Internautas criticaram o arquivamento do processo contra Eduardo Bolsonaro e denunciaram que o deputado tenta violar a soberania brasileira
Políticos e internautas publicaram nesta quinta-feira (23) mensagens críticas ao Congresso Nacional após o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados arquivar uma representação apresentada pelo PT contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
O partido acusou o político da extrema direita de ferir o decoro parlamentar ao promover "ataques verbais a instituições democráticas, como o Supremo Tribunal Federal (STF), e ao tentar influenciar autoridades estrangeiras a impor sanções contra o Brasil".
Na rede social X, a expressão “Congresso inimigo do povo” ficou entre os assuntos mais comentados na plataforma. “Que vergonha!”, escreveu a deputada federal Talíria Petrone (Psol-SP). “Com todas as ameaças ao país, as faltas aos trabalhos, com muitas infrações que justificam a perda do mandato”.
Na votação pelo arquivamento, o placar foi de 11 votos a favor do arquivamento e 7 contra. Eduardo Bolsonaro, que mora nos Estados Unidos, não participou da reunião, conduzida pelo presidente do conselho, deputado Fabio Schiochet (União-SC).
O parlamentar ainda é alvo de mais três ações no Conselho de Ética, que aguardam uma decisão do presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) para serem analisadas em conjunto.
◉ Chico Alencar e Paulo Lemos
Os deputados Chico Alencar (Psol-RJ) e Paulo Lemos (Psol-AP) apresentaram, sem sucesso, um voto em separado, contrário ao arquivamento.
Segundo Alencar, o deputado “fere o Código de Ética e Decoro Parlamentar por causa de declarações públicas” em que teria chamado ministros do Supremo de “milicianos togados” e condicionado às eleições de 2026 a uma eventual anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Ele criticou ainda o fato de o parlamentar “se declarar exilado nos Estados Unidos”, o que, segundo ele, “despreza o Conselho de Ética”.
◉ Sóstenes Cavalcante e Gustavo Gayer
Para o líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), o caso reflete uma disputa política e ideológica, não uma quebra de decoro.
“O deputado Eduardo decide um autoexílio nos Estados Unidos – e é seu direito individual. Tenho convicção de que ele decidiu pelo autoexílio para fazer um trabalho à luz do seu entendimento parlamentar”, afirmou.
O deputado Gustavo Gayer (PL-GO) declarou que Eduardo Bolsonaro está exilado por defender suas opiniões. “Ele teve que sair do seu país porque iria ser destruído, preso, condenado, porque ele decidiu não se calar. Ele colocou em risco a sua liberdade para defender a nossa”, disse. A reunião do conselho foi encerrada antes da análise de outras representações, em razão do início da ordem do dia no Plenário
Fonte: Brasil 247 com informações da Agência Câmara
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