sexta-feira, 6 de junho de 2025

Saiba tudo o que Bolsonaro disse em depoimento à PF


O ex-presidente Jair Bolsonaro conversa com jornalistas após depoimento à Polícia Federal, nesta quinta-feira (5). Foto: Reprodução/TV Globo

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) prestou depoimento à Polícia Federal (PF) na última quinta-feira (5), em um inquérito que investiga a articulação de seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL), para obter sanções contra autoridades brasileiras junto ao governo de Donald Trump.

O depoimento foi parte das investigações sobre o possível envolvimento do deputado na tentativa de golpe de Estado, na qual Bolsonaro é réu.

Após cerca de duas horas de oitiva, Bolsonaro deixou a PF e concedeu uma coletiva de imprensa. Durante a coletiva, o ex-presidente revelou que havia enviado “bastante dinheiro legal” a Eduardo. “Eu botei R$ 2 milhões na conta dele, ok? Bastante até, dinheiro limpo, legal, até Pix”, relatou.


O valor enviado fazia parte dos R$ 17 milhões que Bolsonaro recebeu de seus apoiadores via Pix em 2023, por meio de uma campanha para pagar as multas impostas a ele durante a pandemia de Covid-19.

A oitiva começou por volta das 14h40 e terminou às 17h. Durante o depoimento, Bolsonaro também foi convocado a prestar esclarecimentos sobre um inquérito envolvendo a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que fugiu para o exterior.

◎ Eduardo Bolsonaro

Em relação ao caso de Eduardo Bolsonaro, a PF apura supostos crimes como coação no curso do processo, obstrução de investigação de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Segundo a investigação, Bolsonaro foi citado como o beneficiário direto das ações do filho e por ter confirmado que seria “o responsável financeiro” pela estadia de Eduardo nos EUA. No entanto, o ex-presidente negou que as ações de seu filho tivessem como objetivo beneficiar sua própria situação jurídica no processo sobre o golpe ou influenciar investigações em andamento.

Bolsonaro também confirmou aos investigadores que teve uma reunião com o Conselheiro Sênior do Departamento de Estado dos Estados Unidos para o Hemisfério Ocidental, Ricardo Pita, em 6 de maio. Questionado sobre o conteúdo da conversa, o ex-capitão se recusou a dar detalhes, alegando que se tratou de uma reunião de “teor reservado”.

◎ Trump

O advogado Paulo Bueno disse, ao lado do ex-presidente, que as eventuais sanções por parte do governo Trump podem ser aplicadas por outros motivos que não têm relação com o processo sobre o golpe, como o bloqueio de contas na rede social X.

A declaração ocorre duas semanas após o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, destacar em audiência na Comissão de Relações Exteriores da Câmara americana que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, poderia ser alvo de sanções por supostas violações de direitos humanos.

Rubio afirmou: “Isso está sob análise neste momento, e há uma grande possibilidade de que isso aconteça.”

◎ Carla Zambelli

Sobre o caso de Carla Zambelli, Bolsonaro afirmou não ter “nada a ver” com a deputada, que fugiu do Brasil após ser condenada a 10 anos de prisão por invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Zambelli teve sua prisão decretada por Alexandre de Moraes, do STF, após anunciar que havia deixado o país.

Bolsonaro também destacou que não enviou nenhum dinheiro via Pix para a parlamentar: “Eu vi pela imprensa, que estou no inquérito também. Mas esse assunto não foi tratado. Não tenho nada a ver com a Carla Zambelli, não botei dinheiro no Pix dela, tá certo? Realmente acompanhei pela imprensa o caso dela.”

Não tenho nada a ver com a Carla Zambelli, afirma Bolsonaro | Política | Valor Econômico
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a deputada federal Carla Zambelli (PL). Foto: Reprodução

Fonte: DCM

Bandeira com estrelas desalinhadas vira meme após jogo do Brasil: “É da Shopee”


Bandeira do Brasil com estrelas fora do lugar é exibida durante hino nacional antes da partida da Seleção contra o Equador – Foto: Reprodução
Na quinta-feira (5), antes do jogo entre Brasil e Equador pelas Eliminatórias da Copa, em Guayaquil, a estreia de Carlo Ancelotti como técnico da seleção foi marcada por um detalhe curioso. Durante a execução do hino nacional, a bandeira do Brasil ao lado dos jogadores chamou atenção por estar com as estrelas fora do lugar. O erro viralizou nas redes e virou meme.

