
Sob direção de Abel Ferreira, o Palmeiras tende a iniciar o clássico com:
Carlos Miguel; Fuchs, Murilo, Micael; Khellven, Aníbal Moreno, Raphael Veiga, Mauricio, Jefté; Felipe Anderson e Bruno Rodrigues (ou Flaco López).
Arbitragem
A partida terá a arbitragem de Raphael Claus (SP), auxiliado por Danilo Ricardo Simon Manis (SP) e Alex Ang Ribeiro (SP). O árbitro de vídeo será Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral (SP).
Repercussão na internet
O clássico promete movimentar a rodada e pode alterar significativamente a disputa pelas primeiras posições do campeonato.
Supremo rejeita embargos e abre caminho para início da pena em regime fechado
Ex-presidente Jair Bolsonaro em sua casa em Brasília onde cumpre prisão domiciliar - 03/09/2025 (Foto: REUTERS/Diego Herculano)
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal negou, de forma unânime, o recurso apresentado por Jair Bolsonaro (PL) contra sua condenação a 27 anos e três meses de prisão. Com a rejeição dos embargos de declaração — recurso usado para questionar possíveis omissões ou contradições — a expectativa é que o ministro Alexandre de Moraes determine o início do cumprimento da pena em regime fechado até o começo de dezembro.
O colegiado deverá publicar nos próximos dias o acórdão do julgamento. A partir dessa divulgação, abre-se o prazo de cinco dias para que a defesa apresente uma nova tentativa de reverter a condenação. Advogados do ex-presidente planejam ingressar com embargos infringentes, recurso possível quando não há unanimidade no mérito. Porém, a jurisprudência do Supremo só admite a medida quando há ao menos dois votos divergentes, e neste caso apenas o ministro Luiz Fux votou pela absolvição.
Mesmo sem prazo definido para a publicação do acórdão, cálculos de assessores do tribunal ouvidos pela Exame apontam que Bolsonaro teria, no máximo, até 25 de novembro para protocolar o novo recurso.
Com o fim do prazo recursal, aumenta a probabilidade de que Moraes determine a prisão imediata. A situação remete ao julgamento do ex-presidente Fernando Collor, condenado em 2023 a oito anos e dez meses. Na ocasião, depois de negar o segundo embargo da defesa, Moraes ordenou o cumprimento da pena. Posteriormente, Collor foi transferido para prisão domiciliar, após sua defesa apontar doenças graves.
Aliados de Bolsonaro reconhecem o paralelo e demonstram apreensão. Segundo a Exame, interlocutores do ex-presidente acreditam que o ministro pode adotar procedimento semelhante: decretar a prisão e, posteriormente, analisar um eventual pedido de prisão domiciliar por questões de saúde.
● Destino da prisão ainda indefinido
A definição sobre onde Bolsonaro cumprirá a pena ainda está em avaliação. Na semana anterior, a chefe de gabinete de Moraes, Cristina Kusahara, visitou o Complexo da Papuda para analisar as condições do local. Há também a possibilidade de que o ministro determine o cumprimento inicial da pena em uma cela improvisada na Superintendência da Polícia Federal em Brasília — modelo semelhante ao adotado no caso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba durante a Operação Lava Jato.
● Outros condenados devem seguir para regime fechado
Além de Bolsonaro, foram condenados por tentativa de golpe de Estado e tentativa de reverter o resultado das eleições de 2022 outras figuras centrais do núcleo político e militar do governo anterior: o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos, o tenente-coronel Mauro Cid, o ex-ministro da Casa Civil Walter Braga Netto, o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio, o deputado federal e ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem, o ex-chefe do GSI Augusto Heleno e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres.
A tendência é que nenhum deles consiga reverter o mérito da condenação e que todos tenham a prisão decretada pelo Supremo. Pessoas próximas a Bolsonaro já tratam como inevitável a detenção do ex-presidente diante do avanço do processo no STF.
O deputado federal Lindbergh Farias (RJ), líder do PT na Câmara, apresentou um projeto de resolução que busca antecipar o processo de cassação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por excesso de faltas. A iniciativa pretende mudar a regra atual, que só permitiria a perda de mandato a partir de março de 2026, quando a Mesa Diretora tradicionalmente divulga o relatório anual de assiduidade. Segundo o PT, Eduardo já acumulou cerca de 70% das ausências necessárias para que a cassação seja decretada.
