Neste domingo (7), Flávio Bolsonaro afirmou que pode abandonar a pré-candidatura à Presidência em 2026. O senador do PL do Rio declarou que a desistência teria um “preço” e que pretende tratar do assunto de forma mais detalhada nesta segunda-feira (8).
A declaração foi dada após a participação dele em um culto religioso na capital federal. Questionado sobre o que motivaria sua saída da disputa e se esse “preço” envolveria a aprovação de anistia aos condenados por atos golpistas, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro, Flávio preferiu não responder diretamente.
O senador disse que conversará com líderes do centrão, como Valdemar Costa Neto, Marcos Pereira e Antonio Rueda, para tratar da proposta de anistia. Segundo ele, o tema tem sido objeto de negociações e seguirá no centro das conversas com partidos de direita.
Flávio já havia afirmado na sexta-feira (5) que foi escolhido pelo pai para representar o grupo político na corrida ao Planalto. Ele disse que a possibilidade de concorrer vinha sendo discutida com o ex-presidente antes mesmo da prisão dele.
No sábado (6), pelas redes sociais, o senador afirmou que as tratativas sobre a anistia haviam começado e cobrou que lideranças contrárias ao governo Lula apoiassem a proposta. Para ele, esse seria o gesto inicial necessário para fortalecer o campo político que pretende reunir.
Flávio relatou que já buscou dirigentes do União Brasil, PP e PSD para compor alianças e afirmou acreditar que pode crescer nas pesquisas, apesar da falta de projeção eleitoral atual. Disse ainda que pretende apresentar uma imagem de “pacificação”, diferenciando-se do estilo do pai.
Levantamentos recentes mostram dificuldades para o senador ampliar seu apoio. Pesquisa Datafolha indica que 38% do eleitorado rejeitam seu nome. No mesmo estudo, Tarcísio de Freitas aparece com rejeição de 20%, e o presidente Lula com 44%.
Dirigentes do centrão continuam a ver Tarcísio como o nome mais competitivo da direita. Para esses partidos, o governador de São Paulo teria melhores condições de enfrentar uma disputa nacional por apresentar menor resistência entre os eleitores.
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Fonte: DCM
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