Internautas reagiram com humor e críticas, fazendo piadas como “E essa bandeira do Brasil comprada na shopee”, “É a nova edição da bandeira do Brasil?” e “Pegaram a bandeira do Brasil no ChatGPT”.

Com 22 pontos e na quarta posição nas Eliminatórias, a seleção brasileira, agora comandada por Ancelotti, busca a classificação para a Copa de 2026. O próximo jogo será contra o Paraguai, na Neo Química Arena, em São Paulo.

Fonte: DCM

Câmara confirma licença de 127 dias para Zambelli e bloqueio de salário


            A deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP). Foto: Reprodução

A Câmara dos Deputados aprovou, na noite de quinta-feira (5), a solicitação de licença de 127 dias do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que está foragida do país. A vaga deixada pela bolsonarista será ocupada por Coronel Tadeu, também do PL.

A deputada, após deixar o Brasil e seguir por terra até a Argentina, viajou para os Estados Unidos e, posteriormente, para a Itália. Zambelli foi incluída na lista de procurados da Interpol, após uma ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

De acordo com a Câmara, a licença concedida é composta por sete dias para tratamento de saúde e outros 120 dias para “interesse particular”. A decisão foi publicada em edição extra no Diário da Câmara.

A licença é sem remuneração. Como deputada, Zambelli recebe mais de R$ 46 mil mensais. O ministro Alexandre de Moraes já enviou um ofício à Câmara para suspender o salário da deputada, visto que ela fugiu do Brasil.

A bolsonarista havia feito a solicitação em 29 de março, antes de sua prisão preventiva ser decretada por Moraes. A partir da data da solicitação, o período da licença será contado até 2 de outubro deste ano.

            O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Reprodução


A deputada foi condenada a 10 anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com o hacker Walter Delgatti Neto. Ela também enfrenta acusação de falsidade ideológica por inserir documentos falsos no sistema, incluindo um mandado de prisão forjado contra o ministro Alexandre de Moraes.

Após sua fuga, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao STF que determinasse a prisão preventiva de Zambelli e a inclusão de seu nome na lista da Interpol. Além disso, um novo inquérito foi aberto para investigar se a deputada tentou obstruir a apuração do caso do CNJ.

Entre as medidas determinadas por Moraes, está a quebra do sigilo bancário para investigar se Zambelli recebeu ajuda financeira para a fuga, além de monitoramento das redes sociais ligadas à deputada.

Fonte: DCM

Pix recebido por Zambelli pode indicar se ela teve ajuda para fugir do Brasil


        A deputada foragida Carla Zambelli. Foto: Reprodução

A quebra do sigilo bancário de Carla Zambelli pode revelar se a deputada contou com apoio financeiro para fugir do Brasil após sua condenação pelo Supremo Tribunal Federal. O ministro Alexandre de Moraes determinou que o Banco Central envie informações detalhadas sobre os valores e os remetentes de todas as transferências via Pix recebidas por ela nos 30 dias que antecederam sua fuga.

A medida integra um novo inquérito que investiga se houve financiamento externo para sua saída do país, o que pode configurar apoio a uma tentativa de obstrução da Justiça.

Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão por envolvimento em ataques aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça e por falsidade ideológica. Dias após a decisão do STF, ela atravessou a fronteira com a Argentina por terra e embarcou rumo à Flórida, nos Estados Unidos.

Interpol. Foto: Ozan KOSE/AFP


Antes de fugir, Zambelli fazia publicações pedindo doações em suas redes sociais e dizia que os recursos seriam usados para pagar multas impostas pela Justiça. A investigação agora tenta entender se parte dessas doações ajudou a bancar a fuga internacional.