A Constituição determina que um parlamentar perde o mandato caso falte, sem justificativa, a um terço das sessões ordinárias do ano. Eduardo Bolsonaro vive nos Estados Unidos desde fevereiro, onde atua para articular apoio internacional à defesa do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O deputado tirou licença de 120 dias, cujo prazo terminou em 20 de julho, e desde então tem acumulado faltas às sessões deliberativas do plenário.
O projeto apresentado por Lindbergh determina que a aferição de presença não seja anual, mas contínua e cumulativa ao longo da sessão legislativa.
A checagem será feita com base nos registros eletrônicos, e a Secretaria-Geral da Mesa passaria a elaborar pareceres mensais sobre a assiduidade de cada parlamentar. O objetivo, segundo o líder petista, é impedir que “situações de desrespeito flagrante à Constituição permaneçam meses sem apuração”.
O texto define que o relatório final deverá ser publicado no dia 5 de dezembro, trazendo os nomes dos parlamentares que ultrapassaram o limite de faltas injustificadas.
Esse documento seria encaminhado automaticamente à Presidência da Câmara, que teria obrigação de instaurar o processo de declaração de perda de mandato. A medida retira a margem temporal criada em 2017, quando um ato da Mesa passou a postergar o envio da avaliação de presença para o ano seguinte, retardando eventuais punições.
O projeto também prevê uma segunda hipótese de cassação antecipada: se, em qualquer momento do ano, a Secretaria-Geral identificar que o parlamentar já alcançou matematicamente o ponto de não retorno, ou seja, que não há mais possibilidade de reverter o índice de faltas, a Presidência deverá abrir imediatamente o procedimento de perda de mandato. Na prática, isso impede que um deputado acumule ausências por meses contínuos sem que haja consequências administrativas.
Para o PT, Eduardo Bolsonaro se enquadra exatamente nesse cenário. Além das faltas registradas, a legenda afirma que o deputado não cumpre suas obrigações parlamentares desde que passou a residir nos Estados Unidos.
O partido argumenta que a Câmara não pode se omitir e permitir que um deputado federal permaneça ausente sem justificativa enquanto exerce influência política no exterior.
A ativista sueca Greta Thunberg desembarcou em Belém, no Pará, para participar da Marcha da Cúpula dos Povos. Foto: Reprodução
A ativista sueca Greta Thunberg desembarcou em Belém nesta sexta-feira (14) para participar da Marcha da Cúpula dos Povos, marcada para este sábado (15), um dos principais atos da sociedade civil paralelos à COP30.
A concentração da marcha será às 8h30 no Mercado de São Brás, seguindo até o Parque da Cidade, local que recebe debates e atividades oficiais da conferência.
O ato reúne organizações ambientais, coletivos sociais e lideranças territoriais, com a expectativa de pressionar por maior espaço às pautas populares e socioambientais dentro da COP30.
Segundo Lorena Rosa, da Marcha Mundial pelo Clima, são esperadas cerca de 30 mil pessoas. Ela explicou que a mobilização será dividida em três blocos.
“Teremos vários blocos integrados: o primeiro por terra, território e recursos; o segundo, por transição e cidades justas; e o terceiro, pelo internacionalismo e soberania dos povos.”
Recentemente, Greta participou da flotilha humanitária Global Sumud, que tentou furar o bloqueio naval israelense para levar ajuda à Faixa de Gaza. A embarcação foi detida por forças de Israel, e ela acabou deportada junto com outras 171 pessoas.
Seminário Pós-COP: O Brasil diante das transformações globais
24 de novembro de 2025 (segunda-feira); sessões às 10:00-12:30 e 19:00-21:30
FESPSP – Rua General Jardim, Vila Buarque, São Paulo/SP
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Foto: Reprodução
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, descartou nesta sexta-feira (14) qualquer nova redução de tarifas comerciais, afirmando que “não acha que será necessário”, mesmo após a Casa Branca anunciar o recuo parcial sobre taxas aplicadas a produtos como café, carne, banana e açaí.
Questionado por repórteres no Air Force One sobre possíveis novos cortes, Trump foi direto: “Acabamos de fazer um pequeno recuo. Os preços do café estavam um pouco altos. Agora ficarão mais baixos em um período muito curto.”
A ordem executiva divulgada pelos EUA retirou apenas as chamadas tarifas de reciprocidade impostas em abril — que, no caso do Brasil, eram de 10%. O Ministério da Agricultura, porém, esclareceu que a tarifa adicional de 40% aplicada por Trump em julho continua valendo.