Além da quebra de sigilo, Moraes também determinou que a Polícia Federal preserve postagens feitas por Zambelli e pessoas próximas a ela nas redes sociais. A deputada deverá ser ouvida pela PF no prazo de dez dias, e, como está fora do Brasil, o depoimento poderá ser prestado por escrito.

A Câmara dos Deputados foi notificada a suspender o salário da parlamentar, que passou a ser considerada foragida desde 25 de maio. Zambelli também teve seu nome incluído na lista vermelha da Interpol, o que permite sua captura por autoridades de outros países.

Fonte: DCM

Entenda os caminhos legais para Carla Zambelli ser presa na Itália

Deputada foi incluída na lista vermelha da Interpol, mas prisão imediata depende da legislação italiana e de decisão do governo local

       Carla Zambelli (Foto: Reprodução/Twitter)

Carla Zambelli, condenada a dez anos de prisão por invasão hacker e falsidade ideológica, tornou-se oficialmente uma foragida internacional após ser incluída na lista de difusão vermelha da Interpol. A corporação emitiu um alerta contra a parlamentar licenciada para os 196 países membros, disponibilizando dados como fotografia, digitais e acusações às autoridades locais e aos sistemas de controle de fronteira.

Embora o alerta represente um passo importante na cooperação internacional para sua captura, ele não equivale automaticamente a um mandado de prisão. A decisão sobre uma eventual detenção imediata caberá ao governo do país em que Zambelli for localizada — neste caso, a Itália, para onde ela viajou após deixar os Estados Unidos e antes da emissão do alerta internacional.

Segundo investigadores da Polícia Federal, o sistema jurídico italiano permite que o red notice da Interpol sirva como base para uma prisão imediata, diferentemente de outros países onde é necessária uma ordem judicial específica. Contudo, essa autorização não é automática e depende de uma análise do tipo de crime e da gravidade dos fatos. No Brasil, por exemplo, a detenção com base nesse alerta exige autorização judicial prévia.

A partir da inclusão de Zambelli na lista vermelha, as polícias brasileira e italiana iniciaram o compartilhamento de informações sobre seu paradeiro e movimentação. Caso ela seja localizada e presa, deverá passar por uma audiência de custódia no país europeu, conforme determina a legislação local, para avaliar a legalidade da prisão e a possibilidade de mantê-la sob custódia.

Além disso, o Brasil deverá formalizar o pedido de extradição da parlamentar. Esse processo envolve o Supremo Tribunal Federal, que encaminha o pedido ao Ministério da Justiça. O ministério, por sua vez, aciona o Ministério das Relações Exteriores, responsável por conduzir o pedido diplomático junto ao governo italiano.

Entretanto, os precedentes mostram que esse caminho pode ser demorado e incerto. O caso do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no escândalo do Mensalão, ilustra as dificuldades. Preso na Itália em 2014, ele só foi extraditado para o Brasil um ano e meio depois, após uma longa disputa judicial. Na época, uma corte de Bolonha chegou a negar a extradição, sob o argumento de que Pizzolato, ao ser julgado pelo STF, não teve direito a recurso — entendimento que foi posteriormente revertido.

O exemplo de Pizzolato também levanta dúvidas sobre o impacto de uma eventual dupla cidadania de Zambelli — hipótese ainda não confirmada oficialmente —, uma vez que isso não impediu a extradição do ex-diretor do Banco do Brasil. Já no caso do banqueiro Salvatore Cacciola, condenado por crime contra o sistema financeiro, a Justiça italiana considerou sua cidadania como fator determinante para negar o envio ao Brasil, respaldando-se no princípio da reciprocidade: como o Brasil não extraditava seus cidadãos, a Itália adotava a mesma postura.

Outro caminho possível para o retorno de Zambelli ao Brasil seria a expulsão do território italiano, o que pode ocorrer caso ela cometa um delito local, como portar documentos falsos. Foi essa a via usada para a devolução do narcotraficante Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, capturado na Bolívia. No entanto, até o momento, não há indícios de que Zambelli tenha violado leis italianas — ela teria deixado o Brasil com passaporte válido.

Para que a extradição tenha respaldo legal, será preciso também comprovar a chamada "dupla tipicidade", ou seja, os crimes pelos quais Zambelli foi condenada no Brasil devem igualmente existir na legislação italiana. Além disso, tribunais europeus costumam avaliar aspectos como a existência de condições adequadas nos presídios brasileiros, risco de tratamento desumano e até a motivação política da condenação, o que pode complicar ainda mais a situação jurídica da deputada.

O desenrolar do caso exigirá articulação diplomática, paciência jurídica e cooperação internacional. Enquanto isso, Zambelli permanece foragida e seu futuro dependerá tanto da decisão das autoridades italianas quanto da condução do processo por parte do governo brasileiro.

Fonte: Brasil 247

VÍDEO – Lula culpa elites pelo atraso histórico do Brasil: “Não é normal”

                  O presidente Lula (PT) discursa em evento durante viagem à França. Foto: Reprodução


O presidente Lula (PT) culpou, nesta sexta-feira (5), as elites pelo atraso histórico do Brasil. Durante um evento em sua viagem à França, o petista afirmou que o país “poderia ser muito melhor e muito mais desenvolvido” se a elite econômica tivesse cumprido seu papel no momento apropriado.

“Que tipo de elite tinha o Brasil, que não levava em conta a necessidade da formação do seu povo, até para que o Brasil se transformasse num país competitivo, do ponto de vista industrial, acadêmico, de competitividade e de comércio?”, questionou o presidente.

Lula, que recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Paris 8, também destacou que o Brasil foi o último país latino-americano a abolir a escravidão, a declarar sua independência, a conquistar o voto feminino e a implementar uma universidade federal.

“Enquanto o Peru teve a sua primeira universidade em 1554, o Brasil só teve sua universidade em 1920”, ressaltou o presidente. “Não é normal que a gente aceite a ideia de que as pessoas nasceram para ser pobres.”

O presidente também enfatizou a importância de programas como o Prouni, que, segundo ele, permitiram que “uma filha de uma empregada doméstica possa disputar uma vaga em uma universidade com a filha da sua patroa”.

Lula afirmou ainda que as universidades brasileiras têm se tornado mais democráticas, graças a essas políticas, e que elas estão passando a refletir “a cara do Brasil verdadeiro”, incorporando mais a periferia e contando com a presença de negros, pardos e indígenas, além de descendentes de europeus.


Não é a primeira vez que o petista critica a elite do Brasil. Em abril, Lula afirmou que a “elite brasileira deveria ter vergonha” por não ter proporcionado o acesso dos mais pobres à educação. A declaração ocorreu em evento de inauguração do novo câmpus da Universidade Federal Fluminense, em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro.

“Eu acho que a elite brasileira deveria ter vergonha. Deveria se olhar no espelho e ter vergonha porque precisou um torneiro mecânico, sem diploma universitário, governar este país para ser o presidente que mais fez universidades, institutos federais”, disse na ocasião.

Fonte: DCM

O que Eduardo Bolsonaro poderia fazer nos EUA com os RS$ 2 milhões que o pai lhe deu


                             Eduardo Bolsonaro e a esposa em rodeio nos EUA – Foto: Reprodução

Jair Bolsonaro confessou que enviou 2 milhões de reais para seu filho Eduardo nos EUA, o equivalente a cerca de 350 mil dólares.

Se a ideia fosse realmente trabalhar nos EUA, ao invés de tentar um golpe de Estado, o dinheiro daria para começar várias atividades legítimas, como qualquer um que realmente estivesse interessado em estabelecer uma carreira por lá.

Por exemplo, com esse montante, Eduardo poderia investir em imóveis em cidades como Miami ou Orlando, comprando uma casa confortável ou um apartamento que poderia até ser alugado para gerar uma renda passiva. Ou, se o interesse fosse mais empresarial, o valor seria suficiente para abrir um negócio – seja uma franquia, uma loja de varejo ou até mesmo um empreendimento digital.