A avaliação é de que o corte parcial ainda afeta cadeias produtivas brasileiras, uma vez que a tarifa extra de 40% permanece em vigor.
O anúncio ocorreu um dia após a reunião entre o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, e o secretário de Estado americano, Marco Rubio.
O Brasil havia enviado, no início do mês, uma proposta de acordo provisório para revisão das tarifas. Segundo Vieira, os EUA haviam sinalizado que responderiam “muito em breve” ao governo Lula sobre o tema.
O chanceler do Brasil, Mauro Vieira, encontra-se com o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, em Washington, em 13 de novembro de 2025. Foto: Embaixada do Brasil em Washington
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). Foto: Reprodução
O comandante do Bope, tenente-coronel Marcelo Corbage, afirmou ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) que o confronto na mata durante a chacina que deixou 121 mortos nos complexos da Penha e do Alemão não foi resultado de uma estratégia policial, como declarou o governador Cláudio Castro (PL), mas sim uma emboscada preparada pelo Comando Vermelho (CV). O depoimento contraria a versão oficial apresentada pelo governo no dia da ação. Com informações do G1.
Enquanto a operação ainda estava em curso, Castro afirmou que os tiroteios ocorreram “majoritariamente em área de mata” por decisão planejada, “para encurralá-los lá para que a população sentisse o mínimo possível”.
Segundo Corbage, porém, a ida ao alto da Vacaria não fazia parte do plano original: foi uma reação imediata a uma “estratégia até então desconhecida” dos criminosos da Penha e do Alemão. “A intenção era preparar uma emboscada”, relatou.
“Armadilha” alterou o plano
Corbage disse que a ofensiva dos traficantes — registrada por drones, mostrando criminosos camuflados avançando para a mata — levou policiais civis a progredirem em terreno sem resistência aparente, caindo em uma armadilha.
“Em razão da relativa falta de resistência, os policiais civis foram progredindo, sendo atraídos para uma armadilha”, afirmou.
Segundo ele, a reação dos criminosos “fugiu a todos os padrões anteriormente detectados”, com enfrentamento contínuo e sustentado.
Com policiais civis feridos e mortos, a operação deixou de ser cumprimento de mandados e se tornou “uma verdadeira operação de resgate”. Corbage afirmou que os dois agentes do Bope mortos estavam justamente no resgate das equipes atingidas.
“Muro do Bope”: comandante contesta tática anunciada após a ação
No dia seguinte à operação, a mais letal da história do país envolvendo forças policiais, a Polícia Militar apresentou a tática chamada de “Muro do Bope”, que supostamente consistiria em posicionar agentes no topo da Serra da Misericórdia para conter o avanço de traficantes.
Corbage negou que o Bope tenha se posicionado previamente para emboscar criminosos: “Não é verdade que os policiais do Bope tenham se posicionado previamente na Serra da Misericórdia para fazer o que é conhecido como ‘tróia’.”
Ele disse que o objetivo era impedir deslocamentos entre comunidades e não atuar diretamente na Vacaria. O enfrentamento, segundo ele, ocorreu porque traficantes já estavam entrincheirados em “verdadeiros bunkers”.
Polícia Militar apresentou a tática chamada de “Muro do Bope”. Foto: Reprodução
Delegados da Civil reforçam teoria da emboscada do CV
O diretor do Departamento-Geral de Polícia Especializada, André Luiz de Souza Neves, afirmou que não havia previsão de ingressar na mata, mas que policiais avançaram por instinto ao perceberem movimentações.
O comandante da Core, Fabrício Oliveira, reforçou que não houve emboscada policial, mas sim dos traficantes:
“Se houve uma emboscada ali em algum momento, foi dos traficantes contra os policiais civis. Diversos policiais foram baleados e dois morreram com tiro na cabeça.”
Cláudio Castro, Tarcísio de Freitas e Jair Bolsonaro. Foto: reprodução
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou as visitas dos governadores Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, e Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, ao ex-presidente Jair Bolsonaro nos dias 26 de novembro e 1º de dezembro.
Segundo Lauro Jardim, do jornal O Globo, os encontros podem ocorrer na prisão, seja no Complexo Penitenciário da Papuda ou em uma unidade da Polícia Federal.