O valor permitiria financiar programas de mestrado ou doutorado em universidades renomadas nos EUA, como Harvard, MIT, Stanford ou Princeton. O custo médio de um mestrado varia entre 30 mil e 70 mil dólares por ano, dependendo da instituição e do curso, e programas de doutorado podem ultrapassar 100 mil dólares ao longo dos anos, dependendo da área e da universidade.

Eduardo e Flávio Bolsonaro em rodeio nos EUA – Foto: Reprodução
Caso o desejo fosse garantir uma vida tranquila, custos de moradia, alimentação e transporte estariam mais do que cobertos, com Eduardo podendo viver em qualquer cidade grande com bastante conforto.

E, claro, se ele sentisse que precisava de proteção extra, ele ainda poderia contratar uma equipe de segurança ou usar esse dinheiro para garantir sua privacidade, com tecnologia especializada para evitar problemas.

Fonte: DCM

Bolsonaro admite encontro com conselheiro dos EUA, mas nega lobby por sanções


        O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou, nesta quarta-feira (5), em depoimento à Polícia Federal (PF), que se reuniu com Ricardo Pita, conselheiro sênior do Departamento de Estado dos Estados Unidos para o Hemisfério Ocidental. No entanto, ele se recusou a detalhar o conteúdo da reunião, alegando que “foi uma conversa de teor reservado”.

A oitiva do ex-mandatário ocorreu no âmbito do inquérito que investiga suposta atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras. A Polícia Federal apura possíveis crimes de coação no curso do processo e obstrução de Justiça.

Durante o depoimento, Jair Bolsonaro buscou se desvincular das ações do filho. Segundo ele, “as ações realizadas por Eduardo Bolsonaro são independentes e realizadas por conta própria”. O ex-chefe do governo ainda afirmou que não tem conhecimento sobre os contatos do parlamentar no exterior.

Questionado pela PF, ele negou ter solicitado ou incentivado sanções contra autoridades brasileiras, como ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), integrantes da Procuradoria-Geral da República (PGR) ou da própria Polícia Federal.

Bolsonaro declarou que não fez nenhum contato com autoridades americanas com esse objetivo e disse acreditar que os Estados Unidos não aplicariam sanções baseadas em pressões externas. Também destacou que mantém uma boa relação com o governo norte-americano.


A Polícia Federal também questionou Jair Bolsonaro sobre eventuais repasses para bancar a estadia do filho nos Estados Unidos. Ele revelou que, em 13 de maio, transferiu R$ 2 milhões via PIX para a conta de Eduardo Bolsonaro. Os valores, segundo o ex-presidente, vieram de uma vaquinha virtual que arrecadou R$ 17 milhões em 2023.

O ex-mandatário contou ainda que comentou com o ex-ministro Gilson Machado sobre os gastos do filho no exterior. Segundo ele, Machado organizou uma campanha paralela de arrecadação sem seu conhecimento, que levantou cerca de R$ 1 milhão.

Bolsonaro afirmou que ele próprio administra os recursos arrecadados e que tanto ele quanto a esposa, Michelle Bolsonaro, são remunerados pelo Partido Liberal (PL). Ao final do depoimento, ele disse desejar que o filho retorne ao Brasil. Segundo ele, Eduardo Bolsonaro decidiu permanecer nos Estados Unidos após deputados do PT solicitarem a apreensão de seu passaporte, o que teria gerado insegurança jurídica.

Fonte: DCM

Após fugir do Brasil, Zambelli pede licença da Câmara por 120 dias

Mais cedo, nesta quinta-feira, parlamentar foi incluída na lista de difusão vermelha da Interpol

      Carla Zambelli (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) solicitou, nesta quinta-feira (5), uma licença de 120 dias da Câmara dos Deputados, alegando “interesse particular”, segundo a assessoria da parlamentar. A informação é da CNN.

Zambelli anunciou ter deixado o país na terça-feira (3). Ela fugiu do Brasil dias após o Supremo Tribunal Federal (STF) condená-la, por unanimidade, a 10 anos de prisão. A sentença foi imposta pela Primeira Turma da Corte, que considerou Zambelli culpada pela invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Na quarta-feira (4), o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou a prisão preventiva da parlamentar, além da suspensão do salário e do passaporte diplomático dela. A Corte também abriu um novo inquérito contra a deputada.

Mais cedo, nesta quinta-feira, Zambelli foi incluída na lista de difusão vermelha da Interpol.

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN

"Logo logo o Brasil será a 6ª maior economia do mundo", afirma Lula

Durante cerimônia na França, presidente celebrou avanço do agronegócio e disse que país pode surpreender o mundo com novo ciclo de crescimento

        Lula - 24/05/2025 - Campo Verde - MT (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Durante evento realizado na França para celebrar a certificação do Brasil como país livre da febre aftosa sem vacinação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o país está em uma trajetória ascendente e poderá, em breve, ocupar a sexta posição entre as maiores economias do planeta. A declaração foi dada em discurso repleto de otimismo, no qual Lula exaltou o papel estratégico do agronegócio e defendeu o protagonismo brasileiro nos mercados internacionais.

“Sonho que logo logo esse país vai estar sendo a 6ª economia mundial. Sonho que vamos crescer mais do que os pessimistas dizem que a gente vai crescer”, declarou o presidente. Ao fazer referência ao desempenho do Produto Interno Bruto, Lula lembrou que o Brasil cresceu 3,4% no ano anterior, “mesmo com a agricultura não crescendo o tanto que se esperava”. Para ele, a recuperação do setor em 2025 deve impulsionar ainda mais a economia.

◉ Reconhecimento internacional e valorização do agro - Lula iniciou sua fala agradecendo os esforços dos produtores rurais, dos frigoríficos e dos técnicos do Ministério da Agricultura, que, segundo ele, trabalharam ao longo de seis décadas para que o Brasil alcançasse o status sanitário agora reconhecido. “É um dia histórico, por merecimento de cada um de vocês que entendeu que, se a gente quer competir, a gente tem que ser o melhor”, afirmou.

O presidente ressaltou que o agronegócio deixou de ser um “quebra-galho” e se tornou o “principal negócio do Brasil”, com destaque para a exportação de proteína animal. “A gente quer produzir a melhor carne, a carne mais saudável e quer disputar os mercados do mundo inteiro”, disse. Segundo ele, o país hoje é “possivelmente o campeão de exportação de proteína animal para o mundo inteiro”.

◉ Combate à desvalorização externa e desafios diplomáticos - Lula fez críticas ao tratamento historicamente recebido pelo Brasil no cenário internacional. “Durante muito tempo o Brasil foi tratado como se fosse um país insignificante. Tem uma coisa que nós, brasileiros, aprendemos: ninguém respeita quem não se respeita”, afirmou. Para o presidente, conquistar espaço global exige excelência: “Não existe mais gracinha, mais possibilidade de enganar ninguém”.

Ele mencionou situações recentes envolvendo a exportação de carne brasileira, como um episódio em que 70 mil toneladas estavam no Oceano Atlântico a caminho da China e houve ameaça de rejeição. “A quantidade de telefonemas que a gente teve que dar para ministro, para o Xi Jinping, para não permitir que a carne voltasse ao Brasil”, relatou.

Acordos internacionais e UE-Mercosul - Lula também abordou a resistência do presidente francês Emmanuel Macron ao acordo entre a União Europeia e o Mercosul. “Eu disse para ele que vou ser presidente do Mercosul a partir de 6 de julho e que vou concluir o acordo definitivamente nos seis meses do meu mandato”, afirmou. “Se você tem problema com os agricultores franceses, vamos conversar com eles”, completou.

Para Lula, é inaceitável que duas economias do porte de França e Brasil tenham um fluxo comercial de apenas US$ 9 bilhões. Ele comparou com o Vietnã, cuja relação com o Brasil é recente, mas já alcança US$ 13 bilhões.