A autorização foi concedida em meio ao cronograma informal já discutido entre ministros do STF e autoridades do Distrito Federal para a execução da pena de 27 anos e três meses imposta ao ex-presidente pelo comando da tentativa de golpe de Estado.
A expectativa é de que a prisão seja decretada entre o fim de novembro e o início de dezembro, caso a Primeira Turma rejeite definitivamente os recursos pendentes. O julgamento eletrônico dos embargos de declaração apresentados pela defesa termina às 23h59 desta sexta-feira (14).
Mesmo com a maioria dos ministros já tendo votado pela rejeição dos pedidos, o encerramento só ocorrerá com a publicação do acórdão, prevista para os próximos dias. Após isso, abre-se prazo de cinco dias para que a defesa apresente embargos infringentes, último instrumento antes da execução da pena.
Jair Bolsonaro no banco dos réus no STF. Foto: Ton Molina/STF
Se o acórdão for publicado na segunda-feira (17), o prazo começará na terça (18) e se encerrará no sábado (22), sendo automaticamente prorrogado para o dia 24, primeiro dia útil subsequente.
De acordo com técnicos do Supremo, a contagem não é interrompida por feriados, já que o processo envolve réu preso. Concluída essa fase, Moraes poderá determinar individualmente o início do cumprimento da pena.
Nos bastidores, o cenário mais provável é que Bolsonaro seja levado ao 19º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, conhecido como Papudinha, uma área interna à Papuda usada para custódia de militares e agentes de segurança. O local passa por reformas financiadas por emenda parlamentar de R$ 500 mil, aprovadas em junho de 2025.
A PMDF afirma que as obras “não têm qualquer relação com as celas ou com o espaço destinado a custodiados”, e se destinam exclusivamente aos alojamentos dos policiais que trabalham na unidade.
Prefeito implantou controle para identificar quem chegava à cidade sem trabalho ou residência. Para a DPU, prática é inconstitucional e discriminatória
Imagens da cidade de Florianópolis (Foto: Abr)
Agência Brasil - A Defensoria Pública da União (DPU) enviou ao prefeito de Florianópolis, Topázio Neto, uma recomendação para que deixe de realizar a triagem de passageiros que chegam na cidade. Para o órgão, a iniciativa do político “viola direitos fundamentais e é um controle migratório ilegal dentro do território nacional”.
No início do mês, o prefeito comunicou a implantação de um sistema de controle de chegada de pessoas à cidade. Foi instalado na rodoviária local um posto avançado da assistência social para identificar quem chegava à cidade sem trabalho ou residência.
Para a DPU, a prática do prefeito é inconstitucional, ilegal e discriminatória.
“A Constituição Federal garante a qualquer pessoa — brasileira ou migrante — o direito de circular no território nacional e que tratados internacionais, dos quais o Brasil é signatário, também garantem a liberdade de circulação”, diz a DPU.
A defensoria afirma que o controle migratório e de circulação de pessoas viola uma série de normativas internacionais e nacionais que protegem o direito de ir, vir, estar e permanecer.
Segundo a DPU, o controle migratório pode ser realizado exclusivamente pela União e municípios não podem restringir o acesso de pessoas com base em condição social, origem ou situação de rua. A atitude do prefeito, ainda segundo a DPU, pode se encaixar no artigo 146 do Código Penal como crime de constrangimento ilegal.
O órgão recomenda que a cidade de Florianópolis deixe de realizar qualquer tipo de política de controle de migração interna, triagem compulsória ou quaisquer outras medidas que impliquem restrição de acesso de pessoas.
Para Mariana Döering Zamprogna, defensora regional de Direitos Humanos de Santa Catarina, o município pode fornecer passagens apenas se solicitado pela pessoa, que deve expressar sua vontade de voltar ao local de origem.
O prefeito deverá enviar, no prazo de 10 dias, dados sobre as mais de 500 pessoas devolvidas, como identificação, origem, destino e data de chegada e de partida. Ele também deve explicar o valor total e a “origem da verba utilizada”.
Prefeito
Em um vídeo publicado em seu perfil no Instagram, Topázio Neto disse que o objetivo da medida é manter a ordem e as regras na cidade.
“O que a gente não quer é ser depósito de pessoas em situação de rua. Se uma cidade mandar para cá, nós vamos impedir, sim”.
O político alega, sem apresentar provas, que outros municípios estariam mandando desempregados para Florianópolis. Segundo Topázio, cerca de 500 pessoas já teriam retornado às cidades de origem através deste seu programa.