◉ Cooperação regional e metas ambientais - O presidente também destacou a importância de garantir que a febre aftosa não retorne ao Brasil, reforçando a necessidade de colaboração com países vizinhos da América do Sul. “Se a gente não tiver [febre aftosa] e eles tiverem, a gente corre o risco de ter”, alertou.

Na área ambiental, Lula ressaltou que a recuperação de terras degradadas deve ser prioridade. “Se a gente tiver pelo menos a decência de cumprir o Acordo de Paris, a gente vai estar livre para continuar produzindo o que a gente quiser”, afirmou, dirigindo-se ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que foi amplamente elogiado por sua atuação. “Se o governo não atrapalhar já está bom. É esse o papel”, disse Lula, em tom bem-humorado.

◉ Expansão global e BRICS - Por fim, Lula adiantou parte de sua agenda internacional e reforçou a intenção de ampliar as relações comerciais do Brasil com países estratégicos. Após os compromissos na cúpula do BRICS, ele realizará encontros bilaterais com líderes da Índia, Egito e Indonésia. “É preciso fazer uma grande reunião de empresários com esses países”, defendeu.

O presidente encerrou sua fala reafirmando sua confiança no futuro do país. “O Brasil veio para ficar. Tenho muito orgulho do que está acontecendo. Precisamos trabalhar mais, produzir mais, cuidar mais, porque o Brasil não tem retorno.”

Fonte: Brasil 247

Moraes nega pedido para suspender depoimentos de réus na ação do golpe

Solicitação foi feita pela defesa do general Braga Netto

                                Alexandre de Moraes - 25/03/2025 (Foto: Antonio Augusto/STF)

Agência Brasil - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido feito pela defesa do general Braga Netto para suspender o início dos interrogatórios dos réus da ação penal do núcleo 1 da trama golpista. Os depoimentos terão início na próxima segunda-feira (9).

O militar, o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros seis acusados fazem parte deste núcleo.

A defesa do general alegou que ainda não teve acesso total às provas da investigação. Dessa forma, segundo os advogados, Braga Netto não pode ser interrogado antes de tomar conhecimento de todas as acusações que pesam contra ele.

Os advogados também solicitaram que os interrogatórios sejam suspensos para aguardar os depoimentos das testemunhas dos demais núcleos de acusados.

Na decisão, Moraes disse que o pedido da defesa de Braga Netto não tem justificativa legal.

"Não há justificativa legal, nem tampouco razoabilidade, em se suspender a realização dos interrogatórios da presente ação penal para aguardar a oitiva de testemunhas arroladas em outras ações penais e que, jamais foram consideradas necessárias", justificou.

O general da reserva e vice na chapa de Bolsonaro em 2022 está preso desde dezembro do ano passado sob a acusação de obstruir a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado no país para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Os réus respondem pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.
Núcleo 1

Os oito réus compõem o chamado núcleo crucial do golpe, o núcleo 1, e tiveram a denúncia aceita por unanimidade pela Primeira Turma do STF em 26 de março. São eles:

  • Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
  • Walter Braga Netto, general de Exército, ex-ministro e candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022;
  • General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa;
  • Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. 
Fonte: Brasil 247

Bolsonaro confessa que mandou R$ 2 milhões para Eduardo, que usa o dinheiro para atacar o Brasil

Confissão do ex-mandatário pode levá-lo à prisão

         Jair Bolsonaro - 06/03/2025 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL) prestou depoimento à Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (5) sobre o financiamento do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), nos Estados Unidos. Em declaração durante uma entrevista coletiva, após depor por cerca de duas horas, ele disse ter transferido cerca de R$ 2 milhões ao filho no último dia 13 de maio.

Bolsonaro foi ouvido no âmbito do inquérito que apura a atuação de Eduardo no país norte-americano. De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), o deputado licenciado teria buscado apoio do governo do presidente Donald Trump para impor sanções a autoridades brasileiras, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), membros da PGR e da própria PF.

A confissão dada a jornalistas pode agravar a situação do ex-mandatário e levá-lo à prisão. Aos investigadores, Bolsonaro deverá prestar esclarecimentos sobre os fatos, “dada a circunstância de ser diretamente beneficiado pela conduta descrita e já haver declarado ser o responsável financeiro pela manutenção do sr. Eduardo Bolsonaro em território americano”, informou o Metrópoles.

No pedido que levou à abertura do inquérito, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, apontou que o próprio Eduardo tem tornado pública sua atuação junto ao governo norte-americano para que as sanções sejam aplicadas.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Filho de Zambelli cria novo perfil nas redes e ataca STF

         A deputada Carla Zambelli (PL-SP) e seu filho João Zambelli. Foto: Reprodução


João Zambelli, de 17 anos, filho da deputada Carla Zambelli (PL-SP), criou um novo perfil no Instagram após ter sua conta anterior bloqueada por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF. No vídeo de estreia, ele afirma que sua família está sendo “censurada, silenciada e criminalizada por motivações puramente políticas”. Emancipado pela mãe antes de ela sair do país, o jovem assumiu publicamente a continuidade do legado político da parlamentar.

Na gravação, João aparece abalado e diz que está sem contato com a mãe, vivendo com a avó aposentada em um imóvel vinculado ao cargo de Zambelli. Ele questiona como vão sobreviver caso o mandato da mãe seja cassado. “O que eu vou arrumar, com 17 anos?”, diz o jovem, que se descreve como “filho censurado de uma parlamentar brasileira perseguida”. João foi indicado pela mãe como pré-candidato a vereador em 2028.

Carla Zambelli, que teve o nome incluído na Difusão Vermelha da Interpol, agora é alvo de investigação da Polícia Federal. A deputada alegou que vive em exílio para fugir de uma suposta “ditadura da toga”. A nova conta de João no Instagram já acumulava mais de 28 mil seguidores até a noite de quinta-feira (5), com destaque para o apoio a figuras bolsonaristas e a divulgação de um novo perfil da mãe no Substack.

Fonte: DCM

quinta-feira, 5 de junho de 2025

Globo decide “abrasileirar” nome de Ancelotti e dá ordem a funcionários


A TV Globo deu uma ordem aos seus repórteres e apresentadores esportivos para pronunciar o nome de Carlo Ancelotti, técnico italiano da seleção brasileira. A ideia da emissora é promover uma mudança para “abrasileirar” o profissional.

Segundo o blog F5 da Folha de S.Paulo, a Globo disse para que todos os profissionais se refiram ao técnico como “An-cé-lo-tti”, com o sotaque normal, e não como “An-che-lo-tti”, como normalmente o italiano é chamado.

A ordem foi enviada por e-mail às equipes dos canais esportivos e a Globo alega que a pronuncia simplifica o nome, além de torná-lo mais simpático para o público. A padronização deve ser seguida por outras atrações, como os telejornais “Jornal Nacional” e “Jornal da Globo”.

Outras emissoras, como Record e ESPN, têm pronunciado o nome do italiano de forma original, com o sotaque de sua língua-mãe.

Fonte: DCM

APUCARANA: Piscina do Centro da Juventude passa por manutenção


A Secretaria Municipal de Esportes informa que a piscina do Centro da Juventude está passando por manutenção na casa de máquinas. As aulas de natação e hidroginástica, temporariamente suspensas, serão retomadas na próxima segunda-feira, dia 9 de junho.

Segundo o secretário da pasta, Bruno Marchi, um cano estourado causou o alagamento da casa de máquinas. “A empresa responsável pela manutenção já realizou os serviços de limpeza, lubrificação dos motores e os demais reparos necessários. Nesta quinta-feira (5), iniciamos o reabastecimento da piscina”, explicou.

Marchi destacou que o reaquecimento da água exige um tempo específico. “A temperatura da água sobe, em média, dois graus por dia. Por isso, em respeito à saúde e ao bem-estar dos nossos alunos, optamos por retomar as aulas apenas na próxima semana, quando a piscina estará em condições ideais para a prática de atividades físicas, especialmente neste período de temperaturas mais baixas”, concluiu.

Fonte: Prefeitura de Apucarana